Resumo: No final de sua vida, Oliver Queen pede à mais poderosa feiticeira do universo que lhe conceda um desejo. Agora ele tem uma nova chance de viver o que perdeu uma vez.
Autora: tennysonslady
Classificação: NC-17
Nota da Autora: Um dos meus poetas favoritos é Neruda, e muitas das minhas histórias foram escritas ancoradas em versos dos poemas de Neruda. Cada parte desta história que eu quero contar é ancorada pelo Soneto XC dos Cem Sonetos de Amor.
Eu sonhei que tinha morrido: que sentia o frio perto de mim;
E tudo que sobrou em minha vida era marcado pela sua presença.
Shadowcrest.
Só o nome já lhe trazia um arrepio. Quase como se dedos gelados corressem por sua nuca. Havia um nó em sua garganta, consistente e latejante, mas o silêncio mortal era muito atraente para fazer qualquer barulho.
Shadowcrest brilhava na noite escura. No conforto do banco de couro de seu carro, Oliver Queen abriu a mão, as unhas mordendo o couro do assento. Ele lambeu os lábios à repentina secura em sua boca. Estava longe de ser um dos arranha-céus que ele comprava depois de uma cuidadosa inspeção que demandava meses e um exército de engenheiros. Sem vistoriar nada, Oliver passou o dinheiro para a dona só por causa do nome.
E agora Shadowcrest estava ali no final de sua lista de bens, uma magnífica casa antiga que drenou dinheiro de suas contas - inúteis, como a maior parte de sua vida tinha sido. Não eram nem suas próprias memórias. Era a casa de uma família ancestral que não suportou o próprio poder e eventualmente perdeu tudo.
"Shadowcrest é uma âncora", foi sua razão para comprar. Mas fazia tanto tempo que ele tinha assinado os papeis e entregue a um advogado que os passou a outro.
Uma âncora. Era uma boa frase de marketing para homens como ele, e Oliver nem sabia porque.
Talvez ele precisasse de uma âncora quando jogou dinheiro na propriedade. Mas havia muito em risco agora, outros projetos que ele precisava financiar. Não havia necessidade de perder dinheiro em impostos e manutenção de um lugar que não passava de um capricho.
Do lado de fora ele ouviu o trovão perturbar a noite tranquila. Ele olhou pelos vidros escuros do carro e viu o relâmpago iluminar o céu antes de outro estrondo vibrar pelo chão. Dentro de um segundo chovia tão forte que ele duvidava que o motorista conseguisse enxergar um palmo.
"Sr. Queen", começou o motorista.
"Encosta", Oliver instruiu. Não havia necessidade de arriscar sua vida ou de quem trabalhava para ele. Shadowcrest estava morto e sangrando afinal. Não importava se houvesse atraso de uma ou doze horas.
Três horas depois e Oliver estava feliz que estivessem em um aclive, porque a chuva era dura e forte quando começou. Ele xingou Gotham pelo que ele sabia ser uma praga da própria cidade. Ele odiava o clima dali, desejava que estivesse em casa onde o sol era sentido até no frio da noite. Era fácil ter outras atividades numa noite quente. Gotham era o inferno na terra, e ele não tinha dúvida que as pesadas gotas d'água eram de fato pedaços de gelo.
"Já passa da hora do jantar, Sr. Queen", veio o lembrete gentil do assento do motorista. "Eu tenho um sanduíche que foi feito pela cozinha. Pode comer se estiver com fome."
Mas ele nunca sentia fome. Oliver não sabia porque. Era algo que ele nunca verbalizava, porque num mundo que não sabia quem ele era, a declaração seria distorcida em outra proclamação egomaníaca de um bilionário ao invés de uma anomalia gástrica.
"Eu tenho meu conhaque. Estou bem", Oliver declarou. Ele pegou a garrafa e serviu uma taça. Oliver a estendeu para o motorista, dando um risinho da responsabilidade que ele tinha nas veias em entregar álcool potente ao homem com o volante nas mãos. "Aqueça-se", ele disse ao motorista. "Um gole não vai fazer mal. Até a chuva parar já terá saído do seu sistema."
O homem recebeu o conhaque com um aceno de cabeça em agradecimento.
"John, certo?"
"Giovanni", o motorista disse a ele. "Mas todo mundo me chama de John."
Oliver assentiu de volta e se serviu de uma dose tripla. Ele virou o copo de uma vez na boca. O copo gelado contra seus lábios e seus olhos se fecharam. Oliver suspirou. O conhaque desceu queimando sua garganta.
Era como fogo - quente como o inferno. Ele arfou. Seus olhos se abriram e em vez do teto cinza do carro, Oliver se encontrou olhando para chamas e uma pesada nuvem de fumaça. Ele ouviu seu nome sendo chamado à distância, e quando se virou na direção da estranha e familiar voz ele não viu nada além de fumaça e uma silhueta atrás.
Ele procurou, sabendo que precisava olhar à esquerda, para o chão. Um borrão tingido de vermelho e azul passou em sua frente, atravessando as chamas. O chão ao seu lado estava vazio, salvo por uma poça de sangue escuro nos cantos onde, ele percebeu, olhando para o couro verde cobrindo sua perna, ele ajoelhara.
Um arco descartado ao seu lado. Sua garganta estava seca, completa e totalmente destruída, e era mais do que fumaça que a rasgava. Ele não conseguia falar, mal respirava. Mas ele estava sozinho então, e não havia necessidade de dizer uma palavra novamente.
Oliver olhou para sua mão em punho e reconheceu que ele segurava a coluna de aço de uma flecha. Sua mão estava nua, sem luvas, sem proteção. Mas estava quente, grudenta, escorregadia e macabra. Ele soltou a flecha num susto, então estendeu a mão na direção das chamas. A flecha bateu no chão, fazendo mais barulho em seus ouvidos do que as vigas caindo ao seu redor.
O brilho das chamas iluminou sua pele. A garganta de Oliver doeu à visão. Sangue. Por toda sua mão, pintando seus pulsos como se tivesse se lavado com sangue fresco.
Oliver pulou no assento. Seu olhar correndo ao redor e se encontrando sentado no banco traseiro do carro. A chuva torrencial tinha diminuído de alguma forma. Ele encontrou os olhos curiosos do motorista pelo retrovisor.
"Que bom que o senhor conseguiu cochilar, Sr. Queen. Vamos voltar para a estrada daqui a pouco."
Oliver assentiu. Seu coração disparado se acalmou. Ele levou o conhaque a boca novamente e tomou um gole, matando a fumaça que imaginava ainda queimar seu interior, queimando o cheiro de fogo e sangue que tomava seus sentidos.
Conforme prometido, o carro voltou a andar. O aclive estava escorregadio e perigoso na chegada a Shadowcrest.
A venda fora simples e rápida. Ele nem chegou a inspecionar o lugar que procurava para um projeto que iria consolidar sua posição na empresa. Mas a garota foi até ele no final de um dia de trabalho com um balanço nos quadris que um homem de sua idade não podia negar.
"No final de sua vida, quem você quer ser?" ele lembrava da garota ter lhe perguntado. "Meu pai queria ser lembrado por tudo que ele tinha habilidade de fazer. Esse era o significado de Shadowcrest." Zatanna. O nome da garota era Zatanna. E como uma herança valiosa que Shadowcrest era para sua família, a garota estava ansiosa demais para vendê-la - e somente para Oliver Queen.
Oliver certamente entendia o que ela valorizava. Ele precisava fortalecer seu lugar na empresa porque era o trabalho da vida de seus pais.
Oliver se sentou na frente da garota enquanto falavam de negócios no restaurante de um hotel. "Eu sou muito jovem para responder sua pergunta, não acha?" ele devolveu.
"Você respondeu minha pergunta antes, Sr. Queen", ela retornou, sua voz enigmática, o sorriso bem longe disso. "Acredite em mim."
Oliver deu risada, sabendo que a garota provavelmente conseguiria vender o que quisesse com aqueles lábios vermelhos e pernas intermináveis. "Você está me dizendo que já nos conhecemos antes?"
O dar de ombros foi mais esclarecedor do que o aceno de cabeça. "Talvez em outra vida. Talvez eu te fiz essa mesma pergunta. Talvez você respondeu, e por isso você esteja aqui."
"Talvez você esteja flertando maravilhosamente bem e esteja funcionando, porque eu estou prestes a pegar meu talão de cheques."
Ela segurou a mão dele e apertou gentilmente. "Shadowcrest significa muito para mim, então eu preciso saber que você a merece. Meu pai perdeu os últimos anos de sua vida e tudo que ele deixou está em Shadowcrest." Seus olhos brilhantes o deixavam imóvel, e a diversão sumiu de seu peito. "Eu perguntei uma vez e você me deu uma resposta que eu respeitei. Eu estou perguntando de novo, Sr. Queen. Se hoje fosse o último dia da sua vida, o que você ia querer?"
Por sua vida, ele não conseguia responder aquela pergunta.
"Casamento", ela sussurrou. "Casamento e filhos."
E ele não pôde deixar de sentir que ela sabia demais, vira demais, observara demais.
"Ou você pediria por mais alguns anos, quando chegar ao fim?"
O garçom passou e voltou a preencher a xícara de café na frente de Oliver. Oliver abriu o guardanapo e então mergulhou um torrão de açúcar na xícara.
"Que seu nome nunca seja esquecido", ela acrescentou.
Os olhos dela brilharam em direção a mão ociosa dele. E então Zatanna assentiu. "Eu vou pedir para meu advogado entrar em contato com o seu, Sr. Queen." A garota se levantou e se afastou, como se fosse ela quem estivesse lhe fazendo um favor, e não ele quem estivesse prestes a lhe dar alguns milhões.
Ele olhou para baixo e percebeu que estava apertando o garfo com tanta força que os nós dos dedos estavam brancos.
Enquanto entravam no lote de Shadowcrest, as luzes se acenderam. Oliver contemplou a mansão que, apesar de sua grandiosidade, mal se comparava a dos Queen ou dos Wayne. Ele não esperou o motorista abrir a porta. Oliver a abriu e sentiu o ar frio em sua pele. Ele caminhou até os degraus e os subiu correndo, então empurrou as pesadas portas, abrindo-as.
O lugar tinha um cheiro almiscarado, abandonado por tanto tempo que teias de aranha pesavam teto abaixo.
"Eu posso te ajudar. Eu não ofereceria isso a ninguém, Oliver, mas eu te devo. Diz pra mim", veio o sussurro tentador em seu ouvido. Oliver girou e se encontrou parado sozinho na entrada. Ela tinha lhe perguntado antes, ela disse. Uma vez, em outra vida, ela tinha lhe perguntado e ele tinha respondido. "Você teve uma vida boa", vieram as palavras de Zatanna, suaves e gentis, seus dedos gelados em sua testa quente.
Oliver lentamente se afastou da entrada, saiu pelas portas pesadas, até mais uma vez estar parado nos degraus. Fechou a porta. Ele se virou e encontrou o motorista que tinha acabado de sair do carro. Objetivamente, Oliver disse, "Vamos voltar para a cidade."
~o~o~
Tudo ao redor dela estava queimando.
Chloe Sullivan tinha sobrevivido a uma dúzia de finais do mundo, só para terminar assim. A dor tomava conta de seu interior, queimando e torcendo em um lugar central. Seus intestinos romperam à sensação, e logo um arrepio brigou com a dor que queimava. Suas mãos tremeram. Mal conseguia respirar. Ela engasgou, ruidosamente e ouviu o gorgolejar em sua própria garganta enquanto sangue borbulhava e se derramava pelo canto de sua boca. Ela observou enquanto o sangue pulsava de seu estômago e inundava o punho dele.
Chloe piscou para espantar a névoa em sua visão e quando a clareou, através da pesada fumaça de dor e medo, ela viu que ele segurava uma flecha, enterrando-a em sua barriga.
O cheiro metálico de sangue preencheu seus sentidos. Ela mexeu os pés. Chloe agarrou os braços dele e lentamente levantou seu olhar e encontrou os olhos dele cobertos. Lentamente ela estendeu a mão e puxou os óculos escuros que os cobriam.
Os olhos do assassino eram castanhos, líquidos. Eram a última coisa da qual ela se lembrava antes de sentir a arma girando em sua barriga, e ela caiu em seus braços.
Quando acordou do pesadelo, ela tremeu. Ela empurrou o cobertor pesado e ainda tremia. O mundo queimava no pesadelo, mas ela estava fria e se perguntava se era o céu ou o inferno que podia ser tão gelado no meio de todo aquele fogo. Pelo menos ela sabia que a morte era fria. Chloe olhou para o relógio e viu a hora, então mal conseguindo se equilibrar, desceu da cama sobre joelhos trêmulos.
Ela entrou no banheiro e mergulhou embaixo de uma forte ducha. Chloe abaixou a cabeça e esfregou o corpo. Ela correu os dedos pelo estômago e engoliu seco, ainda sentindo a dor que lembrava do pesadelo.
Aqueles olhos de seu assassino. Ela nunca iria esquecer.
O telefone tocando mal penetrou o som da água correndo, mas Chloe ficava sempre muito alerta nos momentos que seguiam os pesadelos. Chloe desligou o chuveiro e foi até a janela. Ela viu o conversível esperando do lado de fora e acenou. O telefone parou. Chloe vestiu uma saia preta de cintura alta e uma blusa de seda amarela.
Ela tinha uma mão na maçaneta quando o telefone tocou novamente. Chloe correu de volta à cama e rejeitou a ligação, então sorriu quando a mensagem apareceu a relembrando que ela ia esquecer o telefone.
Chloe atravessou o Talon correndo e a rua com um sorriso, mostrando o telefone. Ela entrou no banco do passageiro, balançando a cabeça. "Você realmente me conhece muito bem."
O sorriso dele era charmoso, e ela deu risada quando ele deu de ombros. "Acho que a verdade fala por si só. Eu vi você voltar para pegá-lo."
"Certo", ela decidiu. "Mas eu não vou admitir em voz alta."
"Tudo bem", ele respondeu.
Chloe soltou o telefone dentro da bolsa, então olhou de volta para ele com um sorriso. Ele ergueu as sobrancelhas. "Tem alguma coisa no meu rosto, Chloe?"
Ela balançou a cabeça, então se recostou no assento. Lex ligou o carro e dirigiu para o castelo. Eles pararam na porta, e Lex jogou as chaves para um dos homens que esperavam. Chloe saiu do carro sem querer que ele abrisse a porta para ela. Quando ele olhou com sobrancelhas erguidas, Chloe ergueu o queixo em desafio.
Ele caminhou ao lado dela. Antes que ele pudesse falar, ela disse, "Até onde eu sei ele tem câmeras na gente."
Então eles entraram no castelo juntos. Café da manhã tinha se tornado tradição desde que Lionel lhe dera uma coluna no jornal quando ela estava no colégio, e cinco anos com os Luthors tinham lhe ensinado muito sobre a interação que ela esperava de pai e filho. Chloe engatou uma conversa com Lionel sem quase nenhuma pausa. No momento, ela não se esforçou em envolver Lex porque isso causaria certa tensão.
De fato, Lionel mal esperava que o filho interagisse casualmente com a garota que ele considerava uma mentora.
Quando Lionel ofereceu um carro para levá-la para a faculdade, Chloe olhou para Lex. "Você vai para a cidade hoje, Lex?" Quando Lex assentiu, Chloe se virou para Lionel e rejeitou a oferta. "Acho que vou começar a ter atitudes verdes." No final da frase, Chloe se perguntou porque as palavras a deixaram resfolegante. "Apenas por questões ambientais."
Lionel a olhou com diversão, e Chloe reconheceu o prazer em seu rosto quando pensou estar importunando o filho.
Chloe e Lex compartilharam o caminho até Metrópolis. As três horas de estrada lhes deram a chance de trocar algumas novidades que Lex achou serem seguras. Os carros dele, pelo menos, certamente não estavam grampeados.
"As evidências estão num lugar seguro?" ele perguntou.
Evidências importantes a ponto de poderem colocar Lionel na cadeia para sempre. "Até que as liberemos para as autoridades, elas estão completamente seguras."
Lex assentiu. Chloe se maravilhava com a força de vontade que ele exibia a cada passo que davam. No lugar dele, ela teria gritado 'assassino' e garantido que Lionel nunca mais dormisse sob o mesmo teto novamente. Mas enfim, sua única experiência com a paternidade era seu próprio pai e Jonathan Kent. Ela não ia presumir que sabia como Lex se sentia sobre Lionel.
O carro parou num semáforo em frente ao Museu de Metrópolis. Chloe suspirou e checou o relógio. "Eu vou me atrasar", ela disse distraída.
"Por isso eu fico dizendo para você se mudar para Metrópolis."
Chloe revirou os olhos. O homem tinha sempre que estar certo. Ela viu o outdoor pelo espelho lateral. O outdoor mostrava a fotografia de um enorme sarcófago e outros artefatos e murmurou, "Um Conto de Amor Eterno." Era a exibição que o museu estava prestes a abrir. "Que romântico."
Lex checou seu próprio espelho e assentiu. "Eu li alguma coisa sobre. Queen está patrocinando o projeto. Deve estar expandindo seus hobbies."
"Você o conhece?" Chloe perguntou, endireitando-se no assento. "Porque eu adoraria conseguir ingressos."
Lex grunhiu. "Frequentei o colégio com ele. Mas mesmo que não o conhecesse, podemos te conseguir ingressos. Eu sou Lex Luthor", ele pontuou. Chloe deu risada. "E é uma propaganda falsa. Não é romântico tanto quanto é macabro. Osíris foi cortado em catorze pedaços e Ísis moveu céus e terras para juntar todas as partes de seu corpo para que ele pudesse viver de novo. E essa é a parte menos horrorosa da história."
"Ísis era uma deusa. Ela tinha escolha. Ela podia ter seguido em frente. E não o fez. Ela moveu céus e terras por ele. Eu acho que é romântico", ela disse. "Eu quero ir."
O semáforo ficou verde e Lex dirigiu até pararem perto do prédio onde ela estudava. "Vá às compras, embora eu não faça ideia de como você vai encontrar algo para vestir em tão pouco tempo. É um baile de gala."
Chloe brilhou. "Você não tem uma prima chamada Lois Lane." Ela se inclinou e deu um beijo em sua bochecha. Com tudo que estava acontecendo, ela precisava de uma pausa - mesmo que fosse na forma de um baile de gala em um museu.
Lex tirou o cinto e virou a cabeça para que pudesse retribuir o beijo. Chloe colocou as mãos em seus ombros. O poder que ela tinha nas mãos a entusiasmava. Mais do que qualquer outra coisa no mundo, ela sabia do que ele era capaz. E ela estava feliz em estar do lado certo.
Ela ia se atrasar para a aula mesmo. Quanto mais cedo dissesse a ele, mais cedo esse peso sumiria de seus ombros.
"Lex", ela arfou. Lentamente ela se afastou para que pudesse encontrar seus olhos. "Eu preciso da sua ajuda."
Ao ver a expressão sombria no rosto dela, ele se recostou e assentiu. Chloe não esperava menos. Quando era mais nova ela pediu ajuda e ele não negou. Agora ela vinha escrevendo para o Planeta Diário há anos por cortesia de Lionel Luthor. Ela cruzou com as evidências contra seu benfeitor e até que pudesse usá-las, Lex era seu protetor.
"Qualquer coisa", foi a resposta dele. "É o meu pai?"
Pode não ter sido escolha sua. Foi uma escolha feita por ela por seu melhor amigo quando ele se afastou, pensando que Chloe tinha escolhido Lex Luthor em vez dele. Mas Lex parecia estar preparado para enfrentar qualquer ameaça do mundo por ela, e ela não se arrependia do jeito como as coisas tinham acontecido.
Chloe balançou a cabeça. Relutante, ela admitiu. "Eu não sei como começar."
"Você confia em mim?"
Ele já salvara sua vida. E desta vez, eles estavam embarcando numa missão perigosa juntos. A missão derrubaria o grande mal que era o pai dele. "Eu tenho uma forte suspeita de que seu pai matou o meu", ela sussurrou. Em seu esforço de provar, ela estava indo fundo nas pesquisas sobre a vida dos Luthor. "E eu estou no seu carro. O que você acha?"
Lex apertou os lábios. Eles tinham falado sobre o desastroso fertilizante de plantas e os vários funcionários que foram mortos e a comoção que se seguiu.
"Eu acho que minha vida corre perigo."
Em vez de duvidar, Chloe sentiu Lex ficar tenso. "Eu posso conseguir um esconderijo para você, Chloe. O que te faz pensar que você está em perigo?"
Ela respirou fundo. Ela não lembrava muita coisa do pesadelo, mas lembrava dos óculos escuros, dos quentes olhos castanhos, do jeito que a mão dele segurava a flecha com firmeza e a enfiava em sua barriga.
"Eu não sei", ela sussurrou. As chamas eram escaldantes e o arrepio em seus ossos tinha sido tão real. E mesmo então, Chloe se perguntou porque na hora da morte ela queria segurá-lo com tanta força, imaginado como seria quando seus lábios descansassem sobre os dele. Ela pensou ter respirado pela última vez contra o pescoço dele. Ele estava tão disposto a abraçá-la quando ela morreu.
Mas ele a matou. Ela tinha visto seu próprio sangue na mão dele com a mesma certeza que via aqueles olhos a assombrarem mesmo agora.
"Mas eu sei que ele está chegando", ela sussurrou, e apesar da força e do propósito que tinha mostrado na busca por derrubar Lionel Luthor, Chloe tinha certeza que podia ser um pouco vulnerável na frente de Lex. "Eu não sei quem ele é, mas eu preciso que você me proteja dele."
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DOIS
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Mas ele a matou. Ela tinha visto seu próprio sangue na mão dele com a mesma certeza que via aqueles olhos a assombrarem mesmo agora.
"Mas eu sei que ele está chegando", ela sussurrou, e apesar da força e do propósito que tinha mostrado na busca por derrubar Lionel Luthor, Chloe tinha certeza que podia ser um pouco vulnerável na frente de Lex. "Eu não sei quem ele é, mas eu preciso que você me proteja dele."
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DOIS
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Bom, pessoal, esta é a fic que escolhi. Eu já tinha traduzido outra e mudei de ideia... Espero que gostem, pois esta não é das mais fáceis, mas acredito que valerá o esforço.
ResponderExcluirIa postar só amanhã, mas depois desse jogo... Estamos precisadas...
Outra recomendação: Vcs assistem Grimm? Se não, recomendo para espairecer... Embora comece mais ou menos, da metade da primeira temporada para lá só melhora, bem como seu protagonista que consegue desenfeiar e ficar cada vez mais lindo!!!
E se alguém tiver mais dicas, agradeço, rs...
Beijos.
Sofia que fic mara é essa? Li agoniada e confusa e é assim que eu gosto kkk
ResponderExcluirEu sei que é contraditório, mas adoro ficar tensa nas fics lol
Desde que tenha um final feliz para compensar eu fico numa boa!
Fiquei confusa com algumas partes, vou reler mais tarde. Chloe e Oliver não se conhecem nessa realidade mas em uma paralela se conheciam, é isso?
Chloe afastada de Clak, amiga do Lex, de armação para o lado de Lionel... São tantas coisas!
Quando ela entrou no carro fiquei esperando ser o Oliver dirigindo. Magoei rs
Não assisto não, mas vou aceitar a sugestão, já que no momento não estou acompanhando nada e tenho ficado só na saudade de Game Of Thrones.
Bom, obrigada por ter adiantado a fic como forma de alegrar nossos corações de torcedor humilhado rs
Bjs
Ela é meio confusa, eu li várias vezes em inglês para entender. É que começa no tempo presente, depois vai para o passado... depois volta para o presente... E a escrita desta autora é realmente difícil... Então, vou contar com a aposta de vocês e a confiança de que vale a pena ler esta história, rs...
ExcluirNa verdade esta realidade onde eles não se conhecem é a paralela. A outra é a que vimos em Smallville, no próximo capítulo mostra o que aconteceu depois que ela voltou de quando fez a troca por ele lembra? E aí vai explicar porque existe esta realidade em que eles não se conhecem...
Acho que depois do segundo capítulo fica tudo mais claro...
Confesso que também gosto de fics que me deixam tensa... rs... E sim, tem final feliz, claro...
Bem, pessoal que estiver se arriscando, qualquer dúvida me perguntem...
Eu assisto GOT, mas de vez em quando gosto de uma coisa mais leve, então antes eu tinha Merlin, mas depois que acabou fiquei meio orfã... Comecei a assistir Grimm, mas desisti. Aí vi que a série continuava a ter renovações e li que tinha melhorado muito. Então resolvi apostar e sinceramente, estou amando. Tem as duas primeiras temporadas no Netflix...
ExcluirEu também gosto de algo mais levinho para relaxar, mas faz tempo que não me apego a uma dessas. Vou tentar essa que você citou.
ExcluirObrigada po explicar, comecei a me situar mas não tinha entendido que a iutra realidade é a que vimos em Smallville. Gostei!
ExcluirPosso imaginar o trabalho que você teve para traduzir essa escrita complexa aí.
Tive trabalho, mas eu simplesmente amo esta autora. Uma das melhores histórias Chlollie que eu li sobre o Oliver sendo tomado pela escuridão é dela, pena que ela abandonou a história e nunca mais escreveu nada Chlollie. Porém, acho que inglês não é a primeira língua dela, então algumas vezes tem coisas que são erros gramaticais, dificulta muito e o estilo dela também não é nada fácil. No primeiro capítulo desta história postado no Livejournal, o pessoal também ficou confuso, mas no fim, deu tudo certo... dedos cruzados, rs...
ExcluirPor falar em histórias largadas pelas autoras, tem uma que eu fiquei aguando porque tinha uns 25 capítulos e a autora largou quando faltava só 2. Era uma que o Oliver reencontra a Chloe e seu filho uns sete anos depois dela ir embora. Fic difícil mas muito bem escrita, não me conformo da autora não ter dado um final feliz para eled, principalmente para o Oliver que sofreu tanto.
ExcluirSe eu dominasse a escrita faria eu mesma o desfecho kkkk
Teve outras fics mas essa foi mais frustrante porque ficamos somente a dois capítulos do happy end.
Apesar disso não me arrependo de ter lido, a fic é muito boa e eu ainda posso imaginar como seriam os capítulos esquecidos :)
Ah é verdade, In Our Hands... frustração total! Além dessa tem mais duas que considero sensacionais, mas foram abandonadas nos primeiros capítulos. Tristeza sem fim... :-(
ExcluirAiPaiEterno!!
ResponderExcluirMeu coração de torcedora sofriiida já tá todo dorido!! É vidas passadas, é?!! Se é, lencinho que nada, vou já fazer um estoque de caixas de lenços aqui!! hahaha
Mas, sério, não posso me importar menos, tem como não adorar todo um drama/angústia/tensão Chlollie quando somos presenteados com um final feliz? Incrível... =)
Já quero mais, Sofia... super ansiosa pra entender tudo isso!!
GIL
Corrigindo:
Excluir*doLOrido
GIL
Sim, GIL é mais vidas passadas do que realidade alternativa... Que bom que gostou, uhu \o/ Posto mais amanhã... ok? Beijos.
ExcluirSofi vc é incrível msm juro que lo esse capitulo ingles mas desisti do resto pq n entendi nda voei total mas assim traduzido é lindo demais kkk é meio confuso mas mó decorrer da historia a gente fica mais esperto :)
ResponderExcluirMuuuitoobrigada por postar hoje e melhorar pouco esse dia terrível :/
Beijooo
Ja quero mais!
Jami
Eu li e reli e desisti várias vezes de ler essa história em inglês, mas quando consegui passar do primeiro capítulo, ela sempre ficou na minha lembrança. Na verdade eu traduzi outra para postar este mês, tem quase trinta capítulos, só falta revisar, rs... Mas aí, eu lembrei desta aqui, achei mais forte, mais impactante, não sei, sou suspeita pq gosto de tudo desta autora. Acho legal um texto mais complexo que deixe a gente em dúvida, com a pulga atrás da orelha sabe? Então, espero que goste de como a história vai se desenrolar e amanhã posto o capítulo dois, e acho que um lencinho se faz necessário... Esta fic tem vários momentos emocionantes, pelo menos pra mim... Beijos.
ExcluirVcs sempre acertam nas escolhas então estou super ansiosa pro próxima :)
ExcluirMas ess de 30 capítulos fiquei com vontade hahahahaha
Beijoooo
Jami
Jami, acredito sim que vocês também vão gostar desta... Sim, quase trinta capítulos... Em breve... :D
ExcluirSofia, minha linda, você jura, jurando por tudo que é sagrado que já tem uma fic de quase TRINTA capítulo prontinha pra gente???!! =DDD
ExcluirTe abraçaria agora se pudesse!! Hahaha
Esta é a autora de Legends, né??!! Muito bom, texto forte, intenso e emocionante... adoro!!
Mais ansiosa que nunca!!!
GIL
Sim, GIL, prontinha, só falta revisar... :DDDD
ExcluirEsta é autora de Legends e eu também amo. Os textos dela são isso mesmo, fortes, muitas vezes um soco no estômago... A que ela abandonou era a melhor de todas, uma pena... Amanhã posto o próximo capítulo...
nao sei se entendiii ....tó confusa
ResponderExcluiremilia
Li duas vezes, veja se consigo te ajudar, Emilia eSofia, veja se estou certa.
Excluir- Começa no tempo atual, Oliver contando como comprou Shadowcrest, a mansão da Zatanna.
- Quando entra na mansão, ele tem um lampejo, uma memória da vida passada, onde ele está num lugar em chamas.
- Dentro da mansão, que ele está visitando pela primeira vez, ele ouve a voz de Zatanna, lembrando-se da pergunta que ela lhe fez, o que ele queria no fim da vida... Ela dá a entender que já fez essa pergunta a ele (na vida passada) e para atender o que ele respondeu na vida passada, ele precisa comprar Shadowcrest.
- No tempo atual, ele parece sentir um vazio, como se vivesse sem propósito.
- A Chloe do tempo atual está associada a Lex, está ajudando ele a derrubar Lionel e tem sonhos com o que aconteceu na vida passada. Ela está rodeada por chamas, igual ao que Oliver sonhou...
- Ela tem provas contra Lionel, e no sonho ela é assassinada e a única coisa da qual se lembra é dos olhos dele olhando para ela. Ela pensa que talvez o assassino seja mandado por Lionel..
Será que entendi direito, Sofia? Ajuda a gente. Mas apesar de ter esse começo difícil devo confessar que amei, gosto de história assim escrita de forma mais intrigante... Estou amando e se aconteceu o que estou pensando, vou precisar de lencinho...
Fabiana
Fabiana, seu resumo está PERFEITO. É isso mesmo. Não sei se ajuda, pessoal, mas alterei para itálico as lembranças ou sonhos da vida passada... O próximo capítulo vai explicar o que aconteceu...
ExcluirSó que o sonho acontece quando ele adormece no carro e não quando ele entra na mansão...
ExcluirLegal Fabiana, parece ser isso aí mesmo :)
ExcluirGente, gente, GEEEEEEEEEENTEEEEEEEEEE
ResponderExcluirQue fic é essa????? Nunca ouvi falar, nunca li, mas já tô viciada!!!! Deu pra sentir que não é uma leitura fácil, mas eu adoro um capítulo intenso, daqueles de ficar sem fôlego... E parece que essa fic promete vários capítulos assim!!!!