Talking In Your Sleep (19/21)

Título: Falando Em Seus Sonhos

Resumo: Intrépida repórter para o Planeta Diário, Chloe Sullivan, tem seu coração roubado por um herói mascarado, o Arqueiro Verde, mas ela ficará satisfeita em não saber sua verdadeira identidade?

Autora: the_bluesuede
Classificação: NC-17
Linha de tempo: Sexta temporada
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Eu vou seguir aquele sonho
Onde quer que ele me leve.

Eu tenho que seguir aquele sonho

Para encontrar o amor que eu preciso.

Follow That Dream

Elvis Presley

Chloe terminou o segundo mojito daquela noite. Lois deveria encontrá-la, mas teve que adiar pra ir atrás de uma pista. 

Ela suspirou. Vinha saindo com Oliver há uma semana e meia, mas por mais que gostasse dele, havia algo errado.

Como um ridículo beijo na bochecha, ela pensou amarga.

Era verdade. Em uma semana e meia, ela saiu com Oliver pelo menos quatro vezes, do usual café a uma festa elegante, e ele não tinha nem segurado sua mão.

Que diabos ele está esperando? ela silenciosamente questionou ao gelo restante. Não era como se ela não tivesse lhe dado oportunidades. Houve alguns momentos onde ela pensou que fosse acontecer, momentos em que ele esteve a um centímetro de distância, e ela teve certeza que ele estava pensando em fazer isso, e então, do nada, ele parou. Era como se tivesse algo o segurando e isso a estava enlouquecendo. Talvez ele não sentisse, mas ela não via como ele não pudesse perceber. A atração entre eles era tão forte que era quase insuportável. Era como se seu corpo inteiro chamasse pelo dela. Chegava a ser embaraçoso.

"Sua bebida te disse alguma coisa, Sullivan?"

Chloe olhou para Bobby envergonhada. Ele estava limpando o balcão ao seu lado onde algum idiota de vinte anos tinha derramado a bebida. "Não", ela disse. "Foi só um longo dia."

"Tudo bem, certo, me avise se a bebida sair da linha."

Ela deu um risinho. "Você vai dar uma bronca por mim?" ela perguntou.

Ele piscou pra ela quando um par de mulheres entrava e pedia algumas bebidas. Quando elas saíram ele voltou a atenção pra ela. "Então, você está triste porque o furacão te deu o bolo ou isso tem alguma coisa a ver com o cara misterioso?"

Ela deu risada. "Não é um mistério. Nós dois sabemos que você sabe quem ele é."

Ele suspirou dramaticamente. "Eu estou tão desapontado que tenha descoberto sobre os namorados das minhas melhores clientes na E! ao invés de ser diretamente delas."

Chloe ficou vermelha, passando a ele seu copo vazio pra que ele pudesse trocar. "Ele não é meu namorado, você sabe. A mídia exagera-"

"Eu acabei de ouvir uma repórter admitir que a mídia não é sempre factual até o último detalhe? Oh meu Deus, é o fim dos tempos."

Chloe deu risada, empurrando o cotovelo dele do bar para que ele não pudesse chegar tão perto. "Cala a boca. Eu estava falando sobre o aspecto social da mídia. Eu ainda mantenho que existe jornalista neutro."

"Aham", ele disse, pressionando os lábios juntos para segurar uma risada, sabendo que ela estava extremamente vulnerável a brincadeiras sobre o trabalho e isso a tornava um alvo divertido. "Enfim, você estava dizendo?"

Ela recuperou os pensamentos para se lembrar do que estavam falando. "Ah, certo. Não estamos num relacionamento-"

"Ainda."

"-Só estamos saindo agora."

"Por enquanto."

Ela revirou os olhos, incapaz de esconder um sorriso. Havia muitas razões pra ela sempre ir ao bar quando Bobby estava trabalhando. Além de ter seu pedido memorizado, ser consciente e uma boa fonte, Bobby tinha uma boa conversa e era bom em melhorar seu humor. Ele era melhor que um psiquiatra.

"Então, qual é o problema?" ele perguntou pacientemente, preparando outro mojito.

Ela ficou ainda mais vermelha e Bobby ergueu as sobrancelhas. "Ele não está indo muito rápido pra você, está, Sullivan? Aquele cara tem uma reputação e eu vou acabar com ele se-"

"Não, não!" Chloe disse apressada, diversão ao repentino cavalheirismo dele. "Calma, pai", ela brincou. Então, sentindo as orelhas ficarem quentes, ela admitiu baixinho. "Ele está indo muito devagar."

Bobby ficou olhando pra ela.

Chloe olhou para o céu em humilhação. "Ele nem sequer me dá um beijo de boa noite."

Bobby ficou boquiaberto. Então ele balançou a cabeça. "Desculpe, só pra ficar claro, você está saindo com Oliver Queen, certo? Porque eu posso ter confundido e-"

"Oh, não", Chloe o interrompeu. "Oliver Queen. E ele não beijou nem minha mão", ela disse sarcasticamente.

Pela primeira vez na vida, Bobby estava confuso. "Bem, quer dizer... normalmente eu diria que ele é tímido e que você deveria dar a ele mais tempo ou você mesma iniciar as coisas, mas... bem, considerando que é Oliver Queen... isso é... estranho."

"A história da minha vida", Chloe resmungou.

Ele coçou atrás da cabeça, momentaneamente distraído de fazer a bebida dela. Mesmo com um cara que tinha uma reputação com as mulheres, sempre havia uma chance de ele ser realmente tímido, mas... ele viu Oliver Queen no bar quando ele chegou a cidade... timidez não parecia ser um problema pra ele. "Ok", ele disse, tentando encontrar uma solução pra ela. "Então... ele tem uma reputação, e é conhecido por relacionamentos rasos, então... talvez ele quer ir devagar com você porque quer fazer as coisas do jeito certo desta vez e não quer te assustar", ele sugeriu. Claro. Isso soava razoável. E ele não conhecia Queen pessoalmente. Então era perfeitamente plausível.

Chloe suspirou. Lois tinha dito algo similar, e ela soou como se acreditasse tanto quanto Bobby. "Então você acha que eu devo começar alguma coisa?" ela perguntou. No fundo de sua mente, uma pequena voz apontava que na última noite ela tinha tentado. Ela inclinou-se para beijá-lo quando ele parou para deixá-la em casa e do nada ele disse estar ouvindo o telefone tocar dentro do carro. O que pareceu mais ridículo quando ela se lembrou de tê-lo visto checando o telefone e então guardando-o dentro do bolso.

"Claro", Bobby estava dizendo. "Os caras gostam de garotas que tomam a frente às vezes. Não tenha receio", ele sorriu. "Não vai ser problema pra você, eu imagino."

Chloe fingiu-se ofendida. "Senhor! Está dizendo que sou uma desavergonhada?" ela perguntou. "Bem, eu nunca fui uma."

Bobby deu risada e finalizou sua bebida entregando a ela antes de ir até uma das garçonetes. "Depois me conte se funcionou, Sullivan."

Enquanto ele se afastava o telefone de Chloe bipou e ela sorriu mais genuinamente pegando-o dentro da bolsa. Outro desenrolar das últimas semanas: o reinício de sua amizade com o Arqueiro Verde. Ele tinha finalmente lhe procurado pra pedir ajuda com alguma coisa e depois disso a conversa entre os dois tinha voltado naturalmente.

arqueiroesmeralda1 Como vai indo?

sidekick101 Nada mal. Deveria estar bebendo com minha prima. Ela me deu o bolo.

arqueiroesmeralda1 Bem, que chato. Gostaria de poder te fazer companhia, mas estou no trabalho.

Ela deu risada. Ela adoraria ver o rosto das pessoas se vissem o Arqueiro Verde entrando casualmente no Ace of Clubs e sentando-se no bar pra beber com ela.

sidekick101 Deve ser uma noite lenta se você está com tempo pra me mandar mensagens.

arqueiroesmeralda1 Até agora. Talvez eu vá pra casa mais cedo.

sidekick101 Parece que vai passar Titanic hoje.

arqueiroesmeralda1 Você nunca vai deixar isso pra lá, vai?

sidekick101 Nunca.

Momentos depois, quando a terceira bebida de Chloe estava quase no fim, seu telefone de fato tocou e ela viu o nome de Oliver no visor. Ela suspirou, pensando na razão para seu terceiro mojito esta noite. E sim, mesmo enquanto atendia, sentia um sorriso puxando seus lábios. "Ei, Ollie."

"Ei! Como vai a bebida com sua prima?" ele perguntou.

"Ruim. Ela foi atrás de uma pista e me deixou sozinha", ela brincou.

"Bem, neste caso, quer vir pra minha casa tomar uma saideira?"

"Hum... claro", ela disse. "Embora pessoalmente, eu talvez já tenha bebido bastante", ela acrescentou com uma leve risada, olhando para seu copo quase vazio.

Ele pareceu divertir-se. "Agora eu tenho que ver isso. Quer que eu te pegue em algum lugar?"

Ela balançou a cabeça, embora ele não pudesse ver. "Não. Eu pego um táxi. Te vejo em trinta minutos?" ela perguntou.

"Ótimo."

E foi assim que ela acabou no apartamento de Oliver naquela noite. Começou tudo como sempre. Oliver parecia cansado mas feliz em vê-la. Os dois acabaram no sofá, Chloe com um copo de água, Oliver com um de uísque, assistindo um filme antigo de John Wayne.

Ela suspirou longamente quando John Wayne puxou Maureen O'Hara para seus braços e a beijou com força. Então, com meia-consciência, ela olhou nervosamente para Oliver, receando que ele tivesse visto a expressão em seu rosto. Ela viu com alívio que ele tinha dormido ao seu lado, o braço ao redor de suas costas.

Com outro suspiro, ela se permitiu aconchegar-se ao lado dele um pouco mais, pensando que deveria ter sido um dia realmente pesado no escritório. Demorou para ela perceber o quanto o trabalho de Oliver era cansativo. Ela tinha imaginado que um diretor administrativo não tivesse muito o que fazer, mas as expressões exaustas que ela via em Oliver... bem, a relembravam como ela ficava depois de uma noite toda trabalhando em um artigo. Ela sorriu com simpatia pra ele. Não conseguia acreditar no quanto se sentia próxima dele depois de tão pouco tempo. Ela nunca teve um relacionamento que desse tão certo com alguém em tão pouco tempo, e a intuição dele em relação a ela não parou com um buquê de tulipas. Ele entendia seus humores, adivinhava as coisas que ela gostava com tanta facilidade que era quase irritante. Ela tinha começado a suspeitar que vinha conversando com Lois ou Clark pra perguntar coisas sobre ela.

A cabeça dele virou levemente enquanto ele caía em sono profundo, e o canto de sua boca tremeu. Gentilmente ela estendeu a mão e correu por seu cabelo enquanto voltava a atenção para o filme e a sensualidade que era John Wayne lutando por sua mulher. E então ela gelou. Olhos arregalados, seu olhar lentamente voltando para o adormecido Oliver, seus dedos emaranhados no cabelo dele.

"Não. Não... é... possível."

__________

"Chloe?"

"ACK!" Chloe pulou. Clark estava olhando pra ela em dúvida. Ela levou a mão ao coração e suspirou. "Desculpe, Clark... estou um pouco distraída hoje."

"Sim, eu percebi", Clark respondeu secamente. "Eu bati desta vez. Você está bem?" ele perguntou.

Ela estava sentada no sofá, o laptop fechado na mesinha de café, parecendo como se ela o tivesse afastado, e ela estava segurando uma caneca cheia de café, como se tivesse se servido e esquecido de beber. Combinado com o fato de que Chloe não tinha ido trabalhar, havia uma razão pra ele estar seriamente preocupado, Clark decidiu.

Chloe estava imersa em pensamentos antes de Clark terminar de falar, e ela pulou quando ele clareou a garganta. "Desculpe, Clark. O que você disse? Você precisa de ajuda com alguma coisa?" ela perguntou, concentrando-se na expressão dele.

Clark ergueu uma sobrancelha. "Não", ele disse lentamente. "Eu perguntei se você estava bem. Ficamos preocupados quando você não apareceu no Planeta hoje e Lois quis que eu viesse depois do trabalho ver se você estava bem, se não tinha sido sequestrada novamente. Eu achei melhor passar um pouco antes."

Ela deu risada ao drama de Lois, mas quando viu a expressão no rosto de Clark, percebeu que provavelmente devia tê-los assustado por não ter ao menos ligado. Ela olhou para o relógio, percebendo que Clark devia estar no horário de almoço. "Desculpe ter preocupado vocês", ela disse. "Você deveria ter ligado", ela sugeriu.

"Nós ligamos", ele disse, sério. "Seu telefone estava desligado."

Surpresa, Chloe foi até o balcão onde seu telefone estava, pegou-o e xingou baixinho. "Droga. Está sem bateria." Ela o ergueu num pedido de desculpas.

Clark franziu a testa, observando Chloe dar a volta no balcão e colocar o telefone pra carregar. "Chloe... você nunca deixa a bateria do seu telefone acabar. E você ainda não respondeu minha pergunta. Está tudo bem?"

Chloe olhou envergonhada. "Sim. Desculpe. Eu só... tive uma noite longa. Eu perdi a noção do tempo e precisava de um dia pra descansar. Esqueci de ligar pra avisar, eu acho."

Testa franzida um pouco mais, Clark estudou Chloe cuidadosamente enquanto ela voltava até o sofá e se sentava novamente. "Isso não se parece com você. Tem algo sobre o qual você queira conversar?" ele perguntou.

Ela suspirou, incerta se realmente queria discutir o fato de estava dormindo com o Arqueiro Verde, então começado a sair com Oliver Queen, então descobriu que o Arqueiro Verde era Oliver Queen com Clark Kent. Ele era um de seus amigos mais próximos, sim, mas ela também sabia que Clark era, bem... um pouco pudico. E ela dizia isso de um jeito carinhoso. Diabos, apesar de seu relacionamento recente completamente bizarro, ela no geral se considerava uma boa garota. Mas enfim, esta era só mais uma daquelas vezes em que por mais que adorasse Clark, ela realmente não estava com vontade de fazer confidências a ele. Então ela optou por, "É uma coisa de mulher." Ela sorriu e deu de ombros.

Ele não pareceu aliviado. "Oliver fez alguma coisa?"

Ela bufou. Ele fez alguma coisa? Oh, nada, de verdade. Só me pegou. "Não. Mais ou menos. Nada com que se preocupar", ela acenou com desdém. Eu acho. "Bem, quer dizer, nada com que você tenha que se preocupar. Não que eu esteja preocupada", ela acrescentou rapidamente, olhando para um claramente confuso Clark. "Eu só-"

"Precisa pensar?" Clark completou.

Ela assentiu, sorrindo agradecida pra ele. "Sim."

"Tem certeza que não quer conversar?"

"Como disse. É coisa de-"

"Mulher. Certo. Vou avisar Lois para-"

"Não!" Chloe disse muito rápido. Clark lhe deu um olhar surpreso. "Desculpe... é só que... você sabe. Eu já tenho tudo resolvido." Ela tentou parecer mais confiante do que se sentia.

Não inteiramente certo se acreditava nela, Clark finalmente assentiu em concordância. "Se você diz. Mas você nos avisa se precisar de alguma coisa, certo? Eu venho num piscar de olhos", ele sorriu.

Chloe deu risada, levantando-se para lhe dar um abraço. "Obrigada. E obrigada por vir me ver. O que você vai dizer a Lois?" ela perguntou quando se afastou.

Ele ergueu um ombro. "Que eu estava indo almoçar e consegui contato com você e você disse que vai ligar pra ela mais tarde." Ele ergueu as sobrancelhas.

Chloe deu um risinho, reconhecendo que ele estava lhe dizendo o que fazer. "Sim, sim", ela acenou. "Eu vou ligar pra ela. Tchau, Cl-" uma rajada de vento atingiu seu rosto, "-ark." Ela ergueu as sobrancelhas ao ver a sala vazia e suspirou. "Heróis", murmurou exasperada.

...o que a levou de volta a origem do problema. Ela estava feliz que Clark tivesse vindo, tinha finalmente a tirado do estado de transe. Ela precisava pensar em tudo logicamente. Ela nem sabia com certeza se estava certa.

Não há muito espaço para dúvidas, ela acrescentou secamente.

Ainda assim, era hora de encarar os fatos. Ela pegou o laptop e um caderno no balcão da cozinha, pegando uma caneta e sentando-se no sofá.

Ela abriu o laptop e finalmente começou a pesquisar sobre o Arqueiro Verde, usando todos os recursos e pistas que tinha evitado encarar desde que sua amizade com o homem começou.

Na época ela se dispôs a se controlar, determinada a respeitar as razões que ele tinha pra não se revelar a ela. Agora que suspeitava - oh, vamos ser realistas, agora que eu sei, ela se corrigiu - que ele era Oliver, bem, não ia se segurar mais.

Ela fez tudo para comparar a altura dele e montar uma linha de tempo de cada aparição do Arqueiro Verde em Metrópolis desde que ele chegou. E então, finalmente, com desenhos, listas e cartões espalhados ao redor, ela fez a única coisa que vinha evitando todo esse tempo: rastrear o endereço de IP da sala de bate-papo que ele abriu pra conversar com ela.

O processo completou e os resultados a encararam de volta, sem espaço para qualquer dúvida. Simplesmente não havia como negar.

Oliver Queen era o Arqueiro Verde.

__________

Oliver andava de um lado para o outro.

Ele tinha que fazer isso. Tinha que contar a ela. Não havia escapatória. Ele sabia desde o primeiro encontro, se fosse honesto.

Oh inferno, eu sabia desde a primeira vez que falei com ela que deveria ter contado quem eu era. Correndo por aí sendo pega em navios e sendo ameaçada. Maldita... insana... maravilhosa mulher.

O problema era como dizer a ela. E quando. Na última semana e meia ele vinha tentando encontrar um jeito de fazer isso. Ele deveria fazer uma grande revelação? Como se estivesse celebrando alguma coisa? Ou talvez devesse sentar com ela e conversar apenas. Não tinha como saber como seria a reação dela. Ela ficaria feliz? Confusa?

Ele engoliu nervosamente. Nervosa?

Ele olhou para o telefone pela oitava vez em dois minutos. Grunhindo frustrado, ele pegou e discou o número que vinha evitando esse tempo todo.

Foi atendido quase imediatamente.

"Ei, o que foi?"

"Como diabos eu conto a ela?"

Houve uma pausa momentânea e de repente Hal explodiu numa risada do outro lado da linha.

"Olha, eu estou convenientemente ignorando o fato de que você aparentemente conversou com ela sobre mim, então eu sugiro que você não dê risada de mim agora."

Hal riu de novo. "É por isso que você não ligou mais? Aw, qual é, cara. Eu fiz pelo seu próprio bem."

"Sim, tenho certeza que você tem uma razão convincente para falar com ela que vai me convencer pelo menos um pouco de que eu tenha pedido pra você fazer isso. Enfim", Oliver revirou os olhos. "Eu sei que preciso contar a verdade a ela. Só estou surtando porque estou com medo que ela surte. O que eu faço se ela surtar?"

"Ela não vai surtar." Hal soou quase entediado, mas mesmo Oliver conseguiu perceber a diversão em sua voz.

Escolhendo ignorar já que Hal estava aparentemente tentando ajudar, Oliver continuou. "Como você sabe?"

"Porque ela não é do tipo que surta. Ela é do tipo absurdamente calmo."

Oliver refletiu, mas o pânico tomou conta dele e não foi embora. "Você não tem como saber."

"Claro que tenho."

"Como?"

"Porque eu disse a ela quem eu sou. E ela ficou absurdamente calma."

Oliver parou de andar, tentando registrar o que ouviu. "O quê?" ele arfou.

"Eu disse a ela quem eu sou. E ela ficou sentada ali. Quer dizer, ela me perguntou porque contei a ela, mas não surtou nem de longe. Você está agindo como uma menininha, cara. Isso não é atraente. Conte a ela."

"Você é um amigo idiota."

"Culpado."

"Mas eu ainda não sei como contar a ela", Oliver continuou. "Quer dizer, eu sei que metade dessa maldita situação é culpa minha. Eu arrastei isso por muito tempo. Eu deveria ter contado a ela quem eu sou na primeira vez que a beijei."

"Blá blá blá."

"Você não está entendendo, Hal. É diferente com você. Ela não teve um relacionamento com você. Nenhum de vocês dois." Ele disse com amargura.

"Eu estou te dizendo, cara, você está pensando demais. Apenas senta com ela e conta."

"E se ela ficar brava?"

Hal riu de novo. "Oh, meu Deus, eu não sabia que você estava tão apaixonado até agora."

"Cara. Isso não está ajudando."

"Entendi, entendi. Desculpe. Tudo que vou te dizer é isto: O que você acha que vai deixá-la mais nervosa? Descobrir? Ou você esperar tanto tempo até que ela descubra sozinha?"

Oliver engoliu. "Verdade."

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VINTE

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