Resumo:
Quando um jornal publica uma falsa notícia de noivado entre Oliver
Queen e Chloe Sullivan, e todos os seus amigos ficam animados, Chloe e
Oliver decidem fingir um falso noivado e terminar, para provar a seus
amigos o quão errados eles são um para o outro. Porque eles vão terminar,
certo?
Autora: the_bluesuede
Classificação: NC-17
Categoria: Romance/Humor.
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Nota: Esta tradução foi sugerida pela Ciça.
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Nota: Esta tradução foi sugerida pela Ciça.
"Você planeja ficar aí a noite toda?"
A voz no interfone fez Chloe pular, olhando ao redor em surpresa. Ela viu uma câmera e revirou os olhos. Há quanto tempo ele sabia que ela estava ali?
Chloe fez algumas tentativas de tocar o interfone nos últimos dez minutos, mas um novo nervosismo tomou conta. Depois de todos os telefonemas, o que estava fazendo começava a pesar. Ela estava mentindo. Mentindo para todo mundo. Era uma coisa manter um segredo ocasional ou esconder alguns detalhes aqui e ali, mas era diferente de uma mentira aberta, enorme, descarada. E para as pessoas que amavam e se preocupavam com ela! Ela não conseguia se lembrar da última vez que não foi completamente honesta com sua mãe. Não desde o colégio, com certeza. E por quê? Por que ela estava intencionalmente enganando todo mundo com quem ela se importava? Por Oliver Queen? Por si mesma? Porque ela se sentiu um pouco forçada após o casamento de Dinah? Claro que ela era mais madura do que isso. Claro que ela era mais inteligente do que isso! No que ela estava se metendo? E com um homem que ela mal conhecia! Oliver Queen, de todas as pessoas. Oliver Queen, cuja reputação o precedia.
Parada diante do precipício da maior mentira em que alguém já tinha se envolvido, ela simplesmente não conseguia apertar o botão e avisá-lo que estava ali. Mas ela fora vista. E as portas do elevador se abriram. Ela encontrou Oliver esperando-a com um risinho no rosto, e duas garrafas de vinho nas mãos. Ele as ergueu. "Eu não sabia qual seu veneno preferido, então peguei o merlot e o moscato."
Ele bem que poderia ter um par de chifres na cabeça, e um bigode com as pontas enroladas.
Bem, ela pensou, eu sempre imaginei que o diabo seria bonito. "Definitivamente vodca", ela disse em voz alta.
Ele riu, e balançou a cabeça, colocando as garrafas sobre o balcão e indo pegar a garrafa de vodca. Isso feito, ele serviu uma dose aos dois. Ele entregou a dela com um sorriso.
"Então..." ela perguntou, com um senso de trepidação, "ao que estamos bebendo?"
Ele pensou por um momento antes de fazer sua sugestão. "Ao direito de levarmos nossas vidas como quisermos."
Ela sorriu. "Imagino como isso deve ser", ela brincou, tilintando seus copos antes de engolir a dose.
Uma hora depois, eles estavam em sofás separados, um pouco altos e ainda conversando, jogando a bola antiestresse de um para o outro.
"Vamos ver... nomes dos pais. Vai." Ele jogou a ela a bola, que ela pegou.
"Gabe e Moira. Seus?" ela perguntou.
"Robert e Laura."
Chloe refletiu por um momento. "Bichos de estimação na infância?" Ela jogou a bola de volta.
Oliver a pegou em uma mão - mesmo um pouco bêbado, ele aparentemente possuía bons reflexos. "Nenhum. Você?"
"Eu tinha a fazenda do Clark. Não havia necessidade de animais de estimação."
"Kent?"
"Sim, éramos bons amigos enquanto crescíamos, então eu passava o tempo todo na casa dele. Eu não era boa com cavalos, mas o golden retriever que ele tinha, Shelby, era o melhor cão do mundo."
"Interessante", Oliver disse. Não pela primeira vez naquela noite, ele se sentia um pouco curioso sobre o relacionamento de Chloe com a estrela do futebol americano Clark Kent. Ele estava começando a se perguntar como exatamente Clark tinha terminado ficando com a prima de Chloe, Lois. Um pensamento lhe ocorreu. "Histórico romântico", foi tudo que ele disse, jogando a bola de volta.
Como esperado, o rosto de Chloe ficou vermelho, e ela desviou o olhar. Ela pegou a vodca e se serviu de outra dose. Tomando-a com abandono, ela determinou o quanto das histórias deveria contar a ele. "Dois relacionamentos sérios. Jimmy Olsen nos primeiros anos da faculdade. Davis Bloome depois, por mais ou menos um ano."
"Kent não?" ele perguntou, honestamente surpreso.
Chloe se permitiu um suspiro aliviado internamente que ele não a tenha interrogado sobre Jimmy ou Davis. "Não. Quer dizer, eu tive uma queda por ele durante parte de uma década, mas no fim do dia, éramos apenas muito bons amigos."
"Huh."
Voltando a atenção para Oliver, ela ergueu as sobrancelhas. "Você?"
Oliver deu uma curta risada.
"Por que você não pula tudo que tenha durado menos de um ano?" Chloe sugeriu. "Se não ficaremos aqui a noite toda."
Oliver lhe deu um olhar sarcástico antes de responder. "Honestamente eu diria que o único que importou foi Tess Mercer."
"Você e Tess?" Chloe pareceu chocada.
"Provavelmente antes de você conhecê-la", ele completou. "Ela foi a única namorada com quem eu tive sérias intenções, embora tenha havido outras que duraram um tempo."
"O que fez terminar?"
"Ela terminou. Basicamente." Ele deitou a cabeça no encosto do sofá e olhou para o teto. "Eu não sei. Eu me importava muito com ela, mas acho que não estava tão apaixonado quanto pensei estar. Se eu estivesse, provavelmente não a teria deixado ir embora facilmente."
Chloe pensou em Tess e Emil. Eles sempre formaram um casal muito doce, mas diferente. Ela podia mais facilmente imaginar Tess com alguém como Oliver. "Ela lhe deu uma razão?"
Oliver deu de ombros, fingindo que não era grande coisa, embora fosse. "Disse que ela precisava de alguém com mais pé no chão. Achava que eu não levava nada a sério." Ele viu o olhar no rosto de Chloe, que dizia que ela achava que Tess estava certa. "Ter um senso de humor não significa que eu não levo as coisas a sério", ele disse com firmeza.
Chloe ergueu as mãos em rendição. "Eu não falei nada."
"Você estava pensando."
Ela suprimiu um sorriso e serviu outra dose aos dois.
Ele ergueu as sobrancelhas enquanto ela o fazia e não pôde deixar de comentar, "Você realmente aguenta bem a vodca." Ele ficou surpreso que ela ainda estivesse só um pouco alta, quando já tinha quase tomado toda a garrafa.
Ela deu um risinho. "Lois me ensinou a beber."
"Ah sim, a filha do general", Oliver disse. "Você tem familiares interessantes."
Chloe deu risada. "Você não faz ideia."
"O que seus pais fazem?"
Ela deu de ombros. "Meu pai é gerente de fábrica para a LuthorCorp. Minha mãe é dona de casa."
"Huh."
"O quê?" ela estreitou os olhos.
"Bem, como seu pai reagiu ao 'noivado'?"
"Como assim?"
"Bem, ele trabalha para a LuthorCorp."
"E?"
"E os Luthors odeiam a Queen Industries, e obviamente, seus funcionários também."
Ela deu risada, sob efeito de sua última dose. "Primeiro, não finja que sua empresa não tem a mesma animosidade em relação aos Luthors, e segundo, meu pai não está no topo da cadeia alimentar para se importar com essas políticas."
Oliver balançou a cabeça. "Você é tão estranha."
Ela riu. "Como é?"
"Você é realmente estranha. Você vem de uma família simples e cresceu em uma cidade pequena que é chamada de Pequenópolis."
"Qual seu objetivo?", ela olhou feio. Mas não conseguiu manter o olhar, e acabou dando risada.
Ele sorriu ao vê-la rir. Parecia que estava perto de descobrir quantas doses eram necessárias para ela ficar realmente bêbada. Ele serviu aos dois mais uma. "Tudo que estou dizendo é que você tem uma história bem vencedora, considerando seu passado."
"Qual o problema com o meu passado?" ela exigiu saber, franzindo a testa para ele e não pegando o copo.
"Nenhum. Você apenas não cresceu num lugar que promovia esse tipo de ambição. Foi tudo conquista unicamente sua." Ele lhe deu um aceno de cabeça, como que para cumprimentá-la.
Ela olhou o copo que ele lhe oferecia, mas pegou o vazio e se serviu. "Vou beber a isso", ela deu um risinho, erguendo o copo na direção dele. "Você está ficando para trás afinal."
Ele riu, e se juntou a ela na bebida. Ele estava definitivamente um pouco alto, mas estava longe de seu limite. Ele imaginou que era justo alcançá-la já que ela acabaria bêbada primeiro.
Chloe apertou os lábios após a bebida e olhou ao redor do apartamento, franzindo a testa. "Você realmente gosta daqui?"
Ele riu alto. "Sim, realmente. Por quê?"
Ela apenas balançou a cabeça, levantando-se do sofá, um pouco trôpega. "É só que... você vive numa fábrica em miniatura", ela decidiu após um momento.
Ele riu de novo, recostando-se para observá-la explorar o lugar. "Eu acredito que o termo que você está procurando é 'moderno'."
"E eu acredito que o termo que você está procurando é 'frio'", ela respondeu, olhando para o metal sem manchas por todo o lugar. "E é tão limpo. Onde estão suas bugigangas?" ela perguntou.
"Minhas o quê?" ele perguntou, achando a palavra hilária.
"Bugigangas", ela repetiu. "Bagunça. Itens pessoais que não têm nenhum propósito exceto ocupar espaço."
"Não tenho isso."
Ela bufou. "Sim, posso ver." Ela olhou ao redor. "Você é tão tedioso."
Desta vez ele riu de verdade, segurando as laterais. "Esta--" ele conseguiu dizer, "deve ser a primeira vez que uma mulher diz isso pra mim."
"É verdade", ela disse teimosamente. "Só alguém com absolutamente nenhuma personalidade teria um apartamento tão desprovido de bugiganga."
"Talvez eu goste de manter organizado. Isso chegou a te ocorrer?" ele perguntou, notando que Chloe tinha terminado a vodca com a última dose que havia tomado. Ele se levantou para pegar outra.
Chloe estava balançando a cabeça. "Não. Mesmo a pessoa mais organizada tem bugigangas. Você só mantém limpo para se exibir para as mulheres."
Ele deu um risinho. "Parcialmente verdade."
"Totalmente verdade", ela argumentou teimosamente.
Ele revirou os olhos, não se incomodando em tentar convencê-la do contrário.
"Deveríamos conseguir algumas bugigangas para você", ela decidiu, inspecionando seus pesos alinhados na parede oposta.
"Amora ou maçã?" ele perguntou, referindo-se aos sabores.
"Maçã."
Ele assentiu, abrindo uma nova garrafa e servindo os copos novamente. Ele entregou um a ela. "Então, eu ainda não sei o que é uma bugiganga", ele disse, tilintando seu copo ao dela.
Eles beberam antes dela explicar. "É tipo... pequenas galinhas de porcelana. Ou cachorrinhos de porcelana. Ou aquelas garrafas de areia que você compra nas praias."
Ele olhou como se ela fosse louca. "Por que eu iria querer uma dessas coisas?"
Ela deu de ombros, pegando a garrafa de vodca dele e tomando um gole antes de oferecer a ele. Ele ficou apenas olhando.
"Ugh", ela suspirou dramaticamente. "Eu não sei. Porque sua maravilhosa tia Myrtle trouxe pra você da Flórida", ela inventou. "Ou porque seu sobrinho de seis anos fez. Sei lá. A questão é, todas as pessoas as têm. Já te ocorreu que vamos ter que nos beijar em algum momento?"
Ela mudou de assunto tão abruptamente e tão naturalmente que seu tom não mudou do assunto sobre cachorrinhos de cerâmica. Oliver ficou parado por um segundo, completamente surpreso. "O quê?" ele perguntou, tentando acompanhá-la.
"Beijo. Você Tarzan. Mim Jane. Vamos ter que nos beijar."
"Por quê?"
Ela jogou as mãos para o teto, como se estivesse se perguntando porque tinha que lidar com aquele tipo de estupidez, mas isso a fez perder o equilíbrio, então ele segurou seu braço.
"Porque você sabe que vai acontecer. Em algum momento, alguém vai dizer, 'Bem, Ollie, por que você não beija a noiva?' e você vai ter que fazer. E vamos ter que trocar saliva e vai ser tão nojento."
Ele deu risada. "Estou magoado!"
"Bem, então?" ela exigiu, não deixando se dissuadir.
"Então o quê?"
"Isso te ocorreu?" ela perguntou irritada.
Ele deu de ombros. "Acho que sim. Não é nada demais."
Ela olhou feio pra ele.
Ele ergueu uma sobrancelha. "Certo?"
Ela pegou a vodca de volta e tomou outro gole, afastando-se e retornando ao sofá.
"E eu estou perdendo alguma coisa?"
"Claro que não", ela revirou os olhos, olhando para ele em clara acusação. "Não é nada demais pra você. Do mesmo jeito que não será nada demais para você que as pessoas pensem que estou dormindo com você. E não vai ser nada demais pra você quando finalmente terminarmos."
Ele ergueu uma sobrancelha, decidindo que talvez a segunda garrafa não tenha sido uma boa ideia. Ele se sentou ao lado dela e pegou a garrafa de volta. "Não vai ser nada demais pra você também."
"É aí que você se engana", ela disse, fazendo bico quando ele pegou a garrafa. "Porque vai ser uma faca de dois gumes. Eu vou de a mulher mais bem sucedida nesta cidade para a garota que Oliver Queen dispensou."
Ele franziu a testa, de repente sentindo-se um pouco culpado. "Podemos sempre dizer que foi você quem terminou comigo, você sabe." Afinal, sua reputação teria alguma serventia. Verdadeiramente, não havia muito em risco no que se referia a ele. Mas ele percebeu que pra ela havia. Ele sempre ouvira que Chloe Sulllivan era uma fria mulher de negócios. Ele ouvira que ela tinha uma agenda cheia e quase nunca tinha tempo para a vida pessoal. Ele assumira que ela era tensa e não sabia se divertir. Pela primeira vez, ocorreu a ele que ela estivesse apenas com medo, e que mantivesse uma máscara para esconder.
Chloe deitou a cabeça no sofá e olhou para o teto. "Ninguém vai acreditar nisso."
Ele riu. "Você está brincando?"
Ela balançou a cabeça.
"Olha, Sullivan--"
"Você vai ter que começar a me chamar de Chloe."
"Chloe", ele disse, sorrindo um pouco. "Eu acho que você está se subestimando. E de qualquer jeito, se você realmente quiser, não é tarde para voltar atrás."
Ela virou a cabeça para olhar pra ele. "Isso", ela disse, "é uma grande mentira."
Ele deu de ombros. "Certo, é, mas podemos contar a verdade pra todo mundo."
"Não", ela balançou a cabeça. "Regra número dois."
"Ninguém pode saber", ele disse por ela, sorrindo um pouco. "Você é uma mulher dedicada."
Ela assentiu. "Nunca desisto."
"Bem, Chloe Sullivan", ele disse. "É melhor você tomar um pouco de água antes de ir pra cama esta noite, ou você vai me odiar de manhã ainda mais do que já me odeia."
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NOVE
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Parada diante do precipício da maior mentira em que alguém já tinha se envolvido, ela simplesmente não conseguia apertar o botão e avisá-lo que estava ali. Mas ela fora vista. E as portas do elevador se abriram. Ela encontrou Oliver esperando-a com um risinho no rosto, e duas garrafas de vinho nas mãos. Ele as ergueu. "Eu não sabia qual seu veneno preferido, então peguei o merlot e o moscato."
Ele bem que poderia ter um par de chifres na cabeça, e um bigode com as pontas enroladas.
Bem, ela pensou, eu sempre imaginei que o diabo seria bonito. "Definitivamente vodca", ela disse em voz alta.
Ele riu, e balançou a cabeça, colocando as garrafas sobre o balcão e indo pegar a garrafa de vodca. Isso feito, ele serviu uma dose aos dois. Ele entregou a dela com um sorriso.
"Então..." ela perguntou, com um senso de trepidação, "ao que estamos bebendo?"
Ele pensou por um momento antes de fazer sua sugestão. "Ao direito de levarmos nossas vidas como quisermos."
Ela sorriu. "Imagino como isso deve ser", ela brincou, tilintando seus copos antes de engolir a dose.
Uma hora depois, eles estavam em sofás separados, um pouco altos e ainda conversando, jogando a bola antiestresse de um para o outro.
"Vamos ver... nomes dos pais. Vai." Ele jogou a ela a bola, que ela pegou.
"Gabe e Moira. Seus?" ela perguntou.
"Robert e Laura."
Chloe refletiu por um momento. "Bichos de estimação na infância?" Ela jogou a bola de volta.
Oliver a pegou em uma mão - mesmo um pouco bêbado, ele aparentemente possuía bons reflexos. "Nenhum. Você?"
"Eu tinha a fazenda do Clark. Não havia necessidade de animais de estimação."
"Kent?"
"Sim, éramos bons amigos enquanto crescíamos, então eu passava o tempo todo na casa dele. Eu não era boa com cavalos, mas o golden retriever que ele tinha, Shelby, era o melhor cão do mundo."
"Interessante", Oliver disse. Não pela primeira vez naquela noite, ele se sentia um pouco curioso sobre o relacionamento de Chloe com a estrela do futebol americano Clark Kent. Ele estava começando a se perguntar como exatamente Clark tinha terminado ficando com a prima de Chloe, Lois. Um pensamento lhe ocorreu. "Histórico romântico", foi tudo que ele disse, jogando a bola de volta.
Como esperado, o rosto de Chloe ficou vermelho, e ela desviou o olhar. Ela pegou a vodca e se serviu de outra dose. Tomando-a com abandono, ela determinou o quanto das histórias deveria contar a ele. "Dois relacionamentos sérios. Jimmy Olsen nos primeiros anos da faculdade. Davis Bloome depois, por mais ou menos um ano."
"Kent não?" ele perguntou, honestamente surpreso.
Chloe se permitiu um suspiro aliviado internamente que ele não a tenha interrogado sobre Jimmy ou Davis. "Não. Quer dizer, eu tive uma queda por ele durante parte de uma década, mas no fim do dia, éramos apenas muito bons amigos."
"Huh."
Voltando a atenção para Oliver, ela ergueu as sobrancelhas. "Você?"
Oliver deu uma curta risada.
"Por que você não pula tudo que tenha durado menos de um ano?" Chloe sugeriu. "Se não ficaremos aqui a noite toda."
Oliver lhe deu um olhar sarcástico antes de responder. "Honestamente eu diria que o único que importou foi Tess Mercer."
"Você e Tess?" Chloe pareceu chocada.
"Provavelmente antes de você conhecê-la", ele completou. "Ela foi a única namorada com quem eu tive sérias intenções, embora tenha havido outras que duraram um tempo."
"O que fez terminar?"
"Ela terminou. Basicamente." Ele deitou a cabeça no encosto do sofá e olhou para o teto. "Eu não sei. Eu me importava muito com ela, mas acho que não estava tão apaixonado quanto pensei estar. Se eu estivesse, provavelmente não a teria deixado ir embora facilmente."
Chloe pensou em Tess e Emil. Eles sempre formaram um casal muito doce, mas diferente. Ela podia mais facilmente imaginar Tess com alguém como Oliver. "Ela lhe deu uma razão?"
Oliver deu de ombros, fingindo que não era grande coisa, embora fosse. "Disse que ela precisava de alguém com mais pé no chão. Achava que eu não levava nada a sério." Ele viu o olhar no rosto de Chloe, que dizia que ela achava que Tess estava certa. "Ter um senso de humor não significa que eu não levo as coisas a sério", ele disse com firmeza.
Chloe ergueu as mãos em rendição. "Eu não falei nada."
"Você estava pensando."
Ela suprimiu um sorriso e serviu outra dose aos dois.
Ele ergueu as sobrancelhas enquanto ela o fazia e não pôde deixar de comentar, "Você realmente aguenta bem a vodca." Ele ficou surpreso que ela ainda estivesse só um pouco alta, quando já tinha quase tomado toda a garrafa.
Ela deu um risinho. "Lois me ensinou a beber."
"Ah sim, a filha do general", Oliver disse. "Você tem familiares interessantes."
Chloe deu risada. "Você não faz ideia."
"O que seus pais fazem?"
Ela deu de ombros. "Meu pai é gerente de fábrica para a LuthorCorp. Minha mãe é dona de casa."
"Huh."
"O quê?" ela estreitou os olhos.
"Bem, como seu pai reagiu ao 'noivado'?"
"Como assim?"
"Bem, ele trabalha para a LuthorCorp."
"E?"
"E os Luthors odeiam a Queen Industries, e obviamente, seus funcionários também."
Ela deu risada, sob efeito de sua última dose. "Primeiro, não finja que sua empresa não tem a mesma animosidade em relação aos Luthors, e segundo, meu pai não está no topo da cadeia alimentar para se importar com essas políticas."
Oliver balançou a cabeça. "Você é tão estranha."
Ela riu. "Como é?"
"Você é realmente estranha. Você vem de uma família simples e cresceu em uma cidade pequena que é chamada de Pequenópolis."
"Qual seu objetivo?", ela olhou feio. Mas não conseguiu manter o olhar, e acabou dando risada.
Ele sorriu ao vê-la rir. Parecia que estava perto de descobrir quantas doses eram necessárias para ela ficar realmente bêbada. Ele serviu aos dois mais uma. "Tudo que estou dizendo é que você tem uma história bem vencedora, considerando seu passado."
"Qual o problema com o meu passado?" ela exigiu saber, franzindo a testa para ele e não pegando o copo.
"Nenhum. Você apenas não cresceu num lugar que promovia esse tipo de ambição. Foi tudo conquista unicamente sua." Ele lhe deu um aceno de cabeça, como que para cumprimentá-la.
Ela olhou o copo que ele lhe oferecia, mas pegou o vazio e se serviu. "Vou beber a isso", ela deu um risinho, erguendo o copo na direção dele. "Você está ficando para trás afinal."
Ele riu, e se juntou a ela na bebida. Ele estava definitivamente um pouco alto, mas estava longe de seu limite. Ele imaginou que era justo alcançá-la já que ela acabaria bêbada primeiro.
Chloe apertou os lábios após a bebida e olhou ao redor do apartamento, franzindo a testa. "Você realmente gosta daqui?"
Ele riu alto. "Sim, realmente. Por quê?"
Ela apenas balançou a cabeça, levantando-se do sofá, um pouco trôpega. "É só que... você vive numa fábrica em miniatura", ela decidiu após um momento.
Ele riu de novo, recostando-se para observá-la explorar o lugar. "Eu acredito que o termo que você está procurando é 'moderno'."
"E eu acredito que o termo que você está procurando é 'frio'", ela respondeu, olhando para o metal sem manchas por todo o lugar. "E é tão limpo. Onde estão suas bugigangas?" ela perguntou.
"Minhas o quê?" ele perguntou, achando a palavra hilária.
"Bugigangas", ela repetiu. "Bagunça. Itens pessoais que não têm nenhum propósito exceto ocupar espaço."
"Não tenho isso."
Ela bufou. "Sim, posso ver." Ela olhou ao redor. "Você é tão tedioso."
Desta vez ele riu de verdade, segurando as laterais. "Esta--" ele conseguiu dizer, "deve ser a primeira vez que uma mulher diz isso pra mim."
"É verdade", ela disse teimosamente. "Só alguém com absolutamente nenhuma personalidade teria um apartamento tão desprovido de bugiganga."
"Talvez eu goste de manter organizado. Isso chegou a te ocorrer?" ele perguntou, notando que Chloe tinha terminado a vodca com a última dose que havia tomado. Ele se levantou para pegar outra.
Chloe estava balançando a cabeça. "Não. Mesmo a pessoa mais organizada tem bugigangas. Você só mantém limpo para se exibir para as mulheres."
Ele deu um risinho. "Parcialmente verdade."
"Totalmente verdade", ela argumentou teimosamente.
Ele revirou os olhos, não se incomodando em tentar convencê-la do contrário.
"Deveríamos conseguir algumas bugigangas para você", ela decidiu, inspecionando seus pesos alinhados na parede oposta.
"Amora ou maçã?" ele perguntou, referindo-se aos sabores.
"Maçã."
Ele assentiu, abrindo uma nova garrafa e servindo os copos novamente. Ele entregou um a ela. "Então, eu ainda não sei o que é uma bugiganga", ele disse, tilintando seu copo ao dela.
Eles beberam antes dela explicar. "É tipo... pequenas galinhas de porcelana. Ou cachorrinhos de porcelana. Ou aquelas garrafas de areia que você compra nas praias."
Ele olhou como se ela fosse louca. "Por que eu iria querer uma dessas coisas?"
Ela deu de ombros, pegando a garrafa de vodca dele e tomando um gole antes de oferecer a ele. Ele ficou apenas olhando.
"Ugh", ela suspirou dramaticamente. "Eu não sei. Porque sua maravilhosa tia Myrtle trouxe pra você da Flórida", ela inventou. "Ou porque seu sobrinho de seis anos fez. Sei lá. A questão é, todas as pessoas as têm. Já te ocorreu que vamos ter que nos beijar em algum momento?"
Ela mudou de assunto tão abruptamente e tão naturalmente que seu tom não mudou do assunto sobre cachorrinhos de cerâmica. Oliver ficou parado por um segundo, completamente surpreso. "O quê?" ele perguntou, tentando acompanhá-la.
"Beijo. Você Tarzan. Mim Jane. Vamos ter que nos beijar."
"Por quê?"
Ela jogou as mãos para o teto, como se estivesse se perguntando porque tinha que lidar com aquele tipo de estupidez, mas isso a fez perder o equilíbrio, então ele segurou seu braço.
"Porque você sabe que vai acontecer. Em algum momento, alguém vai dizer, 'Bem, Ollie, por que você não beija a noiva?' e você vai ter que fazer. E vamos ter que trocar saliva e vai ser tão nojento."
Ele deu risada. "Estou magoado!"
"Bem, então?" ela exigiu, não deixando se dissuadir.
"Então o quê?"
"Isso te ocorreu?" ela perguntou irritada.
Ele deu de ombros. "Acho que sim. Não é nada demais."
Ela olhou feio pra ele.
Ele ergueu uma sobrancelha. "Certo?"
Ela pegou a vodca de volta e tomou outro gole, afastando-se e retornando ao sofá.
"E eu estou perdendo alguma coisa?"
"Claro que não", ela revirou os olhos, olhando para ele em clara acusação. "Não é nada demais pra você. Do mesmo jeito que não será nada demais para você que as pessoas pensem que estou dormindo com você. E não vai ser nada demais pra você quando finalmente terminarmos."
Ele ergueu uma sobrancelha, decidindo que talvez a segunda garrafa não tenha sido uma boa ideia. Ele se sentou ao lado dela e pegou a garrafa de volta. "Não vai ser nada demais pra você também."
"É aí que você se engana", ela disse, fazendo bico quando ele pegou a garrafa. "Porque vai ser uma faca de dois gumes. Eu vou de a mulher mais bem sucedida nesta cidade para a garota que Oliver Queen dispensou."
Ele franziu a testa, de repente sentindo-se um pouco culpado. "Podemos sempre dizer que foi você quem terminou comigo, você sabe." Afinal, sua reputação teria alguma serventia. Verdadeiramente, não havia muito em risco no que se referia a ele. Mas ele percebeu que pra ela havia. Ele sempre ouvira que Chloe Sulllivan era uma fria mulher de negócios. Ele ouvira que ela tinha uma agenda cheia e quase nunca tinha tempo para a vida pessoal. Ele assumira que ela era tensa e não sabia se divertir. Pela primeira vez, ocorreu a ele que ela estivesse apenas com medo, e que mantivesse uma máscara para esconder.
Chloe deitou a cabeça no sofá e olhou para o teto. "Ninguém vai acreditar nisso."
Ele riu. "Você está brincando?"
Ela balançou a cabeça.
"Olha, Sullivan--"
"Você vai ter que começar a me chamar de Chloe."
"Chloe", ele disse, sorrindo um pouco. "Eu acho que você está se subestimando. E de qualquer jeito, se você realmente quiser, não é tarde para voltar atrás."
Ela virou a cabeça para olhar pra ele. "Isso", ela disse, "é uma grande mentira."
Ele deu de ombros. "Certo, é, mas podemos contar a verdade pra todo mundo."
"Não", ela balançou a cabeça. "Regra número dois."
"Ninguém pode saber", ele disse por ela, sorrindo um pouco. "Você é uma mulher dedicada."
Ela assentiu. "Nunca desisto."
"Bem, Chloe Sullivan", ele disse. "É melhor você tomar um pouco de água antes de ir pra cama esta noite, ou você vai me odiar de manhã ainda mais do que já me odeia."
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Mais genteeeee, povo devagar!! Cadê o beijo??!?
ResponderExcluirJUARAVA que ia rolar, :( hahahaha
Aline
Pois é, ficamos com só com o gostinho, mas calma, Aline, a esperava vai valer a pena...
ExcluirHahahahahhahaha
ResponderExcluirSó mesmo a Chloe pra mudar de assunto de forma tão natural e inesperadamente... tão Chloe!!
E sério que ela está reclamando por ter que beijar o Oliver?! Nojento?!! ... ...Oooooi???!!!
GIL
Isso é MUITO Chloe, né? Vamos ver se em breve ela ainda terá essa habilidade!!! rs...
Excluir(atrasaaaaaaaaaaaada)
ResponderExcluirEsse troca-troca de informações é muito bem escrito... E a Chloe bêbada rende muitos risos!!