Resumo: Esta fic segue os acontecimentos até Fortune e começa dez anos no futuro.
Autoras: chloeas e dl_greenarrow
Classificação: R
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Oliver girou embaixo dela, segurando sua perna com força e movendo-se rapidamente para pegá-la antes que ela atingisse o chão. "Que diabos você está fazendo?" ele exigiu, balançando a cabeça enquanto segurava seus braços.
Laura lutou, tentando fazê-lo soltá-la. "O que eu devo fazer", ela disse, ficando em cima dele enquanto tentava levantar a perna para dar uma joelhada em sua virilha.
Ele não a soltou enquanto os girava para que ele ficasse de lado, bloqueando o joelho dela com o seu próprio. "De acordo com quem?"
Ela deu risada, girando o braço e pressionando o cotovelo na lateral dele. "Eu não sou idiota."
"Você com certeza não é", ele concordou, fazendo uma careta quando o cotovelo dela pressionou sua costela onde ela tinha chutado antes. "Isso não significa que você deva ser fantoche de alguém." Ele girou de novo, colocando-a embaixo dele e segurando-a com força, pressionando os braços dela contra o chão e as pernas contra as dela.
Ela estreitou os olhos, mas ao ver a posição deles, deu um risinho. "Eu me pergunto como Casey vai reagir ao saber que o pai é um estuprador."
Oliver olhou feio pra ela. "Acredite quando eu digo que esta é a última coisa em minha mente."
"Não importa se é verdade." Ela disse, levantando a cabeça e correndo a língua nos lábios dele.
Ele afastou a cabeça, soltando-a e se levantando. "Pra quem você está trabalhando?"
Ela se levantou instantaneamente e manteve sua distância pela primeira vez. "Tem certeza que vai perder a oportunidade? Faz quanto tempo? Três anos? Você sente falta dela. Você sente minha falta."
"Você não é ela", ele a informou friamente, mantendo os olhos nela com precaução, mandíbula travada.
"Oh, mas eu sou." Ela disse a ele, movendo-se lentamente na direção dele. "Cada centímetro do meu corpo é exatamente igual ao corpo com que você vem sonhando esse tempo todo, você pode me beijar de novo, como você está acostumado."
Ele sentiu o peito apertado. "Não", ele disse com firmeza. "Isso não vai acontecer. Não deste jeito."
"Mas é sua última chance", ela disse, indo até ele e correndo os dedos em sua bochecha. "Mesmo que você deixe este avião, você não vai chegar em casa."
Ele segurou seu pulso, afastando-o de seu rosto. "Não tenha tanta certeza disso."
"Eu tenho certeza." Ela disse, dando um risinho e estreitando os olhos mais uma vez. "E não se preocupe com Casey e Lois. Eles vão cuidar delas."
"Do que diabos você está falando?" ele exigiu.
"Talvez eu deixe você ir pra casa..." ela disse, aproximando-se, "assim você pode ver com os próprios olhos como a casa foi redecorada. Eu espero que você goste de vermelho."
Sem aviso, ele a girou, ainda segurando seu pulso enquanto a puxava contra ele, seu outro braço apertando ao redor de sua cintura, mantendo-a no lugar. "Começa a falar", ele ordenou. "Pra quem você trabalha?"
Laura não esperava por isso, mas apenas se empurrou, deixando todo o peso cair sobre ele.
Ele deu um único passo pra trás, equilibrando-se facilmente. "Boa tentativa, Chloe. Infelizmente pra você, você ainda é muito pequena para este truque."
Ela travou a mandíbula e parou de lutar por um segundo antes de começar a chutá-lo. "Me solta!"
Ele fez uma careta quando o salto se conectou com seu joelho, mas apenas a segurou com mais força. "Não vai acontecer."
Travando a mandíbula mais uma vez, ela girou, puxando o braço o mais forte que conseguiu, fazendo seu ombro sair do lugar, ela gritou de dor, mas era exatamente o que estava esperando.
"Chloe?" Ele soltou um pouco a cintura dela, preocupado.
No segundo que ele a soltou ela girou, joelho atingindo sua virilha ao mesmo tempo que deu um soco em seu estômago.
Ele gemeu, caindo no chão instantaneamente, soltando vários palavrões.
Ela não parou quando ele caiu, chutando suas costas e quadris com rapidez e força repetidamente.
Oliver odiava o que estava prestes a fazer, mas sentiu que não tinha opção. Ele agarrou a perna dela, girando-a e puxando com força.
Laura perdeu o equilíbrio e enquanto tentava se segurar nos assentos enquanto caía, acabou batendo a têmpora contra uma mesinha, com força. Um pequeno corte se abriu em sua pele e quando ela caiu no chão, estava inconsciente.
Ele respirou tremulamente enquanto engatinhava até onde ela estava, fazendo uma careta quando viu o sangue no rosto dela. Ele estendeu a mão para sentir sua garganta, aliviado quando encontrou pulso forte e estável. Ele fechou os olhos por um momento, expirando e então se mexendo, puxando-a para seus braços e a aconchegando contra seu peito, dando um beijo em sua testa. "Vai ficar tudo bem", ele sussurrou.
Ele só não sabia como.
***
Quando Laura acordou, sua cabeça estava latejando, seu ombro queimando e seu corpo inteiro dolorido. Ela se mexeu na cama e franziu a testa, gemendo um pouco quando o movimento fez a dor aumentar.
Oliver se sentou na beira da cadeira, seus movimentos tão doloridos quanto os dela. "Você parou de tentar me matar?" ele perguntou, sem nenhum humor.
Ela piscou os olhos e levou a mão boa até a cabeça já que a luz fazia doer ainda mais. "O-o que aconteceu?"
Ele a estudou por um momento, então expirou. "Num minuto estávamos conversando, e no outro você me atacou", ele respondeu.
Laura franziu a testa a isso e balançou levemente a cabeça, confusão clara em seu rosto. "Do que você está falando?"
"Você não se lembra", ele murmurou, olhando pra ela.
Ela começou a balançar a cabeça e então fez uma careta de novo. "Ai", ela murmurou.
Ele também fez uma careta. "Desculpe pela sua cabeça", ele sussurrou.
"Nós lutamos?" Ela perguntou zonza, movendo a mão até o ombro e tocando com cautela.
Oliver hesitou por um momento, então levantou a camisa, mostrando a pele machucada. "Pode-se dizer que sim. Pra constar, você venceu."
Ela arregalou os olhos quando viu o hematoma, medo aparecendo em seus olhos. "Eu não sei lutar."
Ele tinha quase certeza que tinha uma ou duas costelas quebradas que a desmentiam, mas não falou nada, não querendo chateá-la ainda mais. "Foi como se alguém estivesse controlando você", ele disse baixinho.
Laura arregalou os olhos de novo, definitivamente com medo agora. "Como se alguém estivesse me fazendo atacar você?"
"Talvez", ele disse, sua voz suave. "Foi como se alguém tivesse ligado um interruptor. Num minuto era você e no outro era um ninja." Ele tentou um tom brincalhão para aliviar o clima.
Ela engoliu seco, olhando pra ele por um momento enquanto seu estômago revirava. "Sinto muito", ela sussurrou.
"Não era você", ele murmurou. Ele só não sabia quem era. Ou mais precisamente o que tinha causado isso.
Fazendo uma careta de dor, Laura se sentou na estreita cama do avião. "Eu deveria ficar longe, até você descobrir o que está acontecendo."
"O médico que eu tenho na equipe vai nos encontrar no aeroporto", ele disse, observando-a. "Vamos pousar logo." Ele se levantou.
Laura engoliu, os olhos com algumas lágrimas por causa da dor e do medo, ela não tinha ideia do que tinha acontecido, mas pior que isso, ela não tinha ideia do que podia ter feito nos três anos em que esteve desaparecida.
Ele voltou para o lado dela um momento depois, com uma bolsa de gelo. "Aqui."
Ela olhou pra ele e pegou o gelo, prendendo a respiração enquanto o pressionava contra o ombro, sentindo-se envergonhada por não conseguir lembrar de nada.
"Olha pra mim", ele sussurrou, sua voz quase inaudível.
Franzindo um pouco a testa, ela virou a cabeça na direção dele e olhou pelo canto dos olhos.
"Vamos chegar ao fundo disso. Vamos conseguir as respostas, eu prometo", ele sussurrou.
Ela prendeu a respiração, assentindo levemente enquanto os olhos se enchiam ainda mais de lágrimas. "Obrigada", ela murmurou.
Ele estendeu a mão na direção dela hesitante, ficando em silêncio.
Laura olhou para a mão dele por um momento, então colocou o gelo na cama e pegou a mão dele, fungando baixinho enquanto as lágrimas caíam.
"Vai ficar tudo bem", ele sussurrou, apertando a mão dela gentilmente. "Vamos descobrir como resolver tudo."
"Ok", ela murmurou, suspirando profundamente e apertando a mão dele. "Eu só não quero ferir mais ninguém."
"Eu sei", ele sussurrou.
"Sr. Queen", uma voz veio pelo interfone. "Vamos pousar nos próximos minutos."
Ele respirou fundo e olhou para Chloe. "Você consegue se mexer? Temos que colocar os cintos."
Assentindo, ela pegou a bolsa de gelo de volta, soltando a mão dele e voltando para o assento sem nenhuma palavra. Ela nunca esteve tão assustada na vida, quanto mais rápido chegassem, com sorte mais rápido teriam respostas.
***
Apenas alguns momentos depois de pousarem, Laura estava agradecida por estarem novamente no chão, tanto porque estava cada vez mais ansiosa pelos últimos momentos da viagem e também porque queria que o médico de Oliver visse se ele estava bem. Até onde sabia, ela não era uma pessoa violenta, nunca fez nenhuma aula de defesa pessoal na vida, mas aparentemente ela era boa a ponto de machucar o Arqueiro Verde.
Ela tinha certeza que ele tinha se segurado porque não quis machucá-la, mas ainda assim, era assustador pensar que era capaz disso.
"Vamos", ele disse baixinho, pegando as bagagens e as carregando para as escadas.
Laura levou uma mão ao ombro e o seguiu, mantendo a cabeça baixa enquanto saía do avião com o laptop e uma bolsa no braço bom.
Ele olhou ao redor, então levantou uma mão, acenando para Emil, que estava parado ao lado de um carro.
Ela olhou para Oliver e então para o homem que deduzia ser o médico e desejou que tivesse perguntado se ela o conhecia.
Emil apenas olhou pra ela por um momento enquanto acenava de volta para Oliver e o ajudava com a bagagem, já que sabia que os dois estavam feridos.
"Laura, este é o Dr. Emil Hamilton", ele disse baixinho, oferecendo ao outro homem um sorriso e deixando-o pegar uma das malas. "Emil... esta é Laura." Seu peito apertou um pouco.
O médico ofereceu a ela um pequeno sorriso embora tenha arregalado os olhos. "É um prazer conhecê-la", ele disse.
Com um aceno de cabeça, ela tentou um sorriso, mas não conseguiu, parece que ele conhecia Chloe pelo jeito que ele olhava pra ela.
"Ela pode ter tido uma concussão", ele disse a Emil com preocupação. "E o ombro está machucado."
Laura balançou a cabeça. "Não, eu estou... bem comparada a ele", ela disse, olhando para Oliver.
Emil sorriu e assentiu. "Vamos para o laboratório, eu vou dar uma olhada nos dois."
Oliver olhou pra ela também, um sorriso nos lábios. "Vamos", ele sussurrou, abrindo a porta do carro pra ela.
Ela olhou pra ele por um momento, então entrou no carro sem falar nada, ansiosa pra saber se ele estava bem.
A preocupação nos olhos dela fez o peito dele apertar com a sensação familiar e ele se sentou ao lado dela, oferecendo-lhe um olhar confiante. "Está tudo bem. Eu já estive pior, acredite."
"Talvez", ela disse baixinho, "mas eu nunca fiz nada assim a alguém antes, não que eu me lembre pelo menos."
Ele pegou a mão dela, apertando gentilmente. "Como eu disse antes, você não era você mesma."
Laura assentiu e passou os dedos ao redor da mão dele enquanto se virava para olhar pela janela, preocupada.
"Depois me lembre de te contar a história de quando atravessei uma janela", ele disse, correndo o polegar levemente na mão dela.
Laura arregalou os olhos enquanto se virava para Oliver de novo.
Emil deu um risinho e ajustou os óculos. "Vamos correr alguns testes hoje também ou vocês querem esperar até amanhã?"
Ele sorriu gentilmente pra ela, então olhou para o assento onde estava Emil. "Laura é quem sabe. O dia foi bem longo."
"Não", ela disse para Oliver, balançando a cabeça e olhando para o médico. "Tudo que você puder fazer hoje, apenas... faça."
Ele resistiu ao desejo de se inclinar e beijar sua têmpora, e simplesmente assentiu. "Tudo bem."
Laura suspirou e assentiu. "Eu não quero arriscar machucar mais alguém."
"Eu vou ficar com você", ele falou baixinho. "Se você quiser."
Ela olhou pra baixo e assentiu, então parou e olhou pra ele. "Você disse que tinhas coisas pra cuidar."
Casey. Ele fez uma careta e fechou os olhos. "Eu prometi a Casey que ia pra casa hoje", ele admitiu.
Ela assentiu. "Então você deveria ir pra casa."
"Eu não quero te deixar quando você não conhece ninguém além de mim", ele sussurrou.
"Eu vou ficar com ela", Emil ofereceu, olhando pra eles pelo espelho.
Laura engoliu em seco e assentiu. "Eu vou-- eu vou ficar bem." Ela sussurrou, nenhuma convicção na voz.
"E se eu mandar Lois?"
"Oh", ela sentiu o estômago apertar. "Eu... se você acha que é uma boa ideia."
"Não, você é quem me diz", ele sussurrou. "Como eu disse, se você não estiver confortável com alguma coisa, tudo que tem que fazer é me dizer, e vamos procurar outra solução."
"Eu não a conheço", Laura murmurou, olhando pra ele. "Mas se você acha que ela vai ser uma boa companhia, está tudo bem."
"Eu só não quero que você fique sozinha ou desconfortável", ele sussurrou. "Lois é...ótima, mas ela pode ser bem intensa." Ele apertou a mão dela.
Ela suspirou e deu de ombros. "Eu não sei", ela disse sinceramente. Ela não conhecia o médico ou sua prima e não queria que Oliver fosse embora, mas não ia impedi-lo de ver a filha.
Ele ficou quieto por um momento. "Eu vou falar com Lois", ele disse baixinho.
Laura apertou os lábios e assentiu, olhando para ele por um momento e então pela janela, seus dedos ainda nos dele.
"Vai ficar tudo bem", ele murmurou.
Ela respirou fundo e manteve os olhos na janela, engolindo seco e apertando os lábios. Ela realmente desejava que ele estivesse certo.
______
SETE
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Laura lutou, tentando fazê-lo soltá-la. "O que eu devo fazer", ela disse, ficando em cima dele enquanto tentava levantar a perna para dar uma joelhada em sua virilha.
Ele não a soltou enquanto os girava para que ele ficasse de lado, bloqueando o joelho dela com o seu próprio. "De acordo com quem?"
Ela deu risada, girando o braço e pressionando o cotovelo na lateral dele. "Eu não sou idiota."
"Você com certeza não é", ele concordou, fazendo uma careta quando o cotovelo dela pressionou sua costela onde ela tinha chutado antes. "Isso não significa que você deva ser fantoche de alguém." Ele girou de novo, colocando-a embaixo dele e segurando-a com força, pressionando os braços dela contra o chão e as pernas contra as dela.
Ela estreitou os olhos, mas ao ver a posição deles, deu um risinho. "Eu me pergunto como Casey vai reagir ao saber que o pai é um estuprador."
Oliver olhou feio pra ela. "Acredite quando eu digo que esta é a última coisa em minha mente."
"Não importa se é verdade." Ela disse, levantando a cabeça e correndo a língua nos lábios dele.
Ele afastou a cabeça, soltando-a e se levantando. "Pra quem você está trabalhando?"
Ela se levantou instantaneamente e manteve sua distância pela primeira vez. "Tem certeza que vai perder a oportunidade? Faz quanto tempo? Três anos? Você sente falta dela. Você sente minha falta."
"Você não é ela", ele a informou friamente, mantendo os olhos nela com precaução, mandíbula travada.
"Oh, mas eu sou." Ela disse a ele, movendo-se lentamente na direção dele. "Cada centímetro do meu corpo é exatamente igual ao corpo com que você vem sonhando esse tempo todo, você pode me beijar de novo, como você está acostumado."
Ele sentiu o peito apertado. "Não", ele disse com firmeza. "Isso não vai acontecer. Não deste jeito."
"Mas é sua última chance", ela disse, indo até ele e correndo os dedos em sua bochecha. "Mesmo que você deixe este avião, você não vai chegar em casa."
Ele segurou seu pulso, afastando-o de seu rosto. "Não tenha tanta certeza disso."
"Eu tenho certeza." Ela disse, dando um risinho e estreitando os olhos mais uma vez. "E não se preocupe com Casey e Lois. Eles vão cuidar delas."
"Do que diabos você está falando?" ele exigiu.
"Talvez eu deixe você ir pra casa..." ela disse, aproximando-se, "assim você pode ver com os próprios olhos como a casa foi redecorada. Eu espero que você goste de vermelho."
Sem aviso, ele a girou, ainda segurando seu pulso enquanto a puxava contra ele, seu outro braço apertando ao redor de sua cintura, mantendo-a no lugar. "Começa a falar", ele ordenou. "Pra quem você trabalha?"
Laura não esperava por isso, mas apenas se empurrou, deixando todo o peso cair sobre ele.
Ele deu um único passo pra trás, equilibrando-se facilmente. "Boa tentativa, Chloe. Infelizmente pra você, você ainda é muito pequena para este truque."
Ela travou a mandíbula e parou de lutar por um segundo antes de começar a chutá-lo. "Me solta!"
Ele fez uma careta quando o salto se conectou com seu joelho, mas apenas a segurou com mais força. "Não vai acontecer."
Travando a mandíbula mais uma vez, ela girou, puxando o braço o mais forte que conseguiu, fazendo seu ombro sair do lugar, ela gritou de dor, mas era exatamente o que estava esperando.
"Chloe?" Ele soltou um pouco a cintura dela, preocupado.
No segundo que ele a soltou ela girou, joelho atingindo sua virilha ao mesmo tempo que deu um soco em seu estômago.
Ele gemeu, caindo no chão instantaneamente, soltando vários palavrões.
Ela não parou quando ele caiu, chutando suas costas e quadris com rapidez e força repetidamente.
Oliver odiava o que estava prestes a fazer, mas sentiu que não tinha opção. Ele agarrou a perna dela, girando-a e puxando com força.
Laura perdeu o equilíbrio e enquanto tentava se segurar nos assentos enquanto caía, acabou batendo a têmpora contra uma mesinha, com força. Um pequeno corte se abriu em sua pele e quando ela caiu no chão, estava inconsciente.
Ele respirou tremulamente enquanto engatinhava até onde ela estava, fazendo uma careta quando viu o sangue no rosto dela. Ele estendeu a mão para sentir sua garganta, aliviado quando encontrou pulso forte e estável. Ele fechou os olhos por um momento, expirando e então se mexendo, puxando-a para seus braços e a aconchegando contra seu peito, dando um beijo em sua testa. "Vai ficar tudo bem", ele sussurrou.
Ele só não sabia como.
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Quando Laura acordou, sua cabeça estava latejando, seu ombro queimando e seu corpo inteiro dolorido. Ela se mexeu na cama e franziu a testa, gemendo um pouco quando o movimento fez a dor aumentar.
Oliver se sentou na beira da cadeira, seus movimentos tão doloridos quanto os dela. "Você parou de tentar me matar?" ele perguntou, sem nenhum humor.
Ela piscou os olhos e levou a mão boa até a cabeça já que a luz fazia doer ainda mais. "O-o que aconteceu?"
Ele a estudou por um momento, então expirou. "Num minuto estávamos conversando, e no outro você me atacou", ele respondeu.
Laura franziu a testa a isso e balançou levemente a cabeça, confusão clara em seu rosto. "Do que você está falando?"
"Você não se lembra", ele murmurou, olhando pra ela.
Ela começou a balançar a cabeça e então fez uma careta de novo. "Ai", ela murmurou.
Ele também fez uma careta. "Desculpe pela sua cabeça", ele sussurrou.
"Nós lutamos?" Ela perguntou zonza, movendo a mão até o ombro e tocando com cautela.
Oliver hesitou por um momento, então levantou a camisa, mostrando a pele machucada. "Pode-se dizer que sim. Pra constar, você venceu."
Ela arregalou os olhos quando viu o hematoma, medo aparecendo em seus olhos. "Eu não sei lutar."
Ele tinha quase certeza que tinha uma ou duas costelas quebradas que a desmentiam, mas não falou nada, não querendo chateá-la ainda mais. "Foi como se alguém estivesse controlando você", ele disse baixinho.
Laura arregalou os olhos de novo, definitivamente com medo agora. "Como se alguém estivesse me fazendo atacar você?"
"Talvez", ele disse, sua voz suave. "Foi como se alguém tivesse ligado um interruptor. Num minuto era você e no outro era um ninja." Ele tentou um tom brincalhão para aliviar o clima.
Ela engoliu seco, olhando pra ele por um momento enquanto seu estômago revirava. "Sinto muito", ela sussurrou.
"Não era você", ele murmurou. Ele só não sabia quem era. Ou mais precisamente o que tinha causado isso.
Fazendo uma careta de dor, Laura se sentou na estreita cama do avião. "Eu deveria ficar longe, até você descobrir o que está acontecendo."
"O médico que eu tenho na equipe vai nos encontrar no aeroporto", ele disse, observando-a. "Vamos pousar logo." Ele se levantou.
Laura engoliu, os olhos com algumas lágrimas por causa da dor e do medo, ela não tinha ideia do que tinha acontecido, mas pior que isso, ela não tinha ideia do que podia ter feito nos três anos em que esteve desaparecida.
Ele voltou para o lado dela um momento depois, com uma bolsa de gelo. "Aqui."
Ela olhou pra ele e pegou o gelo, prendendo a respiração enquanto o pressionava contra o ombro, sentindo-se envergonhada por não conseguir lembrar de nada.
"Olha pra mim", ele sussurrou, sua voz quase inaudível.
Franzindo um pouco a testa, ela virou a cabeça na direção dele e olhou pelo canto dos olhos.
"Vamos chegar ao fundo disso. Vamos conseguir as respostas, eu prometo", ele sussurrou.
Ela prendeu a respiração, assentindo levemente enquanto os olhos se enchiam ainda mais de lágrimas. "Obrigada", ela murmurou.
Ele estendeu a mão na direção dela hesitante, ficando em silêncio.
Laura olhou para a mão dele por um momento, então colocou o gelo na cama e pegou a mão dele, fungando baixinho enquanto as lágrimas caíam.
"Vai ficar tudo bem", ele sussurrou, apertando a mão dela gentilmente. "Vamos descobrir como resolver tudo."
"Ok", ela murmurou, suspirando profundamente e apertando a mão dele. "Eu só não quero ferir mais ninguém."
"Eu sei", ele sussurrou.
"Sr. Queen", uma voz veio pelo interfone. "Vamos pousar nos próximos minutos."
Ele respirou fundo e olhou para Chloe. "Você consegue se mexer? Temos que colocar os cintos."
Assentindo, ela pegou a bolsa de gelo de volta, soltando a mão dele e voltando para o assento sem nenhuma palavra. Ela nunca esteve tão assustada na vida, quanto mais rápido chegassem, com sorte mais rápido teriam respostas.
***
Apenas alguns momentos depois de pousarem, Laura estava agradecida por estarem novamente no chão, tanto porque estava cada vez mais ansiosa pelos últimos momentos da viagem e também porque queria que o médico de Oliver visse se ele estava bem. Até onde sabia, ela não era uma pessoa violenta, nunca fez nenhuma aula de defesa pessoal na vida, mas aparentemente ela era boa a ponto de machucar o Arqueiro Verde.
Ela tinha certeza que ele tinha se segurado porque não quis machucá-la, mas ainda assim, era assustador pensar que era capaz disso.
"Vamos", ele disse baixinho, pegando as bagagens e as carregando para as escadas.
Laura levou uma mão ao ombro e o seguiu, mantendo a cabeça baixa enquanto saía do avião com o laptop e uma bolsa no braço bom.
Ele olhou ao redor, então levantou uma mão, acenando para Emil, que estava parado ao lado de um carro.
Ela olhou para Oliver e então para o homem que deduzia ser o médico e desejou que tivesse perguntado se ela o conhecia.
Emil apenas olhou pra ela por um momento enquanto acenava de volta para Oliver e o ajudava com a bagagem, já que sabia que os dois estavam feridos.
"Laura, este é o Dr. Emil Hamilton", ele disse baixinho, oferecendo ao outro homem um sorriso e deixando-o pegar uma das malas. "Emil... esta é Laura." Seu peito apertou um pouco.
O médico ofereceu a ela um pequeno sorriso embora tenha arregalado os olhos. "É um prazer conhecê-la", ele disse.
Com um aceno de cabeça, ela tentou um sorriso, mas não conseguiu, parece que ele conhecia Chloe pelo jeito que ele olhava pra ela.
"Ela pode ter tido uma concussão", ele disse a Emil com preocupação. "E o ombro está machucado."
Laura balançou a cabeça. "Não, eu estou... bem comparada a ele", ela disse, olhando para Oliver.
Emil sorriu e assentiu. "Vamos para o laboratório, eu vou dar uma olhada nos dois."
Oliver olhou pra ela também, um sorriso nos lábios. "Vamos", ele sussurrou, abrindo a porta do carro pra ela.
Ela olhou pra ele por um momento, então entrou no carro sem falar nada, ansiosa pra saber se ele estava bem.
A preocupação nos olhos dela fez o peito dele apertar com a sensação familiar e ele se sentou ao lado dela, oferecendo-lhe um olhar confiante. "Está tudo bem. Eu já estive pior, acredite."
"Talvez", ela disse baixinho, "mas eu nunca fiz nada assim a alguém antes, não que eu me lembre pelo menos."
Ele pegou a mão dela, apertando gentilmente. "Como eu disse antes, você não era você mesma."
Laura assentiu e passou os dedos ao redor da mão dele enquanto se virava para olhar pela janela, preocupada.
"Depois me lembre de te contar a história de quando atravessei uma janela", ele disse, correndo o polegar levemente na mão dela.
Laura arregalou os olhos enquanto se virava para Oliver de novo.
Emil deu um risinho e ajustou os óculos. "Vamos correr alguns testes hoje também ou vocês querem esperar até amanhã?"
Ele sorriu gentilmente pra ela, então olhou para o assento onde estava Emil. "Laura é quem sabe. O dia foi bem longo."
"Não", ela disse para Oliver, balançando a cabeça e olhando para o médico. "Tudo que você puder fazer hoje, apenas... faça."
Ele resistiu ao desejo de se inclinar e beijar sua têmpora, e simplesmente assentiu. "Tudo bem."
Laura suspirou e assentiu. "Eu não quero arriscar machucar mais alguém."
"Eu vou ficar com você", ele falou baixinho. "Se você quiser."
Ela olhou pra baixo e assentiu, então parou e olhou pra ele. "Você disse que tinhas coisas pra cuidar."
Casey. Ele fez uma careta e fechou os olhos. "Eu prometi a Casey que ia pra casa hoje", ele admitiu.
Ela assentiu. "Então você deveria ir pra casa."
"Eu não quero te deixar quando você não conhece ninguém além de mim", ele sussurrou.
"Eu vou ficar com ela", Emil ofereceu, olhando pra eles pelo espelho.
Laura engoliu em seco e assentiu. "Eu vou-- eu vou ficar bem." Ela sussurrou, nenhuma convicção na voz.
"E se eu mandar Lois?"
"Oh", ela sentiu o estômago apertar. "Eu... se você acha que é uma boa ideia."
"Não, você é quem me diz", ele sussurrou. "Como eu disse, se você não estiver confortável com alguma coisa, tudo que tem que fazer é me dizer, e vamos procurar outra solução."
"Eu não a conheço", Laura murmurou, olhando pra ele. "Mas se você acha que ela vai ser uma boa companhia, está tudo bem."
"Eu só não quero que você fique sozinha ou desconfortável", ele sussurrou. "Lois é...ótima, mas ela pode ser bem intensa." Ele apertou a mão dela.
Ela suspirou e deu de ombros. "Eu não sei", ela disse sinceramente. Ela não conhecia o médico ou sua prima e não queria que Oliver fosse embora, mas não ia impedi-lo de ver a filha.
Ele ficou quieto por um momento. "Eu vou falar com Lois", ele disse baixinho.
Laura apertou os lábios e assentiu, olhando para ele por um momento e então pela janela, seus dedos ainda nos dele.
"Vai ficar tudo bem", ele murmurou.
Ela respirou fundo e manteve os olhos na janela, engolindo seco e apertando os lábios. Ela realmente desejava que ele estivesse certo.
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Minha Nossinhora dos Ninjas Assassinos, que cena foi essa???? Muito "Kill Bill", caramba!!!
ResponderExcluirAnsioooooooooosa pro próximo capítulo!!!!
MUITO Kill Bill mesmo! Ciça, posto amanhã, porque hoje estou tão cansada que meus olhos estão embaralhando só de ler aqui o que estou escrevendo... Falta só dar uma revisada e posto... Obrigada pela companhia... :D
ExcluirAi gente que saudadona daqui!!! As coisas estão meio agitadas e eu fico muito chateada de estar tão ausente. Mas não são coisas ruins felizmente!
ResponderExcluirQuero ficar mais presente e terminar minhas traduções mas está tenso! Mas devagar eu consigo. Vou ter que tirar uma madrugada para ler tudo o que eu perdi de novo!
Paulaaaa!! \o
ExcluirQue bom que você ainda está por aqui... rsrs
Não se angustie por não poder está tão presente quanto antes, só aproveite bem o tempo que pode... espero que dê tudo certinho pra você! =D
GIL
Paulaaaaa.... Você é uma querida, saiba disso.
ExcluirQue bom que as coisas não estão ruins, só a vida mesmo acontecendo, né? É assim mesmo... Fique tranquila e passe por aqui sempre que quiser e puder, independente das traduções. Nem tenho como agradecer tudo que você já fez pelo blog, sem sua ajuda teria sido com certeza mais difícil... Mas entendo que a vida vai cobrando cada vez mais tempo, eu mesma estou aqui numa luta pra conseguir uns minutinhos pra revisar esta fic, então eu sei como é... Então, não fique chateada, ok? Beijos mil!
Obrigada pelo carinho Gil e Sofia, vocês são umas fofas!
ExcluirAh, e o blog está uma fofura com esses 50 Tons de Verde kkk A cara do Ollie!
ResponderExcluirRs... 50 Tons de Verde, bem pensado... Pra ser sincera ainda estou incerta se as cores estão boas, mas como estou muito sem tempo vai ficar assim por enquanto... Às vezes acho que está muito 'aguadinho' mas ando sem energia para mexer, rs...
ExcluirEsse é o tipo de fic que sempre me deixa angustiada e fascinada na mesma medida! Quando acaba o capítulo e só posso pensar, já? rs
ResponderExcluirEstive correndo para ler essa fic, muito boa, mas se me permitem uma sinceridade... Sempre fico com os dois pés atrás com essas crianças grandes de Chlollie. Acho muito difícil gostar delas, nunca consigo... Muito feio isso? rs
Ué, não é feio não, você simplesmente não consegue simpatizar... eu já não tenho problemas e acho que há outras coisas que pra mim não caem bem, diferentemente do resto das pessoas... então, sem culpa, Paula, normal...
ExcluirFala sério! Haja confusão... adoro isso =DD
ResponderExcluirNão só bastou alterar as memórias da Chloe afastando-a dos seus familiares, criando a Laura Green, ainda acham pouco e transformaram também em uma ninja assassina com cede por sangue de Ollie?! Tá ficando meio lotado na cabecinha da Chloe...
Quem está por trás disso tudo é mesmo muito mal, viu?! E nada de pistas de quem é!
GIL
Sem pistas por enquanto, GIL, se não estivesse tão derrotada eu postaria o próximo hoje, mas o cansaço está me vencendo ultimamente, então prometo que amanhã posto o capítulo sete. Beijos e obrigada pela companhia. :D
Excluir