Beauty In The Breakdown XI - Baby Love (parte 1)

Título: Bebê Querido
Resumo da série: Com Oliver ao seu lado, Chloe aprende a se libertar, encontrar a paz e se apaixonar.

Resumo da história:  Seguindo a perda de seu amado bebê, Chloe e Oliver encontram o caminho de volta a um lugar de amor e esperança.

Autora: babydee1

Classificação: NC-17

Banner: chleansmile

Histórias anteriores:

Beauty In The Breakdown I - Letting Go

Beauty In The Breakdown II - Taking Hold

Beauty In The Breakdown III - Reaching Out

Beauty In The Breakdown IV - Falling In

Beauty In The Breakdown V - Feeling Good

Beauty In The Breakdown VI - Private Chats

Beauty In The Breakdown VII - Sacred Words

Beauty In The Breakdown VIII - Living Life

Beauty In The Breakdown IX - 'Fessing Up
Beauty In The Breakdown X - Snow Angel

"Querido?" Chloe chamou. "Você chegou na hora certa. Venha provar isto pra mim, diga o que acha."

Oliver caminhou até a cozinha e olhou por sobre o ombro de sua mulher. "É daquela massa que estou sentindo o cheiro?" ele perguntou, fungando experimentalmente. 

"Feita do zero", ela anunciou orgulhosa. "Eu até enrolei a massa sozinha."

"Mentira!"

"Aham. Segui a receita da nonna ao pé da letra, acrescentei um ingrediente misterioso, e estou bem satisfeita com o resultado, mesmo sendo suspeita para falar."

Ele sentiu a fragrância subindo com o vapor da panela e sorriu. "Deus, o cheiro está muito bom."

"O sabor está ainda melhor." Ela serviu uma concha em um prato e soprou a fumaça antes de entregar a ele. "Frango, salsicha e penne tudo cozido num cremoso molho de tomate", ela disse triunfante. "Quer experimentar?"

Ele lhe deu um olhar malicioso. "Bella, eu sempre quero experimentar seu molho."

Ela deu uma risadinha e um tapinha no braço dele. "Pára! Aqui, experimenta..."

Ela levou a colher até os lábios dele, e ele provou, os olhos se fechando enquanto mastigava com gosto. 

"Bem", ela perguntou, a voz com um tom de nervosismo e ansiedade.

Oliver engoliu, então abriu os olhos e sorriu. "Não conte a nonna, mas a sua receita acabou com a dela."

Os olhos dela se iluminaram. "Sério?"

"Sério. Qual é o segredo?"

"Eu acrescentei um ingrediente misterioso. Um quarto queijo."

"Huh. Então nós temos parmesão, mussarela, cheddar... e...?"

Ela sorriu abertamente. "Emmental."

Oliver olhou pra ela maravilhado. "Onde está minha mulher, e o que você fez com ela?"

"Eu disse que aprenderia a cozinhar", ela respondeu.

"Ei, eu vou receber o crédito por isso, porque até você tem que admitir que suas habilidades culinárias malucas só apareceram quando você começou a propagar meu DNA", ele disse, descansando a mão na barriga dela. "Como minha garotinha está hoje?"

"Ela está bem", ela respondeu, sorrindo. "Não está chutando tanto quanto está se esticando e tentando encontrar um pouco mais de espaço para o cotovelo."

"E seus pés?"

Ela mexeu os dedos e fez uma careta. "Calcanhares doendo um pouco, pois estou de pé há umas duas horas."

"Bem, neste caso..." Oliver a pegou no colo e a carregou até a sala. "Você vai colocar os pés pra cima, meu amor, e eu vou servir o jantar."

Chloe sorriu e se esticou enquanto ele a colocava no sofá. "Mmm. Gosto dessa ideia."

Oliver a beijou profundamente, os dedos correndo pelo cabelo dela. "Eu também. Volto já."

***

Oliver cantarolava suavemente enquanto servia a mesa para os dois. Ele sorriu ao ver seu reflexo no espelho, a felicidade em seus olhos alegrando ainda mais seu coração.

Ele parecia um homem que tinha tudo. E ele tinha; uma empresa multi-bilionária, uma vida relativamente tranquila para alguém que era uma figura pública, amigos super poderosos na agenda telefônica, uma bela casa, uma esposa maravilhosa, e uma filha saudável a caminho, que iria nascer dentro de algumas semanas. 

Ele nunca esteve tão feliz. Era estranho se lembrar do quão perto chegou de desistir de tudo.

***

Doze Meses Atrás

"Tem alguma coisa te incomodando, querido. O que é?"

Oliver olhou para sua esposa e franziu a testa. "Nada. Por que a pergunta?"

Ela sorriu e beijou a ponta de seu nariz. "É meu trabalho saber como você está se sentindo. E agora, eu sinto que você precisa conversar."

Ele suspirou. "Bem, sim, mais ou menos... mas pode esperar até amanhã, não se preocupe com isso."

"Eu sabia." Ela começou a se sentar e ele imediatamente tentou impedi-la.

"Querida, já estamos na cama, e você parece cansada", ele protestou. "Pode esperar. Mesmo."

"Eu não consigo dormir se você não consegue dormir, você sabe disso", ela respondeu, acendendo o abajur. "Fala comigo, querido. Conta o que está em sua mente."

Ele fez uma cara estranha. "Não acho que você vai gostar."

"Deixa que eu decido isso", ela respondeu. "Bem?"

Oliver respirou fundo e tremulamente. "Eu acho que não devemos ter filhos, Chloe."

Chloe ficou em silêncio por um tempo. "Não posso dizer que estou surpresa", ela disse. "Mas você pode ao menos explicar por quê?"

"Depois do aconteceu da última vez, acho que é muito arriscado."

"Oh, querido." Chloe pegou as mãos dele e apertou gentilmente. "Perder nosso primeiro bebê foi devastador, mas você ouviu o que Lola disse; podemos tentar novamente assim que estivermos prontos. E da próxima vez, vamos fazer tudo diferente; vamos saber quando o bebê estiver a caminho, então poderemos cuidar melhor dele."

"Mas eu vou conseguir cuidar de você?" ele perguntou. Uma imagem dela sentada na cama rodeada de lençóis ensanguentados surgiu em sua mente, e a dor retornou. "Não acho que consigo passar por tudo aquilo de novo."

"Não vai acontecer de novo, Ollie. Podemos fazer isto."

"Eu não quero arriscar sua vida, nem que seja por um bebê", ele disse. "Perder nosso primeiro foi agonizante, mas por mais doloroso que tenha sido, eu posso aceitar. Se eu perder você..." ele parou e fechou os olhos. "Vai acabar comigo."

"Você não vai me perder", ela prometeu.

Ele bufou. "Eu também achei que não perderíamos nosso bebê. Olhe o que aconteceu."

"Não tem como saber se vai acontecer de novo."

"Nem como saber que não vai acontecer."

"A vida é assim, querido, não podemos controlar tudo!"

"Exatamente!" ele exclamou. "Eu perdi minha família inteira uma vez, Chloe. Não vou deixar acontecer de novo."

"E como você planeja fazer isso, hum? Nunca mais transar comigo de novo para me impedir de engravidar?"

"Chloe--"

"Ou fazer uma vasectomia e me deixar na ignorância me perguntando porque nada acontece mês a mês?"

"Eu jamais faria isso com você!"

"Não podemos deixar o medo de outro aborto nos impedir de ter a vida que prometemos um ao outro, Oliver", ela disse, segurando o rosto dele em suas mãos. "Eu entendo o que você está sentindo agora, você perdeu sua família uma vez, e o pensamento de acontecer de novo te aterroriza. Mas viver cada dia com medo de que algo ruim possa acontecer não é a resposta."

Oliver suspirou profundamente. "Eu queria ter certeza que nada de ruim vai acontecer", ele sussurrou roucamente. "Eu odeio não poder te prometer que tudo vai ficar bem."

"Ninguém sabe os desafios que a vida pode apresentar", ela sussurrou. "Lembra do que você disse no dia do nosso casamento? Não importa que em que tempestade nos encontremos, vamos lutar juntos, como um só. Mas não podemos viver nossas vidas apenas esperando a tempestade surgir. Precisamos tomar as rédeas nas mãos, e viver a vida ao máximo."

"Mesmo que isso vá deliberadamente colocar sua vida em risco com uma gravidez?"

Chloe suspirou. "A maioria das mulheres tem bebês saudáveis após um aborto."

"Eu não estou casado com a maioria das mulheres."

Chloe balançou a cabeça. "Oliver, você não vai me perder."

"Você não sabe disso."

"E se nunca tivermos outro bebê, nunca saberemos a felicidade que estamos jogando fora", ela contrapôs.

Ele balançou a cabeça. "Chloe..."

"Eu não vou te apressar, nem tentar te convencer que ter um bebê vai ser bom pra gente, nem vou te forçar a nada", ela respondeu. "Quando você quiser fazer isso, me avise. Ok? Tudo no seu tempo."

Ele respirou fundo. "E se eu nunca estiver pronto?"

"Algo me diz que você vai estar, um dia", ela disse com um sorriso. "Mas novamente, sem pressão. Só me diga quando."

Ele passou um braço ao redor dela e enterrou o rosto em seu cabelo. "Eu gostaria de ter sua força e positividade", sussurrou. "E eu sei que faz alguns meses desde que perdemos o bebê, mas ainda assim..." ele suspirou. "Dói muito."

"Eu sei, querido", ela disse, acariciando as costas dele com os dedos. "Dói em mim também, mas eu me recuso a deixar a dor daquela perda me segurar."

"Como você consegue?" ele perguntou honestamente. Ela tinha carregado o bebê dentro dela. Ela teve que assistir a jovem vida lentamente ir embora. Ainda assim ela tinha agora muito mais esperança nos olhos, e ele queria - precisava - de um pouco daquela energia positiva.

"Eu lembro do nosso pequeno anjo com amor", ela disse, descansando a mão no rosto dele. "Eu o vejo-"

"Ela."

Ela revirou os olhos e sorriu. "Eu o vejo ou a vejo brincando com os outros bebês no berçário do céu, esperando pacientemente até que estejamos prontos para pegá-lo e levá-lo para casa. Assim, ele nunca esteve realmente perdido."

Oliver assentiu pensativamente. "Nunca realmente perdido", ele repetiu, e sorriu. "Eu gosto disso."

Ela retornou o sorriso. "Eu também. E quando chegar a hora, eu mal posso esperar pela felicidade de carregar nosso filho de novo e finalmente conhecê-lo desta vez."

Oliver ergueu uma sobrancelha e ela revirou os olhos de novo e sorriu. 

"Ou ela."

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CONTINUA

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