Série: In His Sights
Resumo da Série: Série de histórias pós-Warrior.
Título: O Novo Normal
Resumo da história: Sequência de The Way Things Are Supposed To Be. Oliver e Chloe aprendem a redefinir seu relacionamento enquanto Oliver se recupera dos danos emocionais e físicos de seu sequestro, e um ambicioso subordinado tenta tomar a Queen Industries.
Autora: fickery
Classificação: NC-17
Spoilers: Salvation
Histórias anteriores:
A noite de quinta estava bem azul para o coquetel da Queen Industries anunciando o novo Chefe de Operações e Vice-Presidente Senior. Já que o tempo estava tão bonito, Ollie conseguiu um terraço conectado a uma sala de jantar executiva. Ele fez uma pequena introdução e então deixou que Jack e David dissessem algumas palavras. Felizmente os dois foram breves e objetivos, já que a audiência estava mais interessada nos comes e bebes do que em ouvir discursos.
Lois, que era a única repórter convidada, imediatamente pediu aos dois uma sessão rápida de perguntas e respostas e uma foto.
Chloe observou, divertindo-se, enquanto o fotógrafo que Lois havia arrastado junto não conseguia fazer David sorrir para a foto. Finalmente Lois sussurrou alguma coisa no ouvido de David que o fez sorrir involuntariamente. Aliviado, o fotógrafo começou a trabalhar.
Eventualmente David se afastou e foi em sua direção. Ela notou que ele não tinha bebido ainda e pegou uma taça de champanhe pra ele. "Aqui", ela disse. "Parece que você precisa."
Ele olhou pra ela com uma expressão culpada. "Eu sei que você já sabe disso, mas sua prima é meio assustadora algumas vezes."
"Ela é", Chloe acrescentou. "O que ela te disse?"
"Ela me relembrou que em algum lugar, Pete Hawthorne vai ler o artigo e ver a foto, rangendo os dentes."
Ela deu risada. "Legal. Parabéns pela sua promoção, por falar nisso."
Ele olhou pra ela. "Eu tenho a sensação que você tem alguma coisa a ver com isso."
Ela balançou a cabeça. "De jeito nenhum. Eu dei uma sugestão, só isso. Mas a decisão foi toda de Oliver."
"Bem", ele disse, "obrigado pela sugestão."
Ela sorriu. Ela tinha conhecido Jack Purcell e gostou dele imediatamente; ele demonstrava segurança no que fazia. Ela já o tinha visto conversando com David num canto; parecia que a relação mentor-aprendiz ia dar certo.
Olhando para o terraço, Oliver viu Chloe conversando com David. Ela usava um vestido simples azul e jóias combinando e uma sandália de salto. Nas costas, um pouco de pele aparecia toda vez que ela se movia. Ele sabia o quanto sua pele era macia; a tentação de ir até lá e correr o dedo ali...
"É melhor você se segurar, garotão. Não é legal o diretor administrativo ficar babando tão abertamente pela namorada num evento de negócios."
"Que bom que conseguiu vir, Lois", ele disse pacientemente.
"Obrigada pelo convite exclusivo", ela disse feliz, pegando uma taça de champanhe de uma bandeja que passava. "Eu realmente nunca me vi como uma repórter de negócios, mas meu editor está AMANDO meu trabalho graças aos artigos que tenho feito sobre a QI." Ela o cutucou. "Por falar nisso, boa escolha para Vice-Presidente Senior."
Ele sorriu. "Que bom que você acha isso. Claro, já que você e Chloe parecem conhecer caráter infinitamente melhor do que eu, estou considerando tê-las como consultoras de agora em diante."
"Bem, pra começar, você podia contratar e promover mais mulheres para posições mais elevadas", ela disse pontualmente.
Ele gemeu silenciosamente. Tinha entrado nessa. Fazia um tempo desde que Chloe falara sobre isso, mas ele sabia que Lois também ia deixar sua opinião.
"Ei, temos estagiárias, programa de aprendizes - nos últimos dois anos triplicamos o número de mulheres na vice presidência e dobramos o número de diretoras", ele se defendeu.
Ela bufou. "Então você foi do que? De uma Vice-Presidente para três? De duas diretoras para quatro? Qual é, Ollie, isso é ridículo para uma empresa do tamanho da QI."
Ouch. Na verdade, havia sido de três diretoras para seis, mas ela tinha razão. Sentindo-se derrotado, ele suspirou. "E se eu formar um comitê para dar uma olhada nesse assunto, e incluir você e Chloe?" Ele podia combinar também com David. Ele era justo e objetivo, e podia resolver qualquer problema legal que surgisse. E também, Chloe e Lois gostavam dele, então suas chances de escapar intacto eram substancialmente maiores.
Lois sorriu triunfante. "Parece um bom começo." Ela seguiu algumas pessoas caminhando para o terraço. "Só pra deixar claro, qualquer pessoa aqui pode ser entrevistada, certo?"
Ele olhou pra ela com cautela. "Acho que sim. Só não assedie meus convidados."
"Oliver, eu jamais faria isso", ela disse, engolindo o último gole de sua bebida e devolvendo a taça vazia antes de perseguir sua presa. Coitado.
Ele suspirou. Deus, ela é realmente assustadora às vezes.
Chloe se juntou a ele, recostando-se contra a grade. "Como você está indo, Sr. Queen?"
"Sr. Queen está pronto para encerrar o dia", ele disse. Só naquela semana Emil o tinha liberado para trabalhar o dia inteiro - o que, ele deixou bem claro, significava oito horas, não doze ou catorze - e ele estava achando surpreendentemente exaustivo, mais mental do que fisicamente. Desde seu retorno, todo mundo parecia ter assuntos urgentes para resolver com ele. Sua assistente estava bem protetora, mas mesmo assim, muita gente o procurava. Eles estão todos inseguros e nervosos agora por conta das mudanças, ele pensou. Eu tenho que encontrar um jeito de garantir a todos que seus empregos estão seguros.
"Eu ando pensando", ele disse. "Já que você sabe sobre o meu plano B, eu gostaria de marcar algumas reuniões suas com Jack para aprender junto com David. Você ficaria mais confortável com a responsabilidade se estiver mais preparada."
Ela assentiu. "Acho que seria bom. Mas só pra constar..." -- ela olhou para David -- "Eu tenho uma sensação sobre ele. Posso estar errada. Mas meus instintos me dizem que ele é alguém que se pode confiar sobre seu segredo, se algum dia vir à tona."
Ela também era um pouco assustadora às vezes. "Meus instintos me dizem a mesma coisa. Por isso decidi promovê-lo."
Discretamente, ele subiu a mão pelas costas dela e começou a acariciar gentilmente a pequena porção de pele exposta. "Numa nota pessoal, eu esperava outro encontro esta noite, se você não tiver outros planos", ele disse. "Pensei que poderíamos ir jantar e então ir para a minha casa."
Ela sorriu. "Acho que posso ser convencida."
"Eu agora tenho um desejo ardente de ver como este vestido fica no chão ao lado da minha cama."
"Só pra você saber? Eu vou te mandar as contas da lavanderia."
*-*-*-*
"Eu espero que você não esteja planejando ir para a Watchtower hoje", ele disse na manhã seguinte.
Ela balançou a cabeça. "Não, vou trabalhar de casa. Ninguém tem missões planejadas."
"Bom", ele disse, beijando-a. "Você precisa recuperar a noite de sono."
"Sim, engraçado como eu não saio mais daqui ultimamente", ela brincou. Ele a observou. Nenhum dos dois tinha tocado novamente no assunto de morarem juntos, e ela não tinha dado nenhuma indicação de que estava perto de tomar uma decisão.
*-*-*-*
Chloe entrou no apartamento. "Lois?" Nenhuma resposta. Ela olhou para um bilhete na geladeira. "No Clark."
Lois vinha passando cada vez mais tempo lá. Ela se perguntou se Clark pediria pra ela ir morar com ele logo.
Ela se encontrou caminhando pelo apartamento, andando de um lado para o outro, realmente. De repente ela se sentiu ansiosa e infeliz, criticando tudo que via. Por que não tinham nem refeito a pintura? Há quanto tempo ela tinha aquela colcha? Mesmo contando seus presentes de casamento, não tinham nem um jogo de jantar completo.
A verdade era, ela nunca pretendeu ficar tanto tempo ali. Era um local pra dormir, uma versão um pouco mais adulta de um dormitório de faculdade. Ela e Lois vinham tendo uma longa festa de pijama ali. E era uma loucura pra elas considerando que seus trabalhos eram em Metrópolis. E embora Lois tivesse uma razão legítima para não se mudar, com Clark vivendo tão perto, qual era a sua desculpa? Por mais que amasse Metrópolis, era como se tivesse medo de abandonar Smallville.
Mas isso não significa que eu tenho que ir morar com Ollie. Eu poderia comprar meu próprio lugar em Metrópolis e isso eliminaria todo esse trajeto. Seria mais conveniente. Teríamos mais tempo juntos.
Em seu coração ela sabia que não era a solução. Ollie não tinha pedido para ela ir morar com ele só para que ela economizasse dinheiro de combustível ou passasse menos tempo na estrada. Ele queria compartilhar sua vida com ela.
Lágrimas surgiram em seus olhos. Por que ela tinha que ser assim? Por que ela tinha que temer cada passo? Eles já tinham quebrado tantas regras que ela estabeleceu, cada barreira que ela ergueu no começo do relacionamento: Ninguém pode saber. Nada de encontros públicos. Sem rótulos. Sem expectativas. Sem flores. Sem presentes. Eles tinham até quebrado algumas regras que ela nem pensou em estabelecer: Sem declarações de amor. Nada de desabar emocionalmente quando um dos dois desaparecer. Nada de chorar. Nada de um cuidar do outro quando estivessem doentes ou feridos.
O pior que podia acontecer já tinha acontecido. Do que eu ainda estou com medo? Que diabos está ERRADO comigo?
As palavras de Carter continuavam voltando: "Vocês dois tiveram o tipo de segunda chance que a maioria das pessoas não tem, Loira. Não desperdicem."
*-*-*-*
Ollie estava impaciente, ansioso. Ele estava começando a perceber qual era o problema. Ele podia lidar com sua mesa o dia inteiro sabendo que poderia patrulhar à noite. Ele sentia falta do Arqueiro Verde. Não era só uma fantasia ou um alter-ego, era parte dele, uma parte que ele precisava.
Emil estava inflexível que ele não poderia nem considerar liberá-lo por mais pelo menos uma semana. Nesse meio tempo, talvez ele alugasse uma parede de escalada. Era um ambiente controlado, então Emil não poderia ser contra, certo? E isso daria a ele algum senso sobre o quão pronto estava para voltar às ruas. Fisicamente, pelo menos.
Ele já tinha desligado o computador, mas continuava sentado, olhando para o monitor vazio. Ele teve medo que quando Chloe fosse embora os pesadelos piorassem. Ao invés, ficou aliviado ao saber que quanto mais forte ficava - sentindo-se fisicamente menos vulnerável - os sonhos diminuíam em frequência e intensidade. Durante os últimos dias ele tinha começado a pensar que podia estar pronto para contar o que tinha acontecido com ele. Mas passou um longo tempo observando Chloe dormir na noite anterior. Ele sabia que ela ficaria triste, provavelmente ia chorar. Talvez até desse a ela alguns pesadelos. Ele não tinha certeza se suportaria que ela sofresse junto com ele.
Eu sei que vou conseguir contar a ela eventualmente. Logo. Só não sei se posso contar a ela primeiro.
Ele lançou um olhar pela janela, tamborilando a caneta contra o braço da cadeira.
Alguns minutos depois ele tomou uma decisão. Pegando o telefone, ele digitou uma mensagem:
Queria saber se você está livre para uma cerveja no fim da semana.
E apertou 'enviar' rapidamente, antes que se arrependesse. Então ele foi pra casa.
Ele ouviu o som de uma mensagem chegando quando saía do carro, e a abriu enquanto entrava no elevador. Ele sorriu ao ver a resposta previsível de Carter:
Se você for pagar.
Entrando na cobertura, ele tirou o casaco e jogou numa cadeira próxima.
"Oi", Chloe disse. Ele se virou, surpreso em vê-la no sofá, um livro na mão.
"Ei", ele disse, surpreso e feliz em vê-la. "Não sabia que você vinha passar a noite."
Ela parecia estranhamente nervosa. "Eu não vim. Passar a noite, eu digo." Ele seguiu seu olhar e viu duas malas encostadas na parede. "Eu vim pra casa."
Ele olhou pra ela. Uma onde de intensa alegria o atravessou de modo que ele perdeu a fala temporariamente. "Você veio?" ele finalmente disse.
Ela deu de ombros. "Se... você sabe... a proposta ainda estiver de pé."
Ele engoliu o nó na garganta. "Bem. Isso é algo sobre o qual eu preciso pensar e SIM. Sim, claro que a oferta ainda está de pé."
Ela relaxou um pouco, olhando para a esquerda e direita e de volta pra ele. "Estas são minhas primeiras contribuições com a decoração." Ele desviou o olhar. Ela estava flanqueada por duas almofadas com corações abstratos e em vários tons de prata e preto.
"Eles são perfeitos", ele disse.
Ela sorriu tentadoramente. Ele também.
Ela se levantou para ir até ele, e ele a encontrou no meio do caminho. "Não se mexa. Você está exatamente onde eu quero."
Demorou um tempo para ela entender. "O sofá?"
"Claro", ele disse, colocando as mãos em sua cintura e puxando-a contra ele. "Agora que você vai morar aqui, temos que batizá-lo. Quebrá-lo."
Ela inclinou a cabeça. "Eu não sei se deveria estar preocupada ou insultada que você aparentemente tenha esquecido todas as vezes que já transamos neste sofá."
"Exatamente", ele disse. "Este sofá. Não o NOSSO sofá."
Ela assentiu, compreendendo. "Ohhh. Isso É diferente." Ele assentiu também. Eles se olharam, sorrisos idênticos se espalhando lentamente por seus rostos.
Ele a sentou no móvel em questão. Pouco antes de tomar sua boca com a dele, pouco antes de se afundar com ela nas almofadas, ele sussurrou em seu ouvido. "Bem-vinda ao seu lar, Chloe."
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PRÓXIMA HISTÓRIA: Roomies
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Lois, que era a única repórter convidada, imediatamente pediu aos dois uma sessão rápida de perguntas e respostas e uma foto.
Chloe observou, divertindo-se, enquanto o fotógrafo que Lois havia arrastado junto não conseguia fazer David sorrir para a foto. Finalmente Lois sussurrou alguma coisa no ouvido de David que o fez sorrir involuntariamente. Aliviado, o fotógrafo começou a trabalhar.
Eventualmente David se afastou e foi em sua direção. Ela notou que ele não tinha bebido ainda e pegou uma taça de champanhe pra ele. "Aqui", ela disse. "Parece que você precisa."
Ele olhou pra ela com uma expressão culpada. "Eu sei que você já sabe disso, mas sua prima é meio assustadora algumas vezes."
"Ela é", Chloe acrescentou. "O que ela te disse?"
"Ela me relembrou que em algum lugar, Pete Hawthorne vai ler o artigo e ver a foto, rangendo os dentes."
Ela deu risada. "Legal. Parabéns pela sua promoção, por falar nisso."
Ele olhou pra ela. "Eu tenho a sensação que você tem alguma coisa a ver com isso."
Ela balançou a cabeça. "De jeito nenhum. Eu dei uma sugestão, só isso. Mas a decisão foi toda de Oliver."
"Bem", ele disse, "obrigado pela sugestão."
Ela sorriu. Ela tinha conhecido Jack Purcell e gostou dele imediatamente; ele demonstrava segurança no que fazia. Ela já o tinha visto conversando com David num canto; parecia que a relação mentor-aprendiz ia dar certo.
Olhando para o terraço, Oliver viu Chloe conversando com David. Ela usava um vestido simples azul e jóias combinando e uma sandália de salto. Nas costas, um pouco de pele aparecia toda vez que ela se movia. Ele sabia o quanto sua pele era macia; a tentação de ir até lá e correr o dedo ali...
"É melhor você se segurar, garotão. Não é legal o diretor administrativo ficar babando tão abertamente pela namorada num evento de negócios."
"Que bom que conseguiu vir, Lois", ele disse pacientemente.
"Obrigada pelo convite exclusivo", ela disse feliz, pegando uma taça de champanhe de uma bandeja que passava. "Eu realmente nunca me vi como uma repórter de negócios, mas meu editor está AMANDO meu trabalho graças aos artigos que tenho feito sobre a QI." Ela o cutucou. "Por falar nisso, boa escolha para Vice-Presidente Senior."
Ele sorriu. "Que bom que você acha isso. Claro, já que você e Chloe parecem conhecer caráter infinitamente melhor do que eu, estou considerando tê-las como consultoras de agora em diante."
"Bem, pra começar, você podia contratar e promover mais mulheres para posições mais elevadas", ela disse pontualmente.
Ele gemeu silenciosamente. Tinha entrado nessa. Fazia um tempo desde que Chloe falara sobre isso, mas ele sabia que Lois também ia deixar sua opinião.
"Ei, temos estagiárias, programa de aprendizes - nos últimos dois anos triplicamos o número de mulheres na vice presidência e dobramos o número de diretoras", ele se defendeu.
Ela bufou. "Então você foi do que? De uma Vice-Presidente para três? De duas diretoras para quatro? Qual é, Ollie, isso é ridículo para uma empresa do tamanho da QI."
Ouch. Na verdade, havia sido de três diretoras para seis, mas ela tinha razão. Sentindo-se derrotado, ele suspirou. "E se eu formar um comitê para dar uma olhada nesse assunto, e incluir você e Chloe?" Ele podia combinar também com David. Ele era justo e objetivo, e podia resolver qualquer problema legal que surgisse. E também, Chloe e Lois gostavam dele, então suas chances de escapar intacto eram substancialmente maiores.
Lois sorriu triunfante. "Parece um bom começo." Ela seguiu algumas pessoas caminhando para o terraço. "Só pra deixar claro, qualquer pessoa aqui pode ser entrevistada, certo?"
Ele olhou pra ela com cautela. "Acho que sim. Só não assedie meus convidados."
"Oliver, eu jamais faria isso", ela disse, engolindo o último gole de sua bebida e devolvendo a taça vazia antes de perseguir sua presa. Coitado.
Ele suspirou. Deus, ela é realmente assustadora às vezes.
Chloe se juntou a ele, recostando-se contra a grade. "Como você está indo, Sr. Queen?"
"Sr. Queen está pronto para encerrar o dia", ele disse. Só naquela semana Emil o tinha liberado para trabalhar o dia inteiro - o que, ele deixou bem claro, significava oito horas, não doze ou catorze - e ele estava achando surpreendentemente exaustivo, mais mental do que fisicamente. Desde seu retorno, todo mundo parecia ter assuntos urgentes para resolver com ele. Sua assistente estava bem protetora, mas mesmo assim, muita gente o procurava. Eles estão todos inseguros e nervosos agora por conta das mudanças, ele pensou. Eu tenho que encontrar um jeito de garantir a todos que seus empregos estão seguros.
"Eu ando pensando", ele disse. "Já que você sabe sobre o meu plano B, eu gostaria de marcar algumas reuniões suas com Jack para aprender junto com David. Você ficaria mais confortável com a responsabilidade se estiver mais preparada."
Ela assentiu. "Acho que seria bom. Mas só pra constar..." -- ela olhou para David -- "Eu tenho uma sensação sobre ele. Posso estar errada. Mas meus instintos me dizem que ele é alguém que se pode confiar sobre seu segredo, se algum dia vir à tona."
Ela também era um pouco assustadora às vezes. "Meus instintos me dizem a mesma coisa. Por isso decidi promovê-lo."
Discretamente, ele subiu a mão pelas costas dela e começou a acariciar gentilmente a pequena porção de pele exposta. "Numa nota pessoal, eu esperava outro encontro esta noite, se você não tiver outros planos", ele disse. "Pensei que poderíamos ir jantar e então ir para a minha casa."
Ela sorriu. "Acho que posso ser convencida."
"Eu agora tenho um desejo ardente de ver como este vestido fica no chão ao lado da minha cama."
"Só pra você saber? Eu vou te mandar as contas da lavanderia."
*-*-*-*
"Eu espero que você não esteja planejando ir para a Watchtower hoje", ele disse na manhã seguinte.
Ela balançou a cabeça. "Não, vou trabalhar de casa. Ninguém tem missões planejadas."
"Bom", ele disse, beijando-a. "Você precisa recuperar a noite de sono."
"Sim, engraçado como eu não saio mais daqui ultimamente", ela brincou. Ele a observou. Nenhum dos dois tinha tocado novamente no assunto de morarem juntos, e ela não tinha dado nenhuma indicação de que estava perto de tomar uma decisão.
*-*-*-*
Chloe entrou no apartamento. "Lois?" Nenhuma resposta. Ela olhou para um bilhete na geladeira. "No Clark."
Lois vinha passando cada vez mais tempo lá. Ela se perguntou se Clark pediria pra ela ir morar com ele logo.
Ela se encontrou caminhando pelo apartamento, andando de um lado para o outro, realmente. De repente ela se sentiu ansiosa e infeliz, criticando tudo que via. Por que não tinham nem refeito a pintura? Há quanto tempo ela tinha aquela colcha? Mesmo contando seus presentes de casamento, não tinham nem um jogo de jantar completo.
A verdade era, ela nunca pretendeu ficar tanto tempo ali. Era um local pra dormir, uma versão um pouco mais adulta de um dormitório de faculdade. Ela e Lois vinham tendo uma longa festa de pijama ali. E era uma loucura pra elas considerando que seus trabalhos eram em Metrópolis. E embora Lois tivesse uma razão legítima para não se mudar, com Clark vivendo tão perto, qual era a sua desculpa? Por mais que amasse Metrópolis, era como se tivesse medo de abandonar Smallville.
Mas isso não significa que eu tenho que ir morar com Ollie. Eu poderia comprar meu próprio lugar em Metrópolis e isso eliminaria todo esse trajeto. Seria mais conveniente. Teríamos mais tempo juntos.
Em seu coração ela sabia que não era a solução. Ollie não tinha pedido para ela ir morar com ele só para que ela economizasse dinheiro de combustível ou passasse menos tempo na estrada. Ele queria compartilhar sua vida com ela.
Lágrimas surgiram em seus olhos. Por que ela tinha que ser assim? Por que ela tinha que temer cada passo? Eles já tinham quebrado tantas regras que ela estabeleceu, cada barreira que ela ergueu no começo do relacionamento: Ninguém pode saber. Nada de encontros públicos. Sem rótulos. Sem expectativas. Sem flores. Sem presentes. Eles tinham até quebrado algumas regras que ela nem pensou em estabelecer: Sem declarações de amor. Nada de desabar emocionalmente quando um dos dois desaparecer. Nada de chorar. Nada de um cuidar do outro quando estivessem doentes ou feridos.
O pior que podia acontecer já tinha acontecido. Do que eu ainda estou com medo? Que diabos está ERRADO comigo?
As palavras de Carter continuavam voltando: "Vocês dois tiveram o tipo de segunda chance que a maioria das pessoas não tem, Loira. Não desperdicem."
*-*-*-*
Ollie estava impaciente, ansioso. Ele estava começando a perceber qual era o problema. Ele podia lidar com sua mesa o dia inteiro sabendo que poderia patrulhar à noite. Ele sentia falta do Arqueiro Verde. Não era só uma fantasia ou um alter-ego, era parte dele, uma parte que ele precisava.
Emil estava inflexível que ele não poderia nem considerar liberá-lo por mais pelo menos uma semana. Nesse meio tempo, talvez ele alugasse uma parede de escalada. Era um ambiente controlado, então Emil não poderia ser contra, certo? E isso daria a ele algum senso sobre o quão pronto estava para voltar às ruas. Fisicamente, pelo menos.
Ele já tinha desligado o computador, mas continuava sentado, olhando para o monitor vazio. Ele teve medo que quando Chloe fosse embora os pesadelos piorassem. Ao invés, ficou aliviado ao saber que quanto mais forte ficava - sentindo-se fisicamente menos vulnerável - os sonhos diminuíam em frequência e intensidade. Durante os últimos dias ele tinha começado a pensar que podia estar pronto para contar o que tinha acontecido com ele. Mas passou um longo tempo observando Chloe dormir na noite anterior. Ele sabia que ela ficaria triste, provavelmente ia chorar. Talvez até desse a ela alguns pesadelos. Ele não tinha certeza se suportaria que ela sofresse junto com ele.
Eu sei que vou conseguir contar a ela eventualmente. Logo. Só não sei se posso contar a ela primeiro.
Ele lançou um olhar pela janela, tamborilando a caneta contra o braço da cadeira.
Alguns minutos depois ele tomou uma decisão. Pegando o telefone, ele digitou uma mensagem:
Queria saber se você está livre para uma cerveja no fim da semana.
E apertou 'enviar' rapidamente, antes que se arrependesse. Então ele foi pra casa.
Ele ouviu o som de uma mensagem chegando quando saía do carro, e a abriu enquanto entrava no elevador. Ele sorriu ao ver a resposta previsível de Carter:
Se você for pagar.
Entrando na cobertura, ele tirou o casaco e jogou numa cadeira próxima.
"Oi", Chloe disse. Ele se virou, surpreso em vê-la no sofá, um livro na mão.
"Ei", ele disse, surpreso e feliz em vê-la. "Não sabia que você vinha passar a noite."
Ela parecia estranhamente nervosa. "Eu não vim. Passar a noite, eu digo." Ele seguiu seu olhar e viu duas malas encostadas na parede. "Eu vim pra casa."
Ele olhou pra ela. Uma onde de intensa alegria o atravessou de modo que ele perdeu a fala temporariamente. "Você veio?" ele finalmente disse.
Ela deu de ombros. "Se... você sabe... a proposta ainda estiver de pé."
Ele engoliu o nó na garganta. "Bem. Isso é algo sobre o qual eu preciso pensar e SIM. Sim, claro que a oferta ainda está de pé."
Ela relaxou um pouco, olhando para a esquerda e direita e de volta pra ele. "Estas são minhas primeiras contribuições com a decoração." Ele desviou o olhar. Ela estava flanqueada por duas almofadas com corações abstratos e em vários tons de prata e preto.
"Eles são perfeitos", ele disse.
Ela sorriu tentadoramente. Ele também.
Ela se levantou para ir até ele, e ele a encontrou no meio do caminho. "Não se mexa. Você está exatamente onde eu quero."
Demorou um tempo para ela entender. "O sofá?"
"Claro", ele disse, colocando as mãos em sua cintura e puxando-a contra ele. "Agora que você vai morar aqui, temos que batizá-lo. Quebrá-lo."
Ela inclinou a cabeça. "Eu não sei se deveria estar preocupada ou insultada que você aparentemente tenha esquecido todas as vezes que já transamos neste sofá."
"Exatamente", ele disse. "Este sofá. Não o NOSSO sofá."
Ela assentiu, compreendendo. "Ohhh. Isso É diferente." Ele assentiu também. Eles se olharam, sorrisos idênticos se espalhando lentamente por seus rostos.
Ele a sentou no móvel em questão. Pouco antes de tomar sua boca com a dele, pouco antes de se afundar com ela nas almofadas, ele sussurrou em seu ouvido. "Bem-vinda ao seu lar, Chloe."
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PRÓXIMA HISTÓRIA: Roomies
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ainda bem que a chloe parou pra pensar e foi morar com o oliver .....sao muito lindos ....ansiosa pela conversa do oliver e do Carter ....ameiii o capitulo angelique
ResponderExcluirQue bom, Emilia. A má notícia fica por conta de que essa que vos fala conseguiu a proeza de perder toda a tradução já revisada da próxima história e terá que traduzir tudo de novo, ou seja, perdão? Vai demorar mais uns dias... :-(
ExcluirAhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh que lindoooooooooooooooooooooooooooooooooos
ResponderExcluirAmei esse capítulo. Ansiosa pela nova história!!!!
Que bom, Helô e aí vai a péssima notícia: "A má notícia fica por conta de que essa que vos fala conseguiu a proeza de perder toda a tradução já revisada da próxima história e terá que traduzir tudo de novo, ou seja, perdão? Vai demorar mais uns dias... :-("
ExcluirA mudança da Chloe é um dos momentos mais lindos nessa história, pra mim... É ela se libertando do passado, dos medos, dos erros; apostando num futuro com alguém que ela ama e respeita e que a ama e respeita também... <3
ResponderExcluirQue lindo, Ciça, traduziu muito bem esse momento... Muito tudo esse casal. Agora, o momento triste: "A má notícia fica por conta de que essa que vos fala conseguiu a proeza de perder toda a tradução já revisada da próxima história e terá que traduzir tudo de novo, ou seja, perdão? Vai demorar mais uns dias... :-("
ExcluirRelaxa, Angelique... É um saco quando a gente perde um documento [acontece comigo sempre! huahauahau] mas quando a próxima história sair, beleza! estaremos aqui loucas pra ler!!!!
ExcluirNão tô dizendo que estes dois são a pura perfeição!! *-*
ResponderExcluirAgora sim eles têm um Lar... aiai!!
GIL
São sim, GIL! Perfeição pura!!! Um lar, verdade, não uma casa, um lugar para dormir... o lar, o canto deles, lindo, né? Agora, vamos à triste notícia do dia para mim e por tabela para vocês: "A má notícia fica por conta de que essa que vos fala conseguiu a proeza de perder toda a tradução já revisada da próxima história e terá que traduzir tudo de novo, ou seja, perdão? Vai demorar mais uns dias... :-("
ExcluirAhhhh que coisa fofa esse final!!!!!!! "Eu vim pra casa" "Bem-vinda ao seu lar, Chloe"
ResponderExcluirE vai ser interessante ver Oliver e Carter em uma conversa séria.
E vai ser sim, Paula. Pena que a tradução se perdeu... snif, mas vamos refazer o mais breve possível, enquanto isso vou aproveitar para ir postando atualização das comics... Beijos.
ExcluirEsses dois são fofos demais n agüento tanta doçura gente <3 <3
ResponderExcluirBeijooooo
Jami
Rs... Eles são demais, né, Jami... Assim que conseguirmos terminar a tradução da próxima história, postamos... enquanto isso acompanhe atualização nas comics da Season 11. Beijos.
ExcluirAté que enfim eu consegui arrumar um tempo pra vir ler ...
ResponderExcluirAté que enfim a Chloe decidiu ir morar com o Ollie *---*
Melhor decisão ela não poderia ter tomado <3
Eu amo esses dois são tão lindos *-*
Esperando mais .. Sempre !!
Eu ja disse o quanto eu amo esses dois ?
Pois é eu amo !!!
KKKKK
Anye .