Never A Bride (15/27)

Título: Noiva Jamais

Resumo: Quando um jornal publica uma falsa notícia de noivado entre Oliver Queen e Chloe Sullivan, e todos os seus amigos ficam animados, Chloe e Oliver decidem fingir um falso noivado e terminar, para provar a seus amigos o quão errados eles são um para o outro. Porque eles vão terminar, certo?

Autora: the_bluesuede

Classificação: NC-17

Categoria: Romance/Humor.

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Nota: Esta tradução foi sugerida pela Ciça. 

Oliver fingiu uma expressão chocada. “Você? Diversão? Eu me recuso a acreditar.”

“Oh, cala a boca.”

“Sério. Quando foi a última vez que você se divertiu? E casamento de amigos não conta.”

Chloe já se preparava para uma resposta indignada quando a limusine parou e o motorista veio ajudá-la a sair, luzes brilhando ao redor dela enquanto ouvia os cliques das câmeras.

“Srta. Sullivan! Aqui!”

“Quem desenhou o vestido?”

“É verdade que você está contratando um estilista desconhecido para fazer seu vestido de noiva?”

“Quando é o casamento?”

Se era possível, eles ficaram ainda mais exigentes quando Oliver saiu do carro, atraindo perguntas sobre a aposentadoria de Robert Queen, se Oliver tinha planos para a empresa do pai, e sobre os rumores de que ele e Chloe estavam planejando ter filhos assim que se casassem.

Chloe respondeu algumas perguntas, creditando Benito por seu vestido e pelo terno de Oliver enquanto cuidadosamente se esquivava de perguntas sobre seu relacionamento, embora Oliver parecesse achar essas perguntas mais divertidas. Chloe o encontrou brincando com a mídia um pouco mais que o necessário depois de se livrar do representante da revista People.

“Ainda não decidimos o local”, Oliver estava dizendo a um tabloide. “Chloe quer se casar em uma igreja e eu quero ir para um lugar exótico-“

“Oliver!” Chloe puxou seu braço, tentando não rir muito e entregá-lo. Oliver deu um olhar às câmeras, dando de ombros enquanto ela o arrastava. “Você não consegue se controlar”, ela acusou.

Oliver simplesmente riu. Eles checaram a bolsa de Chloe e foram levados ao salão principal que continha as exibição de pedras e geologia do Museu.

Assim que a porta se abriu, Chloe acrescentou por sobre o ombro, com um olhar brincalhão, “e quem disse que eu não quero me casar em um lugar exótico?”

Oliver pareceu surpreso e estar se divertindo. “Oh, ela faz piadas agora.”

Chloe apenas deu um risinho, mas logo foi distraída pelo fato de que tinham adentrado uma sala repleta dos mais ricos de Star City, mas ninguém estava conversando, estavam todos olhando para ela e Oliver.

“O que está acontecendo?” Oliver perguntou confuso.

Chloe deu de ombros levemente para indicar confusão, então sussurrou. “Nossa mesa é aquela”, ela disse assentindo na direção da parede oposta.

Enquanto seguia com ela na direção apontada, Oliver começou a entender porque as pessoas estavam olhando. Em um mar de safiras, esmeraldas, ametistas e rubis, o vestido dourado sobre a pele pálida de Chloe, e mesmo seu terno, se destacavam espetacularmente. A julgar pelo olhar no rosto de Chloe, ele deduziu que mesmo trabalhando com a indústria da moda, ela não previra aquela reação. Ele tinha que reconhecer que ela parecia uma espécie totalmente diferente das outras mulheres ali. Enquanto as outras mulheres tomaram o tema pedras preciosas mais literalmente, usando joias enormes e brilhantes, Chloe usava apenas um par de brincos. Havia uma mulher repleta de safiras com sombras que combinavam, um cavalheiro com uma gravata brilhante, e um casal com máscaras de rubi.

“Acabou de me ocorrer”, Oliver disse, puxando a cadeira para Chloe se sentar. “o tom dourado se qualifica como pedra preciosa?”

Chloe estava arrumando a saia para que pudesse se sentar confortavelmente na cadeira, e ela olhou pra ele. Seguindo sua linha de pensamento, ela olhou ao redor da sala e assentiu. “Entendi”, ela concordou, dando um risinho. “Bem, Benito conseguiu o que queira. Todo mundo vai falar dele agora.”

Oliver sorriu. Ele estava impressionado que Chloe tenha escolhido um estilista menos conhecido para fazer o vestido daquela noite. Seria muito bom para a carreira dele ter a editora da Whistle o aprovando.

“Oliver, Chloe! Como vocês estão?”

Chloe se virou para ver Laura e Robert Queen se aproximando, a primeira com os braços estendidos. Ela usava um vestido em verde que combinava incrivelmente com ela. Havia uma presilha verde no cabelo, e no pescoço ela usava um colar discreto de peridotos, mas muito bonito. Chloe percebeu pela primeira vez o quanto a pedra combinava com os olhos da Sra. Queen. Robert Queen estava igualmente deslumbrante coordenando gravata e colete.

Olhando ao redor da mesa, Oliver notou que alguém tinha – meio que naturalmente – pensado em sentá-los junto aos seus pais. Ele estava vagamente ciente que seus pais estariam ali, pois sua mãe era particularmente apegada ao museu. Mas com toda a correria para ficar pronto no último minuto, esqueceu da presença deles. Ele observou Chloe imediatamente se levantar da cadeira, apesar de todo trabalho que teve para sentar.

“Sra. Queen!” Chloe cumprimentou alegremente, abraçando sua suposta futura sogra.

“Oh, Chloe!” Laura balançou a cabeça. “Você pode me chamar de Laura, eu insisto!”

Chloe sorriu. Ela supôs que poderia usar ‘Laura’. Se fosse ‘mãe’ seria um pouco demais. Ela ignorou a sensação de estar tão ligada a Laura Queen como se fosse sua própria mãe.

“Vejo que você está atrasado como sempre, filho”, Robert cumprimentou Oliver, erguendo sua taça da mesa e tomando um gole.

“Ei, estou sempre na hora. Ela é que precisa de todo o tempo extra para ficar pronta”, Oliver gesticulou na direção de Chloe.

Robert sorriu, observando sua mulher conversar com Chloe. “Ah sim, mas a espera sempre vale a pena, certo?”

Oliver ergueu a sobrancelha e olhou para as mulheres. “Sim...” ele disse após um segundo. “Entendo o que quer dizer.”

As mulheres engataram uma conversa sobre o trabalho de Chloe, e Oliver passou a estudá-la. Ele foi tirado de seu transe quando um representante do museu tomou o palco, agradecendo o apoio de todo mundo e outras retóricas que ele escutou parcialmente. A mulher tomava toda sua atenção, pelo menos até ela chamar Dinah Lance. Dinah apareceu num vestido preto, que brilhava sob as luzes, um colar de ônix ao redor de seu peito e pendendo até o busto. Uma orquestra começou a tocar e ela começou a cantar uma ária de Don Giovanni, que estava programada para ser filmada no ano seguinte, com ela no papel de Elvira. Era publicidade, é claro, mas era uma bem inspiradora. Quando Dinah cantou, o mundo congelou, taças tremeram, lustres balançaram. Oliver olhou para Chloe pelo canto dos olhos. Ela estava paralisada, em transe enquanto assistia sua amiga, era como se tivesse o ar preso na garganta, com medo de se mover. Ela estava linda, ele percebeu, totalmente encantada pela música, o rosto brilhando em resposta a tanta beleza. Oliver tentou se lembrar da história da ópera, e do personagem de Dinah. Tentou se lembrar de que cena ou de que ato era, mas falhou. Ele se lembrava que Elvira havia sido enganada pelo mulherengo Don Giovanni, e no início prometeu vingança a ele. Mas assim que foi persuadida a acreditar que Don se preocupava com ela – embora ele não se preocupasse – ela ficou com pena e tentou protegê-lo daqueles que queriam sua cabeça. Ele pensou nos romances passados de Chloe, aqueles homens que a feriram tanto. Como ela se sentiria em ver Jimmy novamente? Ela sempre teria uma queda por Davis? Os pensamentos giravam em sua cabeça, fazendo-o se sentir zonzo e chateado. Claro, ela nunca voltaria para nenhum daqueles homens. Para começar, ela jamais foi atrás de Jimmy, que estava noivo. Davis... bem, ele estava fora de sua vida. Havia alguma chance de ela deixá-lo voltar? Mesmo que ele limpasse sua barra? Aquelas feridas eram claramente muito profundas. Mas ele estava começando a ver o lado mais suave de Chloe. Como Elvira, ela só desejava ser amada. Por baixo da fachada aborrecida, ela era terna como qualquer outra pessoa ingênua.

A música parou e o salão inteiro aplaudiu. Bis foi pedido enquanto Dinah fazia uma reverência, revelando uma fenda sedutora em seu vestido que subia por toda sua coxa. Oliver sorriu momentaneamente, pensando em AC vendo aquilo em algum lugar. Ele ficaria desesperado para colocar as mãos em sua mulher depois, só para mostrar para todo mundo que ela estava com ele. Eles eram um time perfeito, Dinah e AC, e ele não podia imaginar um casal mais perfeito que aquele. Dinah graciosamente ergueu uma mão e a multidão ficou em silêncio imediatamente, voltando a se sentar. Ela se virou para o maestro e sussurrou algo em seu ouvido. Ele sorriu abertamente e assentiu.

Após as primeiras notas o salão reconheceu o tom e explodiu em aplausos, Chloe e ele junto. A orquestra teve que repetir os primeiros versos simplesmente porque o barulho não diminuía para Dinah começar. Era “Habanera”, de Carmen, o papel que tornara Dinah famosa, que a transformou na “Canário Negro” de Star City. Ela sempre seria lembrada por aquele papel.

Chloe estava positivamente brilhando agora, inclinando-se para a frente inconscientemente, como se fosse ficar mais perto da performance de Dinah. De repente a expressão dela mudou, e um sorriso se abriu em seu rosto. Oliver se virou para olhar para Dinah, perguntando-se o que causara a interação. Dinah desceu até a mesa do marido. AC ficando vermelho, tinha se levantado e oferecido a ela uma simples rosa vermelha, colocando atrás do ouvido dela quando ela se inclinou. Ela piscou para ele antes de voltar ao palco.

Eles eram perfeitos. Ele sentiu uma pontada de algo como desejo só de assistir. Ele imaginava que fosse demorar até desejar uma família, mas ver o quanto seus amigos estavam felizes só mostrou o quanto ele queria aquilo para si mesmo.

A música terminou com poderosos aplausos e Dinah graciosamente fez outra reverência antes de gesticular para a orquestra. O maestro fez uma reverência, e ajudou Dinah a sair do palco, e ela foi se sentar com o marido.

Oliver se virou para dizer não sabia exatamente o que a Chloe, apenas para descobrir que outra pessoa havia chegado primeiro.

“Chloe, é tão bom vê-la!” Harvey Dent estava parado ao lado dela e Chloe sorria radiante para ele. Um efeito deixado pela música, é claro, Oliver se relembrou, não em resposta a presença de Dent.

“Harvey!” ela cumprimentou, levantando-se para abraçá-lo. Oliver sentiu a testa franzir levemente. O que Harvey Dent estava fazendo ali? Star City era longe de Gotham. Chloe parecia estar pensando a mesma coisa. “Eu não esperava vê-lo aqui!” ela disse.

“Eu estava visitando um amigo na cidade, então pensei em vir deixar minha contribuição”, o sorriso dele era grande, e ele estava obviamente feliz em ver Chloe.

Oliver clareou a garganta, decidindo interromper a cena. “Harvey”, ele disse, estendendo a mão. “Bom ver você.”

“Você também, Oliver!”

“Estes são meus pais, Robert e Laura.” Os Queens se levantaram enquanto eram apresentados, e Harvey graciosamente cumprimentou a todos. “Mãe, pai, este é Harvey Dent, o promotor público de Gotham.”

“Ouvimos falar de você”, Robert disse. “É um trabalho muito impressionante que você está fazendo lá, meu jovem. Você deve estar orgulhoso.”

Harvey aceitou o elogio antes de se virar para Oliver. “Bem, eu me pergunto, Oliver, se posso roubar sua noiva para uma dança.”

“Claro que pode”, Chloe respondeu por Oliver, que tinha um ‘não’ esperando na ponta da língua. Ele engoliu e assentiu.

“Claro.” As palavras soaram estranhamente forçadas. Ele observou Dent levar Chloe embora enquanto a Orquestra de Star City começava uma valsa.

Chloe sorriu brilhantemente enquanto Harvey a conduzia para a pista de dança. Ela sempre gostou de Harvey. Ele era bonito, e charmoso e, até onde ela sabia, uma boa pessoa.

“Como você está, Chloe? Sinto como se não te visse há décadas.”

Chloe sorriu. “Eu ando ocupada. Presa no trabalho, coisas familiares, sem mencionar casamentos para ir—“

“—e planejar”, ele acrescentou.

Chloe ficou vermelha. Honestamente, ela não fazia nenhuma tentativa de planejar o próprio casamento falso, mas não havia razão para contar isso a Harvey. Em vez disso, ele interpretou seu rosto corado totalmente errado.

Ele sorriu. “Eu tenho que admitir, eu fiquei... desapontado em saber de você e Queen.”

Chloe não sabia bem como responder aquilo, mas ficou tensa nos braços de Harvey. Ela sentia-se culpada pelo que fizera a Harvey. Aceitar sair com ele depois de anos dele pedindo, e de repente ficar noiva de outro homem. Era quase um escândalo e ela se sentia mal por tê-lo chateado. “Escute... Harvey, eu—“

“Não se preocupe”, Harvey disse rapidamente, girando-a pelo salão – quase uma exigência de seu vestido elaborado – “Eu ouvi os rumores sobre vocês dois durante um tempo. Eu fiquei surpreso em saber que vocês estavam noivos, mas não surpreso que vocês estivessem juntos.”

Novamente, ela não sabia como responder aquilo. Ela ficou em silêncio. Ela se permitiu se perguntar, se as coisas fossem diferentes, se aquela repórter idiota nunca tivesse publicado nada sobre ela e Oliver, se Oliver nunca tivesse sugerido que enganassem seus amigos e família, e se a coisa toda não tivesse saído de controle, onde ela e Harvey estariam agora? Eles eram amigos há muito tempo, e Harvey sempre demonstrou interesse romântico. Por causa de seus problemas com os homens, ela sempre desviou das investidas. Mas ela gostara da companhia dele naquela noite em Gotham, gostava de ser objeto do desejo de alguém. Eles estariam namorando agora? Ela teria cedido a algo mais do que ‘só um encontro’ pelo menos?

Ela tentou se lembrar o que sempre a impediu de se comprometer com algo mais do que platônico com Harvey. Era uma luta se lembrar, especialmente agora, quando ele estava tão deslumbrante naquele terno, e usando aquele sorriso brilhante. Mas havia alguma coisa. Algo por trás daquele sorriso que a deixava tensa. E foi a frase seguinte que fez tudo ficar claro.

“Como vão as coisas entre vocês dois? Porque se não estiver funcionando...” Ele parou de falar, tendo dito mais do que qualquer um teria, mas ela o conhecia, e  sabia que o pensamento ainda estava ali. Ele não diria, mas era a mesma coisa. Ele ficaria esperando seu relacionamento falhar. Ele desejaria que falhasse. E ele queria estar ali para pegar os cacos quando acabasse.

Ela percebeu naquele momento. Algo que ela nunca conseguiu identificar naquele tempo todo. Havia uma pequena parte dele que a lembrava de Davis. Ele era bom e decente, mas havia aquele... potencial. Algo sob aquela expressão que a assustava. Em Davis, ela achava aquela pequena sombra, aquele exagero, excitante, encantador. Ela se sentia como a mulher que acalmava a besta. Mas ela aprendera com sua experiência. Aquilo não a excitava mais, era um alerta.  Ela sabia, lá no fundo, que todos os homens, todas as pessoas, tinham aquele potencial para serem boas ou más. Seu relacionamento com Davis a ensinara a ficar longe de pessoas assim.

Ela estava abrindo a boca para mentir, para dizer a ele o quanto seu relacionamento com Oliver era maravilhoso, e que ela não podia se imaginar com mais ninguém. Ela foi poupada quando alguém os interrompeu.

“Posso interromper?”

Oliver vinha observando Chloe dançar com Dent. A viu ficar vermelha e seu comentário rápido a algo que Dent dissera, e finalmente ele decidiu que não se importava. Ele não sabia bem o que esperar da reação de Chloe, mas ficou surpreso ao ver o rosto dela se iluminar com sua presença. Dent percebeu também. Seu sorriso não era mais tão grande, mas era sincero. “Claro que sim. Desfrutem a noite. Chloe”, ele acrescentou, “espero vê-la novamente em breve. Não vá embora sem se despedir de mim.” Ele entregou Chloe a Oliver, que gentilmente passou um braço ao redor dela e continuou a dança.

“Está tudo bem?” ele perguntou, assim que Dent se afastou.

Chloe sorriu, mas não era seu sorriso usual. Era mais contido, até tímido. “Sim, tudo bem.”

“Vocês dois colocaram o papo em dia?” ele perguntou, tentando soar casual, e incerto de porque não parecia casual.

Chloe hesitou por um segundo antes de responder. “Na verdade não. Harvey e eu.... Nós sempre pertencemos a uma história diferente, entende?”

Oliver não tinha certeza se entendia, mas escolheu não perguntar. “Então, será que eu o deixei louco de ciúmes e preparei o caminho pra você se apaixonar por ele assim que terminarmos?” brincou. Ele queria soar como se estivesse apontando uma vantagem do arranjo para Chloe, mas em vez disso ela pareceu um pouco pálida à sugestão. Não querendo pressionar, ele rapidamente mudou de assunto. “Você não respondeu minha pergunta, aliás.”

Chloe pareceu confusa. “Pergunta?”

“Na limusine. Eu perguntei quando foi a última vez que você se divertiu de verdade.”

Ela ficou tão surpresa que riu, e Oliver silenciosamente se elogiou por conseguir fazê-la sorrir. “Eu não sei, Oliver. Mesmo que eu diga a você que sei como me divertir, eu suspeito que você e eu tenhamos ideias diferentes sobre diversão, então não importa a resposta.”

Ele sorriu. “Bom. Agora que concluímos que você não sabe como se divertir”, ele brincou, ignorando os protestos dela, “Eu voto que tiremos o próximo fim de semana de folga para isso. Sem trabalho, sem celulares ou e-mails, nenhuma obrigação familiar. Só a boa e velha diversão.”

Chloe estava pressionando os lábios juntos, tentando não sorrir. Finalmente ela concordou. “Certo, o que você quiser. Mas só porque eu sei que você não vai me deixar em paz até eu aceitar.”

Satisfeito, Oliver gentilmente girou Chloe ao redor, olhando pelo salão para ver o que estava acontecendo. Ele mal notou a mudança de uma música para outra, e viu que Dinah se preparava para cantar novamente. Dent estava conversando com alguns empresários. Seus pais também estavam dançando. Ao redor do salão vários fotógrafos cobriam o evento para suas publicações. Ele imaginou que um fotógrafo da Whistle também deveria estar por ali.

Chloe ficou um pouco tensa. “Oliver... o que aconteceu ontem à noite? Eu me lembro algo sobre uma garrafa quebrada, mas não mais que isso. Eu sei que eu estava... uma bagunça... Eu só queria saber... quer dizer... eu espero não ter dito nada...” ela procurou pela palavra certa “...comprometedor. Ou que te deixasse desconfortável.” Ela olhou pra ele nervosamente. Quando ele hesitou em responder, ela gemeu. “Oh, Deus, eu falei, não foi?” ela implorou.

Oliver refletiu cautelosamente. Era uma coisa ela confiar nele quando estava bêbada. Ele foi apenas um corpo quente, a pessoa que a encontrou tão vulnerável. Ela podia manter seus segredos. Os importantes, pelo menos. “Bem”, ele disse, fingindo ser um babaca, “não muito. Exceto sobre esse tal Jimmy que vai se casar, do qual falamos antes. E que planejamos manter a farsa até depois do casamento dele. E...” ele sorriu maliciosamente pra ela, “Eu descobri que faz muito tempo desde a última vez que você transou.”

Chloe tropeçou, e Oliver rapidamente a segurou com mais força para que ela não caísse. “Oh meu Deus, oh meu Deus, oh meu Deus...” Chloe murmurou, seu rosto vermelho de humilhação.

Certo, talvez ele tenha exagerado na babaquice. Ele ficou com pena dela. “Escuta, Chlo, você tem que saber que...” ele parou, franzindo a testa. O que ela tem que saber? “Você tem que saber que você merece sexo.”

Chloe deu uma risada aguda e envergonhada. “Como é?”

“Estou falando sério. Você merece um namorado e eventualmente um noivo e um marido. E ser tratada bem. E respeitada. E você merece um realmente bom, de dobrar os dedos dos pés, de fazer a terra tremer, sexo com alguém que queira fazer você se sentir bem, e não alguém que só queria tirar algo de você ou que espera que você só esteja disposta a dar coisas.”

Chloe tinha a boca levemente aberta. Ela estreitou os olhos. “O que exatamente eu disse ontem à noite?”

“Nada demais, eu juro. Eu só estou fazendo uma observação. Você é uma boa pessoa. E quando estivermos fora desse arranjo, eu só quero ter certeza que você fique com o cara certo. Então eu acho que alguém precisava te dizer isso. Seja lá pelo que você esteja se punindo ou do que esteja se protegendo... apenas... você cumpriu sua pena, ok? E você não tem que se preocupar em se sentir segura, porque eu vou pessoalmente ferir qualquer pessoa que faça você derramar uma lágrima.” Ele parou de falar, surpreso. Ele não tinha intenção de dizer tudo aquilo. Mas logo percebeu que era verdade. Chloe era sua amiga, e ele cuidava de seus amigos, certo? Então não havia nada errado que ele quisesse acabar com quem a fizesse sentir dor. Era um sentimento completamente natural. Ele só se sentia particularmente protetor porque agora sabia tudo que ela tinha passado.

Chloe estava olhando pra ele, incerta do que dizer. Seu rosto ainda estava vermelho, e ela podia sentir o coração acelerado. Borboletas voavam desconfortavelmente em seu estômago.

Oliver olhou ao redor novamente procurando um novo assunto, qualquer coisa para aliviar o clima. “Então, a Whistle está cobrindo este evento?”

Surpresa pela repentina mudança de assunto, Chloe assentiu. “Paul está perto da tigela de ponche”, ela assentiu na direção dele. Enquanto respondia, ela começou a perceber que havia várias câmeras apontadas para eles.

“Então, você ouviu dizer que nosso beijo está valendo um milhão de dólares?” Oliver perguntou, sua mente seguindo a dela.

Ela riu. “Um? Ouvi dizer que vale dois milhões.”

Ele sorriu. “Sério? Eu sinto como se valêssemos mais do que isso. Quer dar uma folga aos pobres fotógrafos?” ele perguntou.

Chloe olhou pra ele. “Não.”

Ele deu um risinho. “Aw, Sullivan, estou ferido. Sou tão repulsivo assim?”

Ela balançou a cabeça. “Não, é só que... é que...”

“Ei, temos que manter esse relacionamento convincente. Você não acha que alguém vai achar estranho que não demonstremos nenhum afeto em público? Somos jovens e apaixonados. Não deveríamos conseguir tirar nossas mãos um do outro.” Ele piscou.

O pulso de Chloe estava acelerando. Mas não pelas razões certas. Ela deveria estar irritada com ele, mas em vez disso, ela continuava pensando sobre como foi bom beijá-lo na festa de noivado. Parte dela queria saber se aquilo fora apenas um acaso ou seria tão bom uma segunda vez. “Bem...” ela começou, olhando nervosamente para os fotógrafos. “Quer dizer, se você acha que é necessário...” ela brincou.

Oliver sorriu. “Definitivamente.” Por que ele estava tentando tanto beijá-la novamente? Ele estava aliviando o clima. Era isso.

Por que os dois estavam tão sérios, então?

Lentamente, Oliver levantou o queixo dela em sua direção. Ele estava apenas sendo dramático para os fotógrafos, era só isso. Ela partiu os lábios e ele pôde sentir a respiração dela acelerar, então ele a puxou um pouco mais perto. Lentamente, dando a ela tempo para desistir, ele se inclinou, deixando os lábios tão perto dos dela que eles roçaram levemente. Ela arfou e ele entrou, cobrindo a boca com a dele. Um pequeno barulho escapou da garganta de Oliver, e ele teve que se controlar.

Que diabos eu estou fazendo? ele se perguntou, afastando-se rapidamente. Chloe estava olhando pra ele, e ele podia ver que ela estava ainda mais vermelha que antes.

“Bem”, ele disse secamente, incerto do que fazer. “Eu diria que este vale pelo menos três milhões.” Ele piscou, agindo como se não estivesse tão impressionado.

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DEZESSEIS

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