Série: In His Sights
Resumo da Série: Série de histórias pós-Warrior.
Título: Núpcias Iminentes
Resumo: Os planos do casamento de Chloe e Oliver são, na verdade, os aspectos menos complicados de suas vidas agora.
Autora: fickery
Classificação: PG-13
Spoilers: Salvation
Ladie's Night
Sugarplums, Candy Canes and Legos
Eight Conversations (parte 1) (parte 2) (parte 3)
"Acho que é hora de deixarmos David entrar."
Chloe olhou para seu noivo, que estava na outra mesa, trabalhando em seu computador. Desde que ela tinha se mudado, eles haviam convertido o escritório dele em deles; depois de ficarem separados o dia inteiro tudo que eles queriam era passar tempo juntos, mesmo que ainda estivessem trabalhando. Se estavam apenas surfando na internet eles se sentavam juntos no sofá com seus laptops, mas aquilo usualmente levava a outras atividades. Se tivessem trabalho sério a fazer, eles usavam o escritório. Eles tinham caído nessa rotina fácil, levando seus cafés ou chá nas manhãs, taças de vinho ou uísque depois do jantar, trabalhando em silêncio por longas horas ocasionalmente quebrado por um deles olhando para cima e perguntando, "Se importa se eu te falar uma coisa?"
"Sério?" Ela não ficou surpresa com a declaração tanto quanto o momento escolhido. "O que trouxe esse assunto à tona?"
Oliver suspirou, recostando-se em sua cadeira e ficando de frente para ela. "Jack está ficando impaciente."
Jack Purcell era o Chefe de Operações da Queen Industries; Oliver tinha feito ele ir de Metrópolis para Tóquio com a promessa de aposentadoria em dois anos, depois dele ter treinado seu sucessor, o recém-promovido Vice Presidente Sênior David Drummond.
"Awww", ela disse zombando. "Sentindo falta do bebê dele, não é? Ele ainda o visita todo mês?"
Oliver não conseguiu deixar de sorrir. "Na verdade alguns fins de semana", ele admitiu. O orgulho de Jack era seu iate, Céu Azul, atualmente ancorado em Key West, Flórida. Ele e sua esposa planejavam passar os anos pós-aposentadoria vivendo nele, navegando pelo Mediterrâneo. Oliver suspeitava que o único impedimento para Jack desfrutar sua merecida aposentadoria é que ele estava se sentindo mal em abandoná-lo. "Acho que consigo segurá-lo por mais um ano no máximo."
"E David? Ele está pronto para tomar a frente?"
Ele assentiu devagar. "Eu acho que ele vai estar. Ele está tomando mais decisões ultimamente sem sentir a necessidade de passar por mim ou Jack primeiro. Ele tem uma boa ideia de como eu penso. E está definitivamente mais confiante. E as pessoas sempre gostaram dele, mas o respeitam também."
Ela se recostou contra a própria cadeira, seus claros olhos verdes fixos nele, sorrindo. Ele esperou um momento, mas ela não disse nada. "Então? O que você acha?"
"Eu acho que é sua empresa, ele é seu funcionário, e é sua identidade secreta que você está propondo revelar a ele", ela disse. "A decisão tem que ser sua."
"Eu não imagino nem por um segundo que isso significa que você não tem uma opinião", ele disse, um lado de sua boca puxando para cima.
Ela deu risada. "Eu disse no último verão que achei que ele é confiável com seu segredo. Nada aconteceu desde então que tenha me feito mudar de ideia; na verdade, é bem o contrário. E se ele está se tornando o profissional que você esperava, então... sim. Talvez seja hora de ver se ele pode lidar com estar realmente por dentro de tudo."
"Eu não quero contar a ele no escritório", ele disse. "E ele não precisa ver a Watchtower; não vou contar tudo, só o que ele precisa fazer."
"Podemos convidá-lo para um jantar", Chloe ofereceu.
"Talvez você possa fazer sua lasanha?" ele perguntou esperançoso. "Então ele estará todo - você sabe, cheio de carboidrato e relaxado antes de eu fazer a Grande Revelação."
Ela ergueu uma sobrancelha. "Então, só para esclarecer: a lasanha seria em benefício de David, certo?"
"É... possível que eu também possa desfrutar", ele concedeu.
Sorrindo, ela saiu da cadeira para ir até a dele e sentou em seu colo, passando os braços ao redor do pescoço dele. "Só escolha uma noite e me dê pelo menos vinte e quatro horas para eu ter todos os ingredientes que preciso", ela murmurou antes de beijá-lo suavemente. "E como você está? Pronto para dar uma parada no que está fazendo?"
Ele a puxou com força contra ele. "Você no meu colo é sempre - SEMPRE - um bom incentivo para uma parada." A boca dele encontrou o pulso na base de sua garganta e ela inclinou a cabeça em prazer.
*-*-*-*
"Alguém mais quer mais?" Chloe perguntou, parando na frente da cafeteira. Lois e Courtney, sentadas na mesa de jantar que estava coberta por fotos, revistas de moda e amostras de tecido, balançaram suas cabeças sem tirar os olhos da revista que estavam conferindo. "Tasmin?"
Sua estilista olhou para cima. "Não, obrigada, Chloe."
"Eu gosto deste", Courtney disse enfaticamente, apontando um dos desenhos com o dedo.
"Deixa eu ver", Lois exigiu, olhando por sobre o ombro. "Não, este aqui", ela disse, mostrando outro. "Quer dizer, eu gostei daquele, mas gosto mais deste."
Courtney corria os dedos pelas amostras de tecido, uma seda marfim com leve sombra verde. "Como chama mesmo esta cor?"
"Eau de nil", Chloe respondeu, levando a caneca de café até a mesa.
"Um eau de nil muito pálido", Tasmin emendou.
Courtney olhou perplexa. "Por que não só branco? Quer dizer, é tradicional, certo?"
Chloe encontrou o olhar de Lois. "Branco é tradicional para o primeiro casamento", ela explicou. "Este não é meu primeiro."
"O que só um idiota comentaria", Lois respondeu.
Chloe deu de ombros. "A verdade é, goste ou não, que Ollie está no olho do público. Fotos do casamento serão publicadas e examinadas detalhadamente e eu não preciso dar aos fofoqueiros mais munição. Além do mais, Ollie e eu não somos o casal mais tradicional, e eu já tive casamento com vestido branco. Eu estou bem em fazer as coisas um pouco diferente desta vez."
Courtney assentiu, ainda parecendo um pouco duvidosa. "Lois, o que você vai vestir?"
"Um saco de batatas? Eu não sei, porque a noiva não dá uma resposta direta", ela disse, dando um olhar impaciente para a prima.
Chloe balançou a cabeça tolerantemente. "Lois, eu te disse: vista o que quiser. Eu estou falando muito sério. Use um vestido bonito que não seja muito diferente das nossas cores, que são creme, tons de verde e azul claros. Além disso, eu honestamente não ligo."
"Qual o oposto de noivazila?" Lois reclamou. "Eu nem sei o que fazer com toda essa liberdade de escolha."
Tasmin deu risada. "Lois, se você quiser - e por favor não sinta como se tivesse que dizer sim - mas se você quiser, eu ficaria feliz em desenhar um vestido para você também."
Lois ficou boquiaberta. "Sério? Um vestido original feito por Tasmin?" Ela se virou para olhar para Courtney e então fez cara de Eeee! "Eu adoraria. Sério."
"Só garanta que tenha um laço atrás", Chloe disse, rosto sério. "Não é um vestido de madrinha de verdade sem um laço atrás."
"Um enorme laço", Tasmin concordou. "Claro, nem precisa dizer. Vou fazer."
"Por você, prima? E por este casamento? Eu estou disposta a usar um vestido com um enorme laço. Isso prova o quanto eu amo você e Ollie."
Tasmin sorriu para ela. "Bem, talvez não precise ser um laço tão grande. Só me deixe seu e-mail e eu te mando algumas ideia durante a semana." Ela se virou para Chloe. "Falando nisso, antes que eu esqueça, eu só queria te agradecer de novo por..." Ela parou de falar quando Chloe arregalou os olhos freneticamente e sutilmente balançou a cabeça.
Graças as conexões de Oliver eles acabaram com um par de ingressos para o Grammy Awards em Star City. Eles sabiam que se fossem, desejariam ter ficado em casa, e finalmente abandonaram a ideia.
Claro que Lois, Courtney, Bart, Vic e AC adorariam colocar as mãos nos ingressos se soubessem sobre eles, mas como só tinham dois, eles decidiram dá-los a Tasmin em agradecimento. Mas eles nunca teriam sossego se o time descobrisse.
Tasmin seguiu o olhar dela na direção das outras duas, ainda discutindo sobre as fotos, e abaixou a voz. "Wade está tão animado. Eu nunca deixarei de agradecer." Wade, o namorado dela, era baixista numa banda de um bar local. Chloe e Oliver deduziram que se alguém gostaria de ver o Grammy de perto seriam os dois.
"Eu não faço ideia do que você está falando", Chloe disse. "E de nada." Ela olhou para Lois e Courtney novamente, ainda olhando a revista, e sussurrou. "Eu só vou precisar que você me mande uma mensagem contando que roupa Lady Gaga estará usando."
*-*-*-*
Sua assistente colocou a cabeça na porta. "Oliver?"
"Hmmm?" ele disse distraído, concentrado numa planilha.
"A equipe de faxina está limpando alguns escritórios vazios no terceiro andar para abrir espaço para aquele grupo de consultores que você vai receber semana que vem. Mas um dos escritórios tem um monte de coisas - que parecem ser compras pessoais? Enfim, eles não sabem a quem pertencem ou o que fazer com elas."
Ele levantou a cabeça. Merda. Ele tinha esquecido daquelas coisas. "Diga para deixarem lá mais um dia ou dois", ele disse, pensando rapidamente. "Eu tiro tudo até o fim da semana."
"Ok", ela disse e desapareceu. Oliver pegou o telefone.
*-*-*-*
Quando ele entrou no apartamento aquela noite, ele viu sua noiva envelopada numa nuvem de fumaça do que ela estava cozinhando, antes de ela fechar a panela. Ele passou os braços ao seu redor e beijou seu pescoço. "Ei."
"Ei." Ela virou a cabeça para beijá-lo.
"Deus, o cheiro está bom. O que é?"
"Frango com gergelim. Fica pronto logo." Ela deslizou um pedaço de cenoura entre os lábios dele. Ele o removeu e a beijou novamente antes de ir para o quarto se trocar, mastigando a cenoura no caminho.
Eles estavam jantando quando Chloe disse, tentando soar casual. "Então, meu pai ligou hoje."
Oliver parou, palitinhos a meio caminho da boca. "Ah, é? O que ele disse?"
"Ele queria saber se é um bom momento para vir visitar."
Ele usou um momento para absorver isso. "E você disse a ele...?"
Ela correu um pouco de arroz pelo prato. "Ele mencionou vir daqui a quinze dias. Eu chequei sua agenda e você não tem nenhuma viagem planejada."
Ele sorriu. "Deduzindo que ele de fato queira passar algum tempo comigo, seria ótimo, sim."
Os olhos dela encontraram os dele. "Ele disse especificamente que desejava passar mais tempo com nós dois, pois não passou na viagem passada", ela disse, sua voz em tom de leve desaprovação.
"Ele vai ficar com a gente então, eu deduzo."
"Hum... não. Ele foi muito claro sobre querer ficar em um hotel. Ele perguntou qual era mais perto da gente."
Oliver olhou para cima pedindo orientação divina, fazendo um barulho qualquer entre um suspiro e uma risada. "Nossa, ele não facilita as coisas, não é?"
Claramente divertindo-se, ela acariciou o braço dele. "Na verdade, não é sobre você, eu acho que não. Bem - não diretamente sobre você." Ele olhou para ela, intrigado. "Eu tentei dizer a ele que tínhamos quartos extras e ele teria banheiro próprio e não era trabalho nenhum, e ele falou algumas vezes em 'vocês precisam de privacidade'. Acho que a ideia de dormir num apartamento onde há alguma possibilidade da filha dele transar em outro quarto deve aterrorizá-lo."
Oliver olhou para ela um momento, depois explodiu numa risada. "Sério?"
Ela deu de ombros, ainda sorrindo. "Acho que é uma coisa de pai."
"Eu acho que é mais uma coisa de pai e filha", ele respondeu, ainda dando risada. A mão dele segurou a dela sobre a mesa. "Talvez algum dia eu seja um pai super protetor para nossa filha", ele disse esperançoso.
Ela apertou a mão dele em retorno. "Vamos ver o que Emil diz."
Como tinha prometido a Gabe, eles procuraram Emil para um aconselhamento genético. Ele ouviu suas preocupações e tirou amostras de sangue e de tecido dos dois para fazer alguns testes, prometendo retornar em algumas semanas.
"Ok", ele disse, inclinando-se para beijá-la. Ela sorriu e descansou a cabeça no ombro dele.
*-*-*-*
"...então eu liguei para a dona e disse a ela que estava cancelando e porque", Oliver disse.
"E ela disse?"
"Ela ficou muito triste. Prometeu demitir o funcionário que falou, queria saber como podia nos recompensar. Eu disse a ela que não havia o que fazer. A imprensa sabe exatamente onde e quando nosso casamento vai ser."
"Eu estou tão furiosa!" Chloe disse. "Aquele lugar era perfeito."
"Eu sei. Mas é por isso que eu te disse para ter uma segunda, terceira e até quarta opção, porque isso sempre acontece em casamento de celebridades. Algum funcionário não consegue resistir ao desejo de ser importante. Vamos com o Plano B, adiar a data pelo menos uma semana, e dizer a dona que não vamos pensar duas vezes em cancelar se alguém ficar sabendo."
Ele a ouviu suspirar do outro lado do telefone. "Ok. Faço isso amanhã."
"Ei", ele disse. "Sinto muito."
"Não é culpa sua", ela disse. "O que me incomoda mais é termos que adiar em uma semana."
Ele sorriu para si mesmo. Depois de todos esses meses em que ela se segurou quando ficaram juntos, recusando-se a admitir seus sentimentos, como era bom ouvi-la triste por ter que esperar mais sete dias para casar com ele. "Eu te amo."
"Eu também te amo", ela disse, sua voz se suavizando.
Momentos depois de desligar o telefone, seu interfone tocou. "Eu tenho o Sr. Allen e Sr. Curry na linha para você."
"Obrigado, Louisa. Pode passar a ligação." Seu telefone soou e ele ligou o botão do viva-voz.
"Ei chefe. Então, estamos tentando bolar sua despedida de solteiro aqui..."
Ele suprimiu um gemido. "Eu acho que combinamos que qualquer despedida de solteiro teria que passar por Carter primeiro."
"Ah, cara, ele é um chato", AC protestou. "A ideia dele de uma grande noite é sentar e beber uísque e fumar cigarros."
"E o problema com isso é...?"
"Que nem todos nós temos mil anos de idade", Bart disse, desgostoso.
Na verdade, uísque e cigarro parecia ótimo para ele. Eu devo estar ficando velho, também. "Então, qual a sua ideia?"
"Sabe, um grande churrasco..."
"Ei", AC protestou.
"...grande churrasco em algum lugar onde AC possa comer uma salada", Bart emendou. "Talvez ir até um cassino, então um dos clubes do centro. Tipo o Foxes."
De repente desconfiado, Oliver digitou o nome em sua ferramenta de busca. "Foxes parece ser um clube de strip", ele disse, vendo os resultados da página.
"É um clube de cavalheiros", Bart insistiu.
"Aham. Pessoal, desculpe ser um velho chato, mas a esta altura da minha vida, eu não tenho nenhum interesse em ir a um clube de strip. Eu vou para casa e encontro uma mulher maravilhosa toda noite, e ir a estes clubes ver estas pobres garotas chacoalharem na frente de estranhos por gorjetas é algo que não sinto falta dos meus dias de solteiro. Se vocês quiserem ir para um cassino depois, tudo bem para mim, mas eu não vou junto. E se vale de alguma coisa, não acredito que as outras mulheres do time ficarão muito impressionadas também", ele disse, sabendo que as opiniões de Dinah e Courtney contavam bastante para os dois.
Houve um longo silêncio durante o qual ele os imaginou dando olhares surpresos. "Uau. Você não joga justo", AC resmungou.
Bart deu um enorme suspiro. "Mas está tudo bem um jantar e o cassino, certo?"
"Tudo bem um jantar e o cassino. Vou avisar ao Carter."
"Certo", Bart disse, resignado. "Vamos marcar."
"Falo com vocês depois, pessoal", Oliver disse, divertindo-se. Ele finalizou a ligação e imediatamente discou outro número. Uma voz resmungando atendeu. "Carter? Só vou te manter informado."
*-*-*-*
Na noite seguinte Chloe saiu do elevador direto para os braços de Oliver. Depois de um longo beijo, ela se afastou um pouco. "Uau. Isso definitivamente fez valer à pena vir para casa", ela disse. "E eu sinto cheiro de comida?"
"Você sente."
Algo estava diferente na iluminação. Ela tentou deduzir o que era enquanto pendurava o casaco. Todas as luzes estavam baixas com exceção da que ficava sobre a mesa de jantar...
Ela arfou. "Você encontrou meu candelabro! É igual ao que eu amei em Veneza!"
Era uma peça muito moderna, que consistia em esferas de vidro coladas umas às outras. Algo sobre a geometria encantava Chloe: era uma verdadeira obra de arte. Ela virou para olhar para Oliver. "Você encontrou em uma loja aqui?"
"Não exatamente", ele admitiu.
"Oh, Ollie. Diz que você não pediu em Veneza. Só o envio custaria quatro vezes o preço da peça."
Ele colocou as mãos nos bolsos. "Uh... não exatamente."
Ela franziu a testa. "Você não viajou para lá ultimamente. Você não fez um dos seus pobres funcionários ir até lá buscar isso, fez? Ou Bart? Ou Clark?" Ele balançou a cabeça.
Ela ficou boquiaberta. "Oh, você não fez."
"Isso depende", ele disse cautelosamente. "O que eu não fiz?"
"Você não comprou enquanto estávamos em Veneza. Depois de eu reiterar a regra de sem presentes."
Ele clareou a garganta. "Se me lembro bem, você reiterou isso um dia depois de nossa saída para compras. Acabou que era um pouco tarde demais."
"Você fez! Você comprou quando estávamos juntos em Veneza." Ela balançou a cabeça. "Então porque esperar até agora para me dar? Estamos oficialmente juntos e sem regras desde Julho."
"Para te contar a verdade, eu trouxe tudo isso para casa e planejei pensar em um jeito de te dar depois", ele disse envergonhado. "Então eu tranquei num escritório vazio no trabalho. Mas eu meio que esqueci."
Ela arregalou os olhos. "Tudo? Tudo isso?"
Ele lhe deu um sorriso brilhante, o que ele usava quando estava tentando desarmá-la, e ofereceu seu braço. "Quer um passeio?" Ela não pôde deixar de dar risada.
Ele a levou pela cobertura, apontando para a luminária que arqueava em tons de vermelho. "Eu comprei duas", ele disse. "A outra está em nosso quarto, a não ser que você não a queira lá." Ele a conduziu pelo corredor. Uma das paredes tinha máscaras, de todos os tamanhos, com diferentes temas, cores e desenhos.
"Oh, uau", ela disse, tocando uma delas. "Eu esqueci o quanto eram lindas." Continuando havia uma aquarela emoldurada da Praça de São Marcos, onde tinham dançado juntos sob o luar, e uma da Ponte Rialto ao pôr-do-sol, onde ele a beijou. Ela se demorou ali por um momento, relembrando os lugares em que estiveram juntos, relembrando as galerias onde ela admirou todas aquelas peças. Ela olhou para ele enquanto deslizava o braço ao redor de sua cintura, a mão acariciando seu quadril.
Uma das paredes do escritório deles tinha uma gravura de uma ponte arqueando sobre um canal estreito e um mapa de Veneza. Um pequeno globo de vidro estava na ponta de sua mesa. Havia mais aquarelas em cada um dos quartos de hóspedes, e fios de contas de vidro ao redor de cada base das lâmpadas. "Eu trouxe alguns daqueles licores multicoloridos que você disse que pareciam joias - estão na cozinha, mas te mostro depois."
No quarto deles estava a segunda lamparina e uma pequena pintura da Ponte dos Suspiros. Ela mordeu o lábio, os olhos ficando embaçados. Ele deu um sorriso, estudando-a, antes de tirar o cabelo de seu rosto e gentilmente correr a boca sobre a dela. "Eu não sei você, mas aquele foi um beijo muito importante, para mim."
Ela assentiu, seus lábios curvando-se para cima. "Para mim também", ela sussurrou.
"Eu trouxe outras coisas." Ele abriu a tampa de um caixinha de joias sobre o criado-mudo e pegou um bracelete de prata e o passou ao redor do pulso dela.
"Ollie..." ela murmurou, protestando.
"Tem mais." Ele pegou uma segunda caixa e a abriu para lhe mostrar um delicado par de brincos.
"Os brincos de água-marinha" ela arfou. Ela balançou a cabeça. "Ollie, isso é tão doce, mas você não precisava me comprar tudo isso. Eu admirei essas coisas porque eram bonitas. Eu amei olhar para elas. Não significa que eu precisava tê-las."
Ele cuidadosamente removeu o brinco que ela estava usando e deu beijo ali fazendo-a estremecer, antes de substituí-los com um dos de água-marinha; então ele fez o mesmo do outro lado. Segurando o rosto dela, ele a beijou novamente e olhou de volta para ela. "Eles deixam seus olhos mais verdes." Ele sorriu para ela. "Olhar para essas coisas te deixou feliz. Eu acho que você vai descobrir que tem poucas coisas que não estou disposto a fazer para conseguir isso. Porque você me faz feliz."
Ela acariciou o rosto dele. "Não é tanto pelas coisas, é o fato de que elas me lembram da viagem. Experimentar Veneza pela primeira vez, com você. E como foi incrivelmente romântico."
Puxando-a com força contra ele, ele tomou sua boca com urgência. Ela gemeu e se pressionou contra ele, os braços ao redor de seu pescoço. Ele a encostou contra a cama e começou a desabotoar sua saia sem tirar os lábios dos dela, então segurou sua bunda.
"Espera", ela resfolegou, afastando-se por um momento. "O jantar vai queimar."
"Eu desliguei o forno quando você saiu do elevador. Desconfiei que ficaríamos distraídos."
"Você é tão esperto", ela sussurrou, puxando-o para a cama com ela.
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PRÓXIMA HISTÓRIA: Impending Nuptials (parte 2)
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"E David? Ele está pronto para tomar a frente?"
Ele assentiu devagar. "Eu acho que ele vai estar. Ele está tomando mais decisões ultimamente sem sentir a necessidade de passar por mim ou Jack primeiro. Ele tem uma boa ideia de como eu penso. E está definitivamente mais confiante. E as pessoas sempre gostaram dele, mas o respeitam também."
Ela se recostou contra a própria cadeira, seus claros olhos verdes fixos nele, sorrindo. Ele esperou um momento, mas ela não disse nada. "Então? O que você acha?"
"Eu acho que é sua empresa, ele é seu funcionário, e é sua identidade secreta que você está propondo revelar a ele", ela disse. "A decisão tem que ser sua."
"Eu não imagino nem por um segundo que isso significa que você não tem uma opinião", ele disse, um lado de sua boca puxando para cima.
Ela deu risada. "Eu disse no último verão que achei que ele é confiável com seu segredo. Nada aconteceu desde então que tenha me feito mudar de ideia; na verdade, é bem o contrário. E se ele está se tornando o profissional que você esperava, então... sim. Talvez seja hora de ver se ele pode lidar com estar realmente por dentro de tudo."
"Eu não quero contar a ele no escritório", ele disse. "E ele não precisa ver a Watchtower; não vou contar tudo, só o que ele precisa fazer."
"Podemos convidá-lo para um jantar", Chloe ofereceu.
"Talvez você possa fazer sua lasanha?" ele perguntou esperançoso. "Então ele estará todo - você sabe, cheio de carboidrato e relaxado antes de eu fazer a Grande Revelação."
Ela ergueu uma sobrancelha. "Então, só para esclarecer: a lasanha seria em benefício de David, certo?"
"É... possível que eu também possa desfrutar", ele concedeu.
Sorrindo, ela saiu da cadeira para ir até a dele e sentou em seu colo, passando os braços ao redor do pescoço dele. "Só escolha uma noite e me dê pelo menos vinte e quatro horas para eu ter todos os ingredientes que preciso", ela murmurou antes de beijá-lo suavemente. "E como você está? Pronto para dar uma parada no que está fazendo?"
Ele a puxou com força contra ele. "Você no meu colo é sempre - SEMPRE - um bom incentivo para uma parada." A boca dele encontrou o pulso na base de sua garganta e ela inclinou a cabeça em prazer.
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"Alguém mais quer mais?" Chloe perguntou, parando na frente da cafeteira. Lois e Courtney, sentadas na mesa de jantar que estava coberta por fotos, revistas de moda e amostras de tecido, balançaram suas cabeças sem tirar os olhos da revista que estavam conferindo. "Tasmin?"
Sua estilista olhou para cima. "Não, obrigada, Chloe."
"Eu gosto deste", Courtney disse enfaticamente, apontando um dos desenhos com o dedo.
"Deixa eu ver", Lois exigiu, olhando por sobre o ombro. "Não, este aqui", ela disse, mostrando outro. "Quer dizer, eu gostei daquele, mas gosto mais deste."
Courtney corria os dedos pelas amostras de tecido, uma seda marfim com leve sombra verde. "Como chama mesmo esta cor?"
"Eau de nil", Chloe respondeu, levando a caneca de café até a mesa.
"Um eau de nil muito pálido", Tasmin emendou.
Courtney olhou perplexa. "Por que não só branco? Quer dizer, é tradicional, certo?"
Chloe encontrou o olhar de Lois. "Branco é tradicional para o primeiro casamento", ela explicou. "Este não é meu primeiro."
"O que só um idiota comentaria", Lois respondeu.
Chloe deu de ombros. "A verdade é, goste ou não, que Ollie está no olho do público. Fotos do casamento serão publicadas e examinadas detalhadamente e eu não preciso dar aos fofoqueiros mais munição. Além do mais, Ollie e eu não somos o casal mais tradicional, e eu já tive casamento com vestido branco. Eu estou bem em fazer as coisas um pouco diferente desta vez."
Courtney assentiu, ainda parecendo um pouco duvidosa. "Lois, o que você vai vestir?"
"Um saco de batatas? Eu não sei, porque a noiva não dá uma resposta direta", ela disse, dando um olhar impaciente para a prima.
Chloe balançou a cabeça tolerantemente. "Lois, eu te disse: vista o que quiser. Eu estou falando muito sério. Use um vestido bonito que não seja muito diferente das nossas cores, que são creme, tons de verde e azul claros. Além disso, eu honestamente não ligo."
"Qual o oposto de noivazila?" Lois reclamou. "Eu nem sei o que fazer com toda essa liberdade de escolha."
Tasmin deu risada. "Lois, se você quiser - e por favor não sinta como se tivesse que dizer sim - mas se você quiser, eu ficaria feliz em desenhar um vestido para você também."
Lois ficou boquiaberta. "Sério? Um vestido original feito por Tasmin?" Ela se virou para olhar para Courtney e então fez cara de Eeee! "Eu adoraria. Sério."
"Só garanta que tenha um laço atrás", Chloe disse, rosto sério. "Não é um vestido de madrinha de verdade sem um laço atrás."
"Um enorme laço", Tasmin concordou. "Claro, nem precisa dizer. Vou fazer."
"Por você, prima? E por este casamento? Eu estou disposta a usar um vestido com um enorme laço. Isso prova o quanto eu amo você e Ollie."
Tasmin sorriu para ela. "Bem, talvez não precise ser um laço tão grande. Só me deixe seu e-mail e eu te mando algumas ideia durante a semana." Ela se virou para Chloe. "Falando nisso, antes que eu esqueça, eu só queria te agradecer de novo por..." Ela parou de falar quando Chloe arregalou os olhos freneticamente e sutilmente balançou a cabeça.
Graças as conexões de Oliver eles acabaram com um par de ingressos para o Grammy Awards em Star City. Eles sabiam que se fossem, desejariam ter ficado em casa, e finalmente abandonaram a ideia.
Claro que Lois, Courtney, Bart, Vic e AC adorariam colocar as mãos nos ingressos se soubessem sobre eles, mas como só tinham dois, eles decidiram dá-los a Tasmin em agradecimento. Mas eles nunca teriam sossego se o time descobrisse.
Tasmin seguiu o olhar dela na direção das outras duas, ainda discutindo sobre as fotos, e abaixou a voz. "Wade está tão animado. Eu nunca deixarei de agradecer." Wade, o namorado dela, era baixista numa banda de um bar local. Chloe e Oliver deduziram que se alguém gostaria de ver o Grammy de perto seriam os dois.
"Eu não faço ideia do que você está falando", Chloe disse. "E de nada." Ela olhou para Lois e Courtney novamente, ainda olhando a revista, e sussurrou. "Eu só vou precisar que você me mande uma mensagem contando que roupa Lady Gaga estará usando."
*-*-*-*
Sua assistente colocou a cabeça na porta. "Oliver?"
"Hmmm?" ele disse distraído, concentrado numa planilha.
"A equipe de faxina está limpando alguns escritórios vazios no terceiro andar para abrir espaço para aquele grupo de consultores que você vai receber semana que vem. Mas um dos escritórios tem um monte de coisas - que parecem ser compras pessoais? Enfim, eles não sabem a quem pertencem ou o que fazer com elas."
Ele levantou a cabeça. Merda. Ele tinha esquecido daquelas coisas. "Diga para deixarem lá mais um dia ou dois", ele disse, pensando rapidamente. "Eu tiro tudo até o fim da semana."
"Ok", ela disse e desapareceu. Oliver pegou o telefone.
*-*-*-*
Quando ele entrou no apartamento aquela noite, ele viu sua noiva envelopada numa nuvem de fumaça do que ela estava cozinhando, antes de ela fechar a panela. Ele passou os braços ao seu redor e beijou seu pescoço. "Ei."
"Ei." Ela virou a cabeça para beijá-lo.
"Deus, o cheiro está bom. O que é?"
"Frango com gergelim. Fica pronto logo." Ela deslizou um pedaço de cenoura entre os lábios dele. Ele o removeu e a beijou novamente antes de ir para o quarto se trocar, mastigando a cenoura no caminho.
Eles estavam jantando quando Chloe disse, tentando soar casual. "Então, meu pai ligou hoje."
Oliver parou, palitinhos a meio caminho da boca. "Ah, é? O que ele disse?"
"Ele queria saber se é um bom momento para vir visitar."
Ele usou um momento para absorver isso. "E você disse a ele...?"
Ela correu um pouco de arroz pelo prato. "Ele mencionou vir daqui a quinze dias. Eu chequei sua agenda e você não tem nenhuma viagem planejada."
Ele sorriu. "Deduzindo que ele de fato queira passar algum tempo comigo, seria ótimo, sim."
Os olhos dela encontraram os dele. "Ele disse especificamente que desejava passar mais tempo com nós dois, pois não passou na viagem passada", ela disse, sua voz em tom de leve desaprovação.
"Ele vai ficar com a gente então, eu deduzo."
"Hum... não. Ele foi muito claro sobre querer ficar em um hotel. Ele perguntou qual era mais perto da gente."
Oliver olhou para cima pedindo orientação divina, fazendo um barulho qualquer entre um suspiro e uma risada. "Nossa, ele não facilita as coisas, não é?"
Claramente divertindo-se, ela acariciou o braço dele. "Na verdade, não é sobre você, eu acho que não. Bem - não diretamente sobre você." Ele olhou para ela, intrigado. "Eu tentei dizer a ele que tínhamos quartos extras e ele teria banheiro próprio e não era trabalho nenhum, e ele falou algumas vezes em 'vocês precisam de privacidade'. Acho que a ideia de dormir num apartamento onde há alguma possibilidade da filha dele transar em outro quarto deve aterrorizá-lo."
Oliver olhou para ela um momento, depois explodiu numa risada. "Sério?"
Ela deu de ombros, ainda sorrindo. "Acho que é uma coisa de pai."
"Eu acho que é mais uma coisa de pai e filha", ele respondeu, ainda dando risada. A mão dele segurou a dela sobre a mesa. "Talvez algum dia eu seja um pai super protetor para nossa filha", ele disse esperançoso.
Ela apertou a mão dele em retorno. "Vamos ver o que Emil diz."
Como tinha prometido a Gabe, eles procuraram Emil para um aconselhamento genético. Ele ouviu suas preocupações e tirou amostras de sangue e de tecido dos dois para fazer alguns testes, prometendo retornar em algumas semanas.
"Ok", ele disse, inclinando-se para beijá-la. Ela sorriu e descansou a cabeça no ombro dele.
*-*-*-*
"...então eu liguei para a dona e disse a ela que estava cancelando e porque", Oliver disse.
"E ela disse?"
"Ela ficou muito triste. Prometeu demitir o funcionário que falou, queria saber como podia nos recompensar. Eu disse a ela que não havia o que fazer. A imprensa sabe exatamente onde e quando nosso casamento vai ser."
"Eu estou tão furiosa!" Chloe disse. "Aquele lugar era perfeito."
"Eu sei. Mas é por isso que eu te disse para ter uma segunda, terceira e até quarta opção, porque isso sempre acontece em casamento de celebridades. Algum funcionário não consegue resistir ao desejo de ser importante. Vamos com o Plano B, adiar a data pelo menos uma semana, e dizer a dona que não vamos pensar duas vezes em cancelar se alguém ficar sabendo."
Ele a ouviu suspirar do outro lado do telefone. "Ok. Faço isso amanhã."
"Ei", ele disse. "Sinto muito."
"Não é culpa sua", ela disse. "O que me incomoda mais é termos que adiar em uma semana."
Ele sorriu para si mesmo. Depois de todos esses meses em que ela se segurou quando ficaram juntos, recusando-se a admitir seus sentimentos, como era bom ouvi-la triste por ter que esperar mais sete dias para casar com ele. "Eu te amo."
"Eu também te amo", ela disse, sua voz se suavizando.
Momentos depois de desligar o telefone, seu interfone tocou. "Eu tenho o Sr. Allen e Sr. Curry na linha para você."
"Obrigado, Louisa. Pode passar a ligação." Seu telefone soou e ele ligou o botão do viva-voz.
"Ei chefe. Então, estamos tentando bolar sua despedida de solteiro aqui..."
Ele suprimiu um gemido. "Eu acho que combinamos que qualquer despedida de solteiro teria que passar por Carter primeiro."
"Ah, cara, ele é um chato", AC protestou. "A ideia dele de uma grande noite é sentar e beber uísque e fumar cigarros."
"E o problema com isso é...?"
"Que nem todos nós temos mil anos de idade", Bart disse, desgostoso.
Na verdade, uísque e cigarro parecia ótimo para ele. Eu devo estar ficando velho, também. "Então, qual a sua ideia?"
"Sabe, um grande churrasco..."
"Ei", AC protestou.
"...grande churrasco em algum lugar onde AC possa comer uma salada", Bart emendou. "Talvez ir até um cassino, então um dos clubes do centro. Tipo o Foxes."
De repente desconfiado, Oliver digitou o nome em sua ferramenta de busca. "Foxes parece ser um clube de strip", ele disse, vendo os resultados da página.
"É um clube de cavalheiros", Bart insistiu.
"Aham. Pessoal, desculpe ser um velho chato, mas a esta altura da minha vida, eu não tenho nenhum interesse em ir a um clube de strip. Eu vou para casa e encontro uma mulher maravilhosa toda noite, e ir a estes clubes ver estas pobres garotas chacoalharem na frente de estranhos por gorjetas é algo que não sinto falta dos meus dias de solteiro. Se vocês quiserem ir para um cassino depois, tudo bem para mim, mas eu não vou junto. E se vale de alguma coisa, não acredito que as outras mulheres do time ficarão muito impressionadas também", ele disse, sabendo que as opiniões de Dinah e Courtney contavam bastante para os dois.
Houve um longo silêncio durante o qual ele os imaginou dando olhares surpresos. "Uau. Você não joga justo", AC resmungou.
Bart deu um enorme suspiro. "Mas está tudo bem um jantar e o cassino, certo?"
"Tudo bem um jantar e o cassino. Vou avisar ao Carter."
"Certo", Bart disse, resignado. "Vamos marcar."
"Falo com vocês depois, pessoal", Oliver disse, divertindo-se. Ele finalizou a ligação e imediatamente discou outro número. Uma voz resmungando atendeu. "Carter? Só vou te manter informado."
*-*-*-*
Na noite seguinte Chloe saiu do elevador direto para os braços de Oliver. Depois de um longo beijo, ela se afastou um pouco. "Uau. Isso definitivamente fez valer à pena vir para casa", ela disse. "E eu sinto cheiro de comida?"
"Você sente."
Algo estava diferente na iluminação. Ela tentou deduzir o que era enquanto pendurava o casaco. Todas as luzes estavam baixas com exceção da que ficava sobre a mesa de jantar...
Ela arfou. "Você encontrou meu candelabro! É igual ao que eu amei em Veneza!"
Era uma peça muito moderna, que consistia em esferas de vidro coladas umas às outras. Algo sobre a geometria encantava Chloe: era uma verdadeira obra de arte. Ela virou para olhar para Oliver. "Você encontrou em uma loja aqui?"
"Não exatamente", ele admitiu.
"Oh, Ollie. Diz que você não pediu em Veneza. Só o envio custaria quatro vezes o preço da peça."
Ele colocou as mãos nos bolsos. "Uh... não exatamente."
Ela franziu a testa. "Você não viajou para lá ultimamente. Você não fez um dos seus pobres funcionários ir até lá buscar isso, fez? Ou Bart? Ou Clark?" Ele balançou a cabeça.
Ela ficou boquiaberta. "Oh, você não fez."
"Isso depende", ele disse cautelosamente. "O que eu não fiz?"
"Você não comprou enquanto estávamos em Veneza. Depois de eu reiterar a regra de sem presentes."
Ele clareou a garganta. "Se me lembro bem, você reiterou isso um dia depois de nossa saída para compras. Acabou que era um pouco tarde demais."
"Você fez! Você comprou quando estávamos juntos em Veneza." Ela balançou a cabeça. "Então porque esperar até agora para me dar? Estamos oficialmente juntos e sem regras desde Julho."
"Para te contar a verdade, eu trouxe tudo isso para casa e planejei pensar em um jeito de te dar depois", ele disse envergonhado. "Então eu tranquei num escritório vazio no trabalho. Mas eu meio que esqueci."
Ela arregalou os olhos. "Tudo? Tudo isso?"
Ele lhe deu um sorriso brilhante, o que ele usava quando estava tentando desarmá-la, e ofereceu seu braço. "Quer um passeio?" Ela não pôde deixar de dar risada.
Ele a levou pela cobertura, apontando para a luminária que arqueava em tons de vermelho. "Eu comprei duas", ele disse. "A outra está em nosso quarto, a não ser que você não a queira lá." Ele a conduziu pelo corredor. Uma das paredes tinha máscaras, de todos os tamanhos, com diferentes temas, cores e desenhos.
"Oh, uau", ela disse, tocando uma delas. "Eu esqueci o quanto eram lindas." Continuando havia uma aquarela emoldurada da Praça de São Marcos, onde tinham dançado juntos sob o luar, e uma da Ponte Rialto ao pôr-do-sol, onde ele a beijou. Ela se demorou ali por um momento, relembrando os lugares em que estiveram juntos, relembrando as galerias onde ela admirou todas aquelas peças. Ela olhou para ele enquanto deslizava o braço ao redor de sua cintura, a mão acariciando seu quadril.
Uma das paredes do escritório deles tinha uma gravura de uma ponte arqueando sobre um canal estreito e um mapa de Veneza. Um pequeno globo de vidro estava na ponta de sua mesa. Havia mais aquarelas em cada um dos quartos de hóspedes, e fios de contas de vidro ao redor de cada base das lâmpadas. "Eu trouxe alguns daqueles licores multicoloridos que você disse que pareciam joias - estão na cozinha, mas te mostro depois."
No quarto deles estava a segunda lamparina e uma pequena pintura da Ponte dos Suspiros. Ela mordeu o lábio, os olhos ficando embaçados. Ele deu um sorriso, estudando-a, antes de tirar o cabelo de seu rosto e gentilmente correr a boca sobre a dela. "Eu não sei você, mas aquele foi um beijo muito importante, para mim."
Ela assentiu, seus lábios curvando-se para cima. "Para mim também", ela sussurrou.
"Eu trouxe outras coisas." Ele abriu a tampa de um caixinha de joias sobre o criado-mudo e pegou um bracelete de prata e o passou ao redor do pulso dela.
"Ollie..." ela murmurou, protestando.
"Tem mais." Ele pegou uma segunda caixa e a abriu para lhe mostrar um delicado par de brincos.
"Os brincos de água-marinha" ela arfou. Ela balançou a cabeça. "Ollie, isso é tão doce, mas você não precisava me comprar tudo isso. Eu admirei essas coisas porque eram bonitas. Eu amei olhar para elas. Não significa que eu precisava tê-las."
Ele cuidadosamente removeu o brinco que ela estava usando e deu beijo ali fazendo-a estremecer, antes de substituí-los com um dos de água-marinha; então ele fez o mesmo do outro lado. Segurando o rosto dela, ele a beijou novamente e olhou de volta para ela. "Eles deixam seus olhos mais verdes." Ele sorriu para ela. "Olhar para essas coisas te deixou feliz. Eu acho que você vai descobrir que tem poucas coisas que não estou disposto a fazer para conseguir isso. Porque você me faz feliz."
Ela acariciou o rosto dele. "Não é tanto pelas coisas, é o fato de que elas me lembram da viagem. Experimentar Veneza pela primeira vez, com você. E como foi incrivelmente romântico."
Puxando-a com força contra ele, ele tomou sua boca com urgência. Ela gemeu e se pressionou contra ele, os braços ao redor de seu pescoço. Ele a encostou contra a cama e começou a desabotoar sua saia sem tirar os lábios dos dela, então segurou sua bunda.
"Espera", ela resfolegou, afastando-se por um momento. "O jantar vai queimar."
"Eu desliguei o forno quando você saiu do elevador. Desconfiei que ficaríamos distraídos."
"Você é tão esperto", ela sussurrou, puxando-o para a cama com ela.
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PRÓXIMA HISTÓRIA: Impending Nuptials (parte 2)
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AWWWWWWNNNNNNNNN
ResponderExcluirÉ muito romantismo num casal, gente!!!!! Guardar todos os presentes de Veneza pra ela não ficar chateada... E distribuí-los pela casa... <3 <3 <3
Adoro que o David esteja sendo envolvido na Liga! Mais colaboradores, especialmente confiáveis, sempre serão bem vindos!!!
Romance é pouco... eu diria "Vai ser romântico assim lá em casa, Ollie, gatinho!" hhahahaha... Quem não queria né, gente?
ExcluirComo pode tanta fofura em um casal gente eu quero preciso sonho em um casamento assim pra mim <33
ResponderExcluirTo com uma mistura entre querer logo atualização mas ao mesmo tempo n quero que acabe essa serie é tão gostosa de ler amei amei desde ja muito obrigada meninas pela tradução vcs sempre arrazam nem imaginam o quanto melhoram o meu dia com essas atualizações brigadão :D
Beijooo
Jami ^^
Oh, Jami, você é uma linda!!!! Para leitores tão sensacionais e uma história tão legal, sempre vale à pena!!! Obrigada pelo carinho e pela companhia! .
ExcluirAaaahhhh!! Por isso que não me desapego deles!! É muito amor em um casal só!! *-*
ResponderExcluirGIL
Haha, GIL, seus comentários são sempre ótemos!!! Desapega não, jamais!!!! :D
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