Resumo da série: Com Oliver ao seu lado, Chloe aprende a se libertar, encontrar a paz e se apaixonar.
Resumo da história: Seguindo a perda de seu amado bebê, Chloe e Oliver encontram o caminho de volta a um lugar de amor e esperança.
Autora: babydee1
Classificação: NC-17
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Histórias anteriores:
Beauty In The Breakdown IX - 'Fessing Up
Beauty In The Breakdown X - Snow Angel
Beauty In The Breakdown XI: parte 1 parte 2 parte 3 parte 4
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"Por que está demorando tanto?" Oliver perguntou entredentes, não pela primeira desde que chegaram. "Estamos aqui há duas horas, e ela está em trabalho de parto desde ontem!"
Chloe e Lola trocaram um olhar cansado. "Partos são assim, Oliver", a médica respondeu.
"Mas ela está sentindo tanta dor!"
"Não ia ser fácil, você sabia disso."
Oliver expirou e começou a andar de um lado para o outro dentro do quarto. Ele estava tentando ser corajoso, mas ver Chloe em dor constante estava lhe matando, e ele não tinha certeza de quando mais conseguiria aguentar.
"Acho que você deveria fazer uma cesariana", ele disse. "É rápido e seguro, não é?"
Lola lhe deu um olhar estranho. "Você está sugerindo que eu corte a barriga de sua mulher sem o consentimento dela?"
Oliver olhou feio para a médica, e então se virou para dar um olhar suplicante a sua mulher.
"Eu quero tentar um parto normal, Ollie", Chloe respondeu bravamente.
"Mas você está exausta", ele protestou. "E você já vomitou três meses desde que chegamos aqui!"
"Porque você fica dando a ela enormes copos d'água quando eu te disse para trazer cubos de gelo de vez em quando", Lola acusou.
"Ela está com sede de fazer tanta respiração Lamaze!"
"O corpo dela não está em condição de processar nada além do bebê agora." Ela franziu a testa. "E você pode parar de andar entre as contrações, por favor? Você está gerando tensão, energia negativa aqui."
Ele olhou feio. "A única energia negativa aqui é a dor que minha mulher está sentindo."
" E se ela quiser aliviar a dor por meios artificiais, ela receberá os remédios", Lola respondeu, sua paciência acabando. "Até lá, você precisa ser homem e deixá-la fazer do jeito que ela planejou. E outra coisa: para de apertar o botão de emergência toda vez que ela tem uma contração. Não é para isso que ele serve!"
Naquele momento Chloe gemeu alto, o rosto distorcido num esforço fútil de aguentar a dor. Oliver foi segurar sua mão, mas ela recusou como fizera nas últimas vezes, preferindo encarar a dor sozinha. Ele sabia que não era pessoal, mas ele ainda se sentia completamente inútil naquela situação.
"Eu não consigo fazer isto", ele disse quando a contração passou. "Eu não consigo ficar apenas parado aqui e vê-la deste jeito."
Lola cruzou os braços e deu de ombros. "Certo. Você pode sair do quarto então."
Ele estreitou os olhos. "Sem chance."
"Estou falando sério, Oliver."
"Eu não vou a lugar nenhum."
"Bem, você não vai ficar aqui com esta atitude. Sério, eu vou te tirar daqui à força se você continuar assim."
Oliver bufou. "Gostaria de ver você tentar."
Lola respirou fundo. "Oliver, meu trabalho é trazer esse bebê para o mundo do modo mais seguro possível tanto para o bebê quanto para a mãe", ela disse secamente. "Se você atrapalhar, eu não hesitarei em acionar a segurança e tirar você daqui até meu trabalho estar terminado."
Oliver olhou ainda mais feio para a amiga. "Eu não vou sair."
A médica cerrou os punhos. "Eu tenho que ser você, bobão?"
"Aiiii..." Chloe gemeu, agarrando a barriga.
"Desculpe, meu amor. Desculpe", ele murmurou, acariciando o cabelo dela e segurando sua mão enquanto outra contração atravessava seu corpo. Ele se virou para a médica. "Está vendo? Você está deixando ela nervosa."
Lola arfou. "Eu estou deixando ela nervosa?"
"Ollie, querido... você pode pegar meu iPod, por favor?" Chloe perguntou de repente.
Ele assentiu. "Claro, onde está?"
"Em algum lugar no porta-luvas", ela continuou com um fraco sorriso. "Ouvir minhas músicas preferidas vai me ajudar a suportar a dor."
Oliver sorriu. "Claro, querida. Volto em um segundo."
Assim que ele deixou o quarto, Chloe agarrou a mão de Lola.
"Eu quero uma epidural."
"Tem certeza?" Lola perguntou. "Você disse que não queria nenhum alívio para a dor."
Chloe assentiu. "Tenho certeza."
"Por causa dele?"
Chloe suspirou. "Isso tudo está deixando ele maluco. Não posso fazê-lo passar por isso, Lola."
Lola suspirou, mas assentiu. "Ok, vou pedir a injeção. Vai retardar o trabalho de parto, mas pelo menos você vai conseguir descansar um pouco."
O anestesista estava ali em minutos. Chloe ficou bem parada enquanto ele atravessava a agulha até sua coluna, e quase instantaneamente a dor insuportável em sua barriga e nas costas começou a diminuir.
"Eu não estou feliz com isto", Lola resmungou enquanto o anestesista recolhia os instrumentos. "Você poderia ter feito naturalmente, do jeito que você queria. Você estava indo muito bem."
"Eu sei que eu estava; mas ele não", ela disse com um sorriso esperançoso. "Eu não posso fazer isso com ele. Ele perdeu tanta coisa, e depois do que aconteceu com nosso primeiro filho..."
"Nada ruim vai acontecer com este bebê ou com você, eu prometo", Lola garantiu. Ela apontou para uma larga seringa cheia de fluido claro que estava preso no soro. "Certo, este é o analgésico. Se você sentir dor nas costas de novo, é só pressionar este botão aqui, e ele vai distribuir mais no soro."
"Uau", Chloe respondeu, os olhos arregalando em surpresa. "Funciona como mágica."
Lola sorriu. "Eu sei. É um salvador de vidas."
E neste momento seu bipe soou e ela saiu da sala. Pouco depois ela apareceu na porta de novo.
"Tem uma emergência no final do corredor que requer minha assistência", ela explicou. "Eu volto para te ver o mais rápido possível, mas enquanto isso, aproveite a epidural e descanse; você vai precisar de toda sua energia depois, acredite."
***
"Ei", Oliver disse quando voltou ao quarto. Ele olhou ao redor. "Sem Lola?"
"Ela teve que ajudar com uma emergência. Ela volta logo."
"Ok." Ele ergueu o iPod. "Peguei."
Chloe sorriu fracamente. "Obrigada, querido. Você pode colocá-lo para carregar pra mim?"
Oliver estreitou os olhos pra ela e franziu a testa. "Esquece essa história de carregar, o que é isso na sua veia?"
"Hmm? Oh, é a epidural", ela explicou. "É maravilhosa, não sinto nada."
"Sério?" ele disse, surpreso. "Que bom que você não está sentindo dor, mas... é isso que você realmente queria?"
Chloe pegou sua mão e pressionou a palma em seus lábios. "Você estava enlouquecendo de preocupação. Acho que isso estava doendo mais do que a dor."
"Oh, meu amor." Ele passou os braços ao redor dela e a segurou gentilmente. "Eu sinto muito. Eu sei que você queria fazer isso naturalmente."
"Ei, está tudo bem, de verdade", ela garantiu. "Embora provavelmente isso vá demorar mais do que planejamos, porque Lola disse que a epidural vai retardar um pouco o processo."
"Não se preocupe, eu não vou a lugar nenhum", ele prometeu.
"Então você não se importa se eu dormir?"
Ele arregalou os olhos. "Você vai conseguir dormir e ter contrações?"
Ela lhe deu um sorriso cansado. "Ah, sim. Eu te disse, esse negócio é maravilhoso."
"Neste caso, sonhe com os anjos", ele disse e beijou sua testa. "Estarei aqui quando você acordar."
***
Seis Meses Atrás
"Com quem você acha que o bebê vai parecer?"
Oliver olhou para sua mulher e franziu a testa. "Bem, com a gente. Obviamente."
"Sim, mas com qual?" ela persistiu.
Oliver revirou os olhos. "Pode ter escapado sua mente, mas temos características similares."
Chloe se endireitou no colo dele. "Concordo, mas ainda há algumas diferenças. Você é bronzeado e eu sou pálida; seus olhos são castanhos, os meus são verdes; você é alto, e eu sou... bem, não..."
Ok, entendi", ele disse com uma risada. "Vamos ver... se for menino, acho que ele vai parecer comigo, e menina com você. Qualquer que seja o caso, ele ou ela será loiro, isso é óbvio."
"Com seu queixo", ela disse animada. "Eu tenho que ter um bebê com um furinho no queixo. Isso não é negociável."
"Vou dizer a Deus para colocar um furo no queixo de nosso filho, então", ele respondeu, divertindo-se com o entusiasmo dela. "Contanto que você prometa que não vai passar os primeiros cinco anos dele ou dela beijando o furinho."
"Cuidado, Oliver", ela alertou. "Não me peça para fazer promessas que não poderei cumprir."
***
Oliver estava ouvindo Don't Wanna Miss a Thing de Aerosmith quando Lola entrou no quarto uma hora depois.
"Feliz agora?" ela disse, olhando para a bolsa de epidural.
Oliver sorriu envergonhado. "Desculpe se agi como um idiota. Em minha defesa, minha mulher estava sentindo muita dor."
"E ela estava lidando admiravelmente, mas enfim, tudo perdoado." Ela checou as estatísticas no monitor, então examinou Chloe e assentiu enquanto tomava algumas notas. "Tudo bem aqui. Você já informou amigos e familiares que o bebê está chegando?"
"Ainda não. Eu só ia avisar quando ela chegasse, assim Chloe e eu podemos passar algum tempo sozinhos com ela primeiro."
Lola assentiu. "Excelente ideia. Eles não vão poder entrar aqui mesmo, e as visitas abrem ao meio-dia. Você pode levá-los para ver o bebê, se ela já estiver aqui."
"Você acha que vai demorar tanto?" ele perguntou, olhando para o relógio. "São cinco da manhã; pensei que talvez até as nove horas, no máximo até as dez...?"
"Ela tem só seis centímetros de dilatação. Eu avisei que a epidural ia atrasar as coisas." Ela assentiu para a cadeira em que ele estava sentado. "A cadeira é reclinável, então você pode dormir um pouco também."
"Obrigado, mas eu prefiro ficar acordado", ele respondeu.
"Não precisa, estamos cuidando de tudo. Os sinais vitais dela estão bons, e também do bebê."
"Eu sei, eu sei. Eu só..." ele deu de ombros. "Eu quero estar aqui quando ela acordar."
"Você ainda está com medo que dê alguma coisa errada?" ela perguntou.
Oliver respirou fundo e suspirou. "Todos aqueles anos atrás. Eu me lembro de pegar minha lancheira e ir para a porta", ele disse. "'Ei, jovenzinho, onde está meu beijo?' Minha mãe perguntou. Eu disse que estava atrasado, que ela receberia quando eu voltasse da escola. Ela respondeu que ela e meu pai iam passar uns dias fora, e eu disse que daria o beijo quando voltassem da viagem."
Ele olhou para Lola, sua expressão vazia. "Essa foi a última vez que a vi", ele sussurrou. "Se eu soubesse que seria o último dia dela na terra, eu teria olhado pra ela, realmente olhado pra ela e visto o que ela estava vestindo, que brincos e pulseira ela estava usando, como ela tinha prendido o cabelo..."
Lola suspirou. "Você não tinha como saber o que ia acontecer, Oliver."
"Exatamente", ele respondeu. Ele olhou para Chloe e acariciou sua barriga, sorrindo. "Eu não quero perder nenhum minuto, não importa o que aconteça aqui hoje."
"Eu ainda acho que você deveria descansar", Lola advertiu gentilmente. "Quando o bebê chegar, sono ininterrupto será uma lembrança distante."
"Eu sei." Ele sentiu a barriga de Chloe contrair, e seu coração inchou de emoção. "E eu vou amar cada segundo de cada minuto de cada noite sem dormir."
Lola cruzou os braços e sorriu. "Eu tinha esquecido do quanto você era teimoso. Tudo bem, fique acordado se quiser, mas não diga que eu não te avisei."
"Você parece que precisa dormir um pouco", ele pontuou. "Você está de plantão há catorze horas."
"Meu turno terminou há duas horas", ela admitiu. "Mas eu não vou a lugar nenhum até sua filha nascer."
Oliver conseguiu engolir o nó em sua garganta. "Obrigado, Lola. Isso significa muito pra gente."
Ela sorriu. "É um prazer."
"Eu falei, porém", ele continuou. "Se, como você disse, os sinais vitais dela estão estáveis e o bebê não vai nascer logo, então você deveria dormir um pouco também."
"Eu devo confessar, eu poderia dar um cochilo na sala de descanso", ela confessou. "Mas Chloe..."
"...está dormindo profundamente, e eu te aviso se houver alguma mudança", ele finalizou. "E você sabe que eu sei como apertar o botão de emergência."
"Bem, se você insiste", ela finalmente concordou. "Mas você tem que me chamar se houver qualquer mudança, ou se sentir preocupado com qualquer coisa, ok?"
Ele assentiu. "Eu chamo, prometo."
___________
CONTINUA
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Chloe e Lola trocaram um olhar cansado. "Partos são assim, Oliver", a médica respondeu.
"Mas ela está sentindo tanta dor!"
"Não ia ser fácil, você sabia disso."
Oliver expirou e começou a andar de um lado para o outro dentro do quarto. Ele estava tentando ser corajoso, mas ver Chloe em dor constante estava lhe matando, e ele não tinha certeza de quando mais conseguiria aguentar.
"Acho que você deveria fazer uma cesariana", ele disse. "É rápido e seguro, não é?"
Lola lhe deu um olhar estranho. "Você está sugerindo que eu corte a barriga de sua mulher sem o consentimento dela?"
Oliver olhou feio para a médica, e então se virou para dar um olhar suplicante a sua mulher.
"Eu quero tentar um parto normal, Ollie", Chloe respondeu bravamente.
"Mas você está exausta", ele protestou. "E você já vomitou três meses desde que chegamos aqui!"
"Porque você fica dando a ela enormes copos d'água quando eu te disse para trazer cubos de gelo de vez em quando", Lola acusou.
"Ela está com sede de fazer tanta respiração Lamaze!"
"O corpo dela não está em condição de processar nada além do bebê agora." Ela franziu a testa. "E você pode parar de andar entre as contrações, por favor? Você está gerando tensão, energia negativa aqui."
Ele olhou feio. "A única energia negativa aqui é a dor que minha mulher está sentindo."
" E se ela quiser aliviar a dor por meios artificiais, ela receberá os remédios", Lola respondeu, sua paciência acabando. "Até lá, você precisa ser homem e deixá-la fazer do jeito que ela planejou. E outra coisa: para de apertar o botão de emergência toda vez que ela tem uma contração. Não é para isso que ele serve!"
Naquele momento Chloe gemeu alto, o rosto distorcido num esforço fútil de aguentar a dor. Oliver foi segurar sua mão, mas ela recusou como fizera nas últimas vezes, preferindo encarar a dor sozinha. Ele sabia que não era pessoal, mas ele ainda se sentia completamente inútil naquela situação.
"Eu não consigo fazer isto", ele disse quando a contração passou. "Eu não consigo ficar apenas parado aqui e vê-la deste jeito."
Lola cruzou os braços e deu de ombros. "Certo. Você pode sair do quarto então."
Ele estreitou os olhos. "Sem chance."
"Estou falando sério, Oliver."
"Eu não vou a lugar nenhum."
"Bem, você não vai ficar aqui com esta atitude. Sério, eu vou te tirar daqui à força se você continuar assim."
Oliver bufou. "Gostaria de ver você tentar."
Lola respirou fundo. "Oliver, meu trabalho é trazer esse bebê para o mundo do modo mais seguro possível tanto para o bebê quanto para a mãe", ela disse secamente. "Se você atrapalhar, eu não hesitarei em acionar a segurança e tirar você daqui até meu trabalho estar terminado."
Oliver olhou ainda mais feio para a amiga. "Eu não vou sair."
A médica cerrou os punhos. "Eu tenho que ser você, bobão?"
"Aiiii..." Chloe gemeu, agarrando a barriga.
"Desculpe, meu amor. Desculpe", ele murmurou, acariciando o cabelo dela e segurando sua mão enquanto outra contração atravessava seu corpo. Ele se virou para a médica. "Está vendo? Você está deixando ela nervosa."
Lola arfou. "Eu estou deixando ela nervosa?"
"Ollie, querido... você pode pegar meu iPod, por favor?" Chloe perguntou de repente.
Ele assentiu. "Claro, onde está?"
"Em algum lugar no porta-luvas", ela continuou com um fraco sorriso. "Ouvir minhas músicas preferidas vai me ajudar a suportar a dor."
Oliver sorriu. "Claro, querida. Volto em um segundo."
Assim que ele deixou o quarto, Chloe agarrou a mão de Lola.
"Eu quero uma epidural."
"Tem certeza?" Lola perguntou. "Você disse que não queria nenhum alívio para a dor."
Chloe assentiu. "Tenho certeza."
"Por causa dele?"
Chloe suspirou. "Isso tudo está deixando ele maluco. Não posso fazê-lo passar por isso, Lola."
Lola suspirou, mas assentiu. "Ok, vou pedir a injeção. Vai retardar o trabalho de parto, mas pelo menos você vai conseguir descansar um pouco."
O anestesista estava ali em minutos. Chloe ficou bem parada enquanto ele atravessava a agulha até sua coluna, e quase instantaneamente a dor insuportável em sua barriga e nas costas começou a diminuir.
"Eu não estou feliz com isto", Lola resmungou enquanto o anestesista recolhia os instrumentos. "Você poderia ter feito naturalmente, do jeito que você queria. Você estava indo muito bem."
"Eu sei que eu estava; mas ele não", ela disse com um sorriso esperançoso. "Eu não posso fazer isso com ele. Ele perdeu tanta coisa, e depois do que aconteceu com nosso primeiro filho..."
"Nada ruim vai acontecer com este bebê ou com você, eu prometo", Lola garantiu. Ela apontou para uma larga seringa cheia de fluido claro que estava preso no soro. "Certo, este é o analgésico. Se você sentir dor nas costas de novo, é só pressionar este botão aqui, e ele vai distribuir mais no soro."
"Uau", Chloe respondeu, os olhos arregalando em surpresa. "Funciona como mágica."
Lola sorriu. "Eu sei. É um salvador de vidas."
E neste momento seu bipe soou e ela saiu da sala. Pouco depois ela apareceu na porta de novo.
"Tem uma emergência no final do corredor que requer minha assistência", ela explicou. "Eu volto para te ver o mais rápido possível, mas enquanto isso, aproveite a epidural e descanse; você vai precisar de toda sua energia depois, acredite."
***
"Ei", Oliver disse quando voltou ao quarto. Ele olhou ao redor. "Sem Lola?"
"Ela teve que ajudar com uma emergência. Ela volta logo."
"Ok." Ele ergueu o iPod. "Peguei."
Chloe sorriu fracamente. "Obrigada, querido. Você pode colocá-lo para carregar pra mim?"
Oliver estreitou os olhos pra ela e franziu a testa. "Esquece essa história de carregar, o que é isso na sua veia?"
"Hmm? Oh, é a epidural", ela explicou. "É maravilhosa, não sinto nada."
"Sério?" ele disse, surpreso. "Que bom que você não está sentindo dor, mas... é isso que você realmente queria?"
Chloe pegou sua mão e pressionou a palma em seus lábios. "Você estava enlouquecendo de preocupação. Acho que isso estava doendo mais do que a dor."
"Oh, meu amor." Ele passou os braços ao redor dela e a segurou gentilmente. "Eu sinto muito. Eu sei que você queria fazer isso naturalmente."
"Ei, está tudo bem, de verdade", ela garantiu. "Embora provavelmente isso vá demorar mais do que planejamos, porque Lola disse que a epidural vai retardar um pouco o processo."
"Não se preocupe, eu não vou a lugar nenhum", ele prometeu.
"Então você não se importa se eu dormir?"
Ele arregalou os olhos. "Você vai conseguir dormir e ter contrações?"
Ela lhe deu um sorriso cansado. "Ah, sim. Eu te disse, esse negócio é maravilhoso."
"Neste caso, sonhe com os anjos", ele disse e beijou sua testa. "Estarei aqui quando você acordar."
***
Seis Meses Atrás
"Com quem você acha que o bebê vai parecer?"
Oliver olhou para sua mulher e franziu a testa. "Bem, com a gente. Obviamente."
"Sim, mas com qual?" ela persistiu.
Oliver revirou os olhos. "Pode ter escapado sua mente, mas temos características similares."
Chloe se endireitou no colo dele. "Concordo, mas ainda há algumas diferenças. Você é bronzeado e eu sou pálida; seus olhos são castanhos, os meus são verdes; você é alto, e eu sou... bem, não..."
Ok, entendi", ele disse com uma risada. "Vamos ver... se for menino, acho que ele vai parecer comigo, e menina com você. Qualquer que seja o caso, ele ou ela será loiro, isso é óbvio."
"Com seu queixo", ela disse animada. "Eu tenho que ter um bebê com um furinho no queixo. Isso não é negociável."
"Vou dizer a Deus para colocar um furo no queixo de nosso filho, então", ele respondeu, divertindo-se com o entusiasmo dela. "Contanto que você prometa que não vai passar os primeiros cinco anos dele ou dela beijando o furinho."
"Cuidado, Oliver", ela alertou. "Não me peça para fazer promessas que não poderei cumprir."
***
Oliver estava ouvindo Don't Wanna Miss a Thing de Aerosmith quando Lola entrou no quarto uma hora depois.
"Feliz agora?" ela disse, olhando para a bolsa de epidural.
Oliver sorriu envergonhado. "Desculpe se agi como um idiota. Em minha defesa, minha mulher estava sentindo muita dor."
"E ela estava lidando admiravelmente, mas enfim, tudo perdoado." Ela checou as estatísticas no monitor, então examinou Chloe e assentiu enquanto tomava algumas notas. "Tudo bem aqui. Você já informou amigos e familiares que o bebê está chegando?"
"Ainda não. Eu só ia avisar quando ela chegasse, assim Chloe e eu podemos passar algum tempo sozinhos com ela primeiro."
Lola assentiu. "Excelente ideia. Eles não vão poder entrar aqui mesmo, e as visitas abrem ao meio-dia. Você pode levá-los para ver o bebê, se ela já estiver aqui."
"Você acha que vai demorar tanto?" ele perguntou, olhando para o relógio. "São cinco da manhã; pensei que talvez até as nove horas, no máximo até as dez...?"
"Ela tem só seis centímetros de dilatação. Eu avisei que a epidural ia atrasar as coisas." Ela assentiu para a cadeira em que ele estava sentado. "A cadeira é reclinável, então você pode dormir um pouco também."
"Obrigado, mas eu prefiro ficar acordado", ele respondeu.
"Não precisa, estamos cuidando de tudo. Os sinais vitais dela estão bons, e também do bebê."
"Eu sei, eu sei. Eu só..." ele deu de ombros. "Eu quero estar aqui quando ela acordar."
"Você ainda está com medo que dê alguma coisa errada?" ela perguntou.
Oliver respirou fundo e suspirou. "Todos aqueles anos atrás. Eu me lembro de pegar minha lancheira e ir para a porta", ele disse. "'Ei, jovenzinho, onde está meu beijo?' Minha mãe perguntou. Eu disse que estava atrasado, que ela receberia quando eu voltasse da escola. Ela respondeu que ela e meu pai iam passar uns dias fora, e eu disse que daria o beijo quando voltassem da viagem."
Ele olhou para Lola, sua expressão vazia. "Essa foi a última vez que a vi", ele sussurrou. "Se eu soubesse que seria o último dia dela na terra, eu teria olhado pra ela, realmente olhado pra ela e visto o que ela estava vestindo, que brincos e pulseira ela estava usando, como ela tinha prendido o cabelo..."
Lola suspirou. "Você não tinha como saber o que ia acontecer, Oliver."
"Exatamente", ele respondeu. Ele olhou para Chloe e acariciou sua barriga, sorrindo. "Eu não quero perder nenhum minuto, não importa o que aconteça aqui hoje."
"Eu ainda acho que você deveria descansar", Lola advertiu gentilmente. "Quando o bebê chegar, sono ininterrupto será uma lembrança distante."
"Eu sei." Ele sentiu a barriga de Chloe contrair, e seu coração inchou de emoção. "E eu vou amar cada segundo de cada minuto de cada noite sem dormir."
Lola cruzou os braços e sorriu. "Eu tinha esquecido do quanto você era teimoso. Tudo bem, fique acordado se quiser, mas não diga que eu não te avisei."
"Você parece que precisa dormir um pouco", ele pontuou. "Você está de plantão há catorze horas."
"Meu turno terminou há duas horas", ela admitiu. "Mas eu não vou a lugar nenhum até sua filha nascer."
Oliver conseguiu engolir o nó em sua garganta. "Obrigado, Lola. Isso significa muito pra gente."
Ela sorriu. "É um prazer."
"Eu falei, porém", ele continuou. "Se, como você disse, os sinais vitais dela estão estáveis e o bebê não vai nascer logo, então você deveria dormir um pouco também."
"Eu devo confessar, eu poderia dar um cochilo na sala de descanso", ela confessou. "Mas Chloe..."
"...está dormindo profundamente, e eu te aviso se houver alguma mudança", ele finalizou. "E você sabe que eu sei como apertar o botão de emergência."
"Bem, se você insiste", ela finalmente concordou. "Mas você tem que me chamar se houver qualquer mudança, ou se sentir preocupado com qualquer coisa, ok?"
Ele assentiu. "Eu chamo, prometo."
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CONTINUA
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Gente, fiquei tão feliz que a babydee postou a continuação que já traduzi e postei, nem revisei... Se encontrarem algum erro grotesco, perdoem e avisem, por favor? :D
ResponderExcluirMds!!!! vai nascer.
ResponderExcluirSe Deus quiser... rs... não aguentamos mais esperar, não é?
ExcluirTô dizendo! Esse parto vai ser literalmente 'um parto' pra ser lido! huahauahuahauahauha
ResponderExcluirCada capítulo mais fofo que o outro! E a Lola tem que dar um desconto pro Ollie, tadinho...
Louca pelo próximo!
Haha, estamos sofrendo, né Ciça? Com sorte a babydee acaba logo com nossa espera...
ExcluirQue maravilha!! \o/
ResponderExcluirEstou adorando estes pedacinhos do passado intercalados com o presente.... deixa tudo mais adorável!! =DD
E ao que parece, vai ser mesmo, Ciça!! hahahaha
Ansiosa por mais!!
GIL
Ansiosa até não poder mais, tomara que a babydee poste logo a continuação né, GIL?
Excluir