Resumo: Esta fic segue os acontecimentos até Fortune e começa dez anos no futuro.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R
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Ela caminhou na frente o tempo todo, o lugar ficava a apenas quatro quadras do hospital e era o único lugar no qual conseguia pensar. Ela o levou ao parque Grant e não parou de andar até entrar numa trilha, numa área cercada de árvores. Diminuindo o passo, ela olhou ao redor e encontrou um banco que considerou aceitável e se sentou sem falar nada.
Confusão nem começava a explicar como ela se sentia, ela estava desorientada e apenas meio... anestesiada. Ela queria respostas, mas tinha medo de tê-las, considerando o que respostas tinham feito há quinze minutos.
Oliver se sentou ao lado dela, mantendo um espaço entre eles para não deixá-la ainda mais desconfortável. "Você deve ter um milhão de perguntas." Sua voz era baixa.
"Isso nem serve pra começar", ela suspirou, correndo as mãos pelo rosto e então cruzando as pernas, descansando os cotovelos nos joelhos. "Diga como tudo isso aconteceu."
Assentindo, ele olhou pra ela, seu coração se retorcendo no peito. "Você estava seguindo uma história. Em Boston. Você é--era... uma repórter. Para o Star City Register", ele disse. "Eu não sei exatamente o que aconteceu, mas o prédio em que você estava... houve uma explosão. Muitas pessoas morreram." Ele prendeu a respiração por um momento. "As pessoas acharam que você tivesse morrido também."
"Mas você obviamente não acreditou nisso", ela disse, sem olhar pra ele, mantendo os olhos na grama.
"Não", ele sussurrou. "Não, eu nunca acreditei."
"Por que não?" Ela perguntou, descansando o queixo nas mãos.
"Eu não sentia", ele respondeu. "Eles dizem que quando você encontra a pessoa certa, e de repente ela vai embora, você sente. Eu nunca senti."
A isso, ela olhou pra ele. "Ok, então como você me encontrou?"
"Eu tenho pessoas procurando por você desde a explosão. Mesmo que elas não acreditem que você ainda está viva", ele admitiu, olhando pra ela também. "Uma delas te reconheceu há alguns dias, e me mandou a informação."
"E então você veio me encontrar", ela resumiu, respirando fundo. "Como eu cheguei aqui, então? E se tudo que eu sei é uma mentira, de onde veio?"
"Eu não sei", ele disse. "Mas eu te prometo, eu vou fazer tudo em meu poder pra encontrar essas respostas pra você."
Ela se endireitou e olhou pra ele. "E o que eu devo fazer até lá?" Ela perguntou, franzindo a testa.
Oliver hesitou. "Eu não sei. Como eu disse antes, eu não vou... te forçar a fazer nada." Ele olhou pra ela, sua expressão aberta e vulnerável. "Mas você é bem-vinda a ir para Star City comigo. É onde nós... vivemos." Ele mordeu o lábio inferior.
"Eu não vou a lugar nenhum sem respostas", ela disse, não tão firme desta vez.
Ele prendeu a respiração a isso, assentindo um pouco e olhando pra baixo. "Eu vou encontrá-las pra você", ele sussurrou. "E eu vou responder todas as perguntas que você tiver e que eu já sei a resposta."
Ela suspirou, dando de ombros. "O que mais eu deveria saber?"
Ele correu uma mão pelo rosto enquanto sua mente ia imediatamente para a filha deles. De quem ela não lembra nada. "Tem muita coisa", ele admitiu. "Nossas vidas eram complicadas."
"Você falou", Laura disse. "Que tipo de complicações?"
Ele hesitou por um momento, olhando pra ela mais uma vez e respirando fundo. Melhor ela descobrir por ele do que por um tabloide ou no google. "Pra começar... você já ouviu falar do Arqueiro Verde?" Ele procurou seus olhos.
Ela olhou pra ele por um momento então deu de ombros e balançou a cabeça. "Não, o que tem isso?"
Um sorriso tocou sua boca. "É ele na verdade. Meio que um... vigilantes que patrulha as ruas à noite e tenta manter as pessoas em segurança. Meio igual ao Super Homem mas sem super poderes?"
"Super Homem?" Ela perguntou ainda mais confusa.
Oliver olhou pra ela. "Você não... sabe sobre ele também?"
"...Não?" Ela disse. "Eu deveria?"
Ele prendeu a respiração. "Ele aparece na capa de quase todos os maiores jornais do país regularmente há uns seis anos." Ele engoliu seco, uma sensação ruim no estômago. "E nos noticiários e..." Cristo. Que diabos estava acontecendo? Como ela podia nunca ter ouvido falar sobre o Super Homem? Não fazia sentido a não ser...
A não ser que alguém a tenha programado para não se lembrar de nenhum deles.
"Eu leio o jornal", ela disse, balançando a cabeça ao olhar no rosto dele. "Bem, eu os leio online, mas eu leio o Times e alguns jornais locais e nunca li nada sobre o Super Homem, Arqueiro Verde ou Oliver Queen."
"Isso não foi um acidente", ele sussurrou.
"O que você quer dizer?" Ela perguntou, seus olhos estreitando, era melhor ele falar logo antes que ela explodisse.
Ele virou a cabeça para olhar pra ela, seu rosto mais pálido que antes. "A explosão. Não foi um acidente como reportaram. Alguém estava atrás de você. É a única coisa que faz sentido."
Laura conseguiu dar um risinho incrédulo a isso. "Por que alguém estaria atrás de mim?"
Ele sentiu o peito apertar dolorosamente. "Porque você era o coração e a alma de um grupo de Super Heróis. Como Super Homem e o Arqueiro Verde."
"Super Heróis", ela repetiu, incerta se deveria rir ou fingir que acreditava. Ela supostamente era esposa de um bilionário afinal.
"Eu sei o que parece", ele sussurrou. "Mas eu juro que não estou mentindo. Olha pra mim."
Ela suspirou profundamente e se virou pra ele com relutância.
"Olha pra mim de verdade", ele sussurrou, querendo estender a mão e tocá-la, mas sem saber como ela receberia isso. "Eu pareço estar fazendo uma pegadinha bem elaborada aqui?"
Laura o observou atentamente por um longo momento, embora o tenha acusado de fazer isso, a não ser que ele fosse muito bom ator, ela soube desde o começo que ele não estava. Especialmente com a foto, os olhos dele e o fato de que havia algo faltando em comparação. Claro que ela não conhecia o cara, mas não tinha que ser excelente em decifrar pessoas para saber que ele estava ferido. Provavelmente muito.
"Não." Ela respondeu finalmente, suspirando. "Mas você tem que admitir, tudo que você está me dizendo, é mais do que pouco estranho."
"Eu sei que é." Ele olhou pra ela. "Eu também sei que você pode suportar. Porque você sempre suportou. Mesmo que não se lembre."
Ela se mexeu e colocou os pés no chão, colocando as mãos no colo. "Olha", ela disse respirando fundo. "Vamos dizer que eu acredite em você, digamos que de alguma forma mexeram com minha memória. Eu ainda não sou a pessoa que você conhecia. Eu não sou sua esposa, eu não sei se posso lidar com nada disso que você está me contando."
Balançando levemente a cabeça, ela apertou os lábios. "Quem quer que sua esposa seja, suas memórias, sua vida, tudo que a fez ser quem ela era, eu não tenho nada disso a não ser o mesmo corpo. Eu não sou ela. Eu não vivi as coisas que ela viveu e eu obviamente não sei nada do que ela fez e tudo isso faz uma grande diferença, ela pelo menos era de Chicago?"
Ele fechou os olhos por um momento. "Não, ela não era", ele sussurrou. "Ela era de Metrópolis, Kansas."
"Eu nunca estive no Kansas." Ela disse, balançando a cabeça.
"Mas você esteve", ele sussurrou. "Você só não lembra." Ele engoliu seco, virando a cabeça para olhar pra ela. "Você tem família. Não só eu. Mas você tem um pai e uma prima que te amam muito." Você tem uma filha.
"É isso que estou tentando dizer a você", ela disse frustrada e se levantou. "Eu não conheço nenhuma dessas pessoas nem nada que você está me falando e você não pode esperar que eu reaja como sua esposa reagiria."
"Eu não estou. Eu não..." Ele também se levantou, respirando tremulamente. "Eu não espero que você simplesmente aceite tudo isso e venha pra casa e sejamos uma família feliz de novo. Eu..." Ele desviou o olhar. Ele se forçou a respirar fundo de novo. "Eu só... eu estou te pedindo pra manter a mente aberta", ele sussurrou. "Eu vou encontrar as respostas pra você. Você não quer saber a verdade? Você não quer saber quem fez isso com você? Quem fez você esquecer sua vida? Quem fez você pensar que é outra pessoa?"
Ela sentiu o peito apertar ao ouvir as palavras dele e desviou o olhar. Ela não podia deixar de sentir por ele, ele tinha obviamente passado por muita coisa e parecia que ela só sabia o começo de tudo. "Sim", ela disse, correndo as mãos pelo rosto. "Mas eu não quero que você conclua que eu posso lidar com isso porque querer saber a verdade é a única coisa me impedindo de ir embora agora."
"Certo", ele sussurrou, erguendo as mãos. "Tudo bem. Eu não... eu não vou fazer nenhuma suposição. Eu juro. Eu só..." Ele fechou os olhos por um momento. "Vamos fazer isso nos seus termos. Quaisquer que eles sejam."
Laura suspirou e o observou por um momento. "Ok", ela arfou, finalmente voltando a olhar pra ele. "Me dê seu número ou algo assim, eu vou pra casa e vou escrever as perguntas e eu te ligo amanhã para nos encontrarmos novamente."
"Tudo bem." Assentindo um pouco, ele pegou a carteira, tirando um de seus cartões. "Você uh -- você tem uma caneta?" ele sussurrou. "Vou escrever o número do meu celular também."
"Sim", ela disse a ele, pegando uma caneta.
"Obrigado." Ele pegou a caneta, seus dedos se tocando e ele engoliu seco, os olhos presos aos dela por um breve momento antes de pegar a caneta, escrevendo seu número em seguida e entregando tudo a ela.
Ela pegou os dois itens e guardou a caneta de volta na bolsa, mas o cartão guardou no bolso da calça e então se virou novamente pra ele. "Eu te ligo amanhã", ela disse. Ela não queria dar a ele um horário porque não sabia quando ia conseguir fazer isso. "Você vai ficar na cidade?"
Oliver assentiu. "Sim, estou num hotel a alguns quarteirões daqui", ele disse.
"Ok", apertando os lábios ela o observou por mais um momento e então reuniu suas coisas mais uma vez. "Eu te vejo amanhã, então."
O pensamento dela sair de sua vista o fez sentir-se mal fisicamente, mas ele sabia que não tinha escolha. "Eu te vejo amanhã", ele sussurrou.
Laura assentiu e sem mais nenhuma palavra, virou-se e começou a ir na direção oposta de onde tinham vindo. Parte dela sentia-se mal por deixá-lo, mas ela ignorou. Não conhecia esse cara e tinha que pelo menos pesquisar no google tudo que ele tinha dito, apesar de seus instintos lhe dizerem para acreditar nele, ela não era tão estúpida.
***
Horas mais tarde Oliver estava sentado na cama de hotel, olhando para o telefone em sua mão. Não querendo usar o celular caso Chloe ligasse, ele pegou o do hotel e ligou para casa.
Lois atendeu um momento depois. "Ei", ela disse, não querendo dizer um monte a ele caso as coisas não tenham dado certo, o que era o mais provável.
"Ei", ele respondeu de volta, a voz baixa.
Ela se encolheu ao tom e teve que se impedir de suspirar. "Casey está no banho, ela estava perguntando por você, mas eu peço pra ela te ligar quando terminar."
"Eu a encontrei."
"O quê?" E ela estava em pé de repente. "Eu vou pegá-la e pedir para Clark nos levar agora."
"Não", ele respondeu, sua voz cansada, mas firme. "Eu a encontrei Lois. Mas ela não se lembra de nada."
Lois parou, piscando algumas vezes. "Ela... não se lembra? Como resolvemos isso? Eu posso pedir para Clark levá-la para a fortaleza, já não mexeram na memória dela uma vez antes?"
"Não. Não... não desse jeito. Tem alguma coisa diferente." Ele fechou os olhos, sentindo-se exausto.
"O que você quer dizer?" Ela continuou. "Fala, Ollie. Eu preciso saber antes que a baixinha saia do banho."
"Lois, alguém fez isso intencionalmente. Apagou as memórias dela, as substituiu por novas e ela não se lembra de alguma vez ter ouvido falar do Super Homem ou Arqueiro Verde ou qualquer outro vigilante. Ela nunca ouviu falar de Oliver Queen."
"Você acha que a explosão foi uma armação?" Ela perguntou, olhos arregalados. "Quem?"
"Eu não sei", ele disse baixinho. "Eu não tenho as respostas agora. Mas é ela. Ela está viva, Lois."
"Você acha que Casey ficaria bem com Mia? Eu posso partir depois que ela for dormir, eu quero vê-la." Ela não queria deixar a sobrinha, mas ela precisava ver com os próprios olhos.
"Eu não acho que..." Ele correu uma mão pelo rosto. "Temos que fazer isso do jeito dela."
Lois parou. "Você não pode simplesmente me dizer que encontrou minha prima que estava presumidamente morta há três anos, Ollie, e esperar que eu não vá vê-la."
"Ela não sabe quem você é, Lois. E ela já está bastante assustada", ele suspirou.
Ela suspirou derrotada. "Você pode ao menos me mandar uma foto dela ou alguma coisa?"
"Com sorte amanhã", ele disse, desejando que tivesse lembrado de tirar um foto. "Ela deve me ligar para nos encontrarmos de novo."
"Você a deixou ir embora!?" Lois arfou.
"Acredite em mim, eu não queria. Mas não podia mantê-la refém contra a vontade também." Ele fechou os olhos, seu peito apertado.
"Então você deveria tê-la seguido! Ficar de olho nela." Lois disse.
"Eu sei onde ela está", ele disse baixinho.
Lois relaxou um pouco a isso, mas só um pouco. "Não a perca."
"Não vou", Oliver disse, desejando estar certo.
"Bom", ela suspirou. "Casey terminou, você quer falar com ela ou quer ligar depois?" Ela perguntou.
"Eu falo com ela."
"Me mande um e-mail se precisar de pesquisa com alguma coisa", Lois acrescentou rapidamente antes de chamar a sobrinha e avisar que seu pai estava no telefone.
Um momento depois Casey estava no telefone e sorria. "Pai!"
Oliver prendeu a respiração por um momento. "Ei, Casey. Está se divertindo?"
"Sim! Nós ficamos na praia o dia todo e Mia me ensinou a surfar, bem, mais ou menos. Eu fiquei só deitada na prancha. Mas ela me disse que vamos de novo amanhã depois da escola e ela vai me ensinar a ser boa igual a ela e então nós voltamos e agora tia Lois pediu pizza, mas Mia teve que ir embora, mas ela disse que vai tentar voltar depois e vamos assistir um filme e eu acho que quero assistir Harry Potter, mas não sei qual!" Ela disse, falando muito rapidamente e sem parar para respirar.
Ele não pôde deixar de sorrir ao ver como ela estava animada. Era como ela falava quando estava feliz e entusiasmada com alguma coisa. Outra coisa que tinha herdado de sua mãe. "Eu pensei que o quarto fosse seu favorito", ele disse, erguendo as sobrancelhas.
"Sim, por causa do Torneio Tribruxo, mas eu realmente gosto quando eles estão lutando com a Umbridge no quinto também, porque ela é tão malvada quanto minha professora de matemática!" Ela disse, "Eu acho que vou assistir um deles com a tia Lois e a Mia hoje e então eu assisto o outro amanhã com você." Ela disse a ele.
Ele hesitou por um momento. "Parece ótimo, Garota", ele respondeu, fechando os olhos. "Vocês vão ficar acordadas a noite toda e fazer verdade ou desafio?" ele brincou.
"Bem", ela sorriu. "Se a tia Lois aguentar..."
"Bem, se alguém pode aguentar, é a Tia Lois. Ou Mia." Ele balançou a cabeça com diversão.
Casey sorriu ainda mais. "Taaalvez." Ela parou. "Você ainda está trabalhando, pai?"
"Sim, estou. Só estou dando uma parada", ele disse suavemente. "Eu estou com saudades."
"Eu também", ela disse, sua voz mais baixa e menos entusiasmada. "Que horas são aí?"
Oliver olhou para o relógio. "Quase oito da noite", ele disse, seu peito apertado com a mudança na voz dela.
Casey parou por um momento. "Você vai trabalhar amanhã?"
Culpa tomou conta dele. "Por enquanto. Ainda planejo voltar pra casa, no entanto."
"Mas é domingo", ela fez bico.
"Eu sei, Casey", ele sussurrou. "Mas o que eu estou fazendo... é realmente importante."
Ela suspirou e assentiu, abaixando a cabeça. "Okay."
"Eu te amo. Você sabe disso, certo?"
"Eu também te amo, papai." Ela falou baixinho. "Eu ainda vou poder ir da próxima vez, certo?"
"Sim, você pode." Não que sua palavra significasse alguma coisa agora. Ele tinha, afinal, quebrado promessa seguida de promessa pra ela. Ele se perguntou porque ela não o odiava. Sentindo-se terrível, ele correu uma mão pelo rosto. "E eu vou te levar algumas lembrancinhas de Chicago."
"Ok", ela disse pouco interessada, ela já tinha muitas lembrancinhas.
"Eu sinto muito, Casey." Ele fechou os olhos.
Casey parou e franziu um pouco a testa. "Eu não posso ir com você?"
"Não, eu quis dizer... Eu sinto muito que... não esteja aí mais tempo", ele disse. "Não é porque eu não quero estar."
"Então por que você não está?" Ela perguntou, indo até o sofá e sentando-se no chão atrás dele.
Ele prendeu a respiração. "Porque eu..." Sou um pai terrível, seu cérebro completou. "Casey, tem algumas coisas que eu não posso te contar agora. Coisas grandes e importantes que..." ele fechou os olhos. "Que eu estou tentando fazer por nós. Por você e eu. Pela tia Lois." Ele engoliu seco. "E eu espero mais do que tudo que eu possa te contar logo. Que eu possa explicar. Que você entenda."
"Por que você não pode me contar agora!?" Ela disse, nervosa mas com medo.
Oliver correu uma mão pelo rosto. "Eu não posso", ele disse. "Você vai ter que confiar em mim."
Ela respirou fundo. "Você vai morrer igual a mamãe?" Ela perguntou finalmente, fungando.
Ele sentiu o peito apertar. "O quê? Não. Docinho. Não é nada disso. Não é nada ruim, eu prometo."
Casey soluçou no telefone. "Prometa", ela sussurrou.
A garganta dele apertou. "Eu prometo", ele sussurrou. "Eu prometo."
Apertando os joelhos junto ao peito, ela fungou e assentiu, esquecendo que ele não podia vê-la. "Promete que você vem pra casa amanhã?" Ela soluçou.
"Eu vou pra casa amanhã", ele prometeu, fechando os olhos com força.
"Ok", ela sussurrou.
"Eu te amo, Casey. Eu te vejo amanhã." Mesmo que tivesse que pedir para Clark ou Bart levá-lo para a cidade enquanto ela estava na escola no dia seguinte.
"Eu também te amo, papai", ela fungou.
"Vamos fazer biscoitos e assistir Harry Potter amanhã, ok?" Sua voz era baixa, mas cheia de determinação. "Só você e eu."
"Ok", ela disse de novo. "Acho que tia Lois está me procurando", ela sussurrou baixinho, fungando.
Ele engoliu seco. "Tudo bem. Tudo bem, eu vou uh-- vou te deixar voltar pra ela então."
"Boa noite, papai", ela disse antes de desligar.
Oliver se encolheu ao som da linha ficando muda. "Boa noite", ele sussurrou.
_______
CINCO
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Confusão nem começava a explicar como ela se sentia, ela estava desorientada e apenas meio... anestesiada. Ela queria respostas, mas tinha medo de tê-las, considerando o que respostas tinham feito há quinze minutos.
Oliver se sentou ao lado dela, mantendo um espaço entre eles para não deixá-la ainda mais desconfortável. "Você deve ter um milhão de perguntas." Sua voz era baixa.
"Isso nem serve pra começar", ela suspirou, correndo as mãos pelo rosto e então cruzando as pernas, descansando os cotovelos nos joelhos. "Diga como tudo isso aconteceu."
Assentindo, ele olhou pra ela, seu coração se retorcendo no peito. "Você estava seguindo uma história. Em Boston. Você é--era... uma repórter. Para o Star City Register", ele disse. "Eu não sei exatamente o que aconteceu, mas o prédio em que você estava... houve uma explosão. Muitas pessoas morreram." Ele prendeu a respiração por um momento. "As pessoas acharam que você tivesse morrido também."
"Mas você obviamente não acreditou nisso", ela disse, sem olhar pra ele, mantendo os olhos na grama.
"Não", ele sussurrou. "Não, eu nunca acreditei."
"Por que não?" Ela perguntou, descansando o queixo nas mãos.
"Eu não sentia", ele respondeu. "Eles dizem que quando você encontra a pessoa certa, e de repente ela vai embora, você sente. Eu nunca senti."
A isso, ela olhou pra ele. "Ok, então como você me encontrou?"
"Eu tenho pessoas procurando por você desde a explosão. Mesmo que elas não acreditem que você ainda está viva", ele admitiu, olhando pra ela também. "Uma delas te reconheceu há alguns dias, e me mandou a informação."
"E então você veio me encontrar", ela resumiu, respirando fundo. "Como eu cheguei aqui, então? E se tudo que eu sei é uma mentira, de onde veio?"
"Eu não sei", ele disse. "Mas eu te prometo, eu vou fazer tudo em meu poder pra encontrar essas respostas pra você."
Ela se endireitou e olhou pra ele. "E o que eu devo fazer até lá?" Ela perguntou, franzindo a testa.
Oliver hesitou. "Eu não sei. Como eu disse antes, eu não vou... te forçar a fazer nada." Ele olhou pra ela, sua expressão aberta e vulnerável. "Mas você é bem-vinda a ir para Star City comigo. É onde nós... vivemos." Ele mordeu o lábio inferior.
"Eu não vou a lugar nenhum sem respostas", ela disse, não tão firme desta vez.
Ele prendeu a respiração a isso, assentindo um pouco e olhando pra baixo. "Eu vou encontrá-las pra você", ele sussurrou. "E eu vou responder todas as perguntas que você tiver e que eu já sei a resposta."
Ela suspirou, dando de ombros. "O que mais eu deveria saber?"
Ele correu uma mão pelo rosto enquanto sua mente ia imediatamente para a filha deles. De quem ela não lembra nada. "Tem muita coisa", ele admitiu. "Nossas vidas eram complicadas."
"Você falou", Laura disse. "Que tipo de complicações?"
Ele hesitou por um momento, olhando pra ela mais uma vez e respirando fundo. Melhor ela descobrir por ele do que por um tabloide ou no google. "Pra começar... você já ouviu falar do Arqueiro Verde?" Ele procurou seus olhos.
Ela olhou pra ele por um momento então deu de ombros e balançou a cabeça. "Não, o que tem isso?"
Um sorriso tocou sua boca. "É ele na verdade. Meio que um... vigilantes que patrulha as ruas à noite e tenta manter as pessoas em segurança. Meio igual ao Super Homem mas sem super poderes?"
"Super Homem?" Ela perguntou ainda mais confusa.
Oliver olhou pra ela. "Você não... sabe sobre ele também?"
"...Não?" Ela disse. "Eu deveria?"
Ele prendeu a respiração. "Ele aparece na capa de quase todos os maiores jornais do país regularmente há uns seis anos." Ele engoliu seco, uma sensação ruim no estômago. "E nos noticiários e..." Cristo. Que diabos estava acontecendo? Como ela podia nunca ter ouvido falar sobre o Super Homem? Não fazia sentido a não ser...
A não ser que alguém a tenha programado para não se lembrar de nenhum deles.
"Eu leio o jornal", ela disse, balançando a cabeça ao olhar no rosto dele. "Bem, eu os leio online, mas eu leio o Times e alguns jornais locais e nunca li nada sobre o Super Homem, Arqueiro Verde ou Oliver Queen."
"Isso não foi um acidente", ele sussurrou.
"O que você quer dizer?" Ela perguntou, seus olhos estreitando, era melhor ele falar logo antes que ela explodisse.
Ele virou a cabeça para olhar pra ela, seu rosto mais pálido que antes. "A explosão. Não foi um acidente como reportaram. Alguém estava atrás de você. É a única coisa que faz sentido."
Laura conseguiu dar um risinho incrédulo a isso. "Por que alguém estaria atrás de mim?"
Ele sentiu o peito apertar dolorosamente. "Porque você era o coração e a alma de um grupo de Super Heróis. Como Super Homem e o Arqueiro Verde."
"Super Heróis", ela repetiu, incerta se deveria rir ou fingir que acreditava. Ela supostamente era esposa de um bilionário afinal.
"Eu sei o que parece", ele sussurrou. "Mas eu juro que não estou mentindo. Olha pra mim."
Ela suspirou profundamente e se virou pra ele com relutância.
"Olha pra mim de verdade", ele sussurrou, querendo estender a mão e tocá-la, mas sem saber como ela receberia isso. "Eu pareço estar fazendo uma pegadinha bem elaborada aqui?"
Laura o observou atentamente por um longo momento, embora o tenha acusado de fazer isso, a não ser que ele fosse muito bom ator, ela soube desde o começo que ele não estava. Especialmente com a foto, os olhos dele e o fato de que havia algo faltando em comparação. Claro que ela não conhecia o cara, mas não tinha que ser excelente em decifrar pessoas para saber que ele estava ferido. Provavelmente muito.
"Não." Ela respondeu finalmente, suspirando. "Mas você tem que admitir, tudo que você está me dizendo, é mais do que pouco estranho."
"Eu sei que é." Ele olhou pra ela. "Eu também sei que você pode suportar. Porque você sempre suportou. Mesmo que não se lembre."
Ela se mexeu e colocou os pés no chão, colocando as mãos no colo. "Olha", ela disse respirando fundo. "Vamos dizer que eu acredite em você, digamos que de alguma forma mexeram com minha memória. Eu ainda não sou a pessoa que você conhecia. Eu não sou sua esposa, eu não sei se posso lidar com nada disso que você está me contando."
Balançando levemente a cabeça, ela apertou os lábios. "Quem quer que sua esposa seja, suas memórias, sua vida, tudo que a fez ser quem ela era, eu não tenho nada disso a não ser o mesmo corpo. Eu não sou ela. Eu não vivi as coisas que ela viveu e eu obviamente não sei nada do que ela fez e tudo isso faz uma grande diferença, ela pelo menos era de Chicago?"
Ele fechou os olhos por um momento. "Não, ela não era", ele sussurrou. "Ela era de Metrópolis, Kansas."
"Eu nunca estive no Kansas." Ela disse, balançando a cabeça.
"Mas você esteve", ele sussurrou. "Você só não lembra." Ele engoliu seco, virando a cabeça para olhar pra ela. "Você tem família. Não só eu. Mas você tem um pai e uma prima que te amam muito." Você tem uma filha.
"É isso que estou tentando dizer a você", ela disse frustrada e se levantou. "Eu não conheço nenhuma dessas pessoas nem nada que você está me falando e você não pode esperar que eu reaja como sua esposa reagiria."
"Eu não estou. Eu não..." Ele também se levantou, respirando tremulamente. "Eu não espero que você simplesmente aceite tudo isso e venha pra casa e sejamos uma família feliz de novo. Eu..." Ele desviou o olhar. Ele se forçou a respirar fundo de novo. "Eu só... eu estou te pedindo pra manter a mente aberta", ele sussurrou. "Eu vou encontrar as respostas pra você. Você não quer saber a verdade? Você não quer saber quem fez isso com você? Quem fez você esquecer sua vida? Quem fez você pensar que é outra pessoa?"
Ela sentiu o peito apertar ao ouvir as palavras dele e desviou o olhar. Ela não podia deixar de sentir por ele, ele tinha obviamente passado por muita coisa e parecia que ela só sabia o começo de tudo. "Sim", ela disse, correndo as mãos pelo rosto. "Mas eu não quero que você conclua que eu posso lidar com isso porque querer saber a verdade é a única coisa me impedindo de ir embora agora."
"Certo", ele sussurrou, erguendo as mãos. "Tudo bem. Eu não... eu não vou fazer nenhuma suposição. Eu juro. Eu só..." Ele fechou os olhos por um momento. "Vamos fazer isso nos seus termos. Quaisquer que eles sejam."
Laura suspirou e o observou por um momento. "Ok", ela arfou, finalmente voltando a olhar pra ele. "Me dê seu número ou algo assim, eu vou pra casa e vou escrever as perguntas e eu te ligo amanhã para nos encontrarmos novamente."
"Tudo bem." Assentindo um pouco, ele pegou a carteira, tirando um de seus cartões. "Você uh -- você tem uma caneta?" ele sussurrou. "Vou escrever o número do meu celular também."
"Sim", ela disse a ele, pegando uma caneta.
"Obrigado." Ele pegou a caneta, seus dedos se tocando e ele engoliu seco, os olhos presos aos dela por um breve momento antes de pegar a caneta, escrevendo seu número em seguida e entregando tudo a ela.
Ela pegou os dois itens e guardou a caneta de volta na bolsa, mas o cartão guardou no bolso da calça e então se virou novamente pra ele. "Eu te ligo amanhã", ela disse. Ela não queria dar a ele um horário porque não sabia quando ia conseguir fazer isso. "Você vai ficar na cidade?"
Oliver assentiu. "Sim, estou num hotel a alguns quarteirões daqui", ele disse.
"Ok", apertando os lábios ela o observou por mais um momento e então reuniu suas coisas mais uma vez. "Eu te vejo amanhã, então."
O pensamento dela sair de sua vista o fez sentir-se mal fisicamente, mas ele sabia que não tinha escolha. "Eu te vejo amanhã", ele sussurrou.
Laura assentiu e sem mais nenhuma palavra, virou-se e começou a ir na direção oposta de onde tinham vindo. Parte dela sentia-se mal por deixá-lo, mas ela ignorou. Não conhecia esse cara e tinha que pelo menos pesquisar no google tudo que ele tinha dito, apesar de seus instintos lhe dizerem para acreditar nele, ela não era tão estúpida.
***
Horas mais tarde Oliver estava sentado na cama de hotel, olhando para o telefone em sua mão. Não querendo usar o celular caso Chloe ligasse, ele pegou o do hotel e ligou para casa.
Lois atendeu um momento depois. "Ei", ela disse, não querendo dizer um monte a ele caso as coisas não tenham dado certo, o que era o mais provável.
"Ei", ele respondeu de volta, a voz baixa.
Ela se encolheu ao tom e teve que se impedir de suspirar. "Casey está no banho, ela estava perguntando por você, mas eu peço pra ela te ligar quando terminar."
"Eu a encontrei."
"O quê?" E ela estava em pé de repente. "Eu vou pegá-la e pedir para Clark nos levar agora."
"Não", ele respondeu, sua voz cansada, mas firme. "Eu a encontrei Lois. Mas ela não se lembra de nada."
Lois parou, piscando algumas vezes. "Ela... não se lembra? Como resolvemos isso? Eu posso pedir para Clark levá-la para a fortaleza, já não mexeram na memória dela uma vez antes?"
"Não. Não... não desse jeito. Tem alguma coisa diferente." Ele fechou os olhos, sentindo-se exausto.
"O que você quer dizer?" Ela continuou. "Fala, Ollie. Eu preciso saber antes que a baixinha saia do banho."
"Lois, alguém fez isso intencionalmente. Apagou as memórias dela, as substituiu por novas e ela não se lembra de alguma vez ter ouvido falar do Super Homem ou Arqueiro Verde ou qualquer outro vigilante. Ela nunca ouviu falar de Oliver Queen."
"Você acha que a explosão foi uma armação?" Ela perguntou, olhos arregalados. "Quem?"
"Eu não sei", ele disse baixinho. "Eu não tenho as respostas agora. Mas é ela. Ela está viva, Lois."
"Você acha que Casey ficaria bem com Mia? Eu posso partir depois que ela for dormir, eu quero vê-la." Ela não queria deixar a sobrinha, mas ela precisava ver com os próprios olhos.
"Eu não acho que..." Ele correu uma mão pelo rosto. "Temos que fazer isso do jeito dela."
Lois parou. "Você não pode simplesmente me dizer que encontrou minha prima que estava presumidamente morta há três anos, Ollie, e esperar que eu não vá vê-la."
"Ela não sabe quem você é, Lois. E ela já está bastante assustada", ele suspirou.
Ela suspirou derrotada. "Você pode ao menos me mandar uma foto dela ou alguma coisa?"
"Com sorte amanhã", ele disse, desejando que tivesse lembrado de tirar um foto. "Ela deve me ligar para nos encontrarmos de novo."
"Você a deixou ir embora!?" Lois arfou.
"Acredite em mim, eu não queria. Mas não podia mantê-la refém contra a vontade também." Ele fechou os olhos, seu peito apertado.
"Então você deveria tê-la seguido! Ficar de olho nela." Lois disse.
"Eu sei onde ela está", ele disse baixinho.
Lois relaxou um pouco a isso, mas só um pouco. "Não a perca."
"Não vou", Oliver disse, desejando estar certo.
"Bom", ela suspirou. "Casey terminou, você quer falar com ela ou quer ligar depois?" Ela perguntou.
"Eu falo com ela."
"Me mande um e-mail se precisar de pesquisa com alguma coisa", Lois acrescentou rapidamente antes de chamar a sobrinha e avisar que seu pai estava no telefone.
Um momento depois Casey estava no telefone e sorria. "Pai!"
Oliver prendeu a respiração por um momento. "Ei, Casey. Está se divertindo?"
"Sim! Nós ficamos na praia o dia todo e Mia me ensinou a surfar, bem, mais ou menos. Eu fiquei só deitada na prancha. Mas ela me disse que vamos de novo amanhã depois da escola e ela vai me ensinar a ser boa igual a ela e então nós voltamos e agora tia Lois pediu pizza, mas Mia teve que ir embora, mas ela disse que vai tentar voltar depois e vamos assistir um filme e eu acho que quero assistir Harry Potter, mas não sei qual!" Ela disse, falando muito rapidamente e sem parar para respirar.
Ele não pôde deixar de sorrir ao ver como ela estava animada. Era como ela falava quando estava feliz e entusiasmada com alguma coisa. Outra coisa que tinha herdado de sua mãe. "Eu pensei que o quarto fosse seu favorito", ele disse, erguendo as sobrancelhas.
"Sim, por causa do Torneio Tribruxo, mas eu realmente gosto quando eles estão lutando com a Umbridge no quinto também, porque ela é tão malvada quanto minha professora de matemática!" Ela disse, "Eu acho que vou assistir um deles com a tia Lois e a Mia hoje e então eu assisto o outro amanhã com você." Ela disse a ele.
Ele hesitou por um momento. "Parece ótimo, Garota", ele respondeu, fechando os olhos. "Vocês vão ficar acordadas a noite toda e fazer verdade ou desafio?" ele brincou.
"Bem", ela sorriu. "Se a tia Lois aguentar..."
"Bem, se alguém pode aguentar, é a Tia Lois. Ou Mia." Ele balançou a cabeça com diversão.
Casey sorriu ainda mais. "Taaalvez." Ela parou. "Você ainda está trabalhando, pai?"
"Sim, estou. Só estou dando uma parada", ele disse suavemente. "Eu estou com saudades."
"Eu também", ela disse, sua voz mais baixa e menos entusiasmada. "Que horas são aí?"
Oliver olhou para o relógio. "Quase oito da noite", ele disse, seu peito apertado com a mudança na voz dela.
Casey parou por um momento. "Você vai trabalhar amanhã?"
Culpa tomou conta dele. "Por enquanto. Ainda planejo voltar pra casa, no entanto."
"Mas é domingo", ela fez bico.
"Eu sei, Casey", ele sussurrou. "Mas o que eu estou fazendo... é realmente importante."
Ela suspirou e assentiu, abaixando a cabeça. "Okay."
"Eu te amo. Você sabe disso, certo?"
"Eu também te amo, papai." Ela falou baixinho. "Eu ainda vou poder ir da próxima vez, certo?"
"Sim, você pode." Não que sua palavra significasse alguma coisa agora. Ele tinha, afinal, quebrado promessa seguida de promessa pra ela. Ele se perguntou porque ela não o odiava. Sentindo-se terrível, ele correu uma mão pelo rosto. "E eu vou te levar algumas lembrancinhas de Chicago."
"Ok", ela disse pouco interessada, ela já tinha muitas lembrancinhas.
"Eu sinto muito, Casey." Ele fechou os olhos.
Casey parou e franziu um pouco a testa. "Eu não posso ir com você?"
"Não, eu quis dizer... Eu sinto muito que... não esteja aí mais tempo", ele disse. "Não é porque eu não quero estar."
"Então por que você não está?" Ela perguntou, indo até o sofá e sentando-se no chão atrás dele.
Ele prendeu a respiração. "Porque eu..." Sou um pai terrível, seu cérebro completou. "Casey, tem algumas coisas que eu não posso te contar agora. Coisas grandes e importantes que..." ele fechou os olhos. "Que eu estou tentando fazer por nós. Por você e eu. Pela tia Lois." Ele engoliu seco. "E eu espero mais do que tudo que eu possa te contar logo. Que eu possa explicar. Que você entenda."
"Por que você não pode me contar agora!?" Ela disse, nervosa mas com medo.
Oliver correu uma mão pelo rosto. "Eu não posso", ele disse. "Você vai ter que confiar em mim."
Ela respirou fundo. "Você vai morrer igual a mamãe?" Ela perguntou finalmente, fungando.
Ele sentiu o peito apertar. "O quê? Não. Docinho. Não é nada disso. Não é nada ruim, eu prometo."
Casey soluçou no telefone. "Prometa", ela sussurrou.
A garganta dele apertou. "Eu prometo", ele sussurrou. "Eu prometo."
Apertando os joelhos junto ao peito, ela fungou e assentiu, esquecendo que ele não podia vê-la. "Promete que você vem pra casa amanhã?" Ela soluçou.
"Eu vou pra casa amanhã", ele prometeu, fechando os olhos com força.
"Ok", ela sussurrou.
"Eu te amo, Casey. Eu te vejo amanhã." Mesmo que tivesse que pedir para Clark ou Bart levá-lo para a cidade enquanto ela estava na escola no dia seguinte.
"Eu também te amo, papai", ela fungou.
"Vamos fazer biscoitos e assistir Harry Potter amanhã, ok?" Sua voz era baixa, mas cheia de determinação. "Só você e eu."
"Ok", ela disse de novo. "Acho que tia Lois está me procurando", ela sussurrou baixinho, fungando.
Ele engoliu seco. "Tudo bem. Tudo bem, eu vou uh-- vou te deixar voltar pra ela então."
"Boa noite, papai", ela disse antes de desligar.
Oliver se encolheu ao som da linha ficando muda. "Boa noite", ele sussurrou.
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CINCO
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Oh, Deus!
ResponderExcluirQuanta dor, para todos... encontrar a Chloe ainda não resolveu totalmente o problema... todo mundo sofrendo e eu sofro junto =/
A Chloe por perceber que sua vida é uma farsa, Oliver por toda esta situação e pelo sofrimento dela e da Casey... e a Casey, tadinha, a conversa com o Ollie é de partir o coração! Aiai!
GIL
Gil, acho que vamos precisar de MUiTAS caixas de lenço de papel pra acompanhar essa história! Haja sofrimento, gente... E eu continuo ansiosa pra saber a reação da Chloe quando souber da Casey...
ExcluirDesconfio do mesmo, Ciça!! Aiai!! Somos duas choronas hahaha
ExcluirTambém me deixa super curiosa, e na certa é mais sofrimento por vir...
GIL
Meninas, meninas, força nesse coração... Não comecem a sofrer antes da hora, quem sabe não serão necessários tantos lenços assim... :D Fico MUITO feliz que estejam gostando tanto da história... Beijos e já vou postar o próximo...
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