Resumo: Chloe acha incrivelmente difícil resistir ao afeto de Oliver.
Autora: babydee1
Classificação: NC-17
Linha de tempo: Temporada 9
História Anterior: Just For Funsies
Capítulos Anteriores: 01 :: 02 :: 03
Oliver bocejou e se espreguiçou, então abriu os olhos devagar. Suas cortinas estavam fechadas, mas um raio de luz entrava pela pequena abertura, e ele se sentou e esfregou os olhos, sua mente ainda na noite anterior.
Ele olhou para o outro lado da cama onde Chloe havia dormido. A única evidência de que ela havia passado a noite ali eram os lençóis bagunçados. Eu seu lugar havia um bilhete dobrado com o nome dele escrito. Franzindo a testa, ele abriu o bilhete e o posicionou sob o raio de sol.
Fui para a 'loja'. Te vejo logo.
- Chloe
Oliver franziu ainda mais a testa. Aparentemente ela não havia ido até um supermercado. Bem, pelo menos ela estava sendo honesta sobre seus movimentos agora.
Rapidamente ele desceu da cama e se vestiu, esperando encontrá-la antes de ela chegar ao destino.
***
Chloe desceu do ônibus, e depois de um rápido olhar em todas as direções para garantir que não tivesse sido seguida, ela foi até o contêiner que continha as armas.
Enquanto virava em um contêiner próximo, ouviu vozes que discutiam, vindas da direção de seu contêiner. Rapidamente ela se escondeu nas sombras, então observou cuidadosamente o que acontecia.
Ela arregalou os olhos e seu coração disparou no peito quando viu quem era.
Tess Mercer. E ela parecia puta.
Ela e um de seus lacaios discutiam em frente de seu contêiner aberto... e todas as armas que estiveram ali horas antes haviam desaparecido completamente.
"Srta. Mercer, eu... eu lhe mostrei as fotos", o lacaio dizia desesperado. "As armas estavam aqui, centenas delas!"
"Bem, claramente elas não estão mais", Tess pontuou. "Você queria um pagamento maior, Lencock; prove que merece."
Chloe suspirou aliviada. Parecia que Tess não sabia sobre o uso do dinheiro desviado. O que lhe trouxe outras perguntas: onde estavam suas armas e quem as movera?
Ela olhou novamente e viu Tess voltando para o carro, furiosa. "Seja lá no quê eles estão gastando aquele dinheiro, descubra!" ela guinchou.
Ela entrou no carro e bateu a porta, e Lencock se afundou no assento do motorista e começou a dirigir. Permanecendo onde estava, Chloe esperou até eles estarem fora de vista para ir em direção a seu contêiner vazio, sentindo-se ela mesma também vazia.
Todo seu trabalho; perdido. Ela não sabia se ria ou chorava.
"Desconfiei que Tess estivesse armando alguma coisa quando ela me deu a dica sobre o dinheiro que você... hum... 'pegou emprestado'", disse uma voz conhecida, surpreendendo-a. "...então movi seu estoque."
Ela suspirou aliviada quando Oliver parou em sua frente. "Pensou rápido, obrigada."
Ele assentiu. "De nada."
Ela olhou para o cabelo dele e percebeu que ele viera direto da cama encontrá-la. Ao pensamento de Oliver e cama na mesma frase, seu ventre formigou e ela lutou para manter a mente no lugar.
"Então, que outros truques você acha que Mercer tem na manga?" ela perguntou casualmente.
"É cedo pra saber", ele admitiu. "Mas Clark viu um futuro do qual queremos fugir. Infelizmente, Tess viu o mesmo futuro, e talvez ela queira nos levar para lá, como fez com Doomsday."
"E é por isso que precisamos daquelas armas agora mais do que nunca", ela concluiu. "Onde você as guardou?"
Ele lhe deu um olhar duro. "Elas estão seguras."
Então ele ainda estava irritado pelos segredos que ela guardara. Ela tinha que admitir que estar do outro lado doía, bastante. "Você não vai me contar porque menti para você?" ela perguntou timidamente.
Ele suspirou. "Você começou isso, Chloe. E você não pode estabelecer um conjunto de regras para você e outro para as outras pessoas."
"Eu não estava tentando ser evasiva ou misteriosa, Oliver", ela explicou. "Mas Clark está na família kandoriana agora, e eu não quero que a lealdade dele nos leve a outro Doomsday."
"Nem eu", ele disse seriamente. "E eu entendo porque você fez o que fez, Chloe. Eu só gostaria que você tivesse confiado em mim. Afinal, eu sei o que você está tentando evitar."
"Eu sei disso agora", ela disse. "Desculpe por ter mentido para você."
Ele lhe deu um meio sorriso. "Desculpas aceitas."
"Então... você realmente acha que deveríamos contar tudo ao Clark?" ela arriscou.
"Com certeza."
Ela sentiu o coração afundar. Se Clark a odiava antes, provavelmente a detestaria pelo resto da vida agora.
"Mas só na hora certa", ele finalizou. "Não sou ingênuo, Chloe. Eu sei que o assunto é muito delicado para o Clark."
Ela assentiu. "Obrigada, Oliver."
Ele estendeu uma mão para ela. "Vem. Vamos voltar pra casa e tomar café, e então te deixo na Watcthower se quiser."
"Victor terminou?" ela perguntou, pegando a mão dele e seguiu para o carro com ele.
"Sim. Ele encontrou sete escutas, uma estava no banheiro."
Ela franziu o nariz. "Que nojo."
Ele deu de ombros. "Bem, Tess está desesperada para saber o que estamos planejando."
"Na verdade, eu setava pensando no fato de que ela ouviu, e possivelmente nos viu transando no banheiro - e em todos os lugares, pra dizer a verdade."
Oliver parou e olhou pra ela.
"Agora isso é realmente nojento", ele disse. "Só posso esperar que ela não goste de vídeos de sexo."
***
Uma hora depois, eles estavam conversando na cozinha da Torre do Relógio enquanto Oliver preparava café para eles. Chloe havia alegado que cozinhar não era uma de suas habilidades, então Oliver lhe passou uma bacia de laranjas para espremer.
"Não me diga que esta cozinha moderna não tem um espremedor de frutas", ela disse enquanto cortava as laranjas ao meio.
"Tem dois", ele confessou enquanto preparava uma omelete, "juntamente com três processadores. Mas não há nada como um toque pessoal quando você prepara sua comida com uma... companhia", ele finalizou, engolindo as palavras 'pessoa amada' no último segundo.
Ela ergueu uma sobrancelha. "E de onde você tirou essa ideia?" ela questionou.
"Minha nonna", ele disse, jogando o ovo na frigideira e misturando os demais ingredientes. "Ela era a governanta da família... ela fazia de tudo. Mas sendo italiana, ela amava cozinhar acima de tudo."
"Onde ela está, Star City?" ela perguntou, interessada em ouvir detalhes pessoais da infância de Oliver.
Ele balançou a cabeça. "Não, ela está aposentada e voltou para Toscana, mas ainda mantemos contato. Ela me ensinou tudo que sei sobre culinária."
"Você é sortudo", ela brincou. "Crescer somente com o pai significa comida congelada diariamente. A pilha de recicláveis do lado de fora de casa toda sexta-feira era embaraçoso."
"Talvez", ele disse, "mas pelo menos você teve seu pai com você."
Chloe sentiu uma pontada por seu descuido com as palavras. Não havia 'sorte' em perder os pais quando se é criança, não importa o que você tenha para te apoiar. "Desculpe", ela sussurrou, segurando a mão dele.
Ele apertou os dedos dela e sorriu. "Faz muito tempo."
Eles ficaram se olhando até ele se voltar para a panela, indicando que a omelete precisava ser virada.
"Então, onde está seu pai agora?" ele perguntou, concentrando-se na comida. "Você não fala muito sobre ele."
"Vive em Wisconsin com a namorada Jacqueline, e os dois filhos dela", ela disse secamente, espremendo as laranjas no espremedor manual. "Ele escreve ocasionalmente, mas nunca me pediu para ir visitá-lo."
Oliver franziu a testa. "Ele não quer passar um tempo com você?" perguntou preocupado. "Você é a única filha, afinal."
Ela deu um risada curta e sem humor. "Uma filha que é um lembrete de que ele é um homem casado", declarou. "É uma situação complicada; minha mãe está viva, mas não está de fato aqui, e ele não é obrigado a esperar pelo resto da vida."
"Pode ser, mas o relacionamento dele não tem nada a ver com a relação dele com você", ele argumentou. "Você é filha dele, pelo amor de Deus."
Ela suspirou. "Acho que minha presença o deixa desconfortável; sou uma dura dose de realidade na bolha de fantasia que ele criou."
Oliver balançou a cabeça. "Não há desculpas para te abandonar", ele disse. "Que tipo de pessoa faz isso com um filho?"
Ela lhe deu um sorriso fraco e deu de ombros. "Essa é a história da minha vida, na verdade. Todo mundo que eu amo, eu perco." Ela espremeu a última laranja e se ocupou em enxugar a superfície do balcão e em jogar fora as cascas.
Assim que ela terminou, se endireitou e voltou para o balcão. De repente ela se encontrou envolvida num abraço caloroso, os braços fortes de Oliver ao seu redor e acariciando suas costas ternamente.
"Você não vai me perder", ele sussurrou em seu cabelo. "Não vai me perder."
Ela fechou os olhos e sentiu o cheiro dele. Ela desesperadamente queria passar os braços ao redor dele, mas alarmes dispararam em sua cabeça e ela conseguiu se manter parada.
"Eu sei, Oliver", disse suavemente. Ela se afastou e sorriu pra ele. "Não vou te perder porque não te amo."
Ele soltou os braços ao redor dela e ela aproveitou para sair do abraço.
"Certo", ela disse, pegando a jarra com o suco espremido. "Estou faminta. Quando vou provar a famosa omelete da nonna?"
***
Oliver conseguiu continuar a conversa durante o café, mas as palavras dela não saíam de sua mente.
Inicialmente a declaração dela o atingiu dolorosamente, porque ele acabara de aceitar o que sentia por ela. Ele a amava, pura e simplesmente. Ele não sabia dizer exatamente como ou quando aconteceu, mas sabia, enquanto adormecia na noite anterior, que a mulher com os braços ao seu redor era com quem ele queria ficar. E ele sabia, apesar da declaração dela, que ela tinha sentimentos por ele também. Talvez não como os dele... mas estavam ali. Ela só estava com medo de admitir e aceitá-los. E agora ele sabia porque.
Pelo que sabia, Chloe Sullivan amara três homens em sua vida: seu pai Gabe, Jimmy Olsen, e Clark Kent.
Um deles morrera violentamente em sua frente depois do que poderia ser descrito como um relacionamento tumultuado. Os outros dois simplesmente deram as costas para ela e foram embora.
Não era de se surpreender que ela tivesse medo de intimidade. Em sua mente, amor e dor andavam de mãos dadas, e agora ele percebia porque um relacionamento sem laços era tudo que ela queria dele.
Desde que você me prometa não ficar todo sentimental, ela dissera. Bem, era tarde demais para isso agora. Ele a amava. E sabia que ela também estava no mesmo caminho; só teria que ajudá-la a perceber e aceitar o que ela estava sentindo. Uma tarefa difícil, com certeza; mas uma que não era impossível.
Ele olhou para ela e sorriu enquanto ela desfrutava da comida. Erguendo o copo com suco, ele o tilintou contra o dela.
"Saúde", disse animado.
"Saúde", ela respondeu.
Oliver sorriu e tomou um longo gole.
Operação Persuadir Chloe estava oficialmente em ação.
_______
CINCO
_______________________________________________________________________________
História Anterior: Just For Funsies
Capítulos Anteriores: 01 :: 02 :: 03
Oliver bocejou e se espreguiçou, então abriu os olhos devagar. Suas cortinas estavam fechadas, mas um raio de luz entrava pela pequena abertura, e ele se sentou e esfregou os olhos, sua mente ainda na noite anterior.
Ele olhou para o outro lado da cama onde Chloe havia dormido. A única evidência de que ela havia passado a noite ali eram os lençóis bagunçados. Eu seu lugar havia um bilhete dobrado com o nome dele escrito. Franzindo a testa, ele abriu o bilhete e o posicionou sob o raio de sol.
Fui para a 'loja'. Te vejo logo.
- Chloe
Oliver franziu ainda mais a testa. Aparentemente ela não havia ido até um supermercado. Bem, pelo menos ela estava sendo honesta sobre seus movimentos agora.
Rapidamente ele desceu da cama e se vestiu, esperando encontrá-la antes de ela chegar ao destino.
***
Chloe desceu do ônibus, e depois de um rápido olhar em todas as direções para garantir que não tivesse sido seguida, ela foi até o contêiner que continha as armas.
Enquanto virava em um contêiner próximo, ouviu vozes que discutiam, vindas da direção de seu contêiner. Rapidamente ela se escondeu nas sombras, então observou cuidadosamente o que acontecia.
Ela arregalou os olhos e seu coração disparou no peito quando viu quem era.
Tess Mercer. E ela parecia puta.
Ela e um de seus lacaios discutiam em frente de seu contêiner aberto... e todas as armas que estiveram ali horas antes haviam desaparecido completamente.
"Srta. Mercer, eu... eu lhe mostrei as fotos", o lacaio dizia desesperado. "As armas estavam aqui, centenas delas!"
"Bem, claramente elas não estão mais", Tess pontuou. "Você queria um pagamento maior, Lencock; prove que merece."
Chloe suspirou aliviada. Parecia que Tess não sabia sobre o uso do dinheiro desviado. O que lhe trouxe outras perguntas: onde estavam suas armas e quem as movera?
Ela olhou novamente e viu Tess voltando para o carro, furiosa. "Seja lá no quê eles estão gastando aquele dinheiro, descubra!" ela guinchou.
Ela entrou no carro e bateu a porta, e Lencock se afundou no assento do motorista e começou a dirigir. Permanecendo onde estava, Chloe esperou até eles estarem fora de vista para ir em direção a seu contêiner vazio, sentindo-se ela mesma também vazia.
Todo seu trabalho; perdido. Ela não sabia se ria ou chorava.
"Desconfiei que Tess estivesse armando alguma coisa quando ela me deu a dica sobre o dinheiro que você... hum... 'pegou emprestado'", disse uma voz conhecida, surpreendendo-a. "...então movi seu estoque."
Ela suspirou aliviada quando Oliver parou em sua frente. "Pensou rápido, obrigada."
Ele assentiu. "De nada."
Ela olhou para o cabelo dele e percebeu que ele viera direto da cama encontrá-la. Ao pensamento de Oliver e cama na mesma frase, seu ventre formigou e ela lutou para manter a mente no lugar.
"Então, que outros truques você acha que Mercer tem na manga?" ela perguntou casualmente.
"É cedo pra saber", ele admitiu. "Mas Clark viu um futuro do qual queremos fugir. Infelizmente, Tess viu o mesmo futuro, e talvez ela queira nos levar para lá, como fez com Doomsday."
"E é por isso que precisamos daquelas armas agora mais do que nunca", ela concluiu. "Onde você as guardou?"
Ele lhe deu um olhar duro. "Elas estão seguras."
Então ele ainda estava irritado pelos segredos que ela guardara. Ela tinha que admitir que estar do outro lado doía, bastante. "Você não vai me contar porque menti para você?" ela perguntou timidamente.
Ele suspirou. "Você começou isso, Chloe. E você não pode estabelecer um conjunto de regras para você e outro para as outras pessoas."
"Eu não estava tentando ser evasiva ou misteriosa, Oliver", ela explicou. "Mas Clark está na família kandoriana agora, e eu não quero que a lealdade dele nos leve a outro Doomsday."
"Nem eu", ele disse seriamente. "E eu entendo porque você fez o que fez, Chloe. Eu só gostaria que você tivesse confiado em mim. Afinal, eu sei o que você está tentando evitar."
"Eu sei disso agora", ela disse. "Desculpe por ter mentido para você."
Ele lhe deu um meio sorriso. "Desculpas aceitas."
"Então... você realmente acha que deveríamos contar tudo ao Clark?" ela arriscou.
"Com certeza."
Ela sentiu o coração afundar. Se Clark a odiava antes, provavelmente a detestaria pelo resto da vida agora.
"Mas só na hora certa", ele finalizou. "Não sou ingênuo, Chloe. Eu sei que o assunto é muito delicado para o Clark."
Ela assentiu. "Obrigada, Oliver."
Ele estendeu uma mão para ela. "Vem. Vamos voltar pra casa e tomar café, e então te deixo na Watcthower se quiser."
"Victor terminou?" ela perguntou, pegando a mão dele e seguiu para o carro com ele.
"Sim. Ele encontrou sete escutas, uma estava no banheiro."
Ela franziu o nariz. "Que nojo."
Ele deu de ombros. "Bem, Tess está desesperada para saber o que estamos planejando."
"Na verdade, eu setava pensando no fato de que ela ouviu, e possivelmente nos viu transando no banheiro - e em todos os lugares, pra dizer a verdade."
Oliver parou e olhou pra ela.
"Agora isso é realmente nojento", ele disse. "Só posso esperar que ela não goste de vídeos de sexo."
***
Uma hora depois, eles estavam conversando na cozinha da Torre do Relógio enquanto Oliver preparava café para eles. Chloe havia alegado que cozinhar não era uma de suas habilidades, então Oliver lhe passou uma bacia de laranjas para espremer.
"Não me diga que esta cozinha moderna não tem um espremedor de frutas", ela disse enquanto cortava as laranjas ao meio.
"Tem dois", ele confessou enquanto preparava uma omelete, "juntamente com três processadores. Mas não há nada como um toque pessoal quando você prepara sua comida com uma... companhia", ele finalizou, engolindo as palavras 'pessoa amada' no último segundo.
Ela ergueu uma sobrancelha. "E de onde você tirou essa ideia?" ela questionou.
"Minha nonna", ele disse, jogando o ovo na frigideira e misturando os demais ingredientes. "Ela era a governanta da família... ela fazia de tudo. Mas sendo italiana, ela amava cozinhar acima de tudo."
"Onde ela está, Star City?" ela perguntou, interessada em ouvir detalhes pessoais da infância de Oliver.
Ele balançou a cabeça. "Não, ela está aposentada e voltou para Toscana, mas ainda mantemos contato. Ela me ensinou tudo que sei sobre culinária."
"Você é sortudo", ela brincou. "Crescer somente com o pai significa comida congelada diariamente. A pilha de recicláveis do lado de fora de casa toda sexta-feira era embaraçoso."
"Talvez", ele disse, "mas pelo menos você teve seu pai com você."
Chloe sentiu uma pontada por seu descuido com as palavras. Não havia 'sorte' em perder os pais quando se é criança, não importa o que você tenha para te apoiar. "Desculpe", ela sussurrou, segurando a mão dele.
Ele apertou os dedos dela e sorriu. "Faz muito tempo."
Eles ficaram se olhando até ele se voltar para a panela, indicando que a omelete precisava ser virada.
"Então, onde está seu pai agora?" ele perguntou, concentrando-se na comida. "Você não fala muito sobre ele."
"Vive em Wisconsin com a namorada Jacqueline, e os dois filhos dela", ela disse secamente, espremendo as laranjas no espremedor manual. "Ele escreve ocasionalmente, mas nunca me pediu para ir visitá-lo."
Oliver franziu a testa. "Ele não quer passar um tempo com você?" perguntou preocupado. "Você é a única filha, afinal."
Ela deu um risada curta e sem humor. "Uma filha que é um lembrete de que ele é um homem casado", declarou. "É uma situação complicada; minha mãe está viva, mas não está de fato aqui, e ele não é obrigado a esperar pelo resto da vida."
"Pode ser, mas o relacionamento dele não tem nada a ver com a relação dele com você", ele argumentou. "Você é filha dele, pelo amor de Deus."
Ela suspirou. "Acho que minha presença o deixa desconfortável; sou uma dura dose de realidade na bolha de fantasia que ele criou."
Oliver balançou a cabeça. "Não há desculpas para te abandonar", ele disse. "Que tipo de pessoa faz isso com um filho?"
Ela lhe deu um sorriso fraco e deu de ombros. "Essa é a história da minha vida, na verdade. Todo mundo que eu amo, eu perco." Ela espremeu a última laranja e se ocupou em enxugar a superfície do balcão e em jogar fora as cascas.
Assim que ela terminou, se endireitou e voltou para o balcão. De repente ela se encontrou envolvida num abraço caloroso, os braços fortes de Oliver ao seu redor e acariciando suas costas ternamente.
"Você não vai me perder", ele sussurrou em seu cabelo. "Não vai me perder."
Ela fechou os olhos e sentiu o cheiro dele. Ela desesperadamente queria passar os braços ao redor dele, mas alarmes dispararam em sua cabeça e ela conseguiu se manter parada.
"Eu sei, Oliver", disse suavemente. Ela se afastou e sorriu pra ele. "Não vou te perder porque não te amo."
Ele soltou os braços ao redor dela e ela aproveitou para sair do abraço.
"Certo", ela disse, pegando a jarra com o suco espremido. "Estou faminta. Quando vou provar a famosa omelete da nonna?"
***
Oliver conseguiu continuar a conversa durante o café, mas as palavras dela não saíam de sua mente.
Inicialmente a declaração dela o atingiu dolorosamente, porque ele acabara de aceitar o que sentia por ela. Ele a amava, pura e simplesmente. Ele não sabia dizer exatamente como ou quando aconteceu, mas sabia, enquanto adormecia na noite anterior, que a mulher com os braços ao seu redor era com quem ele queria ficar. E ele sabia, apesar da declaração dela, que ela tinha sentimentos por ele também. Talvez não como os dele... mas estavam ali. Ela só estava com medo de admitir e aceitá-los. E agora ele sabia porque.
Pelo que sabia, Chloe Sullivan amara três homens em sua vida: seu pai Gabe, Jimmy Olsen, e Clark Kent.
Um deles morrera violentamente em sua frente depois do que poderia ser descrito como um relacionamento tumultuado. Os outros dois simplesmente deram as costas para ela e foram embora.
Não era de se surpreender que ela tivesse medo de intimidade. Em sua mente, amor e dor andavam de mãos dadas, e agora ele percebia porque um relacionamento sem laços era tudo que ela queria dele.
Desde que você me prometa não ficar todo sentimental, ela dissera. Bem, era tarde demais para isso agora. Ele a amava. E sabia que ela também estava no mesmo caminho; só teria que ajudá-la a perceber e aceitar o que ela estava sentindo. Uma tarefa difícil, com certeza; mas uma que não era impossível.
Ele olhou para ela e sorriu enquanto ela desfrutava da comida. Erguendo o copo com suco, ele o tilintou contra o dela.
"Saúde", disse animado.
"Saúde", ela respondeu.
Oliver sorriu e tomou um longo gole.
Operação Persuadir Chloe estava oficialmente em ação.
_______
CINCO
_______________________________________________________________________________
Ansiosa pelo desenrolar da história!
ResponderExcluirJá tem capítulo novo, Amanda... tardou mas chegou...
ExcluirOllie todo carinhoso e com aquele abraço quente e então os alarmes.
ResponderExcluiroh deus, péssima hora para alarmes Chloe.
"nao vou te perder porque nao te amo"
doeu ate em mim.
Oliver persiste. é isso ai.
Juliana
Oliver é insistente, ainda bem pra Chloe né? :D
ExcluirAinda bem que embora a declaração da Chloe tenha doido fez o Oliver entender um pouco do que se passa n cabeça dura da Chloe, e ao invés de fugir o deixou mais determinado a lhes garantir um final feliz... é isso aí, todos na torcida!!
ResponderExcluirGIL
Ah, o Ollie... coitada da Chloe, não tem a mínima chance... :D
Excluir