Chasing Illusions (10/15)

Título: Perseguindo Ilusões
Resumo: Esta fic segue os acontecimentos até Fortune e começa dez anos no futuro.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R
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A cabeça dele estava latejando enquanto tomava consciência de seus arredores, um pouco de cada vez. Primeiro, ele podia ouvir um bipe irritante em seu lado esquerdo que o fez querer retornar ao estado de paz da inconsciência. Então ele lentamente começou a sentir uma dor latejante em sua lateral. Ele franziu um pouco a testa. Por que a lateral de seu corpo parecia ter sido esfregada com areia e então alguém acendido fogo em cima?

Enquanto se perguntava, a lembrança de Chloe o golpeando com a faca piscou em sua mente e ele se sentou de repente, arfando. "Casey!"

Casey estava sentada no colo de sua mãe, ao lado do leito hospitalar de seu pai e estava adormecida quando ele de repente chamou seu nome e ela se sentou também. "Pai!" Ela disse, instantaneamente se levantando e indo até a cama dele.

Chloe arregalou os olhos e então se sentou também. "Oliver, não se sente desse jeito."

Ele virou a cabeça para olhar pra ela, ignorando a dor disparando enquanto pressionava uma mão na lateral do corpo, olhando de Chloe para Casey e de volta. Testa franzida mais uma vez, e o monitor cardíaco disparando.

Chloe colocou uma mão em seu braço e gentilmente o empurrou de volta, seus olhos arregalados. "Deite-se." Ela disse.

"O que aconteceu?" ele murmurou, relutantemente se deitando contra os travesseiros. Ele tinha acabado de ter um pesadelo? Ele tinha alucinado e apenas imaginado que foi Chloe quem o golpeou? Sua mente estava uma bagunça e nada fazia sentido.

"Mamãe te esfaqueou, mas ela disse que alguém a fez fazer isso", Casey explicou enquanto subia na cama.

Chloe prendeu a respiração e olhou para a filha e de volta para Oliver, assentindo levemente.

"Quem?" ele murmurou, seus olhos se fechando mais uma vez.

"Eu ainda não sei", Chloe disse baixinho, observando sua filha pegar a mão de Oliver e segurá-la com força.

Ele lambeu os lábios secos, lutando para abrir os olhos e olhar para Casey. "Ei", ele sussurrou, apertando a mão dela gentilmente.

"Você vai morrer?" Ela perguntou, olhando para seu pai.

Ele conseguiu dar um sorriso. "Eu vou sair daqui antes que você perceba."

Ela respirou fundo e relaxou um pouco, cruzando as pernas, mas sem soltar a mão dele.

"Como você está se sentindo?" Chloe perguntou baixinho.

"Com sede", ele sussurrou, fechando os olhos novamente. Ele só estava muito cansado para mantê-los abertos.

Chloe pegou um copo e serviu água de uma jarra que a enfermeira tinha deixado pra eles antes, então foi até o lado de sua cama de novo. "Aqui está", ela disse, pressionando-o na mão livre dele.

Ele murmurou um obrigado antes de tomar um pequeno gole. "Vocês duas estão bem?" Sua voz estava rouca.

"Sim", Chloe disse, olhando para Casey e tirando o cabelo dela do rosto, antes de olhar para Oliver novamente. "Nós duas estamos bem."

"Okay", ele murmurou, sua respiração começando a ficar mais lenta enquanto começava a adormecer.

Chloe pegou o copo dele e respirou fundo. "Você quer se deitar com ele?" Ela perguntou a Casey.

Ela assentiu, aconchegando-se no lado do corpo dele que não estava ferido e deitando a cabeça em seu ombro. "Você vai embora?" ela sussurrou.

"Não, eu vou ficar aqui", ela prometeu, inclinando-se e beijando sua têmpora. "Mas você também precisa descansar." Chloe falou baixinho.

***

Chloe estava sentada ali, a mão o tempo todo nas costas de sua filha, tanto para garantir que ela não ia embora, quanto para impedi-la de cair da cama caso se virasse de repente. Seu cérebro estava uma bagunça. Ela se lembrava das pessoas, ela sabia que Casey era sua filha, sabia que Lois era sua prima, sabia que Clark era seu melhor amigo e sabia que ela e Oliver trabalhavam juntos. Mas era só isso. Ela não se lembrava de ter se casado, não se lembrava de ter engravidado, não se lembrava basicamente de nada e como não queria deixar o lado de Casey e Oliver, ela deduziu que demoraria um pouco até conseguir respostas.

Mas ela podia lidar com isso, mesmo enquanto observava os dois dormindo, ela podia ver as similaridades em suas feições. Casey era obviamente dele também e isso fazia deles sua família, então ela se recusava a ir a qualquer lugar. O que quer que estivesse acontecendo com ela podia esperar.

Mia parou na porta do quarto do hospital, silenciosa. "Você é você mesma de novo?" Sua voz era baixa.

Piscando, Chloe olhou para a porta. "Mia", ela sussurrou, levantando-se, mas ainda com a mão nas costas de Casey. "Acho que sou."

Ela apertou os lábios, entrando no quarto em silêncio e olhando para Oliver e Casey, adormecidos na cama. "Mas não permanentemente."

"Eu não sei", Chloe admitiu. "Não sei ao certo o que aconteceu."

Mia a observou por um momento, assentindo um pouco e indo até o lado oposto da cama de onde Chloe estava.

"Eu jamais machucaria nenhum deles de propósito, Mia", ela disse, franzindo a testa ao silêncio.

"Eu sei disso", ela disse, sem hesitar, olhando pra ela. "Mas tem alguma coisa errada com você, Chloe. E não sabemos o que é, nem como acontece."

Chloe olhou pra ela, observando-a por um momento. "O que mais eu fiz?"

"Oliver disse que você tentou matá-lo no jatinho a caminho de Star City", ela disse honestamente.

Ela piscou algumas vezes e balançou a cabeça, olhando para Mia por um momento e para Oliver. "Eu não me lembro de nada, só das pessoas e daquele armazém", ela admitiu baixinho. "Eu não me lembro de vir para Star City ou", ela prendeu a respiração. "De me casar com ele."

Mia respirou fundo e expirou devagar. "Oliver acha que a explosão... espera, você se lembra da explosão?"

Chloe piscou e balançou um pouco a cabeça, seu peito apertado, ela estava tentando se lembrar das coisas, mas sua mente continuava em branco.

Mia suspirou, olhando para Oliver por um momento e então de volta para Chloe. "Você está com fome? Precisa de café ou alguma coisa?"

"Eu prometi a Casey que não ia sair daqui", Chloe disse, olhando para a filha. "Eu não tenho estado por perto, não é?"

Mia hesitou por um momento. "Chloe, todo mundo pensou que você estivesse morta", ela disse.

"Morta?" Ela repetiu, erguendo as sobrancelhas.

"Morta", ela confirmou.

Ela arfou, olhando para baixo e balançando um pouco a cabeça. "Quanto tempo?"

Mia mordeu o lábio por um momento. "Três anos."

Chloe piscou, os olhos arregalando um pouco, seu estômago revirando ao pensamento de sua filha estar há três anos sem a mãe. Engolindo em seco, ela se inclinou e deu um beijo na têmpora de Casey, ela queria passar seus braços ao redor dela, mas não queria acordá-la.

"Todo mundo pensou que você tinha morrido, exceto por Ollie e Lois." Ela olhou pra baixo.

Ela respirou fundo. "Você sabe o que me manteve longe?" Porque ela não conseguia se imaginar deixando sua família, especialmente não quando conhecia a sensação, como fora difícil pra ela e seu pai quando sua mãe os deixou.

"Bem, você não se lembrava de quem era. Ou de nenhum de nós." Mia disse, balançando um pouco a cabeça.

"É por isso que não consigo me lembrar de mais nada agora?" Ela perguntou, franzindo um pouco a testa.

"Acho que sim." Ela deu de ombros, observando Chloe por um momento. "Ollie acha que alguém te programou pra ser outra pessoa. Para que propósito, não faço ideia."

Chloe apertou os lábios e assentiu, respirando fundo. "Acho que vamos ter que descobrir."

"Nós vamos." Mia colocou as mãos nos bolsos de seu moletom e olhou para Oliver mais uma vez. "Por que eu não vou te pegar um café?"

Respirando fundo, ela assentiu levemente. "Obrigada, Mia."

"Sem problema", ela foi até a porta. "Muito açúcar e creme, certo?"

"Seria ótimo", Chloe disse, tentando um sorriso.

"Tudo bem. Volto logo." Mia desapareceu.

Chloe respirou fundo e puxou a cadeira mais perto da cama, colocando a mão contra as costas de Casey novamente e se sentando com um suspiro. Ela desejava que Oliver pudesse lhe dar mais respostas do que Mia.

***

Oliver fez uma cara ao ver a seleção de comidas na bandeja em sua frente, feliz que Lois tivesse levado Casey para casa para que pudesse tomar banho e comer alguma coisa decente. E especialmente feliz que ela não estivesse ali para vê-lo empurrar a dita bandeja de comida pra longe.

Chloe não deixou seu lado desde que Casey saiu com Lois, ela pediu para Clark ficar por perto. Não queria arriscar ferir Ollie de novo, então pediu pra ele impedi-la caso ouvisse algo incomum. Ao olhar no rosto de Oliver, ela ergueu uma sobrancelha. "Podemos pedir para Lois trazer comida de verdade pra você", ela sugeriu.

"Boa ideia. Eu nem sei o que são essas coisas." Tinha uma coisa marrom-acinzentada talvez? -- cobrindo uma coisa que talvez fosse um purê de batata. Ele empurrou mais a bandeja, lutando para se endireitar.

Ela se levantou e pegou a bandeja, colocando-a na pequena mesa longe dele e então respirando fundo. Ela estava feliz que Lois tivesse levado Casey pra casa, porque sabia que os dois precisavam conversar, embora não fizesse ideia de por onde começar.

Oliver a observou por um momento, engolindo uma careta enquanto ajustava os travesseiros atrás dele. Ele sabia, por meio de uma conversa com Lois, que embora Chloe parecesse se lembrar de quem era, quem as outras pessoas eram, ela aparentemente não tinha nenhuma lembrança dos dois juntos. Ele engoliu seco, tentando não deixar isso incomodá-lo. "Então."

Chloe suspirou e assentiu, olhando pra ele mais uma vez, então indo na direção da cama. "Eu acho que Lois te contou", ela disse. Ela tinha deixado Lois e Oliver sozinhos quando foi conversar com Clark e lembrava o suficiente de sua prima pra saber que ela tinha atualizado as coisas para Oliver.

Ele se forçou a sorrir. "Ela contou." Ele deu de ombros. "Pelo menos você se lembra quem é agora."

"Algumas partes", ela disse. "Eu me lembro de Chloe Sullivan", ela engoliu e se sentou na cadeira. "Mas não de Chloe Queen."

Foi necessário tudo que ele tinha pra não se encolher. "O que-- o que você lembra, Chloe?"

"Nada", ela admitiu. "Eu não me lembro... das coisas acontecendo. Eu me lembro das pessoas, só isso. Eu sei coisas sobre as pessoas, mas não consigo me lembrar como chegaram a determinado ponto. Eu sei que Casey é minha filha, mas não consigo lembrar da infância dela e nem de eu estar grávida."

Ele a observou por um momento. "E você não lembra de vir comigo para Star City, ou estar em Chicago sendo Laura Green?"

"Não", ela admitiu. Lois tinha lhe falado sobre isso e sobre a explosão e Oliver a encontrando três anos depois. "Não me lembro de nada disso."

Oliver assentiu um pouco, olhando pra baixo. "Você se lembra de J'onn Jones?" Sua voz era baixa.

Chloe estreitou os olhos e balançou a cabeça. "Na verdade não."

Ele mordeu a parte interna da bochecha, ficando em silêncio.

"No que você está pensando?"

"Que vamos precisar da ajuda dele. Mas, se você não se lembra dele, não tenho certeza..." Ele hesitou, olhando pra ela. "Ele é um pouco diferente."

Ela respirou fundo e olhou pra ele. "Olha, eu posso não lembrar de muita coisa, então vou seguir meus instintos aqui. E eu sinto que devo confiar em você." Ela respondeu. "Se você acha que ele pode ajudar, eu quero conhecê-lo."

Oliver manteve o olhar, seu estômago apertado. "Certo. Eu vou ligar pra ele."

Chloe olhou pra ele por um momento. "Eu não posso ficar perto de você ou Casey ou qualquer outra pessoa se há a possibilidade de eu machucar vocês."

"Você não pode ir embora." Havia medo em sua voz.

"Eu não quero", ela disse, olhando pra ele de novo. "A última coisa que eu quero é fazer você e Casey passar pelo que eu passei com meu pai quando minha mãe foi embora, Oliver", sua voz falhou um pouco, mas ela balançou a cabeça. "Mas olha o que eu fiz com você e o que quase fiz com ela. Eu não posso arriscar."

"Por isso estou chamando J'onn", ele disse, pegando o celular, e discando o número. "Ele... lê mentes. Então o que tiver sido feito com você, ele vai conseguir descobrir o que é e talvez corrigir."

"Podemos pedir para Clark buscá-lo?" Ela perguntou, lembrando-se o suficiente dos mutantes, meteoros enfim, para não estar chocada pela habilidade.

"Não será necessário", ele admitiu com um pequeno sorriso.

Chloe o observou, apertando os lábios.

"Jones", ele respondeu um momento depois.

"J'onn? É Oliver." Ele não pôde deixar de dar um pequeno sorriso.

"Oliver", ele cumprimentou. "Eu fiquei sabendo."

"O que você ouviu?" ele perguntou por curiosidade.

"Só o que está no noticiário", ele admitiu. "Como posso ajudar?"

"O que estão dizendo?" ele perguntou preocupado.

"Só que ela está de volta", ele assegurou. "Falando do retorno e mencionaram que você foi ferido."

"Mas não dizem como?" Ela estava já sentado na cama, jogando as pernas para fora.

Chloe olhou para Oliver preocupada.

"Não", J'onn respondeu. "Especulações estão por todo lado, é claro, mas nada concreto."

Ele xingou entredentes. "Você pode vir para Star City? Eu sei que você deve estar ocupado--"

"Estarei aí em alguns segundos", J'onn prometeu, desligando logo em seguida.

Expirando, ele desligou o telefone e desceu da cama, fazendo uma careta e indo até o pequeno armário. "Ele está vindo", ele disse a Chloe.

Chloe se levantou. "O que você está fazendo? Você deveria descansar." Ela disse, indo até ele.

"Sem tempo", ele respondeu, olhando pra ela enquanto pegava a bolsa e lentamente voltava pra cama. "J'onn está vindo, precisamos levar você para algum lugar seguro, e eu preciso entrar em contato com minha equipe de Relações Públicas."

Quando ela percebeu que ele não ia parar, ela começou a ajudá-lo a pegar as coisas do quarto. "Do que você está falando? O que J'onn te falou?"

"Que ele está vindo. E que o noticiário reportou sua volta", ele a informou, jogando as coisas na bolsa. "Clark, você pode vir aqui por favor?"

Chloe piscou e balançou a cabeça. "Então o que isso significa?" Ela definitivamente não estava acostumada a estar nos noticiários, mas parece que a imprensa local importava-se com a milagrosa aparição da 'Sra. Queen'.

Clark entrou no quarto um momento depois, ajustando os óculos. "Eu ouvi", ele informou aos dois.

"Isso significa que agora você está em perigo. Então precisamos levar você para um lugar seguro." Ele olhou para Clark.

"Mas e você e Casey?" Chloe disse. "Se alguém está tentando me encontrar, vocês dois serão os próximos alvos."

Ele assentiu, olhando pra ela. "Clark, você pode levá-las para algum lugar seguro?"

Clark assentiu. "É claro."

Chloe deu a Clark um olhar e aproximou-se de Oliver. "E você?" Ela forçou, não se lembrando de porque pensou nisso, mas sabia que ele era teimoso e não se cuidava muito bem, então ela ia continuar seguindo seus instintos.

"Eu vou resolver algumas coisas e então encontro vocês lá", ele disse, encontrando seu olhar.

Ela olhou pra ele por um momento, então para Clark. "Esse J'onn vai conseguir manter Casey e eu em segurança, então Clark pode voltar e ficar com você?"

Oliver sentiu os lábios se inclinarem pra cima com a determinação dela, e por um momento era como se as coisas fossem como antes. O desejo de beijá-la era quase insuportável. Ele se contentou em dar um pequeno sorriso. "Sim. Vamos pedir pra ele levar Lois e Mia também."

Chloe respirou fundo e relaxou um pouco. "Ok", ela cedeu finalmente.

"Para onde eu devo levá-las?" Clark perguntou, divertindo-se com o fato de Chloe não se lembrar de muita cosia, mas ainda dizer a eles o que fazer.

Ele olhou para Clark mais uma vez. "Nosso pequeno clube em Metrópolis."

Clark assentiu. "Vou levar Chloe, você avisa o J'onn?"

Chloe olhou para os dois, mas permaneceu em silêncio.

"Ele está a caminho." Oliver disse a ele. Assim que as palavras saíram de sua boca, J'onn apareceu na porta. "O homem do momento." Ele sorriu.

J'onn entrou no quarto e olhou para Oliver, assentindo e sorrindo um pouco. "Oliver", ele cumprimentou, "Clark", e então seus olhos caíram em Chloe e ele a observou por um momento antes de estender a mão. "Eu sou J'onn Jones", ele se apresentou.

Chloe respirou fundo e apertou a mão dele. "Eu diria que é um prazer conhecê-lo, mas acho que seria redundante."

Oliver descansou a mão no ombro dela, então rapidamente se afastou. "J'onn, Clark vai levar Chloe para Metrópolis. Vamos levar Lois, Casey e Mia também. Você se importa em dar uma olhada nelas por um tempo enquanto eu resolvo algumas coisas aqui? Então eu vou encontrar com vocês."

"De forma alguma", J'onn disse, virando-se para Clark. "Eu posso ajudar a levá-las se você quiser."

Clark assentiu. "Será mais rápido assim."

Apertando os lábios, Chloe virou a cabeça e olhou para Oliver. "Você vai ficar bem?"

"Eu vou ficar bem", ele disse. "Não se preocupe comigo."

Ela lhe deu um olhar, então virou-se para Clark. "Vamos."

Clark assentiu e aproximou-se de Chloe. "Eu volto logo", ele disse aos outros dois, então pegou Chloe e saiu pela janela.

Oliver olhou para J'onn. "Eu preciso que você entre na mente dela", ele admitiu. Ele rapidamente explicou a situação, como ela estava bem em um minuto e era O Monstro no outro. "Eu não posso perdê-la de novo." Sua voz era baixa e ele olhava para o chão.

"Eu entrei", J'onn disse a ele. "Tem muito mais do que a Chloe lá dentro, eu vou ver o que posso fazer", ele disse, então colocou uma mão em seu ombro. "Mas todas as lembranças dela ainda estão lá, só estão escondidas."

Ele prendeu a respiração a isso, assentindo um pouco. "Se as lembranças não são o melhor pra ela agora, não... não as faça voltar."

J'onn ficou sério, mas balançou a cabeça. "Tudo que eu posso fazer é destravá-las", ele admitiu. "Clarear a mente dela de tudo que não pertence ali, mas ela ainda vai ter que se lembrar das coisas sozinha, devagar. Do contrário, vai ser muita informação e pode danificá-la permanentemente."

Oliver expirou lentamente. "Sim, é disso... que eu tenho medo", ele admitiu.

"Eu vou precisar de mais tempo com ela pra entender o que está acontecendo e o que causou essa mudança de personalidade", J'onn disse, "mas ela vai ficar bem."

"Bom", ele sussurrou. "Lois e as outras estão na sala de espera", ele disse. "Eu vou só me trocar e assinar minha saída."

"Eu vou ajudar Clark e começar a trabalhar em Chloe." Ele disse a Oliver com um aceno de cabeça antes de deixar o quarto.

Oliver o observou sair, então foi até o armário novamente, pegando uma troca de roupas que alguém tinha lhe trazido. Ele não sabia ao certo quem, mas depois veria isso e agradeceria. Ele se trocou o mais rápido que conseguiu, pegando a bolsa e seguindo pelo corredor, na direção da mesa das enfermeiras. Ele se recostou ali, esperando alguém notá-lo.

"Posso ajud--" a enfermeira parou, olhos arregalando. "Sr. Queen, não deveria estar de pé!" Ela arfou.

Ele fez o melhor para suprimir um sorriso. "Eu estou indo pra casa."

Ela olhou pra ele, então digitou rapidamente no computador antes de balançar a cabeça. "Seu médico não deu alta ainda."

"Eu sei. Eu estou me liberando", ele a informou.

"Sr. Queen, eu não posso deixá-lo fazer isso, seu médico queria mantê-lo aqui por pelo menos mais dois dias." Ela disse, engolindo em seco.

Ele olhou para o nome dela. "Nancy?" Ele ofereceu um pequeno sorriso, forçando-se a ser paciente apesar de seu desejo de sair e ir trabalhar. "Você não tem com o que se preocupar. Eu vou ligar para o Dr. Hamilton pessoalmente e informá-lo da minha decisão e que não deixei você me convencer do contrário. Vai ficar tudo bem."

Ela se mexeu desconfortavelmente e suspirou, então digitou por um momento, imprimindo algumas páginas e então os colocando sobre o balcão.

Ele sorriu enquanto assinava nas linhas marcadas. "Obrigado." Ele se afastou do balcão, pressionando a mão gentilmente em sua lateral e indo para a saída.

"Melhoras", ela disse, fazendo uma careta.

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ONZE

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