17.12.14

From Red To Green (8/9)

TítuloDo Vermelho Ao Verde
Resumo: Uma versão alternativa de Hex e o que aconteceu depois envolvendo Chloe, Ollie e Kriptonita vermelha. 
Autoraschloeas e dl_greenarrow
Classificação: NC-17
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Ela não tinha a intenção de dormir daquele jeito, eles tinham se ajustado e conseguido puxar um cobertor que estava sobre as costas do sofá sobre eles em algum momento e, aparentemente, ficou confortável o bastante para dormirem.

E aparentemente ela dormiu muito porque até onde podia dizer, o sol já estava alto. E ela ainda estava ali, braços e pernas entrelaçados com os de Oliver, o braço dele ao seu redor, seu nariz pressionado no peito dele. Ela só tinha que descobrir como sair

E ela sabia que tinha, porque no segundo em que acordou, viu sua própria mão descansando no peito dele e sua aliança de casamento no dedo. Ela nem tinha se divorciado ainda e por mais maravilhoso que Oliver fosse, ela não podia fazer isso com ele. Não podia usá-lo para esquecer sua terrível sorte com os homens, especialmente não quando parecia que ele de fato se importava com ela.

E sim, ela deveria ter pensado nisso antes de dormir com ele, mas não deixar aquilo ir adiante ainda era melhor do que deixar acontecer sem falar nada.

Respirando fundo, ela se afastou dele levemente, fazendo o melhor para descobrir como passar por cima dele e sair do sofá.

Ele abriu os olhos lentamente quando a sentiu se mexer ao seu lado. Ele sorriu um pouco e se espreguiçou ao lado dela, sua mão acariciando as costas dela. "Bom dia", ele murmurou.

"Ei", ela disse, prendendo a respiração, mas não perdeu tempo antes de tentar se levantar.

Ele ergueu as sobrancelhas um pouco enquanto se sentava. "Onde é o incêndio?" brincou.

Chloe balançou a cabeça, seu peito apertando à suavidade na voz dele. "Já é de manhã."

"Eu percebi. Os raios de sol..." Ele apontou para a janela sobre eles, raios de sol a atravessando.

"Eu tenho... coisas a fazer", ela disse, querendo se levantar, mas muito ciente de sua nudez.

Oliver parou por um momento, notando o modo como ela evitava seu olhar. "Oh."

"E Lois deve estar preocupada", ela engoliu seco, respirando fundo antes de se forçar a passar uma perna sobre ele e se levantar.

"Certo." Ele assentiu um pouco, olhando para ela por um momento. Ele tinha feito isso vezes suficientes para saber exatamente o que ela estava fazendo. "Eu acho melhor te deixar em paz então."

Ela assentiu levemente, vestindo a blusa e pegando a calcinha, seu coração disparado contra o peito.

Quando ela não protestou, ele sentiu o estômago apertar juntamente com sua mandíbula, que ele tentou relaxar enquanto se vestia rapidamente. "Te vejo por aí?" ele perguntou com exagerada casualidade.

"Sim", ela assentiu, pegando a calça e vestindo, mesmo com os protestos dos músculos de suas pernas ao movimento, "te vejo depois", ela disse, finalmente olhando para ele.

Desta vez foi ele quem não encontrou seu olhar. "Tenha um bom dia", ele disse, sua voz e expressão ilegíveis enquanto saía pela porta sem olhar para trás.

Ela terminou de fechar a calça e se virou para observá-lo enquanto ele saía, ela sabia que tinha que fazer isso, sabia que era melhor assim. Ela só não sabia porque se sentia terrível como quando Jimmy terminou o casamento alguns meses antes.

* * *

Clark ficou surpreso quando recebeu uma ligação de Chloe alguns dias depois pedindo que ele a encontrasse na Ísis. Mas ele apareceu na hora, olhando ao redor do escritório. Quando não a viu, ele ergueu um pouco as sobrancelhas. "Chloe?"

"Aqui", ela chamou da sala secreta no fundo do prédio e respirou fundo.

Ele foi na direção dela, erguendo as sobrancelhas. "O que foi?"

"Eu descobri o que aconteceu", ela disse, abrindo as imagens nos monitores ao redor da sala. "Como fui infectada." Ela disse, olhando para ele. Ela fez pouca coisa além de pesquisar e evitar Oliver nos últimos dias. Eles tinham trocado alguns e-mails quando ele perguntou sobre a pesquisa, mas foi só isso e ela estava aliviada em saber que estava tudo bem para ele conversarem só sobre negócios. Mesmo que ela não pudesse parar de pensar nele.

"Você descobriu?" Havia um tom de surpresa em sua voz enquanto se aproximava, balançando a cabeça. "Então o que aconteceu? Como você foi infectada?"

"Minha bebida", ela disse, apontando para um dos monitores, "uma destilaria local de Smallville decidiu fazer o licor de amora ficar melhor, mais brilhante", ela ergueu a sobrancelha, "três opções sobre o que eles usaram."

Ele parou, confuso por um momento, sua expressão ficando neutra. "Eu tenho que pará-los então."

"Nós temos", ela concordou. "Eu já alertei os bares locais, não houve mortes que eu saiba, mas consegui rastrear um cara e três garotas que tiveram os mesmos sintomas que eu e uma das garotas acabou no hospital."

Ele correu uma mão pelo rosto. "Tudo que precisamos fazer é remover toda a kriptonita vermelha do lugar e convencer o dono a parar de usá-la, já que está deixando as pessoas doentes."

"Sim", ela disse, então deu um passo à frente, "mas você não pode chegar perto do lugar, já é ruim o bastante que haja garrafas espalhadas pela cidade, Clark."

Ele respirou fundo e assentiu. "Sim, eu sei. Terá que ser você e Oliver."

Seu estômago apertou a isso, mas ela assentiu. "E os rapazes", concordou, sua voz baixa.

"Sim. Acho que vou ligar pra ele para avisar." Ele olhou na direção da porta.

"Ok", ela concordou mais uma vez, surpresa pela oferta. "Eu estou preparando um e-mail pra eles, então avise-o que em breve mando os detalhes."

Assentindo mais uma vez, Clark saiu. "Eu aviso."

Ela expirou e correu as mãos pelo rosto, aquilo deixava as coisas um pouco mais simples.

* * *

Quando Oliver viu o nome de Clark aparecer em seu celular, ele quase escolheu ignorar. Depois do terceiro toque, no entanto, relutantemente atendeu. "Clark. O que posso fazer por você?" Porque ele sabia que não era uma ligação social.

"Oliver", ele cumprimentou. "Eu acabei de ver Chloe e ela vai precisar da sua ajuda."

Ele parou a isso, o peito apertando ao perceber que ela queria evitá-lo tanto que nem ligou ela mesma. "Com o quê?" Sua voz soava distante.

"Ela encontrou um lugar que está fazendo bebidas com kriptonita vermelha, foi assim que ela se infectou e outras pessoas foram vítimas também", havia um tom de culpa em sua voz.

Oliver ficou em silêncio por um momento. "Certo. Peça pra ela me mandar os detalhes e eu resolvo."

"Ela disse que vai mandar um e-mail pra você e os outros", Clark disse, "Eu ajudaria mas..."

"Eu sei", ele disse, sua voz num tom surpreendente compreensivo.

"Obrigado", ele disse, "me avise como as coisas estão correndo."

"Aviso." Ele desligou o telefone e se recostou na cadeira, suspirando.

* * *

De: Watchtower (555-0164)
10:35 AM: Bom trabalho ontem à noite.

De: Arqueiro Esmeralda (555-3504)
10:40 AM: Obrigado.

De: Watchtower (555-0164)
10:45 AM: Você tem um médico que possa assinar alguns documentos sem fazer muitas perguntas?

De: Arqueiro Esmeralda (555-3504)
10:54 AM: Sim.

De: Watchtower (555-0164)
11:02 AM: Eu criei alguns documentos sobre os sintomas que eu tive, para que possam ser usados como provas, mas quem investigar pode querer entrar em contato com o médico que os assinar. Então podemos impedi-los de produzir mais.

De: Arqueiro Esmeralda (555-3504)
11:18 AM: Certo. Sem problema.

De: Watchtower (555-0164)
11:25 AM: Posso pedir para o Bart levar os documentos pra você?

De: Arqueiro Esmeralda (555-3504)
11:28 AM: Ele está em Keystone.

De: Watchtower (555-0164)
11:30 AM: Oh, então eu passo aí para deixá-los, se estiver tudo bem.

De: Arqueiro Esmeralda (555-3504)
11:32 AM: Sim, está tudo bem. Te vejo em breve.

De: Watchtower (555-0164)
11:35 AM: Chego em uma hora.

De: Arqueiro Esmeralda (555-3504)
11:41 AM: Tudo bem.

* * *

Alguns minutos depois das 12:30hs, Chloe chegou ao topo do prédio da Queen Industries mais uma vez, com um envelope na mão. Desta vez, no entanto, a assistente dele estava lá e apesar do olhar estranho que a mulher lhe deu, mais como um olhar feio, Chloe se forçou a sorrir até que a mulher liberasse sua entrada.

Seu estômago estava em nós e seu peito apertado, ela sabia que ele estava bravo com ela e não podia culpá-lo, mas assim que aquela missão fosse finalizada, ela não o incomodaria mais e as chances eram que ele não ficaria muito mais tempo em Metrópolis.

"Oliver?" Ela chamou baixinho enquanto entrava no escritório.

Ele continuou sentado quando ouviu a porta se abrir, mas olhou para cima, apertando os lábios, sua expressão ilegível, controlada. "Entra."

Chloe prendeu a respiração e assentiu, fechando a porta. "Não vou demorar muito."

"Sim, sei que você tem coisas melhores para fazer." Sua expressão não mudou. Ele simplesmente estendeu a mão para pegar o envelope.

Ela sentiu o estômago apertar e assentiu, aproximando-se da mesa e entregando o envelope para ele, "E você também. Me avise quando posso pegá-los e eu cuido do resto. Ou peça para seu médico entrar em contato comigo se preferir."

"Não, essa seria sua preferência, Chloe, não minha", ele respondeu, a mandíbula travando um pouco enquanto pegava o envelope da mão dela.

Ela arregalou os olhos às palavras, mas balançou a cabeça. "Eu nunca disse isso."

"Não precisa dizer."

"Eu não sei o que te fez chegar a esta conclusão, mas não é verdade." Ela afirmou.

Ele lhe deu um olhar, sem responder.

Ela ergueu as sobrancelhas e se endireitou. "Como se você nunca tivesse tido uma transa de uma noite só, Oliver?"

A isso, ele se levantou, estreitando os olhos. "Não com uma amiga, não. Eu nunca tive."

Chloe sentiu o estômago apertar ainda mais, "Bem, nem eu." Com um amigo ou não, "mas não tem que ser diferente do que você está acostumado."

"Claro", ele disse secamente.

"Não", ela franziu a testa, embora sentisse a culpa pelo que falou, "Me fale."

"Te falar o quê?"

"O que você está pensando, o que você estava esperando", ela disse a ele. "Porque eu tenho certeza que você lembra, Oliver, que eu estava casada há menos de dois meses atrás. Tecnicamente, eu ainda estou."

"Bem, com sorte eu fui um bom substituto do seu marido naquela noite então", ele disse secamente.

"Isso é exatamente o que eu estava tentando evitar", ela disse a ele, respirando fundo e balançando a cabeça.

"Eu não tenho certeza de como você esperava que eu reagisse, Chloe."

"Eu também não, Oliver." Ela disse, respirando fundo. "Eu te falei antes, era melhor esquecer tudo", ela acrescentou, sua voz mais baixa enquanto olhava para baixo.

Oliver prendeu a respiração por um momento, porque ela estava certa. Ela disse aquilo a ele. Ele expirou e desviou o olhar por um momento antes de pegar o telefone. "Tire a tarde de folga", ele instruiu sua secretária. "Sim, com vencimentos." Ele balançou um pouco a cabeça um segundo depois, voltando a olhar para Chloe.

Ela suspirou a isso e correu as mãos pelo rosto, sabia que era culpa sua, ela tinha deixado as coisas irem muito longe e queria se explicar para ele, mas quando ele não entrou em contato, ela deduziu que fosse melhor assim. Claramente, ela estava errada. "Sinto muito ter deixado as coisas irem tão longe." Ela disse sinceramente, olhando para ele novamente.

"Eu também", ele admitiu, encontrando seus olhos.

Com o peito apertado ela balançou a cabeça. "Foi culpa minha", admitiu. "Eu sabia que ainda tinha coisas para resolver com Jimmy, especialmente depois da última vez que o vi, e eu estava tentando ignorar e eu sinto muito que você tenha entrado no meio disso tudo."

"Eu meio que forcei minha entrada, não foi?" Ele se recostou contra a mesa, apertando os lábios. Ele correu as mãos pelo rosto.

"Você não forçou nada que eu já não quisesse." Ela murmurou, observando-o.

"Eu queria também", ele disse, encontrando seu olhar mais uma vez.

Mordendo a parte interna do lábio inferior, ela olhou para ele por um momento. "A questão é", ela se forçou a dizer, "você é meu amigo, Oliver, e você é realmente um bom amigo e - eu não quero te envolver nessa zona."

Ele ficou em silêncio por um momento. "É para isso que servem os amigos, não é? Se envolvem na zona do outro?" Ele respirou fundo e então expirou devagar, afastando-se da mesa e aproximando-se dela.

"Não deste jeito", ela disse, "e eu não quero te machucar, Oliver."

Ele levou a mão ao rosto dela, olhando para ela atentamente por um momento, então passou os braços ao redor dela silenciosamente.

Ela fechou os olhos, paralisando por um momento antes de passar os braços ao redor dele também, seu peito mais apertado que antes, "por que você está fazendo isso?" Ela sussurrou.

Ele descansou a cabeça sobre a dela enquanto a segurava, uma mão gentilmente acariciando suas costas, mas não respondeu. Porque ele não sabia a resposta e definitivamente não tinha as palavras.

Chloe franziu um pouco a testa ao silêncio e se afastou para olhar pra ele, engolindo seco, ele não tinha feito nada além de apoiá-la desde que ela apareceu em seu escritório, mesmo antes disso, durante seu aniversário, e finalmente ela estava percebendo o porquê.

Oliver prendeu a respiração enquanto olhava pra ela e ergueu as sobrancelhas. "Você está bem, Sidekick?"

"É por que você se sente culpado?" Ela sussurrou.

Ele inclinou a cabeça para o lado. "Culpado?" repetiu incerto.

"Por me envolver no que aconteceu com Lex", ela completou, "porque eu já falei. Eu não culpo você."

Ele parou por um momento. Era por isso que ele estava agindo daquele jeito com ela? Porque ele se sentia culpado por tê-la arrastado para sua bagunça? Fazia sentido, de certo modo. Mas não era exatamente aquilo. Pelo menos não inteiramente. "Você realmente acha que a única razão para eu possivelmente me envolver em sua vida é porque me sinto culpado?"

"Não inteiramente", ela sussurrou, procurando seu olhar. "Mas eu sei que te machuquei, não só agora, mas também com tudo que eu disse sob a influência da kriptonita vermelha, e você não fez nada além de me receber de braços abertos, literalmente."

"Talvez eu goste de punição." Suas palavras eram brincalhonas, tentando aliviar a tensão entre os dois.

"Talvez você goste", ela disse, tentando um sorriso.

"Ou talvez eu simplesmente goste de você", ele disse com um pequeno sorriso.

Foi a vez dela ficar em silêncio, seu estômago revirando enquanto olhava para ele.

"Não é assim tão inacreditável", ele disse.

Ela olhou pra ele por um momento e balançou a cabeça. "É sim."

"Por que é?" ele perguntou, observando-a.

"Porque sim", ela respondeu.

"Explique", sua voz era gentil.

"Você é um cara maravilhoso, Oliver." Ela falou baixinho, "você não precisa lidar com isso."

Ele ergueu as sobrancelhas. "Você não acha que eu posso decidir com o quê posso lidar ou não?"

"Você está realmente bem com tudo o que aconteceu?" Ela perguntou.

"De que parte você está falando, Chloe?"

"Não tenho certeza", ela admitiu, "de tudo? Da parte onde eu não tinha ideia de onde isso estava indo e a parte onde ainda estou casada e não faço ideia do que vai acontecer com minha vida?"

Ele olhou pra ela, recostando-se na mesa mais uma vez. "Eu sei quem você é", ele disse, "o que quer que aconteça, eu conheço você."

O rosto dela se suavizou a isso e seus olhos se encheram de lágrimas, pelo menos nos últimos dias ela teve prova disso. Ela assentiu um pouco, prendendo a respiração.

"Vem cá", ele murmurou, estendendo os braços mais uma vez.

Ela não pôde deixar de sorrir ao gesto, balançando a cabeça, ela entrou nos braços dele, passando os braços ao redor dele também.

"O que quer que aconteça, Chloe, você vai ficar bem", ele sussurrou enquanto a abraçava com força.

Ela virou a cabeça em seu ombro e fechou os olhos. "Talvez você possa me ajudar a descobrir o que vai acontecer", sussurrou sem nem perceber o que estava falando.

Ele sorriu a isso, descansando o queixo sobre a cabeça dela. "Pode contar com isso."

Chloe apertou os braços ao redor dele por um momento, então respirou fundo e olhou para ele. "Obrigada."

Oliver encontrou seus olhos, assentindo lentamente. "De nada."

Ela sorriu um pouco e segurou seu rosto. "E quando eu penso que não tem como você ser mais maravilhoso do que na outra noite."

Ele se inclinou um pouco, malícia no olhar. "É para isso que servem os amigos", sussurrou.

Ela deu um risinho. "Ser maravilhoso?"

"Sim." Ele deu um risinho pra ela.

"Bem, parabéns, porque neste caso, você é o melhor amigo de todos." Ela sorriu.

A expressão dele se suavizou e ele beijou sua testa. "Você também."

Chloe sorriu, então levantou a cabeça, correndo os lábios contra os dele suavemente, seu peito aquecido, bem diferente do que sentia quando entrou. Ela não fazia ideia do que aquilo era, mas sabia que era o começo de alguma coisa e naquele momento, parecia ser o começo de algo bonito, bom e maravilhoso.

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NOVE

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