18.5.15

Never A Bride (22/27)

TítuloNoiva Jamais
Resumo: Quando um jornal publica uma falsa notícia de noivado entre Oliver Queen e Chloe Sullivan, e todos os seus amigos ficam animados, Chloe e Oliver decidem fingir um falso noivado e terminar, para provar a seus amigos o quão errados eles são um para o outro. Porque eles vão terminar, certo?
Autorathe_bluesuede
Classificação: NC-17
Categoria: Romance/Humor.
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Nota: Esta tradução foi sugerida pela Ciça. 


Estava ficando muito confortável, Chloe percebeu.

Era manhã de Natal, e ela acordou na cama de Oliver, os dois nus, membros entrelaçados, corpos doloridos do jeito mais luxurioso. Quando ela acordou, encontrou-se compelida a dar um beijo no ombro dele. Como ele não acordou, ela começou a beijar o pescoço até sentir os braços dele se apertarem ao seu redor e um gemido de satisfação escapar os lábios dele, exatamente antes de ela languidamente beijar seus lábios como saudação de bom dia.

Ele os girou, correndo a mãos pela coxa dela e envolvendo a perna ao redor de sua cintura, todo o tempo ela correndo as mãos pelas costas dele, cada músculo maravilhosamente familiar.

"Feliz Natal", ela sussurrou contra os lábios dele e ele sorriu.

"Isso porque queríamos ficar acordados a noite inteira."

"Você acabou comigo."

"Deveríamos trabalhar na sua energia."

Ela bufou. "Como se você não tivesse adormecido também."

"Verdade." Ele correu os lábios pela garganta dela, sonolento.

"Acho bom descermos logo para o café. Seus pais não estão nos esperando?"

"Eles podem esperar. Seus lábios ainda estão com gosto da bebida", ele disse, beijando-a mais profundamente.

Chloe suspirou contra sua boca, e ela subiu as mãos para o pescoço dele, segurando-o mais perto, e foi quando de repente, ela sentiu o quanto incrivelmente confortável ela se sentia. Muito confortável. Confortável demais.

Ela estava deitada na cama, nua com aquele homem, num momento pós-coito, e estava pensando em transar com ele como se não fosse nada demais, porque já tinham feito isso antes. Mas eles nem estavam juntos! Eles estavam fingindo estar juntos! Como as coisas podiam ter ido tão longe? Ela percebeu que algumas vezes não tinha certeza de onde a farsa terminava e a realidade começava.

Oliver, que estava mais em sintonia com ela do que deveria, se eles fossem realmente apenas parceiros sexuais, notou sua repentina tensão e se afastou durante o beijo. "Alguma coisa errada?"

"Eu... não. Eu só, hum, percebi que esqueci de mandar um cartão de Natal para uma pessoa", ela mentiu. "Mas não é nada de mais."

"Você pode resolver isso amanhã", ele disse antes de correr os dentes pelo ouvido dela. "Ou não resolver."

Ela tentou relaxar; era difícil não relaxar quando ele conhecia o truque de chupar o ponto abaixo de seu ouvido. Isso sempre a distraía.

Mas então lhe ocorreu o quanto um detalhe como este era íntimo e era excepcionalmente preocupante que ele soubesse disso.

"Pare de pensar em cartões de Natal."

"O quê? Oh, certo. Desculpe."

Oliver franziu a testa um pouco, como se estivesse começando a perceber que algo além dos cartões de Natal a estava incomodando, então ela rapidamente mudou de direção. Ela tentou tirá-lo de cima dela, mas ele apenas os rolou de volta, para que ela estivesse sentada sobre a cintura dele.

"Acho melhor descermos. A última coisa que eu quero é que seus pais venham nos procurar."

Oliver ergueu as sobrancelhas. "Acho que o barulho os faria ir embora assim que chegassem na porta."

"UGH!" Chloe riu, pegando um travesseiro e batendo nele, o corpo dele tremendo com a risada. Ele pegou o travesseiro e a prendeu embaixo dele novamente, equilibrando-se em cima dela.

"Você não estava envergonhada ontem à noite."

"Sim eu estava, mas então você fez aquela coisa com sua língua", ela choramingou.

Oliver lhe deu um olhar divertido. "Que coisa?"

"Você sabe exatamente do que eu estou falando. V--"

Houve uma batida na porta.

"Oliver? Vocês vão descer ou vão dormir o dia todo?"

O rosto de Chloe ficou vermelho e Oliver teve que enterrar o rosto no travesseiro para abafar a risada. "Estamos indo, mãe. Só vamos trocar de roupa."

"Oh, desçam assim mesmo. Seu pai e eu ainda estamos de pijamas."

Chloe deu um tapa no braço de Oliver. "O-kay", ele falou. "Já vamos."

Eles ouviram o som dos passos dela se afastar antes de desabarem em risadas.

__________

O momento de paz durou pouco para Chloe. Logo depois, ela voltou às suas preocupações. Quando ela se tornara tão complacente? Como ela deixou Oliver conhecer cada aspecto de sua vida? Ela supôs, enquanto observava Laura e Robert abrirem outro presente de Natal, que era apenas natural. A farsa vinha acontecendo há tanto tempo que eles foram forçados a passar quase todos os momentos juntos. De alguma maneira, no caminho, a linha entre ficção e realidade ficou borrada. Quando ela parou de odiá-lo?, ela se perguntou. Ela distintamente se lembrava de achar Oliver Queen um canalha. E então, lentamente, ela parou de odiá-lo e começou a se sentir mais neutra. Eventualmente eles se tornaram amigos e então... sexo.

Sexo complica tudo. O que eu estava pensando? Lois e Dinah não sabem tanto sobre mim quanto Oliver sabe a esta altura.

Ela deu um olhar desconfortável a Oliver, que ergueu as sobrancelhas em dúvida, obviamente tendo notado que ela parecia distraída.

E o que ela estava fazendo ali? Ela olhou de volta para os Queens. O que ela estava fazendo com aquelas boas pessoas? Sim, ela e Oliver tinham prometido um ao outro encontrar uma maneira de terminar as coisas amigavelmente, para que ainda pudessem ser amigos, mas Robert e Laura algum dia a perdoariam por dar o fora em seu filho? Ela jamais teve a intenção de se aproximar da família dele, muito menos apresentá-lo à sua. Ela olhou para o anel brilhando em sua mão; uma herança da família Queen. Aquilo deveria ter durado um mês ou dois, e então acabar, para provar um ponto.

Tinha que terminar.

E ia terminar. Poderia demorar mais alguns meses, mas chegaria a um término. E eles parariam de transar também? O pensamento fez seu corpo todo doer, e o fato em si a apavorou. Ela não queria sentir falta ou precisar dele. Ela estava se metendo em problemas.

Mas ela podia terminar? Ela podia realmente dizer a ele que eles tinham que parar de transar, para que ela pudesse voltar para a realidade? A ideia era humilhante. E ela mal podia admitir para si mesma que ela realmente, realmente não queria parar. Ela vinha brilhando no trabalho de tão bem que se sentia ultimamente.

"E eu tenho mais uma surpresa, na verdade", Robert disse, interrompendo os pensamentos de Chloe. "É para vocês dois", ele disse, passando um envelope a Chloe e um a Oliver.

"Robert, o que você fez?" Laura perguntou, parecendo se divertir.

"Eu não tenho que te contar tudo, embora você pense que sim."

"O que é?" Oliver perguntou curioso, virando o envelope antes de abrir o selo.

"Vamos. Abra!" Robert pressionou Chloe, ignorando seu filho.

Mordendo o lábio, Chloe abriu o selo do envelope e puxou alguns papeis de dentro. Havia uma passagem de avião para a ilha Grand Cayman e uma lista de imóveis disponíveis.

Chloe olhou para cima e viu que Oliver tinha os mesmos papeis que ela.

"Para a lua-de-mel de vocês", Robert disse, brilhando. "Acontece que um amigo meu estava tentando vender sua casa de férias, e ele me cobrou um bom preço. Quando vi, sabia que tinha o nome de vocês. Considerem um presente de casamento antecipado."

Chloe nunca se sentiu tão horrorizada na vida. Mas felizmente eles confundiram suas lágrimas como sendo de alegria. "Isso é realmente lindo...e generoso", ela falou, algumas lágrimas caindo sobre a passagem de avião. Ela as enxugou rapidamente, balançando a cabeça. "Sério, é demais... eu não posso... obrigada."

Ela era filha de Satã e ia para o círculo mais profundo do inferno.

Oliver se aproximou e deu um beijo no alto de sua cabeça, puxando-a para um abraço. "Estamos ansiosos, pai. Obrigado", ele apertou a mão de seu pai.

"Oh, Robert", Laura disse, jogando os braços ao redor de seu marido. "Você é tão romântico."

__________

Uma semana depois, Oliver estava convencido de que havia alguma coisa errada com Chloe. Eles estavam numa enorme festa de Ano Novo oferecida por um dos maiores clubes de Star City, e desde a manhã de Natal, Chloe vinha agindo de modo estranho. De repente ela parecia desconfortável perto dele. Só um pouco. Ele colocava a mão em sua cintura e ela se afastava, mas então parecia se lembrar de que era ele e relaxava de novo.

Parte dele se perguntava, enquanto tomava seu uísque, se ele tinha feito algo errado. Ele tinha ido longe demais na cama em algum momento? Ou a assustado? E se eu fiz algo que a fez se lembrar de um dos ex? ele se perguntou com uma sensação de enjoo no estômago. Ele a observou flertar distraidamente com o garçom e várias cenas passaram diante de seus olhos, tentando pensar em um momento onde ele tenha forçado a barra.

Começou na manhã de Natal, definitivamente. Ela estava triste por ele tê-la pressionado a transar na casa de seus pais? Na época, ele não pensou que fosse nada de mais, considerando que a parede do quarto de seus pais fica longe, do outro lado do corredor, mas talvez ela realmente não tenha ficado bem com isso.

Tudo que ele sabia era que nos últimos seis dias, ele se encontrou ficando cada vez mais preocupado com a vida pós-Chloe. Ele sabia que o acordo terminaria em breve, seria apenas o tempo de cancelarem, mas isso não significava que o relacionamento físico tinha as mesmas regras. Eles podiam terminar amanhã, se Chloe pedisse. Oliver respeitaria a vontade dela. Mas a ideia de perder o que ele e ela tinham, fazia seu peito doer de um jeito que uma parte dele desconfiava que não tinha nenhuma relação com a libido.

O garçom finalmente entregou um coquetel laranja a Chloe e ela se afastou do bar, olhando ao redor do salão até encontrar Oliver. Quase imperceptivelmente, ela hesitou, e talvez ninguém tenha notado, mas Oliver percebeu. Ele a observou atravessar o salão até alcançá-lo, sorrindo.

"Bela festa, não é?"

"Vão falar disso durante semanas", ela respondeu, tomando a bebida, olhos brilhando.

"Chloe... está tudo bem com você?" Oliver finalmente perguntou.

Ela ergueu a sobrancelha. "Sim, por quê?"

"É só que..." ele franziu a testa. "Você parece distraída. Tem certeza?"

Ela rapidamente tomou a bebida, e ele não pode deixar de pensar que ela estava atrasando a resposta. "Sim, claro."

"Eu não... é só que... desde o Natal, você parece longe, é só isso", ele disse, escolhendo as palavras cuidadosamente. "E escuta, eu só queria me desculpar se te pressionei a transar na noite de Natal. Eu sei como você sentiu estranha com os meus pais estando em casa."

Chloe colocou uma mão em seu braço, rindo. "Oliver, você não me forçou a fazer nada que eu não quisesse. E enfim, seus pais estavam do outro lado da casa. Não foi nada demais. Relaxa", ela disse, quase como se estivesse dizendo a mesma coisa a si mesma. "Estamos bem. Não há nada errado."

Oliver não tinha certeza se acreditava, mas o aperto em seu peito ficou um pouco menor. "Bom", ele disse, puxando-a mais perto, feliz que ela não tenha se encolhido. "Porque estou esperando você terminar a bebida para podermos dançar." Ele piscou pra ela.

E lá estava de novo, a pequena hesitação nos olhos dela antes de sorrir. "Certo. Vamos dar um show, não vamos?" ela acrescentou.

Oliver franziu a testa. "Er... certo. Enfim, eu sou um grande fã de quem fez a roupa que você está usando. Acho que vou mandar um presente de Natal atrasado para a pessoa. Acha que ela gostaria de uma viagem às Ilhas Cayman?" ele brincou.

Chloe deu risada, jogando a cabeça para trás, e permitindo a ele a oportunidade de realmente admirar o vestido. Seda brilhante num tom de cinza, parecia quase líquido, caindo sobre as curvas do corpo dela do jeito mais elegante. Uma alça cruzava elegantemente seu ombro num top assimétrico, e para balancear, do lado oposto, uma fenda sedutora em toda sua coxa, implorando para Oliver deslizar a mão por dentro e acariciar a suave pele de sua perna.

"Oliver, olhos no prêmio, tigrão", Chloe alertou, notando o olhar quente dele e arrastando sua atenção para cima.

"Eu pensei que elas fossem", ele brincou.

Ela revirou os olhos, engolindo nervosamente. "Que tal aquela dança?" Ela tomou o último gole da bebida e o arrastou para a pista de dança.

Oliver supôs, olhando para trás, que foi a dança. Talvez tenha sido a música. Ou o cheiro do perfume dela. Podem ter sido os olhares de inveja que ele recebia de quase todos os homens no local, sem mencionar algumas mulheres. Pode ter sido o vestido. Havia ainda uma boa chance de ter acontecido simplesmente por causa da sensação do corpo dela pressionado ao seu, ali para todo mundo ver. Ou realmente, talvez tenha sido o fato de que ele passara a semana obcecado em como as coisas terminariam com Choe.

Seja lá o que tenha sido, finalmente conseguiu fazer a mensagem chegar.

Ele não queria terminar.

O pensamento consumia, devorava cada átomo de sua existência. Ele finalmente sabia que a coisa toda com Chloe, aquele jogo, em algum momento do caminho, parara de ser um show. E sexo... Oh pelo amor de Deus. Alguma vez foi apenas sexo? ele se perguntou. Desde o primeiro dia, fora cuidadoso e intencional, com excessivo cuidado com as necessidades dela. Mais do que ele fora com suas ex-namoradas, e ainda mais para uma situação de amigos com benefícios. Chloe sempre foi especial porque ele conhecia sua história e se importava muito com o bem-estar dela. Ela nunca foi uma transa apenas para saciar uma necessidade, apesar do jeito que ele deixou a entender para ela no começo.

Ele não tinha certeza sobre quando aconteceu... emoções eram engraçadas assim. Apenas o envolveu. De repente, ele percebeu como era horrível a ideia de acordar sem ela. Quão solitária seria sua vida depois que eles terminassem? Tudo que ele sabia era que ele não queria ter ido tão longe.

Quando ela parou de se mover, ele pensou por um terrível momento que ela tivesse lido seus pensamentos, mas ela olhava para a distância. Ele seguiu o olhar dela e a direção de seus sorrisos e viu que os fogos tinham começado. Ela o levou até o balcão do clube para que pudessem ver melhor o céu, e ele passou os braços ao redor dela por trás, impedindo que ela ficasse com frio, mas também apenas para abraçá-la. Ele não tinha percebido quão perfeitamente ela se encaixava contra ele. Era como se fossem peças de um quebra-cabeça que alguém tentara montar do jeito errado. Parecia que eles não se encaixariam a princípio, mas depois de mais alguns giros, eram a combinação perfeita.

As pessoas começaram a contagem regressiva e Chloe se juntou a elas. Antes que pudesse dizer "Um", ele cobriu sua boca com a dele.

Chloe, quando foi que eu me apaixonei por você?

Ele deveria ter dito mais do que tinha intenção com o beijo, porque quando se afastou, os olhos de Chloe estavam queimando.

"Você quer ir para casa?" ele perguntou, ela apenas assentiu. Algo em seu peito sibilou de felicidade por ela pensar em seu apartamento como a casa dela. Seu apartamento. Sua cama. Seu corpo. Ele.

Eu definitivamente tenho uma chance.

__________

Eu não tenho nenhuma chance.

Uma guerra interna ocorria em Oliver durante todo o caminho do clube até seu apartamento. Borbulhou quando ele a pressionou contra a parede do elevador e beijou-a até ela praticamente mal conseguir respirar. Explodiu enquanto ele prendia a perna dela em seu quadril e se batia contra ela, deixando seus desejos bem claros. E entrou em fúria enquanto ele a carregava dentro de seu apartamento direto para o quarto, tirando os sapatos e deixando-os junto aos acessórios dela pelo caminho. Um colar, alguns grampos, a bolsa... tudo ficou pelo caminho antes de eles chegaram à cama.

Ele tirou o vestido líquido em poucos movimentos e seu peito grunhiu possessivamente ao ver o corpo maravilhoso dela, quente e vermelho pra ele.

Eu tenho uma chance porque esta é Chloe-Ann-Sullivan, e quem mais ela se deixou ver desse jeito? A pele iluminada pela luz da lua que invadia o quarto, as curvas suaves de seus seios seduzindo-o. O mergulho de sua cintura e quadris pediam pelo toque de suas mãos. As únicas coisas que ela usava eram um par de brincos de cristal, calcinha de renda preta, e um par de saltos cinza.

Chloe o observava cuidadosamente, procurando em seu rosto com o que só poderia ser desconfiança, porque algo definitivamente estava acontecendo com ele, mas ele não se importava. Ele tirou a gravata e o casaco antes de desabotoar a camisa.

Na maior parte dos dias, ela mal lhe dava a chance de tirar a própria roupa, ou fazia isso por ele, ou o distraía antes que ele terminasse. Mas naquela noite ela estava parada, o peito subindo e descendo com respiração elaborada enquanto o observava tirar cada peça de roupa até ficar nu.

Gentilmente, ele a pressionou contra a cama onde ela se deitou apoiada nos cotovelos para observá-lo, e ele mudou de ideia de novo.

Eu não tenho chance. Ela é boa demais pra mim. Inferno, eu acho que ninguém é bom pra ela.

Ele passou as mãos ao redor de uma das coxas dela, prendendo seus olhares enquanto a levantava levemente, correndo as mãos todo o caminho até a curva de sua coxa, o pulso sob o joelho, e o suave arco da panturrilha dela até alcançar seu pé, do qual ele tirou o sapato. Ele fez o mesmo com a outra perna, garantindo que sua mão roçasse a calcinha quando ele começou do alto novamente. O segundo sapato caiu no chão.

Com extremo prazer, ele prendeu os dedos na calcinha dela e a arrastou para baixo por seu corpo, passando-a pelos calcanhares dela antes de jogá-la de lado, olhos nos dela o tempo todo.

Seu olhar deve ter sido muito intenso, porque ela parecia nervosa, quase como se nunca tivessem feito aquilo antes, e realmente, Oliver pensou vagamente, não tinham. Eles tinham transado bastante, claro, mas os dois sabiam, Oliver esperava que ela soubesse, que daquela fez era diferente.

Ele subiu sobre ela na cama, correndo os lábios pela barriga dela e um de seus seios, até a garganta, até ele encontrar seus lábios, pressionando-a toda na cama. Suas mãos se encontraram e eles entrelaçaram os dedos momentaneamente, levando as dela até sua cabeça. Ele desceu a língua em sua boca e languidamente acariciou a dela, deixando-a saber que seria daquele jeito aquela noite: lento, deliberado, avassalador. Ele se afastou, e, pressionando um joelho entre suas pernas para afastá-las, seu coração ficou preso na garganta. O cabelo dela estava espalhado, os olhos redondos e escuros enquanto olhava para ele, ela estava totalmente vulnerável aos seus desejos. Olhando para ela, ele foi invadido por um desejo de dizer que a amava e teve que engolir. Em vez disso, ele correu as mãos pelos quadris dela até sua cintura, impressionado com o quanto ela era pequena, seus polegares conseguindo se encontrar facilmente sobre a barriga dela. Ela estava começando a se bater sob ele, ansiosa para que ele parasse de demorar e fosse direto ao ponto.

Ele não via necessidade de correr.

Ele subiu as mãos pelos seios dela e gentilmente os apertou, observando sua boca se abrir e a cabeça se inclinar para trás, num prazer silencioso. Ele correu os polegares por sobre os mamilos rígidos e ela arqueou as costas em suas mãos. Sim, mais, significava. Toque-me mais. Dê-me mais. Eu quero você. 

Ele estalou os polegares contra eles novamente e ela choramingou suavemente. Ele os apertou gentilmente e ela gemeu, quadris também se batendo para a frente agora. Ele se inclinou e chupou um mamilo em sua boca, banhando-o com a língua e segurando os quadris dela na cama com as mãos, para que pudesse desfrutar daquele momento.

"Oliver." Foi um meio sussurro, um meio gemido e era música para seus ouvidos. Isso mesmo. Não esqueça quem está fazendo isto. Sou eu quem te faz sentir assim. 

Talvez ele tivesse uma chance.

Ele trocou de seio e o ritmo da respiração dela aumentou, uma das mãos agarrando a cabeceira da cama junto a sua cabeça, a outra se emaranhando em seu cabelo. Enquanto ele continuava a dar atenção ao seio dela, ele desceu uma mão antes de corrê-la por sobre seu centro. Ele afundou seus dedos entre suas dobras e descobriu-a encharcada. Soltando seu seio, ele se apoiou contra o antebraço, observando o rosto dela se contorcer de necessidade e prazer enquanto corria círculos leves sobre seu clitóris.

Houve vezes em que ele fizera isso com ela durante uma hora, dedilhando-a enquanto ela gozava múltiplas vezes com sua mão. Ele se lembrou da primeira vez que estiveram juntos, quando foi sua língua que a levou ao prazer uma vez seguida da outra. Mas naquela noite ele não estava interessado em adiar sua oportunidade de estar dentro dela. E ele sabia, por pressionar os dedos fundo dentro dela, que ela estava mais do que pronta para ele. Como as coisas tinham mudado.

Ele retirou a mão e ela arfou, olhos se abrindo novamente. Quando seus olhares se encontraram, tanto ele quanto Chloe se encontraram momentaneamente incapazes de desviar o olhar. Novamente, enquanto ele afastava mais as pernas dela e se posicionava entre elas, ele teve que engolir aquelas três palavras ameaçadoras.

Deus, por favor, faça com que haja um momento em que eu possa dizê-las. Logo. 

Os olhos de Chloe estavam escuros com luxúria e seus lábios levemente inchados enquanto soltava a mão do cabelo dele e deslizava por seu pescoço até o ombro. Ele agarrou o braço ele com força quando ele pressionou a longa curva de seu pau contra seu centro escorregadio, correndo-o contra suas dobras por um momento e se molhando com os sucos dela. Ela bateu os quadris e choramingou baixinho, sua voz repleta de necessidade.

Posicionando-se contra sua entrada, ele também se abaixou junto ao corpo dela, os mamilos duros roçando erraticamente contra o peito dele. Ele viu a respiração ansiosa em seu peito enquanto gentilmente segurava a coxa dela e se enterrava dentro dela.

Ele ficou parado e os dois se esqueceram de como respirar. Oliver porque não parecia conseguir abrir seus pulmões para receber o ar, Chloe porque parecia presa em algum lugar entre um curta série de soluços e um gemido. Tirando um pouco de cabelo do rosto dela, ele se inclinou para beijá-la enquanto se afastava e se empurrava dentro dela de novo.

O grito dela encheu seus pulmões de ar e ele gentilmente a estimulou a respirar de novo, lábios quentes e gentis contra os dela, tão firmes e meticulosos quanto seus movimentos para dentro e fora dela. Ela bateu os quadris de novo pedindo que ele fosse mais rápido; as pernas dela se fecharam ao redor dele, um se prendendo em suas costas, mudando o ângulo e tentando persuadi-lo. Mas Oliver não seria apressado. O beijo parou e ela gemeu, pressionando a cabeça de volta na cama, olhos fechados de medo. Medo da intimidade, medo de ir devagar, de chegar muito perto.

Arfando enquanto ele continuava a se controlar, ele correu gentilmente a mão sobre a lateral do rosto dela, o polegar correndo por seus lábios e a pele suave de seu pescoço. "Ei", ele murmurou. "Sou eu, lembra? Está tudo bem." Era uma promessa. Ele se pressionou dentro dela de novo e ela respirou fundo. Ele se afastou e sussurrou o nome dela. Ele esperou até ela abrir os olhos e o peito desapertar. Ele esperou até ela olhar para ele. Ele correu o nariz contra o dela, um leve sorriso se formando nos lábios dela em resposta. Ele esperou até ela assentir. Ele esperou até ela estar bem antes de se enterrar  novamente.

Ela subiu as mãos até os cabelos dele, enterrando-as ali, algo que ela sabia que o enlouquecia, e puxou a cabeça dele para baixo. "O que", ela arfou, "deu em você?"

Coração disparado, ele desceu uma mão entre eles e começou a esfregar seu clitóris, fazendo-a jogar a cabeça para trás novamente, os dedos dela apertando dolorosamente o cabelo dele, enquanto de repente seu corpo começava a subir cada vez mais alto, suas costas se dobrando na direção dele.

Ainda determinado, ele manteve o mesmo ritmo, duro e lento, implacável, batendo-se profundamente dentro dela, para que ela se perdesse. Ele soube o exato momento em que ela atingiu o clímax, o corpo dela tremendo e sua voz embargada com soluços secos. Finalmente ele teve que se retirar e se recompor, para se impedir antes de gozar.

Ele ainda não estava pronto para terminar.

Ele não esperou ela perceber que ele ainda não havia gozado, mas ternamente massageou os seios dela, costelas e barriga, mãos correndo carinhosamente por sobre ela antes de chegar aos seus quadris. Ela ainda estava voltando a terra quando ele gentilmente a fez se virar, puxando-a para que ficasse de quatro.

Uma mão segurou o quadril dela e a outra subiu por seu peito até a base da garganta, gentilmente a abraçando, seu antebraço pressionado ao longo do corpo dela. Ele se inclinou e beijou as costas dela antes de se empurrar dentro dela, e ela gritou, batendo os quadris para trás para encontrá-lo. Ele se inclinou sobre ela, fechando a distância entre eles enquanto empurrava seu pau para dentro e fora dela, uma fina camada de suor surgindo em seus corpos.

Tudo sobre ela era bom. Ela era a combinação perfeita, e ele não sabia como tinha demorado tanto para perceber isso.

Ele sabia que era melhor pra ela daquele jeito, por um momento, quebrar a intimidade do contato visual e os beijos, e seus corpos pressionados juntos, mas ele se recusava a deixá-la pensar que ele estava apenas lhe fodendo. Ele correu a mão delicadamente pela coxa dela, descendo até seu clitóris novamente, antes de deixar as mãos subirem até os seios, gentilmente apertando seus mamilos, para que ela gemesse e seu nome caísse dos lábios dela. Ele estalou os polegares sobre os seios e enterrou o mastro dentro dela, e Deus o ajudasse, ele desceu a cabeça enquanto gemia o nome dela. Ele sentiu o momento em que ela curvou as costas mais dramaticamente e bateu os quadris com determinação contra ele. Desta vez, ao invés de uma corrida repentina e forte, o clímax dela foi lento e demorado, uma intensidade crescente cada vez mais forte até o corpo dela convulsionar e as mãos dele foram as únicas coisas que a preveniram de cair para a frente.

"Oliver!" ela gritou. "Pelo amor de--" ela foi interrompida enquanto gritava, os dedos dele apertando os seios dela novamente e mandando um choque por seu corpo já extremamente excitado, fazendo-a apertar suas paredes ao redor dele.

Desta vez Oliver não conseguiu se impedir de gozar, derramando-se dentro dela enquanto perdia o controle, sua respiração elaborada e seu corpo tremendo, olhos se fechando enquanto via estrelas.

Chloe finalmente caiu para a frente, parcialmente, ele percebeu, porque ele soltou o abraço ao redor dela, e ela saiu de debaixo dele, seu peito pesado de exaustão.

Mas Oliver não havia terminado.

Ela não percebeu a princípio, pensou que ele estava jogando os travesseiros para o lado e afastando os lençóis para que pudessem se enroscar sob eles, como sempre acontecia, mas em vez disso, quando ele a puxou para frente, ele não a puxou para o lado dele e sim para cima dele, agarrando suas coxas, assim ela ficou sentada sobre ele e ele a posicionou sobre sua boca. Ela mal teve tempo de agarrar a cabeceira da cama antes de sentir a língua dele se enfiar dentro dela e sua cabeça caiu para trás num grito. Ela tentou resistir, mas não conseguiu evitar se esfregar contra ele. As mãos dele seguraram suas coxas com força para manter seu equilíbrio enquanto sua língua corria sobre ela, lambendo-a impiedosamente. Então ele chupou um dos lábios de seu centro e ela praticamente soluçou, seus dedos ficando brancos enquanto agarrava a cabeceira da cama com força. Ele rolou a pele dela contra sua língua antes de trocar de lado, seus lábios suaves e calorosos nas dobras quentes dela. Ele a lambeu de novo antes de mudar o ângulo de sua boca levemente e lamber seu clitóris. Ela gritou o nome dele, e ele soube que ela estava perto de novo. O som dos gritos o fizeram endurecer de novo. Ele estalou a língua sobre o clitóris dela em golpes hábeis, seus dedos segurando-a com força quanto mais ela perdia o controle. Finalmente ele fechou os lábios sobre o pequeno botão e chupou, mandando-a direto ao abismo do qual ela já estava perto há algum tempo. Ele a lambeu de novo, terna e gentilmente, trazendo-a de volta a terra enquanto ela choramingava desesperada. Lentamente, ele a conduziu para que descesse por sobre seu corpo, abaixando-a até ela estar no mesmo nível que ele, olhos procurando os dele desesperadamente para descobrir o que estava passando pela cabeça dele, mas rapidamente foi distraída quando ele a beijou e ela pode sentir o gosto dela na língua e nos lábios dele. Ela gemeu quando seus quadris foram para trás e ela sentiu a nova ereção roçar contra ela.

"Oliver", ela murmurou.

"Podemos parar", ele disse gentilmente. Era quase uma mentira, mas a verdade era, a qualquer momento que ela dissesse uma palavra, não importa o quanto ele não quisesse, ele pararia.

E ele não estava apenas pensando em sexo.

Mas Chloe vagamente balançou a cabeça, mal conseguindo ser coerente, seu corpo inteiro suave e leve com o prazer. Ela o deixou guiar os quadris para trás e lentamente se abaixou contra ele, respirando tremulamente enquanto seu corpo dolorido fracamente protestava. Ela tentou se sentar, mas Oliver a puxou para a frente, deixando-os tão próximos que ele poderia subir e beijá-la se quisesse.

Então, com a mesma lentidão intencional, ele a guiou para cima antes de subir os quadris para encontrá-la. Chloe poderia ter desejado aumentar o ritmo, lutar com ele, mas ela estava muito esgotada, e por mais que a intimidade do que ele estava fazendo a deixasse nervosa, ele fez com que tudo fosse lento e demorado, de um jeito tão bom que era impossível pensar em pará-lo.

Uma vez seguida da outra, ela se pressionou contra ele e ele se inclinou para encontrá-la, e o clitóris dela se esfregou contra ele e ele gemeu de prazer por estar completamente envolvido por ela. Sem nenhuma energia restante para se manter ereta, ela enterrou o rosto no pescoço dele e continuou se batendo contra ele, sem energia para gemer, mas apenas reduzida a arfadas silenciosas de satisfação.

Desta vez eles gozaram juntos, os dois encontrando o caminho até o auge, um agarrado ao outro, e finalmente despencaram do abismo, agarrando-se enquanto seus corpos tremiam no ar.

Chloe desabou contra o peito de Oliver, o rosto ainda enterrado no pescoço dele, mas os olhos arregalados de medo. O que nós fizemos? ela se perguntou. O que eu fiz?

Ao mesmo tempo, os olhos de Oliver também estavam abertos, olhando para o teto enquanto lidava com suas emoções, braços abraçando-a com força, para evitar que ela tivesse a ideia de se afastar. Mas em vez de se preocupar com o que tinham feito, Oliver estava preocupado em saber o que eles iam fazer, e quando ela ia perceber que estava apaixonada por ele também.

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VINTE E TRÊS

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6 comentários:

  1. Gente, como assssssim?!?!?!?!?

    PERFEIÇÃO, apenas, define! Ma ra vi lho so esse capítulo <3

    Já quero o próximo *-*

    Aline

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    1. Pois é, Aline, é a perfeição. Próximo já postado. :D

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  2. O Oliver podia ser um pouco menos perfeito ai eu sofreria menos em n ter um na minha vida :,,( kkkkkkk
    Essa cena da manha de Natal foi a escolhida como a mais fofa da vida to apoixonada por esse capitulo <3
    Pelo amor eu preciso de mais!!!! Haha
    Beijooooo
    Jami

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    1. Podia né, Jami? Pra ajudar a encarar a realidade sem Oliver, rs... Próximo capítulo já postado. :D

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  3. Ai gente, esse capítulo mexe demais com as minhas emoções... É angustiante e sexy...
    (desculpem o sumiço, tava sem notebook =( )

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    1. Oi, Ciça. Que bom que voltou!!!!! Esse capítulo é bem forte, né?

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