Resumo: Chloe Sullivan é capturada por piratas. Precisa dizer mais?
Autora: the_bluesuede
Classificação: R
Categoria: Crossover Smallville/Piratas do Caribe
Avisos:
Oliver como pirata. Sim, você precisa ser alertado. Também, esta deve
ser a coisa mais idiota que eu já escrevi, mas não consegui evitar. Foi
muito divertido escrever.
As tábuas de madeira rangeram sob os pés de Chloe e a lanterna brilhou no corredor quando o temporal começava a cair propriamente, e ela foi até a porta número cinco.
Sua mão se ergueu até a porta e ela debateu se deveria bater ou se virar e se juntar aos rapazes para uma última noite. Ela suspirou e girou a maçaneta, empurrando a porta, meio desejando que ele não estivesse ali.
Ela o encontrou sentado na cama, olhando pela janela e observando o temporal, chuva caindo dentro do quarto.
"Qual o seu problema?" ela exigiu, atravessando o quarto e fechando as persianas. Exasperada, ela se virou para ele esperando uma explicação, encontrando-o olhando pra ela com uma expressão divertida, recostado contra a cabeceira da cama, seus joelhos dobrados.
Ele ergueu uma sobrancelha e deu de ombros. "O que, como se eu nunca tivesse estado num temporal antes?" ele perguntou.
Ela bufou frustrada. "Então por que pagou pelo quarto?" ela gesticulou ao redor. "Você podia ficar lá fora e desafiar os elementos desse jeito ao invés de deixar entrar e encharcar um quarto perfeitamente bom."
Ele apenas deu risada, estendendo a mão até a mesinha lateral onde um copo com líquido âmbar estava esperando. Ele o levou até os lábios e tomou um leve gole antes de perguntar a ela. "O que você está fazendo aqui, Chloe?"
Sua momentânea frustração desapareceu levemente enquanto sentia a garganta apertar. "Eu vim me despedir de todo mundo. Os rapazes disseram que você estava aqui."
A tensão no quarto foi instantânea e palpável. Ele ergueu uma sobrancelha mas sua expressão não tinha nenhum humor agora enquanto tomava outro gole da bebida.
Chloe jogou as mãos pra cima. "Você não tem nada pra dizer?" ela exigiu.
"Como o quê?"
"Como o quê?" ela repetiu incrédula. Que tal 'Chloe, não vá embora', 'Chloe eu preciso de você, fica comigo', 'Chloe, eu te amo!' ela resmungou internamente. Ela correu uma mão pelo rosto e foi até a porta. "Esquece."
A mão dele alcançou a porta ao mesmo tempo que ela. Ele a puxou para perto e ela sentiu o coração disparar, sentindo o corpo dele atrás do dela, a mão ainda na porta.
A outra mão dele subiu e pegou uma mecha do cabelo dela, úmida da chuva, e a girou entre os dedos gentilmente. "Então você vai embora."
Não era uma pergunta, mas ela confirmou mesmo assim, a voz fraca. "Sim."
"Vai voltar para o seu noivo", ele disse, e ela notou o jeito como ele disse. Sua voz sem o desdém que ela tinha se acostumado.
"E meu pai", ela disse. Ela vinha tentando pensar mais no pai do que no noivo quando pensava em voltar para casa.
"Hmm." Ele parou, e ela ouviu ao invés de ver o risinho na voz dele em seguida. "Minha biblioteca vai sentir sua falta."
Ela tentou não se encolher ao pensar em perder todos aqueles livros. De todas as coisas absurdas para se arrepender, ela se encontrou desejando que pudesse passar mais tempo lendo e se aproveitando deles. Ela tentou não pensar sobre como teria que voltar e fazer sua camareira roubar novos livros pra ela, lê-los na calada da noite sob luz de velas para evitar olhares de desaprovação e sermões. Ela empurrou os pensamentos de lado e se concentrou em Oliver. "Só sua biblioteca?" ela questionou.
Ele ignorou a pergunta. "Então como vai ser quando você voltar, Chloe?" ele perguntou a ela, a mão sem deixar seu cabelo. "Exatamente do mesmo jeito quando você partiu?" ele sugeriu. "Ou eles vão todos sussurrar sobre você e se perguntarem se você está danificada?"
Ela ficou tensa com a implicação, mas a voz dele não era maliciosa. Soava mais curiosa do que qualquer outra coisa. Levemente especulativa.
"O que seu noivo vai dizer?" ele perguntou. "Ele ainda vai casar com você, eu acho", ele decidiu, ao invés de esperar por uma resposta. "Ele vai acreditar quando você disser que está intocada e intacta." As palavras eram frias, mas ainda sem depravação. E ela estava distraída pelo polegar correndo na base de seu pescoço, tendo abandonado seu cabelo. "Ele vai saber o que fazer com você, Chloe?" ele perguntou, e ela sentiu o estômago pular ao som de seu nome. A mão dele finalmente se afastou da porta e desamarrou sua capa, puxando o cordão levemente até se soltar e cair a seus pés. Ela fechou os olhos e se concentrou em respirar. A mão esquerda dele saiu da base de seu pescoço e desceu por seu braço enquanto a outra mão encontrava o primeiro botão nas costas de seu vestido, uma longa fila deles descendo por sua espinha. Ela meio que esperava que ele os arrebentasse, mas ele continuou falando, os lábios em seu ouvido. "Ele vai desabotoar seu vestido lentamente, um botão de cada vez--" ele perguntou a ela, sua mão descendo ao lado dos botões, e ela o imaginou fazendo exatamente isso, meio desejando que ele o fizesse, "--e tirar seu vestido com agonizante lentidão?" A respiração dela acelerou. Ela o ouviu rir baixinho, seu hálito provocando o lóbulo de sua orelha. "Ele vai saber o que fazer com um espartilho?" ele se perguntou, e o corpo todo de Chloe estremeceu enquanto imaginava as mãos de Oliver puxando com força as cordas do espartilho até soltá-lo. Embaixo da saia, ela discretamente pressionou as coxas juntas, mexendo-as numa tentativa de aliviar a repentina dor entre elas. As mãos dele seguraram seu quadril gentilmente, mal a tocando, e ela segurou um gemido. "O que ele vai fazer com você, Chloe?" ele repetiu a pergunta, arrastando os lábios da orelha dela e descendo por sua garganta, chupando gentilmente o ponto pulsante, sem força para não deixar marcas. As mãos dele subiram por sua barriga, um toque muito leve e ela involuntariamente arqueou as costas. Ela arfou quando a mão direita dele subiu e roçou seu seio, e ela deixou a cabeça cair contra ele.
Oliver fechou os olhos e respirou profundamente.
Um trovão alto foi ouvido, um raio iluminando o quarto brevemente, iluminando-os e Chloe pulou com o susto, quebrando o clima. As mãos dele se soltaram e ela se forçou para fora dos braços dele, coração acelerado. Assustada pelo raio, ela tentou ignorar a dor que a consumia enquanto estendia a mão até a porta e a abria, deixando-o se perguntar como a tinha deixado escapar dele novamente.
Ela esperava que ele corresse atrás dela pelas escadas, que viesse atrás dela. Diabos, ela queria que ele fizesse isso. Mas ele não fez. Pela milionésima vez naquele dia, lágrimas se formaram em seus olhos e ela piscou para segurá-las, mais uma vez atravessando a taverna, percebendo enquanto ia para a porta que tinha sido idiota o suficiente para deixar a capa de Lois para trás.
"Chloe!" A voz de Victor a chamou, e ela sentiu a mão de AC segurando seu braço para pará-la.
"Chloe", AC disse, "você não pode sair lá fora assim. Vai ficar feio o temporal. Você tem que esperar aqui."
"É, Chloelicious", Bart se juntou a eles, descansando uma mão sem seu braço também. "É melhor você ficar."
Ela sentiu a garganta apertar enquanto olhava para a porta e a tempestade finalmente começou. Ela se virou e se enterrou no peito de AC e ele passou os braços ao redor dela incerto enquanto ela tentava se impedir de chorar.
A mão de Victor correu em seu ombro. "Eu vou pegar uma bebida pra você. AC, leve-a para uma cadeira."
"Eu o odeio", Chloe disse furiosa contra o peito de AC. "Eu o odeio."
Bart deu risada. "Quem, Vic?"
AC lhe deu um olhar irritado e um tapa na cabeça de Bart.
"Ai!" Bart correu a mão na cabeça. "O quê?" ele exigiu enquanto AC conduzia Chloe para a mesa deles, trovão soando ao fundo.
Oliver os observou da porta, seu estômago apertando quando viu Chloe se virar e procurar o abraço de AC.
O que ela queria dele? Ele não podia simplesmente sequestrá-la novamente. Ele não podia fazê-la ficar. Se ela não o queria então podia voltar pra casa e sua vida mundana estúpida e seu casamento mundano estúpido.
Ele calou a voz em sua cabeça que pontuava que naquele momento, em seu quarto, era exatamente o que ela parecia querer que ele fizesse.
Virando-se de costas pra eles, ele voltou para o quarto.
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"Clark. Clark, acorda!" Lois o balançou. "Chloe sumiu."
Isso acordou Clark. "O quê?" ele perguntou, sentando-se no chão e olhando para a cama que Chloe e Lois estavam dividindo. "Como eles a pegaram sem nos acordar?" ele perguntou.
"Eu não sei", Lois disse frenética. "Mas eles são piratas! Eles podem fazer o que quiserem, e temos que pegá-la de volta!"
"Certo", Clark murmurou, empurrando o cobertor e procurando o casaco. Ele tinha ido dormir praticamente vestido para não deixar Chloe e Lois desconfortáveis. "Eu vou atrás dela. Você fica aqui."
"Como é?" Lois disse, afrontada.
"Lois, olha lá fora!" ele gesticulou para a vidro sujo da janela. "Eu não vou te levar desse jeito. Você fica aqui para o caso dela voltar ou algo assim", ele tentou encontrar um jeito de fazê-la se sentir menos inútil.
"Como você sabe para onde eles a levaram?" Lois perguntou, cedendo.
"Eu não sei. Eu vou até a taverna e ver se alguém sabe de alguma coisa. Pelo menos eles não podem ter zarpado desse jeito", ele acrescentou.
Lois assentiu, esperando ele calçar as botas e se levantando para dar um beijo rápido. "Boa sorte."
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Quando Clark chegou a taverna, ele estava ensopado e até o pescoço de lama e não esperava ver Chloe com uma caneca de cerveja em sua frente, sentada entre três piratas, um dos quais tinha um braço ao redor dela.
Mão pronta para puxar sua espada, ele se aproximou deles, e Chloe olhou pra ele, rosto vermelho de surpresa e culpa. "Clark!"
"Chloe, você está bem?"
Os três homens com ela o observavam cuidadosamente, olhando para Chloe como se para determinar se a presença dele era bem-vinda. Chloe ficou mais vermelha. "Sim, claro que estou bem, Clark."
"Acordamos e você tinha desaparecido. Nós então deduzimos..." ele franziu a testa, olhando de novo para a companhia com que ela estava.
"Clark, ninguém me sequestrou de novo, eu só... não conseguia dormir", ela terminou.
"Você não conseguia dormir?" ele repetiu como se ela estivesse achando que ele fosse idiota. "Então você saiu no meio de um temporal", ele acenou para a porta, "para vir para um bar sentar com um bando de criminosos?"
Chloe ficou tensa. "Clark--"
"Escuta, colega", o loiro com o braço ao redor de Chloe falou, "ela veio ver os amigos, e ela está feliz onde está. Então você pode--"
"Amigos?" Clark olhou para o homem como se ele estivesse louco. "Vocês a sequestraram. Eu deveria fazer com que vocês fossem enforcados! Vocês têm sorte que tudo que ela queira seja ir pra casa, ou eu entregaria cada um de vocês à justiça."
Os três homens com Chloe ficaram claramente tensos e Bart deu um olhar discreto a Chloe, um olhar magoado. Lentamente outras pessoas do bar voltavam a atenção pra eles, talvez antecipando uma luta.
"Clark, não é bem assim."
"Chloe, eu acho que você deveria vir comigo."
O negro no final da mesa se inclinou para a frente. "Escuta, eu posso dizer que você tem boa intenção, mas não há motivos para vocês saírem no meio da tempestade. Chloe está feliz onde está, e ninguém a arrastou até aqui. Ela veio sozinha."
Clark olhou para Chloe pedindo confirmação e ela assentiu, cutucando Bart para se levantar para que ela pudesse se levantar. Ela foi até Clark e o abraçou. "Eu estou bem. Eles são meu amigos, e eu vim sozinha."
Clark observou seu rosto preocupado. "Ok. Mas não vou te deixar sair de vista", ele acrescentou.
"Alguém traga uma bebida para o homem", Chloe sorriu por sobre o ombro para suas companhias, e Victor alegremente pulou para ir até a mulher do bar.
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Fala sério!!
ResponderExcluirTempestade estraga prazeres! haha
Ao menos não foi o Clark desta vez haha
Geente, que só falta um capítulo... uma pena, pois está muito bom...
Aguardando conclusão... =DD
GIL