Resumo: Universo Alternativo. Começo da nona temporada. Quando Chloe ironiza a reputação de Oliver com as mulheres, ele propõe uma aposta: que ele consegue levá-la pra cama depois de apenas um encontro.
Autora: fickery
Classificação: NC-17
Linha de tempo: Roulette
Categoria: Universo Alternativo, Romance, Smut
Banner: dtissagirl
Chloe se largou contra a parede do elevador, desejando que ele fosse mais rápido. Com o preparo físico de Oliver, ele podia subir as escadas e chegar quase ao mesmo tempo que ela na Watchtower.
Quando ela chegou ao último andar, tomou o cuidado de trancar o elevador. Ele podia acessar o controle manual, mas ela podia bloquear isso também, mas se ele realmente quisesse subir até lá, então teria que atravessar todos os níveis de segurança, e isso faria com que ele chegasse até ela muito irritado.
Se ele tentasse mesmo subir, ela esperava que a porta trancada fosse sinal suficiente pra mostrar que ela não estava bancando a tímida; ela não tinha nenhuma intenção de dormir com ele esta noite. Por favor, não me siga, ela rezou silenciosamente.
Ela não estava tentando provocá-lo ou envergonhá-lo; só tinha chegado ao limite quando estavam dançando, reconhecendo que estava a um sussurro de ceder. Mesmo agora, quando o tinha deixado beijá-la, poderia ter acontecido. Ela estava tão quente e disposta e excitada, e teve que lutar pra não esquecer da aposta. Eu o quero, ele me quer, ou pelo menos ele está fazendo um bom trabalho em fingir que quer, então vamos ver se ele faz jus à publicidade.
Exceto que ela não podia fazer isso. Porque amava seu emprego; amava ter o respeito de Oliver e de seus colegas. Porque na maior parte dos dias a única vantagem que tinha sobre Oliver, além de suas habilidades tecnológicas era o fato de não ter dormido com ele, como faziam muitas garotas que ele conhecia em um bar ou em festas de gente rica.
Depois de quinze minutos mais ou menos do incidente, nenhum alerta do sistema de segurança, ela decidiu que ele não ia subir. Aliviada, ela subiu as escadas e se trocou para uma calça moletom que mantinha ali pra poder dormir, e se enroscou como uma bola nas almofadas, mas demorou muito, muito mesmo, antes de algo parecido com sono chegar.
*-*-*-*
Oliver nunca sentiu tanta vontade de socar uma parede como agora. Ele não o fez por uma variedade de razões: como um arqueiro, não podia ferrar com sua mão; ele acabaria pagando os reparos; e mais importante, ela acessaria as imagens de segurança quando estivesse lá em cima e ele não queria assustá-la ou fazê-la sentir-se insegura na próxima vez que estivessem juntos na mesma sala. O que provavelmente não ia acontecer por alguns dias, até ele se acalmar. MALDIÇÃO, ele estava puto.
Ele já tinha mandado o carro embora, então teve que andar até sua casa, desejando superar um pouco de sua frustração. Ele caminhou pela calçada, de cara feia, não percebendo as pessoas lhe dando olhares curiosos e até atravessando a rua para evitá-lo.
Você teve excesso de confiança, Esperto. E esqueceu contra quem estava jogando. Claro que Chloe disse não. Ela tinha sempre que estar no controle, e ela odeia perder.
Ele começou a tirar as roupas no elevador quando chegou em casa e foi direto para seu quarto vestir uma calça de moletom, passando pela cozinha apenas para pegar uma garrafa de água a caminho da sala de treino. Ele ligou a esteira inclinada e acelerou o ritmo, suando o álcool, tentando queimar a raiva.
Não resolveu. Não para a segunda parte, pelo menos. Ele se puniu levantando pesos, fazendo flexões e mais flexões, centenas delas.
Teve sucesso em cansar o corpo; mas enquanto estava ali parado no chuveiro, segurando-se contra os azulejos, os braços tremendo com a fadiga muscular, mentalmente ainda estava agitado, seu cérebro correndo, seus pensamentos confusos.
Dormir não ia ser fácil, apesar do cansaço. Ele não queria mais álcool, mas nada mais parecia estar ajudando; nem os lençois suaves de sua luxuosa cama, nem a música em seu sistema de som, nem leitura; ele tentou por alguns minutos ler a mesma página e não conseguiu, finalmente jogando seu e-reader do outro lado do quarto em frustração. Ele diminuiu as luzes e se virou de um lado para o outro por quase uma hora antes de cair em um sono atribulado, onde uma Chloe provocante e encantadora assombrava seus sonhos.
Quatro horas insuficientes de sono depois, quando o sol começava a surgir, ele agarrou uma barra de proteína e outra água e voltou para a sala de treino para mais punição. Desta vez ele fez um pouco de boxe depois de correr, acertando o saco de pancadas com força.
Nada estava funcionando. Ele sentou sobre o banco e enterrou a cabeça nas mãos. Tinha acordado diversas vezes durante a noite, ainda excitado só de pensar nela. Lembrando da sensação dela em seus braços, a suavidade de sua pele, o cheiro de seu cabelo.
Tentado como estava a remediar sua ereção teimosa, ele não se permitiu esse alívio. Uma parte dele se recusava a dar a ela esta satisfação, certamente de algum jeito ela saberia, ou ao menos suspeitaria, que o tinha levado a isso. Uma parte dele só não queria tomar conhecimento, mesmo que só pra si mesmo, que Chloe Sullivan o tinha excitado tanto que ele teve que resolver com as próprias mãos.
Brevemente ele considerou chamar outra pessoa. Alguém quente e disposta, alguém sem expectativas de um relacionamento ou até uma refeição depois: transa de uma noite. Ele conhecia um bom número de mulheres que concordaria numa boa com isso.
Mas ele não conseguiria exibir o mesmo entusiasmo ou interesse. Trazer outra mulher para a história agora iria complicar as coisas, e não clarear sua cabeça. E seria terrível da sua parte usar uma mulher, mesmo que ela estivesse disposta, para esquecer outra. Ou como sua boneca inflável pessoal.
Ele considerou ir confrontá-la. Mas sabia que ela estava em casa em Smallville, não na Watchtower - pelo menos era o que o sistema de segurança dizia, embora ele soubesse que ela era mais do que capaz de alterar o sinal. E esse não era um assunto que ele podia levar até Lois.
Inferno, mesmo que ela estivesse na Watchtower, o que ele diria a ela? Como você se atreve a não me achar irresistível? Como você se atreve a tentar vencer uma aposta justa e previsível?
Bufando ao pensamento, ele começou a andar de um lado para o outro da cobertura, algo que ele fazia quando estava pensando, tentando solucionar um problema.
Se ele reconheceu que as duas perguntas eram ridículas, então por que diabos estava tão nervoso? Ele precisava descobrir isso antes que pudesse contemplar se aproximar dela novamente.
Ele estava em seu septuagésimo circuito completo do apartamento quando finalmente percebeu porque estava tão nervoso, e com quem. Não era com Chloe. Era com ele mesmo.
Na maior parte da última semana, e certamente nas últimas quase vinte e quatro horas, ele tinha se recriminado por ficar tão animado e se importar com ela. Não seja ridículo, é só a Chloe, ele tinha dito a si mesmo uma vez seguida da outra, tentando ignorar suas próprias reações somáticas ou zombando de si mesmo por ficar tão excitado só de pensar nela.
E era porque, todo esse tempo - por muito tempo - ele vinha pensando nela e vendo-a através dos olhos de Clark. Ele vinha fazendo isso desde que Clark apresentou os dois em seu celeiro há anos. Embora Chloe fosse um dos poucos assuntos que os dois homens tinham abertamente discordado, um dos muitos assuntos sobre o qual acabaram gritando um com o outro. Mais de uma vez.
Para Clark, Chloe foi e sempre seria sua melhor amiga, sua garota confiável, sua parceira platônica. Ele pensava nela como uma amiga e parceira, não como uma mulher sensual. Ele não a via como desejável porque ele não a desejava.
E de alguma maneira ele, Oliver, tinha inquestionavelmente aceito esse ponto de vista, apesar de ter sido absurdamente estúpido e errado; incrivelmente, empiricamente errado.
Ele estava tendo dificuldade em processar. Todos os sentimentos/pensamentos/impulsos sexuais, ou o que quer que fosse, por Chloe que ele pode ter tido nos últimos três anos -na verdade, ele tinha notado brevemente, de passagem, e deixou de lado porque ele deduziu que era algo que acontecia por reflexo nos homens - e isso caiu sobre sua cabeça como um piano de cauda vindo direto do terceiro andar.
Jesus. Que diabos estava errado comigo? Como eu não vi isso antes?
Ele e Clark tinham o mesmo gosto em - quase nada, na verdade: roupas, comida, carros, música... Lois era uma das poucas coisas nas quais concordaram, e ela era claramente uma exceção; Deus sabe que ele nunca se impressionaria com Lana do jeito que Clark se impressionou.
Por Deus, nem Bart tinha sido tão idiota, embora Oliver soubesse que o jovem admirava Clark. Bart tinha sido esperto o suficiente para ver o quanto Chloe era atraente e deu em cima dela minutos depois de conhecê-la. Ok, talvez ele só estivesse acostumado a fazer tudo em alta-velocidade, mas mesmo assim.
A maior parte de sua raiva tinha desaparecido agora. Ainda havia um resíduo, mas estava direcionado a si mesmo e não a Chloe. E agora que a raiva tinha diminuído, não era mais distração para a outra coisa: a enorme tensão sexual que ainda residia na base de seu estômago como uma âncora.
Eu tenho que me recompor antes de falar com ela.
*-*-*-*
Era começo da tarde de domingo na Watchtower, mas era sete horas mais tarde para AC, que estava na costa da Líbia ajudando a estabilizar um vazamento de um oleoduto no oceano, com Chloe fornecendo logística e assistência técnica.
Depois de duas horas e meia, AC tinha conseguido uma solução temporária. "Isso vai segurar um tempo, pelo menos até a equipe de reparação chegar aqui amanhã", AC disse com satisfação. "Obrigado pela ajuda, Torre."
"Não precisa agradecer", Chloe disse. Pelo menos alguém está falando comigo.
Ele acrescentou, de certo modo com timidez. "Desculpe por todo xingamento."
"Eu nem percebi", Chloe o assegurou. "Meu pai também xinga, quando ele está consertando alguma coisa em casa. Eu sempre deduzi que xingar ajudava a organizar o pensamento."
AC deu risada. "Eu gosto dessa teoria. Vou roubar."
*-*-*-*
Depois de tirar o comunicador, ela começou sua rotina de fazer alguns scans, checou os dados de downloads e arquivos de vídeo. Basicamente tudo que não tinha feito no dia anterior porque estava muito nervosa pra ir até lá.
Diabos, ela não estaria ali hoje se AC não tivesse pedido sua ajuda.
Ela levantou cedo no sábado, vestiu um jeans sem se preocupar com o banho, destravou o sistema de segurança e voltou para Smallville o mais rápido que seu pequeno carro a permitia. Ela tinha deixado o vestido aqui, não querendo olhar ou lidar com ele, não querendo explicar para Lois. Ainda havia uma chance de ter que acabar desembuchando tudo, dependendo das consequências de seu encontro.
Deus, ela esperava que ele não a demitisse.
Ou alternativamente, não a demitisse, mas ficasse ressentido pra sempre.
Ela estava no loft, verificando as anotações sobre a missão de AC quando ouviu o barulho distinto de passos atrás dela, subindo a escada dois degraus de cada vez. Ela se virou, com tempo suficiente apenas para se perguntar como ele tinha entrado sem que ela fosse alertada pelo sistema de segurança quando ele a envolveu, seus braços de cada lado de seu corpo, recostando-a contra a mesa.
"Você venceu."
À declaração concisa, seus olhos encontraram os dele. Ela estava apreensiva, a mesma sensação que teve no labirinto se repetindo. "Achei que tivéssemos concordado com isso no fim do nosso encontro, quando eu disse tchau no elevador."
"Eu estou tornando oficial. Você venceu. Eu vou te comprar um novo servidor. Diabos, eu vou te comprar uma dúzia de servidores. Eu não seduzi você, você me seduziu. Mas--"... sua voz baixou... "-- faz mais de trinta e seis horas desde que você me deixou no pior caso de excitação desde que eu estava no colégio. Eu ainda quero você, e eu não consigo parar de pensar em você. O que você me diz sobre isso, Chloe?"
Não. Seu estômago imediatamente despencou em tensão; ela se recusava a identificar o tipo de tensão. "Você não me quer", ela disse, virando-se para o computador. "Você só acha que me quer porque não me teve, e é provavelmente a primeira vez que isso acontece com você há algum tempo. Ou talvez a primeira vez desde sempre."
A mão dele subiu para segurar seu rosto quando ela começou a se afastar, fazendo-a virar de volta. O polegar dele acariciando gentilmente seu rosto; a mandíbula travada dele e a expressão em seus olhos não eram gentis. "O diabo que eu não te quero." Ele se pressionou contra ela, só o suficiente para ela sentir sua ereção contra a barriga. "Isso parece desinteresse pra você? Porque eu estou assim desde que você desceu as escadas na sexta à noite."
Ela começou a balançar a cabeça em negativa, já desconsiderando as palavras dele. "Era uma aposta. Estávamos tentando vencer. Tentando provocar o outro. Era só provocação."
"Era?" Uma mão estava envolta em seu cabelo agora, puxando o rosto dela mais perto do dele; a outra segurava seu quadril, puxando-a pra ele. "Talvez sim. Mas eu honestamente não consigo me lembrar de ficar tão empolgado num primeiro encontro antes. E você correu no final porque estava com medo, não estava? Eu podia sentir você tremendo em meus braços quando estávamos dançando."
Ele se inclinou mais perto, os lábios perto do ouvido dela, sua voz só um sussurro. "Do jeito que você está agora."
Era verdade. A proximidade do corpo dele, o calor, o toque, a intensidade... a imprevisibilidade... tudo a fazia sentir-se vulnerável e exposta. Ela estava com os joelhos fraquejando e sim, tremendo.
"Todo o final de semana, eu venho pensando em você naquele vestido. Pensando em como seria correr minhas mãos por dentro dele. Eu venho fantasiando em arrancá-lo de você. Ver o que você usava por baixo, e então tirar isso também. E tocar seu corpo inteiro. Pensando em como sua pele deve ser macia." Agora os lábios dele estavam tocando seu ouvido, o movimento deles enquanto falava tornando seu tremor incontrolável. "Sobre o que você tem fantasiado, Chloe?"
Tudo que ele tinha dito. As mãos dele nela, a boca. Tirar a roupa dele e fazer a mesma exploração de seu corpo.
Ela engoliu em seco, respirou fundo, e descobriu que estava sem fala.
Uma traidora voz em sua cabeça perguntou, Seria tão errado? Ele está bem aqui, agora, e ele me quer. Eu nunca me perguntei como Oliver Queen seria na cama?
Seria fácil ceder. Tudo que ela tinha que fazer era se inclinar, só um pouco. Erguer o rosto pra ele, colocar suas mãos nele.
Mas ela estava paralisada. Ela não conseguia fazer isso. Um último vestígio de auto-preservação, talvez.
"Fala que você não está excitada agora, Chloe. Fala que você não me quer." O polegar dele deslizou provocativamente sobre seu lábio inferior.
Ela não podia. Não conseguia mentir pra si mesma. Não seria capaz de mentir bem o suficiente para convencê-lo, enfim. E ela não conseguiria se segurar mais: ela virou a cabeça levemente e deixou o polegar dele deslizar dentro de sua boca, chupando-o, mordendo-o gentilmente.
Ele fez um som entre um gemido e um grunhido, puxando-a com força contra ele e descendo os lábios contra os dela. E então ela estava basicamente perdida.
Ela não era mais Chloe, ou a Watchtower. Ela não era a mulher racional e competente que dirigia o lugar e coordenava a equipe dele. Ela era uma criatura entregue a todas as sensações e impulsos nervosos, repleta de calor e desejo.
As mãos dela subiram, agarrando o cabelo dele enquanto era devorada por sua boca, a língua dele roçando a sua. Ela derreteu contra aquele peito musculoso. Os braços dele tão fortes ao seu redor, o suficiente pra fazê-la perder o fôlego, mas ela estava longe de se importar; ela não conseguiria respirar de jeito nenhum.
Os lábios deles se encontraram novamente, gananciosos e vorazes. Ela estava inebriada pelo beijo, mais do que ficara pelo vinho na outra noite. Uma das mãos dele subiu para segurar sua cabeça. Ela se sentiu completamente rodeada, envelopada por ele.
Eventualmente as mãos dele começaram a passear. Por dentro de sua blusa, onde seu toque inicial na pele nua a fez arfar em choque. Então em seus seios, onde o rápido toque e gentil aperto fez suas costas arquearem e se pressionar contra ele, querendo mais. Então agarrando sua bunda, apertando-a enquanto enfiava uma perna entre as dela.
Os pequenos sons que ele arrancou dela pareceram fazê-lo despertar. Ele a tirou do chão, sua boca ainda na dela. "Chloe", ele arfou. "Passe suas pernas ao meu redor."
Espera. Isso era loucura. Ok, a maior parte do time estava espalhada pelo mundo, e eles não apareciam regularmente, mas Emil passava ali algumas vezes, especialmente nos finais de semana. Ele podia entrar a qualquer minuto.
Isso não faz parte da emoção? Perguntou uma das vozes em sua mente. A exposição, o risco? Saber que poderiam ser pegos?
Eu não me importo, ela pensou. Eu quero isso. Eu o quero.
Eles foram até o quarto de dormir dela, a cama feita desde que ela tinha saído no começo do dia anterior. Ela soltou as pernas e ele a colocou no chão, mas continuou abraçando-a, parcialmente segurando-a. Ele tirou a blusa dela num breve movimento e olhou pra ela, seu olhar quente e desfocado.
"Deus. Chloe", ele disse, mais pra si mesmo do que pra ela.
Os lábios deles mal haviam se separado desde que tinha começado a beijá-la, mas agora ele estava descendo por seu pescoço, pelo alto de seus seios. A cabeça dela caiu pra trás em prazer enquanto ele explorava seu corpo.
"Macia", ele arfou em sua pele. Ela sentiu um pequeno e longínquo senso de triunfo que ele não fosse capaz de produzir uma frase inteira agora.
Ela deslizou as mãos por dentro da camisa dele, sentindo seus músculos abdominais retesarem quando os tocou. Ele conseguiu afastar os lábios o suficiente para tirar a camiseta e então puxá-la contra ele de novo.
Ela tinha visto seu peito nu antes, mas jamais pensou em um milhão de anos que um dia estaria pressionada contra ele, pele contra pele, mapeando os planos firmes com as pontas dos dedos.
Ela respirou fundo quando ele deslizou uma mão entre suas pernas, acariciando-a, massageando-a. Ela agarrou os braços dele desesperadamente; suas pernas mal conseguindo mantê-la em pé.
Com uma incrível economia de movimentos, ele abriu a calça dela e a desceu alguns centímetros, então segurou sua bunda novamente, empurrando a calcinha de lado.
"Deus, sua bunda", ele disse, sua voz com um tom reverente.
Ele a fez caminhar de costas até ela sentiu a cama. Empurrando-a para o colchão, ele terminou de tirar sua calça e sua calcinha e jogou tudo para o lado, então abriu o fecho de seu sutiã e o tirou antes que ela pudesse piscar.
Ele pairou sobre ela, observando-a, seu olhar intenso, atento. Os dois respiravam com dificuldade. Ela teve o instinto de cobrir o peito com as mãos.
"Não", ele disse, rapidamente tirando sua própria calça e deslizando sobre ela, apoiando-se em seus braços. "Tão sensual."
Ele começou a brincar com seus seios, estalando os mamilos com os polegares, beijando-os, lambendo-os, chupando-os. Ela estava se contorcendo.
Oh Deus. Isso era... ela nem conseguia... "Oh, Deus." Cada centímetro de seu corpo, cada milímetro estava tão quente, tão vermelho, tão excitado, tão vivo. Não havia nada que ela não quisesse que ele fizesse com suas mãos e boca.
Ela podia sentir o comprimento da excitação dele, quente e dura contra sua coxa, e estendeu a mão para tocá-lo. Ele respirou fundo quando a mão dela tentou envolver seu mastro rígido.
Enquanto a pequena mão explorava sua ereção, lentamente o acariciando, ele gemeu. "Porra. Chloe." Ele voltou até sua boca, beijando-a, tornando mais fácil que ela o alcançasse.
Ela estava excitada e intimidada pelo tamanho dele. Ele era muito maior do que ela jamais... fazia muito tempo pra ela; como isso ia funcionar?
Sentindo a apreensão, ele sussurrou contra seus lábios. "Eu vou devagar."
Então os dedos dele estavam entre suas pernas de novo, acariciando-a. "Tão molhada. Tão molhada pra mim."
Um pequeno choramingo lhe escapou à intimidade das palavras, a sensação dos dedos dele dentro dela, tocando sua pele mais delicada.
Ele deve ter tirado uma camisinha do bolso enquanto tirava a calça: ele rasgou o pequeno quadrado com o dente e então a colocou antes que ela percebesse o que ele estava fazendo.
Ele se inclinou sobre ela novamente, fechando seu olhar com o dela enquanto entrava em seu núcleo. Lentamente, muito lentamente ele se afundou dentro dela, observando-a atentamente. Ele a ouviu prender o ar, as unhas cravando seus bíceps, mas ele não via dor. A respiração dela estava curta, os olhos arregalados, enquanto ele se enterrava até o fim.
"Tudo bem?" ele sussurrou.
Ela assentiu, seus dedos ainda agarrando os braços dele. "Só..."
Ela não parecia ter fôlego para terminar a frase, mas ele deduziu que ...me dê um minuto era o resto. Com esforço hercúleo ele deixou o corpo imóvel, apenas tirando o cabelo dela do rosto, roçando os lábios contra os dela.
Depois de alguns momentos, ela relaxou infinitesimalmente. E ele empurrou os quadris, só um pouco, contra ela.
Ele começou a se mover. Jesus, ela era tão apertada.
Ela começou a se mover com ele, seus quadris se batendo. "Oh", ela arfou. "Ooohhhh. Ollie."
Ele voltou a beijá-la, profunda e vigorosamente, sua língua brincando com a dela enquanto se empurrava completamente dentro de seu doce calor. Sincero em suas palavras, ele manteve o ritmo lento, dando a ela a chance de se ajustar.
Ela estava respondendo, dando pequenos gemidos que ele achava incrivelmente eróticos. Ela estava tão quente. Tão molhada.
Os quadris dela começaram a subir para encontrar com ele, batendo-se, fazendo-o ir mais rápido. "Ollie. Oh Deus, por favor. Por favor." Ela nem sabia o que estava falando, não sabia exatamente o que estava pedindo. Só queria mais. Mais forte. Mais rápido. Mais.
"Chloe. Porra. Sim." Pensamentos conscientes estavam longe. Ele agarrou os quadris dela, angulou-os levemente e a fodeu profundamente e com força, sentindo seus músculos internos o agarrarem, desejando que ela gozasse logo, porque ele não ia aguentar por muito tempo e isso era a melhor coisa que ele já havia sentido e ele com certeza não ia durar.
Ela cravou as unhas em suas costas, e respirou profunda e tremulamente enquanto seus grandes olhos encontravam os dele, segundos antes de ser atingida pelo orgasmo. Ela gritou, explodindo sob ele, e agradecido, ele foi rodeado por seu próprio alívio.
*-*-*-*
Algum tempo depois, ele a sentiu se mover sob sua mão, que estava preguiçosamente acariciando sua coxa. Ele estava deitado ali, olhos fechados, não adormecido, só pensando. Assim que foi capaz de pensar novamente.
Quem poderia imaginar que Chloe Sullivan, sua séria e eficiente Watchtower, podia ser tão quente na cama?
Certamente não você, antes da noite de sexta, idiota, uma voz interna o relembrou.
Verdade, ele concordou. Mas agora ele sabia. E tinha pena de cada idiota que não sabia. E nunca saberia, se dependesse dele.
Ele sentiu o movimento na cama quando ela se levantou. "Onde você vai?" ele sussurrou.
"Banheiro", ela sussurrou de volta.
Besteira. Ele virou a cabeça a tempo de vê-la recolhendo as roupas do chão, antes de fechar a porta.
Ele se levantou em silêncio e vestiu a calça de volta. Ele estava esperando na porta do banheiro quando ela saiu, completamente vestida, apagando a luz atrás dela. Caminhando rápido, querendo tanto alcançar a porta que não o viu ali. Só percebeu quando ele segurou seu braço, puxando-a contra ele e voltando a sentar na cama com ela.
"Onde você vai?" ele repetiu.
"Eu... estou indo. Já terminamos, não é?" Ela não encontrou seus olhos.
Seu queixo caiu. Ele esperava que ela surtasse um pouco, sim, mas não tinha imaginado que ela fosse surtar tanto assim. "Wow. Você está brincando?"
Ela estava sutilmente tentando se afastar. "Obviamente havia algum tipo de tensão, ou... curiosidade, ou algo entre nós, mas agora está resolvido. Vamos deixar assim."
"O que, nós dois tínhamos uma coceira e agora está tudo resolvido, é isso?" De jeito nenhum ele ia deixá-la sair daquele quarto, muito menos do prédio, antes que conversassem sobre isso. Isto - ela - era muito importante.
Ela levantou o queixo. "Olha, Oliver, ainda temos que trabalhar juntos. Vamos só... podemos esquecer isso e seguir em frente, por favor?"
Ele sentiu como se alguém tivesse lhe dado um soco no estômago. "Porque é isso que você quer? Ou porque é o que você acha que eu quero? Porque não é o que eu quero."
Ela ficou imóvel, confusa. Sua cabeça finalmente se virando pra ele.
"Chloe, eu nunca quis uma noite só. Eu jamais teria começado isso, com você de todas as pessoas, se eu não visse um futuro."
Ela piscou, tentando processar suas palavras. "Um futuro? Como, um relacionamento? Comigo? Isso é ridículo."
"Por que não com você?" ele exigiu. "Você é a pessoa mais inteligente que eu conheço. Você é divertida, interessante e uma boa companhia e linda, e eu acabei de descobrir que você é maravilhosa na cama, e você já conhece todos os meus grandes segredos. Por que diabos eu não iria querer ficar com você?"
"Ah, qual é, Ollie", ela devolveu. "Todos estes anos, você nunca olhou pra mim desse jeito. Um encontro, uma boa transa e de repente você quer ficar comigo? Quem você pensa que engana?"
Ela tentou se afastar, mas ele a segurou.
"Chloe, espera. Escuta. Por favor?" Ela parou de lutar. "Eu tive muito tempo pra pensar depois de sexta." Ele fechou os olhos por um momento, querendo fazer isso direito, dizer a ela o que tinha finalmente conseguido perceber nas últimas vinte e quatro horas. Ele os abriu novamente e olhou pra ela. "Quando você e eu nos conhecemos, você era a melhor amiga de Clark e a prima mais nova da minha namorada e você tinha um namorado, e tudo isso junto se tornou um sinal de Fique Longe. Claro que eu te achei atraente. Mas sempre que eu me pegava pensando assim sobre você, eu imediatamente parava, porque eu tinha você na categoria não toque. Depois de um tempo se tornou um reflexo; eu nem pensava mais conscientemente. E acho que é por isso que, quando finalmente nos distanciamos, nunca me ocorreu... nunca me ocorreu que eu tivesse permissão pra isso. E aí as coisas estavam... do jeito que estavam."
Ela parecia estar ouvindo. "Eu não sei porque eu fiz aquela aposta com você. Mas eu comecei a pensar em você de um jeito diferente na última semana quando estávamos trocando mensagens. E quando você desceu as escadas naquele vestido, e então começamos a nos provocar e nos tocar..." Ele balançou a cabeça. "Você é bonita, sensual, desejável. Eu nunca serei capaz de deixar de pensar isso, depois do que aconteceu. Eu nunca não estarei atraído por você. Sabemos agora que existe algo entre nós. Por que não fazemos uma tentativa?"
A expressão dela era de profunda dúvida. "Porque você não pode... isso não..."
Ele tentou acariciar suas costas gentilmente. Ela não estava se afastando. "Eu sei que é uma ideia assustadora. Pra mim também. Mas você é tão corajosa em tudo na sua vida. Vamos, Chloe", ele continuou. "Arrisque. Arrisque comigo."
Ela desviou o olhar por um momento, então voltou pra ele. "Você está tornando um desafio só pra atingir meu orgulho e espírito competitivo pra eu dizer sim", ela respondeu. "Como fez com a aposta."
Ele a abraçou mais forte. "Viu? Você tem que admitir, eu já te conheço muito bem", ele arriscou provocá-la. Ela mordeu o lábio, tentando não sorrir.
Ela subiu as mãos de seus ombros; agora, conscientemente ou não, ela fechou os dedos no cabelo dele. Ele olhou pra ela, a súplica clara em seu rosto, esperançoso mas ainda não preparado pra declarar vitória.
Só quando ela suspirou e descansou a testa contra a dele, foi que ele soube que ela estava concordando. Ele apertou os braços ao redor dela e inclinou seu rosto para beijá-la.
Ele podia ter perdido a aposta, mas não ia perder a garota.
*-*-*-*
Algumas horas depois, ele olhou pra ela. Tinha conseguindo convencê-la a ir para seu apartamento, para desfrutarem de conforto e privacidade. "Está com fome? Podemos pedir comida. Uma pizza ou alguma outra coisa."
Ela inclinou a cabeça, refletindo. "Podemos alimentar um ao outro com a mão", ele completou, abaixando a voz sedutoramente. "Lamber o molho dos dedos um do outro. Vai ser muuuito sensual." Ela deu risada.
Ele encontrou o telefone, ligou para a pizzaria e então foi para o banheiro. Quando voltou, ela estava deitada ali, olhando sonhadoramente para o teto.
"No que você está pensando?"
Ela olhou pra ele. "Honestamente?"
"Sim, a não ser que vá ferir meus sentimentos."
Ela deu uma risadinha. "Eu estava pensando em tudo que vou fazer com meus servidores."
"Oh, ouch", ele reclamou, deitando ao lado dela. Então ele olhou pra ela de novo. "Espera. Como assim, servidores?"
"Bem, você sabe. A dúzia que você concordou."
"Espera aí. A aposta era um servidor. Um."
" 'Você venceu a aposta, Chloe' ", ela o imitou. " 'Eu vou te comprar um novo servidor. Diabos, eu vou te comprar uma dúzia de servidores. Agora, por favor, fique nua.' Eu posso ter modificado sua frase levemente."
"Ah, qual é", ele protestou. "Eu não estava pensando direito. Você não pode se aproveitar..."
"Uma dúzia. Você prometeu."
"Eu te compro dois."
Ela lhe deu um olhar do tipo você-vai-ter-que-fazer-melhor-do-que-isso. "Dez."
"Três."
"Oito."
"Cinco."
"Seis."
"Ok, seis", ele concedeu. "Mas quando você os colocar em rede e acidentalmente criar uma pane e dizimar a humanidade, não vem chorar pro meu lado."
"Feito", ela disse triunfante.
Ele começou a beijar seu ombro, mordiscando seu caminho até o pescoço dela. "Eu teria te comprado uma dúzia, você sabe."
Ela emaranhou os dedos no cabelo dele, sorrindo. "Eu teria aceito dois."
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Quando ela chegou ao último andar, tomou o cuidado de trancar o elevador. Ele podia acessar o controle manual, mas ela podia bloquear isso também, mas se ele realmente quisesse subir até lá, então teria que atravessar todos os níveis de segurança, e isso faria com que ele chegasse até ela muito irritado.
Se ele tentasse mesmo subir, ela esperava que a porta trancada fosse sinal suficiente pra mostrar que ela não estava bancando a tímida; ela não tinha nenhuma intenção de dormir com ele esta noite. Por favor, não me siga, ela rezou silenciosamente.
Ela não estava tentando provocá-lo ou envergonhá-lo; só tinha chegado ao limite quando estavam dançando, reconhecendo que estava a um sussurro de ceder. Mesmo agora, quando o tinha deixado beijá-la, poderia ter acontecido. Ela estava tão quente e disposta e excitada, e teve que lutar pra não esquecer da aposta. Eu o quero, ele me quer, ou pelo menos ele está fazendo um bom trabalho em fingir que quer, então vamos ver se ele faz jus à publicidade.
Exceto que ela não podia fazer isso. Porque amava seu emprego; amava ter o respeito de Oliver e de seus colegas. Porque na maior parte dos dias a única vantagem que tinha sobre Oliver, além de suas habilidades tecnológicas era o fato de não ter dormido com ele, como faziam muitas garotas que ele conhecia em um bar ou em festas de gente rica.
Depois de quinze minutos mais ou menos do incidente, nenhum alerta do sistema de segurança, ela decidiu que ele não ia subir. Aliviada, ela subiu as escadas e se trocou para uma calça moletom que mantinha ali pra poder dormir, e se enroscou como uma bola nas almofadas, mas demorou muito, muito mesmo, antes de algo parecido com sono chegar.
*-*-*-*
Oliver nunca sentiu tanta vontade de socar uma parede como agora. Ele não o fez por uma variedade de razões: como um arqueiro, não podia ferrar com sua mão; ele acabaria pagando os reparos; e mais importante, ela acessaria as imagens de segurança quando estivesse lá em cima e ele não queria assustá-la ou fazê-la sentir-se insegura na próxima vez que estivessem juntos na mesma sala. O que provavelmente não ia acontecer por alguns dias, até ele se acalmar. MALDIÇÃO, ele estava puto.
Ele já tinha mandado o carro embora, então teve que andar até sua casa, desejando superar um pouco de sua frustração. Ele caminhou pela calçada, de cara feia, não percebendo as pessoas lhe dando olhares curiosos e até atravessando a rua para evitá-lo.
Você teve excesso de confiança, Esperto. E esqueceu contra quem estava jogando. Claro que Chloe disse não. Ela tinha sempre que estar no controle, e ela odeia perder.
Ele começou a tirar as roupas no elevador quando chegou em casa e foi direto para seu quarto vestir uma calça de moletom, passando pela cozinha apenas para pegar uma garrafa de água a caminho da sala de treino. Ele ligou a esteira inclinada e acelerou o ritmo, suando o álcool, tentando queimar a raiva.
Não resolveu. Não para a segunda parte, pelo menos. Ele se puniu levantando pesos, fazendo flexões e mais flexões, centenas delas.
Teve sucesso em cansar o corpo; mas enquanto estava ali parado no chuveiro, segurando-se contra os azulejos, os braços tremendo com a fadiga muscular, mentalmente ainda estava agitado, seu cérebro correndo, seus pensamentos confusos.
Dormir não ia ser fácil, apesar do cansaço. Ele não queria mais álcool, mas nada mais parecia estar ajudando; nem os lençois suaves de sua luxuosa cama, nem a música em seu sistema de som, nem leitura; ele tentou por alguns minutos ler a mesma página e não conseguiu, finalmente jogando seu e-reader do outro lado do quarto em frustração. Ele diminuiu as luzes e se virou de um lado para o outro por quase uma hora antes de cair em um sono atribulado, onde uma Chloe provocante e encantadora assombrava seus sonhos.
Quatro horas insuficientes de sono depois, quando o sol começava a surgir, ele agarrou uma barra de proteína e outra água e voltou para a sala de treino para mais punição. Desta vez ele fez um pouco de boxe depois de correr, acertando o saco de pancadas com força.
Nada estava funcionando. Ele sentou sobre o banco e enterrou a cabeça nas mãos. Tinha acordado diversas vezes durante a noite, ainda excitado só de pensar nela. Lembrando da sensação dela em seus braços, a suavidade de sua pele, o cheiro de seu cabelo.
Tentado como estava a remediar sua ereção teimosa, ele não se permitiu esse alívio. Uma parte dele se recusava a dar a ela esta satisfação, certamente de algum jeito ela saberia, ou ao menos suspeitaria, que o tinha levado a isso. Uma parte dele só não queria tomar conhecimento, mesmo que só pra si mesmo, que Chloe Sullivan o tinha excitado tanto que ele teve que resolver com as próprias mãos.
Brevemente ele considerou chamar outra pessoa. Alguém quente e disposta, alguém sem expectativas de um relacionamento ou até uma refeição depois: transa de uma noite. Ele conhecia um bom número de mulheres que concordaria numa boa com isso.
Mas ele não conseguiria exibir o mesmo entusiasmo ou interesse. Trazer outra mulher para a história agora iria complicar as coisas, e não clarear sua cabeça. E seria terrível da sua parte usar uma mulher, mesmo que ela estivesse disposta, para esquecer outra. Ou como sua boneca inflável pessoal.
Ele considerou ir confrontá-la. Mas sabia que ela estava em casa em Smallville, não na Watchtower - pelo menos era o que o sistema de segurança dizia, embora ele soubesse que ela era mais do que capaz de alterar o sinal. E esse não era um assunto que ele podia levar até Lois.
Inferno, mesmo que ela estivesse na Watchtower, o que ele diria a ela? Como você se atreve a não me achar irresistível? Como você se atreve a tentar vencer uma aposta justa e previsível?
Bufando ao pensamento, ele começou a andar de um lado para o outro da cobertura, algo que ele fazia quando estava pensando, tentando solucionar um problema.
Se ele reconheceu que as duas perguntas eram ridículas, então por que diabos estava tão nervoso? Ele precisava descobrir isso antes que pudesse contemplar se aproximar dela novamente.
Ele estava em seu septuagésimo circuito completo do apartamento quando finalmente percebeu porque estava tão nervoso, e com quem. Não era com Chloe. Era com ele mesmo.
Na maior parte da última semana, e certamente nas últimas quase vinte e quatro horas, ele tinha se recriminado por ficar tão animado e se importar com ela. Não seja ridículo, é só a Chloe, ele tinha dito a si mesmo uma vez seguida da outra, tentando ignorar suas próprias reações somáticas ou zombando de si mesmo por ficar tão excitado só de pensar nela.
E era porque, todo esse tempo - por muito tempo - ele vinha pensando nela e vendo-a através dos olhos de Clark. Ele vinha fazendo isso desde que Clark apresentou os dois em seu celeiro há anos. Embora Chloe fosse um dos poucos assuntos que os dois homens tinham abertamente discordado, um dos muitos assuntos sobre o qual acabaram gritando um com o outro. Mais de uma vez.
Para Clark, Chloe foi e sempre seria sua melhor amiga, sua garota confiável, sua parceira platônica. Ele pensava nela como uma amiga e parceira, não como uma mulher sensual. Ele não a via como desejável porque ele não a desejava.
E de alguma maneira ele, Oliver, tinha inquestionavelmente aceito esse ponto de vista, apesar de ter sido absurdamente estúpido e errado; incrivelmente, empiricamente errado.
Ele estava tendo dificuldade em processar. Todos os sentimentos/pensamentos/impulsos sexuais, ou o que quer que fosse, por Chloe que ele pode ter tido nos últimos três anos -na verdade, ele tinha notado brevemente, de passagem, e deixou de lado porque ele deduziu que era algo que acontecia por reflexo nos homens - e isso caiu sobre sua cabeça como um piano de cauda vindo direto do terceiro andar.
Jesus. Que diabos estava errado comigo? Como eu não vi isso antes?
Ele e Clark tinham o mesmo gosto em - quase nada, na verdade: roupas, comida, carros, música... Lois era uma das poucas coisas nas quais concordaram, e ela era claramente uma exceção; Deus sabe que ele nunca se impressionaria com Lana do jeito que Clark se impressionou.
Por Deus, nem Bart tinha sido tão idiota, embora Oliver soubesse que o jovem admirava Clark. Bart tinha sido esperto o suficiente para ver o quanto Chloe era atraente e deu em cima dela minutos depois de conhecê-la. Ok, talvez ele só estivesse acostumado a fazer tudo em alta-velocidade, mas mesmo assim.
A maior parte de sua raiva tinha desaparecido agora. Ainda havia um resíduo, mas estava direcionado a si mesmo e não a Chloe. E agora que a raiva tinha diminuído, não era mais distração para a outra coisa: a enorme tensão sexual que ainda residia na base de seu estômago como uma âncora.
Eu tenho que me recompor antes de falar com ela.
*-*-*-*
Era começo da tarde de domingo na Watchtower, mas era sete horas mais tarde para AC, que estava na costa da Líbia ajudando a estabilizar um vazamento de um oleoduto no oceano, com Chloe fornecendo logística e assistência técnica.
Depois de duas horas e meia, AC tinha conseguido uma solução temporária. "Isso vai segurar um tempo, pelo menos até a equipe de reparação chegar aqui amanhã", AC disse com satisfação. "Obrigado pela ajuda, Torre."
"Não precisa agradecer", Chloe disse. Pelo menos alguém está falando comigo.
Ele acrescentou, de certo modo com timidez. "Desculpe por todo xingamento."
"Eu nem percebi", Chloe o assegurou. "Meu pai também xinga, quando ele está consertando alguma coisa em casa. Eu sempre deduzi que xingar ajudava a organizar o pensamento."
AC deu risada. "Eu gosto dessa teoria. Vou roubar."
*-*-*-*
Depois de tirar o comunicador, ela começou sua rotina de fazer alguns scans, checou os dados de downloads e arquivos de vídeo. Basicamente tudo que não tinha feito no dia anterior porque estava muito nervosa pra ir até lá.
Diabos, ela não estaria ali hoje se AC não tivesse pedido sua ajuda.
Ela levantou cedo no sábado, vestiu um jeans sem se preocupar com o banho, destravou o sistema de segurança e voltou para Smallville o mais rápido que seu pequeno carro a permitia. Ela tinha deixado o vestido aqui, não querendo olhar ou lidar com ele, não querendo explicar para Lois. Ainda havia uma chance de ter que acabar desembuchando tudo, dependendo das consequências de seu encontro.
Deus, ela esperava que ele não a demitisse.
Ou alternativamente, não a demitisse, mas ficasse ressentido pra sempre.
Ela estava no loft, verificando as anotações sobre a missão de AC quando ouviu o barulho distinto de passos atrás dela, subindo a escada dois degraus de cada vez. Ela se virou, com tempo suficiente apenas para se perguntar como ele tinha entrado sem que ela fosse alertada pelo sistema de segurança quando ele a envolveu, seus braços de cada lado de seu corpo, recostando-a contra a mesa.
"Você venceu."
À declaração concisa, seus olhos encontraram os dele. Ela estava apreensiva, a mesma sensação que teve no labirinto se repetindo. "Achei que tivéssemos concordado com isso no fim do nosso encontro, quando eu disse tchau no elevador."
"Eu estou tornando oficial. Você venceu. Eu vou te comprar um novo servidor. Diabos, eu vou te comprar uma dúzia de servidores. Eu não seduzi você, você me seduziu. Mas--"... sua voz baixou... "-- faz mais de trinta e seis horas desde que você me deixou no pior caso de excitação desde que eu estava no colégio. Eu ainda quero você, e eu não consigo parar de pensar em você. O que você me diz sobre isso, Chloe?"
Não. Seu estômago imediatamente despencou em tensão; ela se recusava a identificar o tipo de tensão. "Você não me quer", ela disse, virando-se para o computador. "Você só acha que me quer porque não me teve, e é provavelmente a primeira vez que isso acontece com você há algum tempo. Ou talvez a primeira vez desde sempre."
A mão dele subiu para segurar seu rosto quando ela começou a se afastar, fazendo-a virar de volta. O polegar dele acariciando gentilmente seu rosto; a mandíbula travada dele e a expressão em seus olhos não eram gentis. "O diabo que eu não te quero." Ele se pressionou contra ela, só o suficiente para ela sentir sua ereção contra a barriga. "Isso parece desinteresse pra você? Porque eu estou assim desde que você desceu as escadas na sexta à noite."
Ela começou a balançar a cabeça em negativa, já desconsiderando as palavras dele. "Era uma aposta. Estávamos tentando vencer. Tentando provocar o outro. Era só provocação."
"Era?" Uma mão estava envolta em seu cabelo agora, puxando o rosto dela mais perto do dele; a outra segurava seu quadril, puxando-a pra ele. "Talvez sim. Mas eu honestamente não consigo me lembrar de ficar tão empolgado num primeiro encontro antes. E você correu no final porque estava com medo, não estava? Eu podia sentir você tremendo em meus braços quando estávamos dançando."
Ele se inclinou mais perto, os lábios perto do ouvido dela, sua voz só um sussurro. "Do jeito que você está agora."
Era verdade. A proximidade do corpo dele, o calor, o toque, a intensidade... a imprevisibilidade... tudo a fazia sentir-se vulnerável e exposta. Ela estava com os joelhos fraquejando e sim, tremendo.
"Todo o final de semana, eu venho pensando em você naquele vestido. Pensando em como seria correr minhas mãos por dentro dele. Eu venho fantasiando em arrancá-lo de você. Ver o que você usava por baixo, e então tirar isso também. E tocar seu corpo inteiro. Pensando em como sua pele deve ser macia." Agora os lábios dele estavam tocando seu ouvido, o movimento deles enquanto falava tornando seu tremor incontrolável. "Sobre o que você tem fantasiado, Chloe?"
Tudo que ele tinha dito. As mãos dele nela, a boca. Tirar a roupa dele e fazer a mesma exploração de seu corpo.
Ela engoliu em seco, respirou fundo, e descobriu que estava sem fala.
Uma traidora voz em sua cabeça perguntou, Seria tão errado? Ele está bem aqui, agora, e ele me quer. Eu nunca me perguntei como Oliver Queen seria na cama?
Seria fácil ceder. Tudo que ela tinha que fazer era se inclinar, só um pouco. Erguer o rosto pra ele, colocar suas mãos nele.
Mas ela estava paralisada. Ela não conseguia fazer isso. Um último vestígio de auto-preservação, talvez.
"Fala que você não está excitada agora, Chloe. Fala que você não me quer." O polegar dele deslizou provocativamente sobre seu lábio inferior.
Ela não podia. Não conseguia mentir pra si mesma. Não seria capaz de mentir bem o suficiente para convencê-lo, enfim. E ela não conseguiria se segurar mais: ela virou a cabeça levemente e deixou o polegar dele deslizar dentro de sua boca, chupando-o, mordendo-o gentilmente.
Ele fez um som entre um gemido e um grunhido, puxando-a com força contra ele e descendo os lábios contra os dela. E então ela estava basicamente perdida.
Ela não era mais Chloe, ou a Watchtower. Ela não era a mulher racional e competente que dirigia o lugar e coordenava a equipe dele. Ela era uma criatura entregue a todas as sensações e impulsos nervosos, repleta de calor e desejo.
As mãos dela subiram, agarrando o cabelo dele enquanto era devorada por sua boca, a língua dele roçando a sua. Ela derreteu contra aquele peito musculoso. Os braços dele tão fortes ao seu redor, o suficiente pra fazê-la perder o fôlego, mas ela estava longe de se importar; ela não conseguiria respirar de jeito nenhum.
Os lábios deles se encontraram novamente, gananciosos e vorazes. Ela estava inebriada pelo beijo, mais do que ficara pelo vinho na outra noite. Uma das mãos dele subiu para segurar sua cabeça. Ela se sentiu completamente rodeada, envelopada por ele.
Eventualmente as mãos dele começaram a passear. Por dentro de sua blusa, onde seu toque inicial na pele nua a fez arfar em choque. Então em seus seios, onde o rápido toque e gentil aperto fez suas costas arquearem e se pressionar contra ele, querendo mais. Então agarrando sua bunda, apertando-a enquanto enfiava uma perna entre as dela.
Os pequenos sons que ele arrancou dela pareceram fazê-lo despertar. Ele a tirou do chão, sua boca ainda na dela. "Chloe", ele arfou. "Passe suas pernas ao meu redor."
Espera. Isso era loucura. Ok, a maior parte do time estava espalhada pelo mundo, e eles não apareciam regularmente, mas Emil passava ali algumas vezes, especialmente nos finais de semana. Ele podia entrar a qualquer minuto.
Isso não faz parte da emoção? Perguntou uma das vozes em sua mente. A exposição, o risco? Saber que poderiam ser pegos?
Eu não me importo, ela pensou. Eu quero isso. Eu o quero.
Eles foram até o quarto de dormir dela, a cama feita desde que ela tinha saído no começo do dia anterior. Ela soltou as pernas e ele a colocou no chão, mas continuou abraçando-a, parcialmente segurando-a. Ele tirou a blusa dela num breve movimento e olhou pra ela, seu olhar quente e desfocado.
"Deus. Chloe", ele disse, mais pra si mesmo do que pra ela.
Os lábios deles mal haviam se separado desde que tinha começado a beijá-la, mas agora ele estava descendo por seu pescoço, pelo alto de seus seios. A cabeça dela caiu pra trás em prazer enquanto ele explorava seu corpo.
"Macia", ele arfou em sua pele. Ela sentiu um pequeno e longínquo senso de triunfo que ele não fosse capaz de produzir uma frase inteira agora.
Ela deslizou as mãos por dentro da camisa dele, sentindo seus músculos abdominais retesarem quando os tocou. Ele conseguiu afastar os lábios o suficiente para tirar a camiseta e então puxá-la contra ele de novo.
Ela tinha visto seu peito nu antes, mas jamais pensou em um milhão de anos que um dia estaria pressionada contra ele, pele contra pele, mapeando os planos firmes com as pontas dos dedos.
Ela respirou fundo quando ele deslizou uma mão entre suas pernas, acariciando-a, massageando-a. Ela agarrou os braços dele desesperadamente; suas pernas mal conseguindo mantê-la em pé.
Com uma incrível economia de movimentos, ele abriu a calça dela e a desceu alguns centímetros, então segurou sua bunda novamente, empurrando a calcinha de lado.
"Deus, sua bunda", ele disse, sua voz com um tom reverente.
Ele a fez caminhar de costas até ela sentiu a cama. Empurrando-a para o colchão, ele terminou de tirar sua calça e sua calcinha e jogou tudo para o lado, então abriu o fecho de seu sutiã e o tirou antes que ela pudesse piscar.
Ele pairou sobre ela, observando-a, seu olhar intenso, atento. Os dois respiravam com dificuldade. Ela teve o instinto de cobrir o peito com as mãos.
"Não", ele disse, rapidamente tirando sua própria calça e deslizando sobre ela, apoiando-se em seus braços. "Tão sensual."
Ele começou a brincar com seus seios, estalando os mamilos com os polegares, beijando-os, lambendo-os, chupando-os. Ela estava se contorcendo.
Oh Deus. Isso era... ela nem conseguia... "Oh, Deus." Cada centímetro de seu corpo, cada milímetro estava tão quente, tão vermelho, tão excitado, tão vivo. Não havia nada que ela não quisesse que ele fizesse com suas mãos e boca.
Ela podia sentir o comprimento da excitação dele, quente e dura contra sua coxa, e estendeu a mão para tocá-lo. Ele respirou fundo quando a mão dela tentou envolver seu mastro rígido.
Enquanto a pequena mão explorava sua ereção, lentamente o acariciando, ele gemeu. "Porra. Chloe." Ele voltou até sua boca, beijando-a, tornando mais fácil que ela o alcançasse.
Ela estava excitada e intimidada pelo tamanho dele. Ele era muito maior do que ela jamais... fazia muito tempo pra ela; como isso ia funcionar?
Sentindo a apreensão, ele sussurrou contra seus lábios. "Eu vou devagar."
Então os dedos dele estavam entre suas pernas de novo, acariciando-a. "Tão molhada. Tão molhada pra mim."
Um pequeno choramingo lhe escapou à intimidade das palavras, a sensação dos dedos dele dentro dela, tocando sua pele mais delicada.
Ele deve ter tirado uma camisinha do bolso enquanto tirava a calça: ele rasgou o pequeno quadrado com o dente e então a colocou antes que ela percebesse o que ele estava fazendo.
Ele se inclinou sobre ela novamente, fechando seu olhar com o dela enquanto entrava em seu núcleo. Lentamente, muito lentamente ele se afundou dentro dela, observando-a atentamente. Ele a ouviu prender o ar, as unhas cravando seus bíceps, mas ele não via dor. A respiração dela estava curta, os olhos arregalados, enquanto ele se enterrava até o fim.
"Tudo bem?" ele sussurrou.
Ela assentiu, seus dedos ainda agarrando os braços dele. "Só..."
Ela não parecia ter fôlego para terminar a frase, mas ele deduziu que ...me dê um minuto era o resto. Com esforço hercúleo ele deixou o corpo imóvel, apenas tirando o cabelo dela do rosto, roçando os lábios contra os dela.
Depois de alguns momentos, ela relaxou infinitesimalmente. E ele empurrou os quadris, só um pouco, contra ela.
Ele começou a se mover. Jesus, ela era tão apertada.
Ela começou a se mover com ele, seus quadris se batendo. "Oh", ela arfou. "Ooohhhh. Ollie."
Ele voltou a beijá-la, profunda e vigorosamente, sua língua brincando com a dela enquanto se empurrava completamente dentro de seu doce calor. Sincero em suas palavras, ele manteve o ritmo lento, dando a ela a chance de se ajustar.
Ela estava respondendo, dando pequenos gemidos que ele achava incrivelmente eróticos. Ela estava tão quente. Tão molhada.
Os quadris dela começaram a subir para encontrar com ele, batendo-se, fazendo-o ir mais rápido. "Ollie. Oh Deus, por favor. Por favor." Ela nem sabia o que estava falando, não sabia exatamente o que estava pedindo. Só queria mais. Mais forte. Mais rápido. Mais.
"Chloe. Porra. Sim." Pensamentos conscientes estavam longe. Ele agarrou os quadris dela, angulou-os levemente e a fodeu profundamente e com força, sentindo seus músculos internos o agarrarem, desejando que ela gozasse logo, porque ele não ia aguentar por muito tempo e isso era a melhor coisa que ele já havia sentido e ele com certeza não ia durar.
Ela cravou as unhas em suas costas, e respirou profunda e tremulamente enquanto seus grandes olhos encontravam os dele, segundos antes de ser atingida pelo orgasmo. Ela gritou, explodindo sob ele, e agradecido, ele foi rodeado por seu próprio alívio.
*-*-*-*
Algum tempo depois, ele a sentiu se mover sob sua mão, que estava preguiçosamente acariciando sua coxa. Ele estava deitado ali, olhos fechados, não adormecido, só pensando. Assim que foi capaz de pensar novamente.
Quem poderia imaginar que Chloe Sullivan, sua séria e eficiente Watchtower, podia ser tão quente na cama?
Certamente não você, antes da noite de sexta, idiota, uma voz interna o relembrou.
Verdade, ele concordou. Mas agora ele sabia. E tinha pena de cada idiota que não sabia. E nunca saberia, se dependesse dele.
Ele sentiu o movimento na cama quando ela se levantou. "Onde você vai?" ele sussurrou.
"Banheiro", ela sussurrou de volta.
Besteira. Ele virou a cabeça a tempo de vê-la recolhendo as roupas do chão, antes de fechar a porta.
Ele se levantou em silêncio e vestiu a calça de volta. Ele estava esperando na porta do banheiro quando ela saiu, completamente vestida, apagando a luz atrás dela. Caminhando rápido, querendo tanto alcançar a porta que não o viu ali. Só percebeu quando ele segurou seu braço, puxando-a contra ele e voltando a sentar na cama com ela.
"Onde você vai?" ele repetiu.
"Eu... estou indo. Já terminamos, não é?" Ela não encontrou seus olhos.
Seu queixo caiu. Ele esperava que ela surtasse um pouco, sim, mas não tinha imaginado que ela fosse surtar tanto assim. "Wow. Você está brincando?"
Ela estava sutilmente tentando se afastar. "Obviamente havia algum tipo de tensão, ou... curiosidade, ou algo entre nós, mas agora está resolvido. Vamos deixar assim."
"O que, nós dois tínhamos uma coceira e agora está tudo resolvido, é isso?" De jeito nenhum ele ia deixá-la sair daquele quarto, muito menos do prédio, antes que conversassem sobre isso. Isto - ela - era muito importante.
Ela levantou o queixo. "Olha, Oliver, ainda temos que trabalhar juntos. Vamos só... podemos esquecer isso e seguir em frente, por favor?"
Ele sentiu como se alguém tivesse lhe dado um soco no estômago. "Porque é isso que você quer? Ou porque é o que você acha que eu quero? Porque não é o que eu quero."
Ela ficou imóvel, confusa. Sua cabeça finalmente se virando pra ele.
"Chloe, eu nunca quis uma noite só. Eu jamais teria começado isso, com você de todas as pessoas, se eu não visse um futuro."
Ela piscou, tentando processar suas palavras. "Um futuro? Como, um relacionamento? Comigo? Isso é ridículo."
"Por que não com você?" ele exigiu. "Você é a pessoa mais inteligente que eu conheço. Você é divertida, interessante e uma boa companhia e linda, e eu acabei de descobrir que você é maravilhosa na cama, e você já conhece todos os meus grandes segredos. Por que diabos eu não iria querer ficar com você?"
"Ah, qual é, Ollie", ela devolveu. "Todos estes anos, você nunca olhou pra mim desse jeito. Um encontro, uma boa transa e de repente você quer ficar comigo? Quem você pensa que engana?"
Ela tentou se afastar, mas ele a segurou.
"Chloe, espera. Escuta. Por favor?" Ela parou de lutar. "Eu tive muito tempo pra pensar depois de sexta." Ele fechou os olhos por um momento, querendo fazer isso direito, dizer a ela o que tinha finalmente conseguido perceber nas últimas vinte e quatro horas. Ele os abriu novamente e olhou pra ela. "Quando você e eu nos conhecemos, você era a melhor amiga de Clark e a prima mais nova da minha namorada e você tinha um namorado, e tudo isso junto se tornou um sinal de Fique Longe. Claro que eu te achei atraente. Mas sempre que eu me pegava pensando assim sobre você, eu imediatamente parava, porque eu tinha você na categoria não toque. Depois de um tempo se tornou um reflexo; eu nem pensava mais conscientemente. E acho que é por isso que, quando finalmente nos distanciamos, nunca me ocorreu... nunca me ocorreu que eu tivesse permissão pra isso. E aí as coisas estavam... do jeito que estavam."
Ela parecia estar ouvindo. "Eu não sei porque eu fiz aquela aposta com você. Mas eu comecei a pensar em você de um jeito diferente na última semana quando estávamos trocando mensagens. E quando você desceu as escadas naquele vestido, e então começamos a nos provocar e nos tocar..." Ele balançou a cabeça. "Você é bonita, sensual, desejável. Eu nunca serei capaz de deixar de pensar isso, depois do que aconteceu. Eu nunca não estarei atraído por você. Sabemos agora que existe algo entre nós. Por que não fazemos uma tentativa?"
A expressão dela era de profunda dúvida. "Porque você não pode... isso não..."
Ele tentou acariciar suas costas gentilmente. Ela não estava se afastando. "Eu sei que é uma ideia assustadora. Pra mim também. Mas você é tão corajosa em tudo na sua vida. Vamos, Chloe", ele continuou. "Arrisque. Arrisque comigo."
Ela desviou o olhar por um momento, então voltou pra ele. "Você está tornando um desafio só pra atingir meu orgulho e espírito competitivo pra eu dizer sim", ela respondeu. "Como fez com a aposta."
Ele a abraçou mais forte. "Viu? Você tem que admitir, eu já te conheço muito bem", ele arriscou provocá-la. Ela mordeu o lábio, tentando não sorrir.
Ela subiu as mãos de seus ombros; agora, conscientemente ou não, ela fechou os dedos no cabelo dele. Ele olhou pra ela, a súplica clara em seu rosto, esperançoso mas ainda não preparado pra declarar vitória.
Só quando ela suspirou e descansou a testa contra a dele, foi que ele soube que ela estava concordando. Ele apertou os braços ao redor dela e inclinou seu rosto para beijá-la.
Ele podia ter perdido a aposta, mas não ia perder a garota.
*-*-*-*
Algumas horas depois, ele olhou pra ela. Tinha conseguindo convencê-la a ir para seu apartamento, para desfrutarem de conforto e privacidade. "Está com fome? Podemos pedir comida. Uma pizza ou alguma outra coisa."
Ela inclinou a cabeça, refletindo. "Podemos alimentar um ao outro com a mão", ele completou, abaixando a voz sedutoramente. "Lamber o molho dos dedos um do outro. Vai ser muuuito sensual." Ela deu risada.
Ele encontrou o telefone, ligou para a pizzaria e então foi para o banheiro. Quando voltou, ela estava deitada ali, olhando sonhadoramente para o teto.
"No que você está pensando?"
Ela olhou pra ele. "Honestamente?"
"Sim, a não ser que vá ferir meus sentimentos."
Ela deu uma risadinha. "Eu estava pensando em tudo que vou fazer com meus servidores."
"Oh, ouch", ele reclamou, deitando ao lado dela. Então ele olhou pra ela de novo. "Espera. Como assim, servidores?"
"Bem, você sabe. A dúzia que você concordou."
"Espera aí. A aposta era um servidor. Um."
" 'Você venceu a aposta, Chloe' ", ela o imitou. " 'Eu vou te comprar um novo servidor. Diabos, eu vou te comprar uma dúzia de servidores. Agora, por favor, fique nua.' Eu posso ter modificado sua frase levemente."
"Ah, qual é", ele protestou. "Eu não estava pensando direito. Você não pode se aproveitar..."
"Uma dúzia. Você prometeu."
"Eu te compro dois."
Ela lhe deu um olhar do tipo você-vai-ter-que-fazer-melhor-do-que-isso. "Dez."
"Três."
"Oito."
"Cinco."
"Seis."
"Ok, seis", ele concedeu. "Mas quando você os colocar em rede e acidentalmente criar uma pane e dizimar a humanidade, não vem chorar pro meu lado."
"Feito", ela disse triunfante.
Ele começou a beijar seu ombro, mordiscando seu caminho até o pescoço dela. "Eu teria te comprado uma dúzia, você sabe."
Ela emaranhou os dedos no cabelo dele, sorrindo. "Eu teria aceito dois."
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Finalmente, né pessoal?
ResponderExcluirPra quem não desistiu de ler, desculpem imensamente a demora!!!!
Pobre Oliver andando por ai com um caso cronico de ereção kkkkk tudo por causa da doida da Chloe , mas o fim foi hot , muitooooooooo hot . : )
ResponderExcluirAlice
Que bom que gostou, Alice! :D
ExcluirAdorei, especialmente o diálogo entre eles, lógico que a parte hot foi HOOOOOOOOOTTTTTT, mas eu amo muito quando eles estão se provocando... o diálogo final foi muito fofo!!!!
ResponderExcluirMuito obrigada Sofia pela dedicação!
Também adoro as conversas Chlollie. Que bom que gostou da fic, Luciana. :D
ExcluirMEU DEUS!
ResponderExcluircalma, que não posso escrever por que estou morta
Como fazer sentido depois de uma fanfiction dessas? Deus, eu preciso comentar mais de uma vez pra ter certeza de que é real.
Excluirby the way, quem traduziu? ótima tradução! VOCÊ QUE TRADUZIU, VOU TE ACHAR E TE DAR UM BEIJO! EWQREWREWRERER
ExcluirRs... Que bom que gostou, Bia! :D
ExcluirEu adoro as reflexões do Oliver, fantástico... e bem, Chloe surtando é impagável... hahahaha
ResponderExcluirAdoro as provocações... adoro tudo... adorei tudo sobre esta fic... e a parte hot, foi REALMENTE H.O.T... WOW!!!
Maravilha de fic, Sofia... ótima escolha!!
Valeu pela tradução.... Obrigada!!
Aguardando mais...
GIL
Que bom que gostou, GIL. Também achei maravilhosa!!!
ExcluirSim, sempre! :D
Fic maravilhosa!!!!!!!
ResponderExcluirObrigada pela Tradução!!!!!!!
Adorei!!!!!!!!!
Que bom que gostou, Karina! :D
Excluir