Resumo: Baseada nos acontecimentos de Smallville Season 11 - Haunted. Esta é uma cena que faltou depois da edição #39, então contém spoilers. Chloe e Oliver discutem seu futuro.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: PG-13
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"Ter um bebê com uma crise a caminho...?" Chloe murmurou enquanto Ollie a ajudava a se levantar, suas pernas ainda estavam fracas. "Como vamos fazer isso?"
"Eu não sei..." Ele passou os braços ao redor dela, tentando engolir a bile que subia por sua garganta. Bart estava morto.
Ela fechou os olhos e passou os braços ao redor dele também, puxando-o o mais perto possível. Os pensamentos que corriam por sua cabeça fazendo-a sentir-se tonta.
Ele apertou o abraço em retorno. Podia sentir o braço dela tremendo e ele fechou os olhos, sabendo que não havia nada que pudesse fazer para ajudá-la. Para ajudar nenhum deles.
Chloe não se mexeu por todo um momento, ela não conseguiria se quisesse. Precisava se apoiar nele pra ficar em pé. Mas não conseguia ficar apenas parada ali, tinha que fazer alguma coisa, precisava descobrir o que tinha que fazer. "Eu preciso encontrá-lo", ela sussurrou, afastando-se do marido e levantando a cabeça para olhar para o globo onde as palavras Impulse: offline ainda brilhavam.
"Você ouviu o Clark", ele sussurrou, observando-a se afastar. "Ele se foi, Chloe." Ele sentiu as lágrimas ao pronunciar as palavras.
"Ele não pode simplesmente desaparecer, Oliver", ela disse, indo até a mesa para que pudesse se sentar, alcançando o teclado assim que se sentou.
"Eu não... Eu não acho que ele desapareceu", ele murmurou, correndo as mãos pelo rosto.
Ela sentiu os olhos encherem de lágrimas e olhou pra ele, então balançou a cabeça, tentando se concentrar no computador novamente. "Ele não pode estar."
Oliver não respondeu. Ele parou atrás dela, descansando as mãos em seus ombros e apertando levemente.
Ela digitava o mais rápido que suas mãos permitiam, tentando se conectar ao comunicador, ou pelo menos, rastrear sua posição de todo jeito que conseguia pensar. Mas não estava em lugar nenhum. Ele estivera em todos os lugares apenas momentos antes e agora tinha sumido, desaparecido.
Ele fechou os olhos, fungando baixinho. Lembrando do dia que conhecera Bart como se tivesse acontecido um dia antes. E agora ele tinha simplesmente ido embora.
Chloe o ouviu e respirou fundo, afastando as mãos do teclado e cobrindo as dele antes de levantar a cabeça.
"É muito injusto", ele sussurrou, sem abrir os olhos.
"Eu sei", ela sussurrou de volta, respirando fundo enquanto se levantava. Ela não estava desistindo de Bart, ainda não. Mas se Clark não conseguia encontrá-lo, ela não achava que teria muita sorte.
Uma lágrima desceu pelo rosto dele, raiva e desespero tomando sua expressão.
Ela travou a mandíbula e se aproximou, passando os braços ao redor do pescoço dele e puxando-o em sua direção mais uma vez.
Ele enterrou o rosto em seu pescoço, prendendo a respiração. Seu peito estava tão apertado que ele sentia como se fosse explodir.
Ela segurou sua nuca e o abraçou, fechando os olhos enquanto sentia suas próprias lágrimas correrem pelo rosto. "Ele pode ainda estar por aí", ela sussurrou.
Oliver queria acreditar nisso. Acreditar nela. Mas não podia. Não nesse assunto. Ele engoliu em seco. A expressão no rosto dela era igual a sua, e ele sabia que no fundo, ela não acreditava que Bart ainda estava vivo, não mais do que ele. Ele segurou o rosto dela e deu um beijo em sua testa.
Chloe respirou fundo e então olhou pra baixo, fechando os dedos no cabelo dele enquanto sentia seu estômago revirar novamente. Ela não podia dizer a ele o que estava pensando, não podia deixá-lo saber o quanto estava aterrorizada com o que tudo isso significava. Mas não podia se impedir de pensar, de tentar decidir se deveriam não ter filho nenhum se era esse o tipo de vida que eles teriam.
"Você parece que vai vomitar", ele sussurrou, preocupado enquanto passava um braço ao redor da cintura dela.
Ela também sentia como se fosse vomitar. "Vamos nos sentar", ela sussurrou, levantando a cabeça para olhar pra ele.
Oliver a conduziu de volta para a cadeira, ajudando-a a se sentar. "Vou pegar uns biscoitos", ele murmurou, colocando o cabelo dela atrás da orelha.
Chloe queria dizer não, não queria que ele saísse de vista, mas ao mesmo tempo, se sentia culpada só de olhar pra ele, então ela olhou pra baixo ao invés.
"Volto logo." Ele beijou o alto de sua cabeça e foi para a cozinha.
Chloe correu as mãos pelo rosto, virando-se para olhar para o monitor e checar as buscas que tinha iniciado momentos antes. Todos os resultados permaneciam os mesmos, então ela respirou tremulamente e olhou pra baixo de novo. Com Bart, ver o outro Oliver ser assassinado, e sentir o quão vazia e perdida sua outra versão tinha se sentido, ela não parecia conseguir encontrar algo bom em sua cabeça para se agarrar.
Oliver retornou um momento depois, carregando um pacote de biscoito e um copo de água tônica. Ele parou ao lado dela e colocou as coisas sobre a mesa, em seguida puxando uma cadeira e sentando-se ali, os ombros caindo.
Ela olhou pra ele depois de um momento e respirou fundo. "O que vamos fazer?"
"Eu não sei", ele admitiu, entregando um dos biscoitos pra ela. Odiava admitir isso. Ele deveria ter as respostas. Deveria ser o mais forte ali, o que cuidava dela pra variar, e tudo que ele queria fazer era se esconder do mundo.
Ela pegou o biscoito, mesmo não tendo nenhuma intenção de comê-lo, e procurou pela mão dele com a que estava livre.
Ele deslizou os dedos entre os dela, balançando a cabeça. "Eu sinto muito", ele sussurrou.
Ouvi-lo se desculpar aumentava sua dor. "Por quê?" ela sussurrou de volta, virando-se para olhar pra ele.
Oliver correu uma mão pelo rosto. "Por não saber como resolver tudo", ele admitiu.
"Talvez não devamos resolver nada", ela disse, olhando para o colo.
"O que devemos fazer então?" Ele também olhou pra baixo, encarando o chão.
"Eu não sei", ela respondeu, balançando a cabeça. "Mas talvez não possamos impedir."
Ele olhou pra ela. "A crise?"
Engolindo com dificuldade, ela assentiu e olhou pra baixo de novo.
Oliver ficou em silêncio por um longo momento. "Quando você estava longe... trabalhando com o Esquadrão Suicida, eu quis parar", ele admitiu. "Eu quis desistir. Mas então eu lembrei do que você tinha feito por mim. Para me salvar. E eu não podia te decepcionar. Eu não podia simplesmente desistir."
Ela sentiu os olhos encherem de lágrima de novo enquanto o observava, fechando a mão ao redor da dele. "Eu só sinto como se já tivéssemos sobrevivido a muita coisa. Como se pudéssemos escapar apenas algumas vezes antes de acabarmos como eles."
Ele sabia o que ela estava falando. Ele entendia. Mas ele apertou sua mão, olhando pra ela com os olhos cheios de lágrimas. Então, ele pressionou a mão dela em seus lábios, beijando sua palma. "Eu não posso te fazer nenhuma promessa. Deus sabe como eu gostaria de poder. Mas não podemos desistir, Chloe. Não podemos."
"Eu sei disso", ela disse. O que mais eles fariam se desistissem? Assistir tudo desmoronar de uma distância segura? Esperar chegar a vez deles? Não. Eles não eram assim. Eles lutariam. Mas isso não significava que fossem conseguir. Exceto que ela não podia dizer isso a ele.
"Eu sei o que você está pensando", ele murmurou. "Eu também estou assustado. Por nós. Por este bebê. Pela nossa família e amigos." Ele prendeu a respiração e se aproximou dela, pressionando a cabeça dela contra sua mandíbula.
O peito dela apertou e ela se virou para olhar pra ele, seus olhos marejados novamente. Ela não estava com medo, estava apavorada. Nunca havia sentido tanto medo na vida, nunca tinha se sentido tão vulnerável e embora estivesse disposta a dar sua vida para protegê-lo, ou qualquer um deles, trazer o filho deles pra isso a fazia sentir como se estivesse falhando antes mesmo de ele nascer.
"Vamos resolver isso. De algum jeito", ele sussurrou. "Lembra quão ruins foram as coisas com Darkseid? E Zod?"
"Não é a mesma coisa", ela sussurrou de volta, sua voz tremendo.
"Não. Mas também foram assustadoras. E agora temos mais razão do que nunca para lutar." Ele levou a mão até a bochecha dela.
"Agora temos tudo a perder", ela disse, inclinando-se ao toque.
Oliver engoliu em seco, assentindo.
"Eu sinto muito", ela sussurrou, virando o rosto e pressionando os lábios na palma dele.
"Shh", ele sussurrou, sentando-se na beirada da cadeira. "Você não tem nada pelo que se desculpar."
Ele não fazia ideia. "Oliver", ela sussurrou, finalmente colocando o biscoito que ele lhe deu de volta na mesa e estendendo a mão para segurar a mão dele que estava em seu rosto. "E se não era a hora?"
"Como assim?" Ele franziu a testa, balançando a cabeça.
"E se a crise acontecer, e se o mundo virar algo igual ao que a outra Chloe viu, ou o que Lois viu no futuro, quando Zod estava no controle", ela sussurrou. "O que acontece com o bebê, então?"
Ele sentiu o estômago revirar ao pensar nas palavras dela. "Não vamos deixar isso acontecer. Clark não vai deixar isso acontecer."
Chloe engoliu em seco e olhou pra baixo, forçando-se a assentir. Ela odiava a ideia, nem sabia se poderia fazer algo assim. Mas era responsabilidade deles proteger o bebê.
"Chloe." A voz dele era quase inaudível. "Você está..." Ele não conseguia fazer a pergunta que girava em sua mente.
As palavras deixadas no ar eram altas e claras e ela sabia que ele havia entendido o que ela quis dizer, mas o medo na voz dele parecia mais forte do que o dela. "Eu não sei", ela sussurrou, sem conseguir olhar pra ele. "Eu não sei como mantê-lo em segurança."
Pela segunda vez naquela noite, ele sentiu a bile em sua boca e correu a mão pelo rosto cansadamente, descansando a cabeça nas mãos.
Quando ele afastou as mãos, ela olhou pra ele, seu rosto preocupado. Respirando fundo, ela olhou para sua barriga ainda lisa, impedindo-se de levar as mãos até lá e apenas descansando-as em seu colo. Embora a ideia de interromper a gravidez para proteger o bebê ainda fizesse sentido, ela não queria pensar em como seria perdê-la de repente. Não queria pensar no que isso faria a Ollie, especialmente se não conseguissem encontrar Bart.
"Podemos apenas... não falar sobre isso agora?" ele sussurrou, sem olhar pra ela. "Nós acabamos... Bart se foi, e.. acho que não devemos tomar nenhuma decisão assim agora." Sua voz era seca, como se estivesse tentando não chorar.
Respirando fundo, ela assentiu novamente e levantou a cabeça, seus olhos nele embora ele não estivesse olhando pra ela. "Vou tentar encontrar Bart", ela sussurrou. Ela ainda tinha que tentar encontrar as imagens do último lugar em que ele havia estado, embora soubesse que nenhuma câmera no mundo fosse capaz de captar Bart.
Oliver se levantou lentamente, sentindo como se tivesse envelhecido quinze anos nas últimas duas horas. "Não acho que podemos fazer alguma coisa esta noite, Chloe", ele sussurrou. "Vamos pra cama."
Ela olhou para o marido e então balançou a cabeça enquanto se levantava também. "Não consigo."
Ele deixou os ombros caírem e fechou os olhos por um momento.
"Eu só preciso tentar", ela disse baixinho, hesitando antes de levar a mão até o rosto dele. Sabia que o estava desapontando, assustando ainda mais do que ele já estava.
"Eu sei", ele murmurou, abrindo os olhos, mas sem encontrar seu olhar. "Eu uh-- Deveria tentar patrulhar. Clark está longe."
Chloe respirou fundo e afastou a mão. Não queria que ele saísse, mas ele não saía para patrulhar desde que ela fez o procedimento para tomar as lembranças da outra Chloe e deduziu que isso fosse ajudá-lo. "Fique por perto?"
"Sim", ele disse baixinho, dando um beijo em sua testa. "Vou levar um comunicador."
"Estarei online", ela disse, a voz forçada.
"Eu te amo", ele sussurrou em seu ouvido.
Chloe fechou os olhos e virou a cabeça na direção dele, seus lábios roçando sua mandíbula. "Eu te amo."
Ele passou os braços ao redor dela, abraçando-a com força por um longo momento. "Volto logo."
Ela passou os braços ao redor dele com a mesma força, mantendo os olhos fechados enquanto enterrava o rosto no peito dele. "Estarei aqui", ela prometeu.
Oliver a abraçou com força, descansando o queixo sobre sua cabeça. Ele ia patrulhar. Mas isso podia esperar mais alguns minutos. Quem sabia quanto tempo eles ainda tinham juntos?
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Tenso Chloe pensando em tirar o bebê , isso me faz pensar que realmente eles não tinham lugar nos quadrinhos neste momento diante de toda esta crise . Adoro estas autoras elas adoram uma angustia e conseguem deixar um situação escura em trevas total lol . Grande fic .
ResponderExcluirAlice
Pois é, não gosto da Chloe pensando em tirar o bebê, mas se fosse na vida real, sabendo que há uma crise por vir, vc não vai querer seu filho passando por isso, mas uma vez que ela já está grávida, sei lá, acho que deve ter sido o choque que a fez pensar nisso. É, a fic é bem angst, acho que escolhi pq combina com meu espírito agora que não teremos mais Chlollie... :(
ExcluirBem pensado, Alice... enquanto lia eu pensava o mesmo, é muita angústia... ainda bem que já sabemos que eles decidiram por proteger o bebê... mas, não deixa de ser triste =/
ResponderExcluirÓtima fic!!
Valeu, Angelique!
GIL
De nada, GIL. Queria traduzir algo alegre, mas infelizmente depois de ler alguns tweets super elogiando a aventura Lois/Lana, sei lá, acabou com meu humor...
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