Resumo: Chloe acha incrivelmente difícil resistir ao afeto de Oliver.
Autora: babydee1
Classificação: NC-17
Linha de tempo: Temporada 9
História Anterior: Just For Funsies
Capítulos Anteriores: 01 :: 02 :: 03 :: 04 :: 05 :: 06 :: 07 :: 08 :: 09 :: 10 :: 11 :: 12 :: 13 :: 14 :: 15 :: 16 :: 17 :: 18 :: 19 :: 20 :: 21
Ela realmente não queria incomodar Clark novamente, mas não tinha muitas opções. Suspirando, Chloe pegou o celular novamente e discou o número dele.
"Você o encontrou?" foram as primeiras palavras de Clark.
"Sim", ela disse.
"Opa. Pelo tom de sua voz, imagino que não foi o encontro que você esperava."
"Não foi, Clark, nem de perto", ela disse, a voz tremendo. "Na verdade, eu ferrei tudo de vez."
"Ok, isso é ruim", ele disse, parecendo alarmado. "Você nunca fala assim. O que aconteceu?"
Ela respirou fundo. "Oliver me viu beijando você no lago."
"Oh-oh..."
"E fica pior", ela continuou. "Ele ouviu você dizer que me ama."
Silêncio. Então: "Por favor me diga que ele não te ouviu dizer de volta."
Sua única resposta foi um suspiro. E depois ela falou. "Ele ouviu."
"Oh, Deus. Chloe, eu sinto muito..."
"Não foi culpa sua, Clark, por favor não se culpe", ela disse. "Mas eu preciso de um favor realmente grande. Você pode vir aqui e dizer ao Oliver que ele entendeu tudo errado? Ele não está falando comigo agora."
Clark suspirou. "Chloe, se eu sou a razão para ele estar chateado, é seguro dizer que eu sou a última pessoa que ele quer ver", ele disse. "Por mais que eu queira ajudar, você tem que fazer isso sozinha; se eu me envolver, só vai piorar as coisas." Ele parou. "E além do mais, ele tem kriptonita."
Ela bufou. "Vamos, Clark. Ele nunca usou contra você..." ela começou.
"Quer apostar?" ele disse. "Ele já usou antes."
"Ele não usou!" ela arfou, chocada.
"Usou sim."
"Quando?"
"Quando você desapareceu com Davis", ele disse. "Oliver estava pronto para matá-lo e trazê-la de volta; eu não. Eu tentei convencê-lo a mudar de ideia, ele disse que eu estava perdendo tempo e atirou uma flecha com kriptonita em minhas costas."
Ela arregalou os olhos. "O quê?!"
"Sim. Nas costas, onde ele sabia que eu não poderia alcançar."
"Você está falando sério?" ela sussurrou incrédula.
"Eu não mentiria sobre algo assim, Chloe. Oliver estava determinado a te trazer de volta, do jeito que fosse. Ele deu risada. "Meu Deus, ele tem sentimentos por você há muito mais que seis meses, ao que parece."
A mente de Chloe girava enquanto ela tentava dar sentido a tudo aquilo. O que Oliver havia feito para lhe proteger... o que ele teria feito se tivessem conseguido encontrar uma maneira de derrotar Davis... que ele tenha incapacitado Clark para poder encontrar um jeito de salvá-la...
"Chloe, você está aí?" Clark disse, interrompendo os pensamentos dela.
"Eu não sabia disso", ela disse. "Ninguém me contou, eu... ainda não consigo acreditar!"
"Acredite", ele disse. "Pergunte a ele se não acredita em mim."
"E eu perguntaria", ela suspirou. "Mas como vou fazê-lo me deixar entrar? Ele está me ignorando por completo no momento."
"Você é inteligente, Chloe, vai pensar em alguma coisa", ele a animou. "Se tiver que acampar do lado de fora do elevador e esperar por ele, então é o que você terá que fazer. Mas tente resolver ainda esta noite; esperar só vai piorar as coisas."
Ela assentiu. "Ok. Obrigada, Clark; deseje-me sorte, e desculpe tê-lo incomodado."
"Imagina, Chlo. Boa sorte."
A linha ficou muda, e ela imediatamente tentou o número de Ollie de novo, mas seu celular ainda estava desligado. Olhando feio, ela apertou o interfone, uma vez seguida da outra, determinada a enlouquecê-lo até que ele percebesse sua existência ou o aparelho quebrasse.
Funcionou. Dez minutos depois a voz dele, nervosa, surgiu no interfone. "Que parte de 'eu não quero te ver' você não entendeu?" ele disparou.
"Que parte de 'eu preciso falar com você' você não está entendendo?" ela disparou de volta.
Grande erro. Houve um barulho estranho e logo depois ela ouviu o barulho do elevador descendo. Suspirando aliviada, ela esperou que ele chegasse e abrisse as portas.
Seu alívio durou pouco. Jogado dentro do elevador estava o interfone de Oliver, os fios pendurados de onde havia sido arrancado da parede.
Furiosa, ela entrou no elevador e pressionou o botão da cobertura. E pressionou de novo. E de novo...
Sem resposta. Oliver havia desabilitado o elevador expresso, efetivamente cortando toda comunicação com ela.
Chloe afundou-se no chão e enterrou o rosto nas mãos, perto das lágrimas. Brevemente ela considerou ligar para Clark novamente, mas decidiu que o havia importunado bastante por um dia; e além do mais, ela odiaria que ele fosse atingido com kriptonita de novo, o que era uma possibilidade real dado o humor de Oliver.
Mas Clark estava certo. Ela tinha que entrar naquele apartamento antes da meia-noite, ou poderia dar adeus a Oliver Queen.
"Vamos... pense, Chloe, pense", ela murmurou para si mesma. "O que Oliver faria para entrar em uma área restrita?"
Assim que disse as palavras, a resposta surgiu, clara como cristal. Ela arregalou os olhos enquanto desenhava um plano, embora um pensamento racional lhe dissesse que a ideia era suicida.
Mas amor, como Chloe havia percebido, não operava no reino do 'racional'.
Com determinação renovada, ela se levantou e voltou para a Ferrari.
***
"Eu devo estar louca", ela murmurou enquanto olhava para a luzinha que representava o apartamento de Oliver. "Eu devo estar totalmente, completamente, cem por cento maluca."
Apesar da ladainha desanimadora, Chloe continuou a organizar seus aparatos no telhado no Planeta Diário. Havia uma brisa no ar que lhe causava ainda mais preocupação. Mas Oliver havia lhe ensinado.
O cabo foi feito para ser resistente ao vento, ele havia lhe explicado pacientemente todos aqueles meses atrás, num curso rápido. A navegação está t-oda no pulso; como você o direciona, vai determinar seu caminho. Contanto que tenha calibrado a trajetória com seu peso e altura? Mamão com açúcar.
Chloe olhou para o horizonte e arfou. Olhando para a vasta expansão do céu entre o telhado do Planeta Diário e a varanda da Torre do Relógio, certamente não parecia mamão com açúcar ou qualquer outra coisa que tivesse o mesmo sentido. Parecia algo maluco, especialmente com o vento que jogava o cabelo em seu rosto.
Mas ela era uma mulher apaixonada, e mulheres apaixonadas fazem coisas malucas.
Rapidamente ela digitou as informações num painel ligado ao cabo, e então levantou o arco ao nível de seus olhos, como Oliver havia lhe ensinado. Ela estreitou os olhos enquanto se concentrava no alvo.
"Direto no centro", ela sussurrou, repetindo as palavras de Oliver, e soltou a flecha. Ela voou pelo ar, a força da projeção quase a puxando para a frente. Ela se segurou, e mais rápido do que esperava a âncora se fixou no apoio que era o alvo.
Perfeito.
Chloe respirou fundo e segurou firme a ponta do cabo. Agora a parte mais difícil. Seu coração martelava dentro do peito enquanto contemplava a ideia de pular do prédio, com apenas um cabo como apoio. Ok, então ela estava apaixonada, mas não estava tão louca assim, estava?
E bem aí, a luz da varanda se apagou, tomando a decisão por ela. Deixando o medo e a razão de lado, ela respirou fundo, segurou firme o cabo com as mãos enluvadas, fez uma rápida prece, e pulou.
O telhado do edifício desapareceu e ela se encontrou em queda livre por alguns segundos antes de se endireitar. O vento bagunçava seu cabelo, as luzes da cidade passavam num borrão enquanto ela voava pelo ar.
"Dez segundos", ela sussurrou. Era o tempo que duraria o trajeto do telhado do Planeta até o da Torre do Relógio. Ela tinha feito o trajeto algumas vezes e sempre reclamava que acabava muito rápido.
Desta vez, porém, não acabava nunca.
Enquanto se aproximava do outro prédio, um sentimento de medo se alojou em seu estômago e alarmes soaram em sua cabeça. Algo estava... errado...
Ela estreitou os olhos, e então os arregalou quando percebeu qual era o problema.
Ela não estava indo para a varanda. Estava indo direto para a janela da Torre do Relógio - um fato que se tornou claro quando a luz da sala se tornou visível momentos antes do contato.
"Oh, merda", ela gritou aterrorizada, preparando os ombros para o impacto. "Oh, merdaaaaaa....!"
***
Ele não queria dormir, mas ficar acordado estava se provando mais doloroso. Por mais que tentasse, não conseguia deixar de reviver o momento desastroso em sua mente.
Eu te amo, Chloe.
Eu sei. Eu te amo também, Clark.
Oliver fechou os olhos com força e balançou a cabeça, bravo consigo mesmo. O que ele precisava era parar de pensar nela de uma vez por todas. Ele havia dado os primeiros passos para continuar sua vida sem Chloe Sullivan ao cortar toda a comunicação, efetivamente tirando-a de sua vida. No dia seguinte, ele pediria para Victor reprogramar a Watchtower e remover cada traço dela. Por sorte, o financiamento estava no nome dela, mas era ele quem pagava pelo lugar (um fato que Jimmy Olsen não havia contado a ela), e era seu dinheiro que vinha mantendo o lugar desde então. Se ela quisesse desafiá-lo, teria que batalhar com seus advogados.
Oliver esperou que a sensação de satisfação tomasse conta; mas não aconteceu. Não que ele esperasse sentir isso de fato. Ele esfregou a testa com os dedos e fechou os olhos, sentindo-se derrotado. A cura demoraria, ele sabia.
Suspirando cansado, ele apagou a luz e foi para o quarto.
E foi quando ele ouviu: um barulho distinto, que parecia vir de sua varanda.
Imediatamente ele ficou totalmente alerta, suas mãos procurando a besta que nunca estava longe de seu alcance. Outro barulho perturbou a noite silenciosa, um que era familiar. Barulho de cabo.
Não havia tempo para pensar. Logo ele se posicionou a uma distância segura da janela e apontou o arco para a figura sombria que era arremessada contra o vidro em alta velocidade, pressionando o botão de seu controle remoto em seguida, para acender a luz.
A luz iluminou a sala ao mesmo tempo em que alguém atravessou sua janela. Fragmentos de vidro voaram para todo lugar e uma figura loira usando verde e preto atravessou o ar e caiu no chão, rolando até atingir a parede.
Ele olhou perplexo. "Chloe?" disse com a voz rouca. O arco caiu de seus dedos e disparou a flecha pela janela quebrada.
"Ai!" ela gemeu de dor, contorcendo-se no chão e esfregando o pulso direito enquanto olhava feio pra ele. "Como diabos você faz parecer tão fácil?"
______________
VINTE E TRÊS
______________________________________________________________________________
História Anterior: Just For Funsies
Capítulos Anteriores: 01 :: 02 :: 03 :: 04 :: 05 :: 06 :: 07 :: 08 :: 09 :: 10 :: 11 :: 12 :: 13 :: 14 :: 15 :: 16 :: 17 :: 18 :: 19 :: 20 :: 21
Ela realmente não queria incomodar Clark novamente, mas não tinha muitas opções. Suspirando, Chloe pegou o celular novamente e discou o número dele.
"Você o encontrou?" foram as primeiras palavras de Clark.
"Sim", ela disse.
"Opa. Pelo tom de sua voz, imagino que não foi o encontro que você esperava."
"Não foi, Clark, nem de perto", ela disse, a voz tremendo. "Na verdade, eu ferrei tudo de vez."
"Ok, isso é ruim", ele disse, parecendo alarmado. "Você nunca fala assim. O que aconteceu?"
Ela respirou fundo. "Oliver me viu beijando você no lago."
"Oh-oh..."
"E fica pior", ela continuou. "Ele ouviu você dizer que me ama."
Silêncio. Então: "Por favor me diga que ele não te ouviu dizer de volta."
Sua única resposta foi um suspiro. E depois ela falou. "Ele ouviu."
"Oh, Deus. Chloe, eu sinto muito..."
"Não foi culpa sua, Clark, por favor não se culpe", ela disse. "Mas eu preciso de um favor realmente grande. Você pode vir aqui e dizer ao Oliver que ele entendeu tudo errado? Ele não está falando comigo agora."
Clark suspirou. "Chloe, se eu sou a razão para ele estar chateado, é seguro dizer que eu sou a última pessoa que ele quer ver", ele disse. "Por mais que eu queira ajudar, você tem que fazer isso sozinha; se eu me envolver, só vai piorar as coisas." Ele parou. "E além do mais, ele tem kriptonita."
Ela bufou. "Vamos, Clark. Ele nunca usou contra você..." ela começou.
"Quer apostar?" ele disse. "Ele já usou antes."
"Ele não usou!" ela arfou, chocada.
"Usou sim."
"Quando?"
"Quando você desapareceu com Davis", ele disse. "Oliver estava pronto para matá-lo e trazê-la de volta; eu não. Eu tentei convencê-lo a mudar de ideia, ele disse que eu estava perdendo tempo e atirou uma flecha com kriptonita em minhas costas."
Ela arregalou os olhos. "O quê?!"
"Sim. Nas costas, onde ele sabia que eu não poderia alcançar."
"Você está falando sério?" ela sussurrou incrédula.
"Eu não mentiria sobre algo assim, Chloe. Oliver estava determinado a te trazer de volta, do jeito que fosse. Ele deu risada. "Meu Deus, ele tem sentimentos por você há muito mais que seis meses, ao que parece."
A mente de Chloe girava enquanto ela tentava dar sentido a tudo aquilo. O que Oliver havia feito para lhe proteger... o que ele teria feito se tivessem conseguido encontrar uma maneira de derrotar Davis... que ele tenha incapacitado Clark para poder encontrar um jeito de salvá-la...
"Chloe, você está aí?" Clark disse, interrompendo os pensamentos dela.
"Eu não sabia disso", ela disse. "Ninguém me contou, eu... ainda não consigo acreditar!"
"Acredite", ele disse. "Pergunte a ele se não acredita em mim."
"E eu perguntaria", ela suspirou. "Mas como vou fazê-lo me deixar entrar? Ele está me ignorando por completo no momento."
"Você é inteligente, Chloe, vai pensar em alguma coisa", ele a animou. "Se tiver que acampar do lado de fora do elevador e esperar por ele, então é o que você terá que fazer. Mas tente resolver ainda esta noite; esperar só vai piorar as coisas."
Ela assentiu. "Ok. Obrigada, Clark; deseje-me sorte, e desculpe tê-lo incomodado."
"Imagina, Chlo. Boa sorte."
A linha ficou muda, e ela imediatamente tentou o número de Ollie de novo, mas seu celular ainda estava desligado. Olhando feio, ela apertou o interfone, uma vez seguida da outra, determinada a enlouquecê-lo até que ele percebesse sua existência ou o aparelho quebrasse.
Funcionou. Dez minutos depois a voz dele, nervosa, surgiu no interfone. "Que parte de 'eu não quero te ver' você não entendeu?" ele disparou.
"Que parte de 'eu preciso falar com você' você não está entendendo?" ela disparou de volta.
Grande erro. Houve um barulho estranho e logo depois ela ouviu o barulho do elevador descendo. Suspirando aliviada, ela esperou que ele chegasse e abrisse as portas.
Seu alívio durou pouco. Jogado dentro do elevador estava o interfone de Oliver, os fios pendurados de onde havia sido arrancado da parede.
Furiosa, ela entrou no elevador e pressionou o botão da cobertura. E pressionou de novo. E de novo...
Sem resposta. Oliver havia desabilitado o elevador expresso, efetivamente cortando toda comunicação com ela.
Chloe afundou-se no chão e enterrou o rosto nas mãos, perto das lágrimas. Brevemente ela considerou ligar para Clark novamente, mas decidiu que o havia importunado bastante por um dia; e além do mais, ela odiaria que ele fosse atingido com kriptonita de novo, o que era uma possibilidade real dado o humor de Oliver.
Mas Clark estava certo. Ela tinha que entrar naquele apartamento antes da meia-noite, ou poderia dar adeus a Oliver Queen.
"Vamos... pense, Chloe, pense", ela murmurou para si mesma. "O que Oliver faria para entrar em uma área restrita?"
Assim que disse as palavras, a resposta surgiu, clara como cristal. Ela arregalou os olhos enquanto desenhava um plano, embora um pensamento racional lhe dissesse que a ideia era suicida.
Mas amor, como Chloe havia percebido, não operava no reino do 'racional'.
Com determinação renovada, ela se levantou e voltou para a Ferrari.
***
"Eu devo estar louca", ela murmurou enquanto olhava para a luzinha que representava o apartamento de Oliver. "Eu devo estar totalmente, completamente, cem por cento maluca."
Apesar da ladainha desanimadora, Chloe continuou a organizar seus aparatos no telhado no Planeta Diário. Havia uma brisa no ar que lhe causava ainda mais preocupação. Mas Oliver havia lhe ensinado.
O cabo foi feito para ser resistente ao vento, ele havia lhe explicado pacientemente todos aqueles meses atrás, num curso rápido. A navegação está t-oda no pulso; como você o direciona, vai determinar seu caminho. Contanto que tenha calibrado a trajetória com seu peso e altura? Mamão com açúcar.
Chloe olhou para o horizonte e arfou. Olhando para a vasta expansão do céu entre o telhado do Planeta Diário e a varanda da Torre do Relógio, certamente não parecia mamão com açúcar ou qualquer outra coisa que tivesse o mesmo sentido. Parecia algo maluco, especialmente com o vento que jogava o cabelo em seu rosto.
Mas ela era uma mulher apaixonada, e mulheres apaixonadas fazem coisas malucas.
Rapidamente ela digitou as informações num painel ligado ao cabo, e então levantou o arco ao nível de seus olhos, como Oliver havia lhe ensinado. Ela estreitou os olhos enquanto se concentrava no alvo.
"Direto no centro", ela sussurrou, repetindo as palavras de Oliver, e soltou a flecha. Ela voou pelo ar, a força da projeção quase a puxando para a frente. Ela se segurou, e mais rápido do que esperava a âncora se fixou no apoio que era o alvo.
Perfeito.
Chloe respirou fundo e segurou firme a ponta do cabo. Agora a parte mais difícil. Seu coração martelava dentro do peito enquanto contemplava a ideia de pular do prédio, com apenas um cabo como apoio. Ok, então ela estava apaixonada, mas não estava tão louca assim, estava?
E bem aí, a luz da varanda se apagou, tomando a decisão por ela. Deixando o medo e a razão de lado, ela respirou fundo, segurou firme o cabo com as mãos enluvadas, fez uma rápida prece, e pulou.
O telhado do edifício desapareceu e ela se encontrou em queda livre por alguns segundos antes de se endireitar. O vento bagunçava seu cabelo, as luzes da cidade passavam num borrão enquanto ela voava pelo ar.
"Dez segundos", ela sussurrou. Era o tempo que duraria o trajeto do telhado do Planeta até o da Torre do Relógio. Ela tinha feito o trajeto algumas vezes e sempre reclamava que acabava muito rápido.
Desta vez, porém, não acabava nunca.
Enquanto se aproximava do outro prédio, um sentimento de medo se alojou em seu estômago e alarmes soaram em sua cabeça. Algo estava... errado...
Ela estreitou os olhos, e então os arregalou quando percebeu qual era o problema.
Ela não estava indo para a varanda. Estava indo direto para a janela da Torre do Relógio - um fato que se tornou claro quando a luz da sala se tornou visível momentos antes do contato.
"Oh, merda", ela gritou aterrorizada, preparando os ombros para o impacto. "Oh, merdaaaaaa....!"
***
Ele não queria dormir, mas ficar acordado estava se provando mais doloroso. Por mais que tentasse, não conseguia deixar de reviver o momento desastroso em sua mente.
Eu te amo, Chloe.
Eu sei. Eu te amo também, Clark.
Oliver fechou os olhos com força e balançou a cabeça, bravo consigo mesmo. O que ele precisava era parar de pensar nela de uma vez por todas. Ele havia dado os primeiros passos para continuar sua vida sem Chloe Sullivan ao cortar toda a comunicação, efetivamente tirando-a de sua vida. No dia seguinte, ele pediria para Victor reprogramar a Watchtower e remover cada traço dela. Por sorte, o financiamento estava no nome dela, mas era ele quem pagava pelo lugar (um fato que Jimmy Olsen não havia contado a ela), e era seu dinheiro que vinha mantendo o lugar desde então. Se ela quisesse desafiá-lo, teria que batalhar com seus advogados.
Oliver esperou que a sensação de satisfação tomasse conta; mas não aconteceu. Não que ele esperasse sentir isso de fato. Ele esfregou a testa com os dedos e fechou os olhos, sentindo-se derrotado. A cura demoraria, ele sabia.
Suspirando cansado, ele apagou a luz e foi para o quarto.
E foi quando ele ouviu: um barulho distinto, que parecia vir de sua varanda.
Imediatamente ele ficou totalmente alerta, suas mãos procurando a besta que nunca estava longe de seu alcance. Outro barulho perturbou a noite silenciosa, um que era familiar. Barulho de cabo.
Não havia tempo para pensar. Logo ele se posicionou a uma distância segura da janela e apontou o arco para a figura sombria que era arremessada contra o vidro em alta velocidade, pressionando o botão de seu controle remoto em seguida, para acender a luz.
A luz iluminou a sala ao mesmo tempo em que alguém atravessou sua janela. Fragmentos de vidro voaram para todo lugar e uma figura loira usando verde e preto atravessou o ar e caiu no chão, rolando até atingir a parede.
Ele olhou perplexo. "Chloe?" disse com a voz rouca. O arco caiu de seus dedos e disparou a flecha pela janela quebrada.
"Ai!" ela gemeu de dor, contorcendo-se no chão e esfregando o pulso direito enquanto olhava feio pra ele. "Como diabos você faz parecer tão fácil?"
______________
VINTE E TRÊS
______________________________________________________________________________
Que lindo espero que agora ele perdoe ele.
ResponderExcluirAgora é só aguardar o vinte e três para descobrir.
Meggie
Já postado, Meggie...
ExcluirNão, ela não fez... Meu Deus, não acredito que ela fez isso!!!! Hahhahaha
ResponderExcluirOK, acho que dessa forma o Oliver deve perdoa-la, depois de uma merecida bronca... Rs
GIL
Chloe é louca né? Rs... Acho que não tem como ele não perdoar...
Excluir