Moondance (Parte 1)

Série: In His Sights

Resumo da Série: Série de histórias pós-Warrior.

Título: Dança Ao Luar

Resumo da história: Oliver arrasta Chloe para um fim de semana romântico.

Autora: fickery

Classificação: R
Banner: kyra_and_co

Nota: tradução sugerida pela Ciça e pela Sam.

Histórias anteriores:

In His Sights
Negotiation (parte 1) (parte 2)

As You Wish

Cold Front
Warming Trends (parte 1) (parte 2)

Everything She Wants

Eu não sou o mesmo
tenho visto o brilho da lua
do outro lado do mundo.
 --Mary Anne Radmacher-Hershey

Ele não contou para ela onde estavam indo. Só que ficariam fora quatro dias, e que era para levar roupa casual para clima tropical, e para garantir que levasse calçados confortáveis para caminhar.

Ele garantiu a ela que Victor cobriria a Watchtower e o time cobriria a patrulha. "Ollie, não podemos sair assim, não podemos nos afastar desse jeito", ela protestou. "Tem muita coisa acontecendo. Não é justo com os outros."

"Não só ninguém reclamou do pedido, mas as respostas deles foram de 'Bom pra vocês', a 'Sem problema, chefe' e 'Isso é ótimo, vocês merecem um descanso'. Eles aprovam", ele disse pacientemente.

Ela continuou preocupada. "Chloe, nós tivemos apenas um fim de semana juntos em três meses. Eu não acho que seja ultraje ter mais um." Ela apertou os lábios. "Você não está um pouco curiosa sobre para onde vou te levar?" ele brincou.

Ela mordeu o lábio, tentando não sorrir. "Bem..."

Ele a beijou. "Eu te pego aqui amanhã por volta das seis da tarde. Saímos às sete em ponto."

*-*-*-*

No dia seguinte quando ele apareceu, estava tentando parecer relaxado, mas ela podia dizer que ele estava suprimindo um sorriso de orelha a orelha. "Ainda sem pistas?"

"Aham. Eu não vou te dizer nada até o último minuto. Eu nem quero que você olhe pela janela enquanto estivermos pousando."

Seu piloto tinha obviamente instruções claras também. "Boa noite, Sr. Queen, Srta. Sullivan. Nosso tempo de voo será de dez horas, e não há nada com que se preocupar sobre o clima, então será um voo tranquilo. Por favor, sentem-se e relaxem, e me avisem se tiverem alguma pergunta."

"Eu tenho uma pergunta", ela disse. "Para onde estamos indo?"

O piloto sorriu. "Sinto muito, Srta. Sullivan, eu fui orientado a prover apenas as informações necessárias." Ele foi para a cabine.

"Dez horas?" ela disse, olhando para Ollie pensativamente. "Hmmm."

Ollie deu risada. "Ah, sim. Agora você pode quase, mas não ainda, saber para onde vamos."

Ela deu risada, dando um tapinha no braço dele. "Engraçadinho."

"A parte boa é, teremos muito tempo para dormir", ele disse. Ele correu os dedos pela blusa dela. "Ou... você sabe, outra coisa."

Ela sorriu para ele. "Os dois soam bem. Dormir e... outra coisa."

*-*-*-*

Ela foi acordada pela voz do piloto, dizendo a eles que estavam prestes a pousar e pedindo que apertassem seus cintos. Depois de um pouso tranquilo, eles foram para um hangar privado onde um oficial da imigração checou seus passaportes. Ela balançou a cabeça. Uau, os ricos realmente SÃO diferentes da gente.

Depois que o oficial saiu, ela casualmente se recostou contra Ollie e então pegou seu passaporte da mão dele, abrindo-o para checar o carimbo. "Venezia. Estamos em VENEZA?"

"Fui descoberto", Ollie sorriu pra ela. "Embora você fosse descobrir três minutos depois que pegássemos um táxi."

Ela olhou para ele encantada. "Oh Deus, Ollie. Eu sempre quis conhecer Veneza."

"Mal posso esperar para mostrá-la a você."

*-*-*-*

Ele a ajudou a entrar na cabine do táxi aquático e resistiu ao desejo de falar sobre a cidade enquanto iam até o Grande Canal, ao invés, deixou-a perceber a cidade, com olhos arregalados, por enquanto. Ele tinha reservado seu hotel preferido, que ficava ao lado do Canal, e o gerente estava lá para recebê-los enquanto saíam do bote.

"Sr. Green! Que prazer vê-lo novamente. E esta deve ser sua adorável dama. Bem-vindos. Por favor, sigam-me, e eu os levarei até a suíte."

Uau. Ela ficou impressionada pela elegância do hotel enquanto se moviam. Novamente, ela notou que os procedimentos normais de entrada no hotel não se aplicavam a Oliver. A suíte deles não era menos impressionante, repleta de elegância e luxo. Ela esperou até o gerente sair para emitir sua opinião, olhando ao redor do quarto.

"Então. Até que não é tão ruim."

Ele deu risada. "É uma locação conveniente com uma grande vista e eles me tratam bem aqui", ele disse.

"Não estou sendo irônica. Este lugar é maravilhoso", ela disse. Ela foi até a janela para observar os barcos passando pelo Canal. "Não era assim que eu achava que seria minha primeira visita a Itália."

Ele apareceu atrás dela, descansando as mãos levemente em seus quadris. "Se você quiser, da próxima vez podemos vir de navio e ficar em um hostel para preservar sua sensibilidade", ele disse. "Desta vez, no entanto, com apenas quatro dias para gastarmos e quase um dia perdido no voo" - ele beijou seu pescoço - "...eu pensei que poderíamos ir dar uma volta." Ela sorriu pra ele e olhou pela janela novamente.

"Ou uma soneca de duas horas pode te ajudar a se recuperar do voo", ele disse.

Ela refletiu, então balançou a cabeça. "Eu dormi bem no avião. Você está cansado? Porque de jeito nenhum eu vou conseguir dormir agora. Eu estou muito animada."

"Eu estou bem se você estiver, Sidekick. Quer dar uma volta por aí?" Ela assentiu entusiasmada.

Eles acabaram andando por horas. "Tem muita coisa para se fazer aqui. Em três dias você só consegue ter um gostinho", ele disse.

"Não tem problema. É incrível mesmo assim." Ela apertou a mão dele. Ela estava - não havia outra palavra para definir - radiante, quase pulando enquanto andava. Ele olhou para ela, contente. "O quê? É só que eu estou contente que você tenha me convencido a vir."

Ele tentou, e falhou, em pensar na última vez que a tinha visto tão feliz e animada, e nada, e ele queria se dar um chute por não ter insistido nesta viagem antes. De agora em diante, era seu objetivo de vida colocar aquela expressão no rosto dela sempre que possível. Ele não se importava em quanto tivesse que gastar. Além do mais, só o sorriso dela podia iluminar o mundo.

Ele apertou a mão dela de volta. "Alguém já te disse que você é uma companhia muito agradável, Chloe Sullivan?"

Ela olhou pra ele. "Você também é bem divertido, Oliver."

Ela logo viu a necessidade de sapatos confortáveis. Veneza era como um labirinto, com ruas estreitas e becos com portas em todas as direções, e normalmente levavam a pequenas pontes que atravessavam a água entre as construções. Ela normalmente tinha um bom senso de direção, mas não entendia como Oliver andava com tanta confiança.

"Eu sei que você já esteve aqui antes, mas como você consegue não se perder? É tudo muito confuso." Passando o braço dele ao seu redor, ele a puxou para o lado e apontou. Pequenas placas amarelas que ela não tinha notado antes, situadas bem acima de suas cabeças, dizendo coisas como 'Per Rialto' e 'Per S. Marco' com setas.

"Estes sinais nos levam para os principais pontos históricos, como a Ponte de Rialto ou a Praça de São Marcos. Eu ainda me perco aqui, mas nunca fico muito perdido ou por muito tempo. Você pode sempre se re-orientar por meio destas placas."

"Ah", ela disse. "Belo truque."

Ele sorriu. "Ajuda ser alto."

"A história da minha vida", ela disse.

Por insistência dele, eles subiram as escadas até a Ponte de Rialto, que arqueava sobre a largura do Grande Canal. "Agora isto é uma vista", Chloe arfou. Todo o Canal brilhava diante deles com o sol da tarde enquanto os táxis e ônibus aquáticos, botes comerciais e gôndolas iam de um lado para o outro, seguindo suas vidas diárias e palácios multicoloridos se alinhavam às margens até onde os olhos podiam ver. Ela olhou por um longo tempo, consciente da mão de Oliver acariciando seu quadril levemente.

Ela inclinou a cabeça contra o ombro dele. "Muito obrigada por me trazer aqui."

O braço dele a envolveu com um pouco mais de força. "O prazer é todo meu, Chloe. É divertido pra mim ver Veneza pela primeira vez de novo pelos olhos de outra pessoa."

Nenhum deles tinha levado uma câmera, e ele perguntou se ela queria comprar uma. Ela refletiu por um momento. "Podemos tirar fotos com nossos celulares. Mas se eu tivesse uma câmera eu ia passar muito tempo tentando uma boa foto. Eu não quero ver Veneza por meio de lentes, eu só quero viver o momento. Eu prefiro uma lembrança do que uma foto." Ele se inclinou e a beijou suave e demoradamente, causando um leve frio no estômago dela. Ela deu um meio sorriso pra ele. "Pelo que foi isso?"

"Só vivendo o momento", ele disse levemente.

Oliver Queen me beijou no alto da Ponte de Rialto, ela pensou, incrédula.

Eles decidiram voltar cedo para que pudessem estar completamente descansados para o dia seguinte. Eles terminaram em um restaurante na beira do Canal perto da Ponte. O escurecer gerou um brilho ao redor. Lâmpadas multicoloridas luziam sobre suas cabeças como jóias, iluminando estrategicamente o local, fazendo com que a ponte, agora vista à distância, parecesse um pedra preciosa.

Queixo na mão, ela suspirou satisfeita enquanto o garçom trazia a água e as taças de vinho que tinham pedido. "Eu não consigo superar o quanto é lindo aqui. Fotos não fazem justiça."

Seguindo seu olhar, Ollie assentiu. "Paris tem a reputação de ser a cidade mais romântica do mundo, mas na minha opinião, sempre foi Veneza."

Ela olhou pra ele. "Você me trouxe para a cidade que considera a mais romântica do mundo?"

Ele olhou de volta, seus lábios curvando-se levemente e um olhar desafiador em seu rosto. "Sim", ele disse. Ela logo tomou um gole do vinho para encobrir o rubor e olhou novamente na direção da água.

Eles pediram uma salada caprese e decidiram dividir um prato de massa. O vinho provavelmente não ajudou, mas enquanto comiam ela começou a se sentir exausta e um pouco aérea. Ollie olhou para ela com simpatia. "Está começando a sentir o cansaço do avião?"

"Eu sinto como se alguém tivesse acabado de bater na minha cabeça", ela disse. "Ainda bem que já decidimos dormir cedo."

"Vamos voltar para o hotel."

*-*-*-*

Chloe dormiu pesado e acordou cedo na manhã seguinte, recuperada. Ela se aconchegou em Ollie, desfrutando do conforto do colchão, a sensação dos braços dele ao seu redor, e a beleza de seu rosto repousando. Eventualmente ele acordou também e se espreguiçou, devagar. "Então. Acordar na cama com você, nua, em Veneza. Não é ruim." Ela deu um risinho.

Ela tinha planejado se levantar e tomar um banho, mas acabou que Ollie tinha outros planos. Ele rolou sobre ela, emaranhando-os nos lençóis brancos, e começou a beijá-la. Ela correu as mãos por suas costas musculosas, olhado para ele em cima dela, dourada e linda na luz da manhã que invadia o quarto, e ele pensou, Este é um daqueles momentos que eu preciso lembrar.

Depois, ela tomou banho enquanto Ollie pedia o café. Assim que comeram, eles planejaram o dia. "Precisamos nos preparar", Ollie alertou. "Vamos andar bastante, como ontem."

Eles decidiram ir até a Piazza di San Marco, fazendo compras no caminho. Chloe gravitou entre os artesãos e artistas: ela se maravilhou com as máscaras de papel machê, artigos de vidro, aquarelas cênicas e gravuras de cenas diárias de Veneza. Em muitas das lojas e galerias, os donos ou artistas falavam um excelente inglês e ela os cumprimentou pelo trabalho e acabou conversando longamente com alguns deles. Algumas vezes Ollie tentou comprar itens pra ela, mas ela não deixou, relembrando-o da regra de 'sem presentes'. Isso é o que nós vamos ver, ele pensou. Ela comprou alguns cartões-postais para Lois e o time, embora soubesse que estaria de volta antes do correio.

Eles pararam algumas vezes para tomar uma bebida gelada ou um café, então voltaram a comprar e observar. Eventualmente ela olhou pra ele. "Está cansada?", ele disse. Ela assentiu. "Sabe o que é bom pra isso? Uma fatia de pizza." Eles encontraram uma pequena cantina com mesas cobertas e resolveram dar uma parada.

Ela não estava com tanto apetite quanto esperava depois da longa caminhada. Ela tinha gradualmente percebido uma certa tensão em seu estômago, uma tensão que estava ali desde que tinham entrado no avião. Era uma combinação de ansiedade, animação por uma nova aventura, e, francamente, a constante excitação que sentia sempre que estava perto dele. Ela estava tão acostumada que era quase como se sempre tivesse sentido isso. Mas de alguma maneira, nas últimas vinte e quatro horas, ela estava sentindo uma enorme tensão.

Não era uma sensação desagradável, de jeito nenhum. Só que... a preocupava. Ela não sabia se era por causa dele, dela ou do quanto a cidade era ridiculamente romântica; ela suspeitava que fosse uma combinação dos três. Mas ela podia sentir suas barreiras caindo, suas defesas enfraquecendo. Ela sentia como se Ollie e Veneza estivessem conspirando para seduzi-la. Havia o fato de ter sido ideia dele tê-la levado para lá. O jeito que ele continuava olhando pra ela. O jeito que ele se sentia livre para ser mais físico: a mão constantemente em sua lombar, ou em seu quadril, ou segurando sua mão. O jeito que ele continuava roubando beijos.

Eles chegaram em São Marcos e deram uma volta, admirando os artistas de rua em suas roupas de Carnaval e passando pela Praça até a fileira de artistas exibindo seus desenhos e pinturas. Chloe notou as lojas de estilistas como Prada, Gucci, Fendi e Ferragamo alinhadas no quarteirão, mas não se aventurou a entrar, pois não queria que Ollie tentasse lhe comprar coisas caras.

"Está ficando tarde,", Ollie disse. "Vamos pegar o ônibus aquático direto pra cá amanhã e podemos fazer um passeio pela Catedral e o Palácio dos Doges, o que acha? Podemos voltar para o hotel e descansar um pouco para sair à noite."

"Parece ótimo", ela disse agradecida.

De volta ao hotel, ela estava deitada no sofá, com os pés pra cima, tentando elevá-los o máximo possível. "Vou te levar para o meu restaurante preferido esta noite", Ollie disse. "É um lugar pequeno não muito longe de São Marcos. Alguns amigos meus são os donos."

Ela pareceu apreensiva. "Vamos ter que andar de volta até São Marcos?" Seus pés doeram com a ideia.

Ele deu risada. "Não. Podemos pegar um táxi aquático daqui."

"Bom", ela disse, aliviada.

Ele se ajoelhou ao lado do sofá. "Eu estou te cansando, Sidekick? Podemos ir mais devagar amanhã."

"Só temos três dias aqui", ela disse com firmeza. "Teremos muito tempo para descansar quando voltarmos para casa."

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PRÓXIMA HISTÓRIA: Moodance (parte 2)

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