Resumo: Chloe acha incrivelmente difícil resistir ao afeto de Oliver.
Autora: babydee1
Classificação: NC-17
Linha de tempo: Temporada 9
História Anterior: Just For Funsies
Capítulos Anteriores: 01 :: 02 :: 03 :: 04 :: 05 :: 06 :: 07 :: 08 :: 09 :: 10 :: 11 :: 12 :: 13 :: 14 :: 15 :: 16 :: 17 :: 18 :: 19 :: 20 :: 21 :: 22
"Jesus Cristo", Oliver sussurrou, as mãos ainda tremendo. "Jesus..."
"Não, sou eu mesma", ela disse secamente, levando uma mão até a lateral da cabeça. "Ai, isso dói..."
"Jesus Cristo, Chloe, você enlouqueceu?" ele falou. "Eu quase te matei, pelo amor de Deus!"
"Você é um arqueiro melhor que isso, Oliver Queen", ela murmurou enquanto lutava para se sentar. "Você nunca teria atirado em mim."
"Talvez não, mas você atravessou minha janela voando? Que merda é essa?" ele falou. "Você estava tentando se matar?"
"Oh, me dê algum crédito, Ollie", ela disparou, fazendo uma careta enquanto esfregava o quadril. "Eu sei que suas janelas são feitas de vidro temperado; há anos desde que Dinah destruiu os vidros originais com um grito."
Ele se recusou a reconhecer a lógica. "E se você tivesse se estatelado contra a parede, hum? E aí?"
"Ei, não é culpa minha que esse equipamento seja defeituoso!" ela falou de volta, defensivamente. "Eu calibrei como você me ensinou, mas em vez de me jogar na varanda, decidiu me jogar contra as janelas." Ela lutou para se levantar e tirar os pedaços de vidro colados na roupa, desequilibrando-se um pouco. Rapidamente Oliver estendeu a mão para segurá-la.
"Você calibrou errado", ele disse, tirando a luva dela e estudando o ferimento em seu pulso.
"Não errei! Eu digitei meu peso e altura, como você me ensinou-"
"Você com certeza perdeu dois ou três quilos desde então", ele respondeu, pegando a mão dela e a levando até o banheiro. "Por isso a trajetória saiu errada."
"Oh", ela disse enquanto ele a sentava sobre o balcão. "Acho que não pensei nisso..."
"Você não pensa, ponto final", ele disparou, estreitando os olhos ao corte na testa dela. "E você está sangrando. Está ferida em mais algum lugar?"
Ela balançou a cabeça. "Não, acho que não."
Oliver olhou para ela desconfiado, e então pegou o vidro de antisséptico e um pouco de algodão do gabinete do banheiro. Ele abriu o vidro, depositou uma pequena quantidade no algodão e pressionou na testa dela, sem lhe dar tempo para se preparar. Ela fez uma careta quando o corte começou a arder, cerrando os punhos.
"Droga, isso dói", sibilou.
"Bem feito", ele disse sem remorso. "Talvez da próxima vez você pense duas vezes antes de embarcar em missões suicidas-"
"Eu precisava te ver, Ollie!" ela gritou.
"E você não poderia simplesmente... simplesmente..."
"Simplesmente o que, hein? Usar a porta, como uma pessoa normal?" ela completou sarcasticamente. "Ou tocar a campainha, ligar, usar o elevador... nossa, por que será que não fiz isso?"
Oliver ficou vermelho e pareceu arrependido enquanto jogava fora o algodão e pegava um novo, aplicando-o sobre outro machucado na clavícula dela.
"Você poderia ter pedido para Clark te trazer", ele disse de mal humor.
Ela bufou. "Difícil. Não me entenda mal; eu pedi, mas ele teve visões de você o atacando com kriptonita, e educadamente declinou. De qualquer forma, havia a chance de eu ser expulsa, não havia?"
Oliver evitou o olhar dela enquanto colocava uma bolsa de gelo sobre seu pulso. "Eu não teria feito isso."
"Não?"
Ele engoliu em seco, a culpa subindo por seu pescoço novamente enquanto lembrava no quanto queria bater em Clark antes.
"Ele disse que você atirou uma flecha de kriptonita nas costas dele", ela disse. "Quando você estava tentando me afastar de Davis."
"Ele estava indeciso", ele disse curtamente. "Eu não tinha tempo para ouvir a alteração que Clark havia feito na Constituição sobre como todos os monstros possuem direitos iguais."
"Foi só isso?" ela questionou. "Ou foi mais do que isso?"
Oliver não respondeu. Ele se concentrou em sua tarefa, limpando os cortes dela com gentileza.
"Eu só queria trazer você de volta", ele finalmente disse. "Não importava como, mas eu precisava te afastar daquela criatura."
A expressão de Chloe se suavizou e ela segurou o braço dele com a outra mão. Oliver ficou tenso, determinado a ignorar o quanto o toque dela era bem-vindo.
"Eu nunca te agradeci por ter colocado sua vida em risco por minha causa", ela disse gentilmente. "Obrigada, Oliver."
Ele não respondeu. Ele afastou a mão e começou a juntar a gaze e o algodão que havia usado para limpar os cortes, xingando baixinho quando viu outro corte pequeno atrás do ouvido dela. Ele preparou outro algodão com antisséptico e pressionou contra a pele. Chloe ficou tensa, segurando o braço dele de novo com a dor.
"Quase terminando", ele disse, levantando o cabelo dela para limpar o corte corretamente. A mão de Chloe descansou então no ombro dele, os dedos roçando seu pescoço.
Era como jogar gasolina no fogo. A pele de Oliver imediatamente começou a formigar com o toque, seu coração disparando quando o polegar dela traçou seu ouvido.
"Ônix sente sua falta", ela disse, quebrando o silêncio.
Contra sua vontade, um pequeno sorriso inclinou o canto de sua boca. "Eu o vi mais cedo, na fazenda. Ele parece bem; está enorme."
Ela sorriu de volta. "Ele é uma fofura. Mas ele não foi o único que sentiu sua falta." Ela correu o polegar pelo furo no queixo dele e Oliver ficou tenso, travando a mandíbula para evitar que o toque evocasse emoções que ele estava tentando enterrar.
"Não faz isso", ele resmungou, afastando-se da mão dela. Ela teimosamente se recusou a soltar e avançou, enterrando os dedos no cabelo dele.
"Por que não?" ela desafiou, os dedos correndo pelo cabelo do jeito que ele gostava. Ele fechou os olhos brevemente antes de reabri-los e olhar feio pra ela, segurando o pulso e afastando a mão dela.
"Porque eu não quero ser a pessoa que atrapalhou seu relacionamento com Clark", ele disse. "Por isso."
"Mas isso é impossível", ela respondeu, fechando os dedos ao redor dos dele.
"Eu estou te avisando, Chloe, pare de me tocar", ele disse, a voz baixa e perigosa.
"Ou o quê?" ela sussurrou, a voz parecendo uma carícia.
Ele engoliu em seco. "Apenas... não me toque, Chloe. Por favor. Não vou ser o obstáculo entre você e o homem que ama."
Ela ergueu uma sobrancelha. "E você acha que esse homem é o Clark, não acha?"
Ele olhou feio pra ela. "Não sou surdo, nem idiota", ele respondeu. "Não posso fingir que não ouvi as palavras que você disse a ele, e vice-versa."
Ela cruzou os braços e assentiu sarcasticamente. "Certo. Ok. Eu amo tanto o Clark que arrisquei minha vida para entrar aqui e falar com você."
Ele olhou para o chão silenciosamente, voltando o olhar para ela quando sentiu a mão dela novamente em seu rosto. "Ollie, algumas vezes..." ela suspirou. "Eu acho que você precisa ouvir as palavras que eu não digo."
Oliver encarou os olhos verdes, quase se deixando ter esperança. Claro, o pensamento lhe ocorreu quando ela entrou voando por sua janela, e a tática era muito extrema para alguém que quisesse apenas se desculpar, ou lhe dar o discurso do 'vamos continuar amigos/não é você, sou eu'. Mas depois de tudo que havia passado...
Ele suspirou e pegou a mão dela que estava em seu rosto. "Se você não as disser, então não tem nada que eu possa ouvir, Chloe", ele disse, saindo do banheiro.
"Eu quero ficar com você!" ela gritou.
Oliver parou na porta do quarto e girou de frente para ela. "O que você disse?"
"Na última vez em que estivemos aqui, você me perguntou se eu queria ficar com você", ela disse, caminhando na direção dele.
"Eu me lembro", ele disse, a voz baixa. "Também me lembro de você enfaticamente dizendo não."
"Eu menti", ela disse simplesmente. "Eu quero ficar com você, Oliver." Ela segurou a mão dele e fechou os dedos. "De verdade. Enquanto você me quiser, sou sua."
Alegria o preencheu brevemente, mas ele permaneceu cauteloso. "Por quê?" perguntou. "O que mudou de lá pra cá?"
"Eu não aceitava o que eu sinto por você", ela respondeu. "Mas agora aceito."
O coração dele acelerou dentro do peito. "E o que isso quer dizer?"
Ela respirou fundo. "Você significa tudo pra mim, Oliver", ela disse. "Não consigo imaginar minha vida sem você."
Ele olhou pra ela, esperando por mais. "Continue."
"Eu... eu sinto muito ter me sentido mal quando você disse que me amava", ela sussurrou. "Nunca tive muita sorte com o amor em minha vida, e... eu estava com medo de te perder também."
Oliver suspirou e pegou as mãos dela. "Eu te falei, Chloe, e falo agora: você não vai me perder", ele insistiu. "Não sou o Clark. Nunca vou te abandonar. Eu te amo, Chloe."
Ela assentiu, sorrindo. "Eu sei."
"E...?"
"E não tenho mais medo de te ouvir dizer isso."
Ele fez uma cara estranha. "Então você não vai vomitar no meu tapete? Que alívio!"
Ela riu. "Você é a melhor pessoa do mundo, Oliver Queen", ela disse calorosamente.
"Aceito isso. E...?" ele repetiu, a mão no ouvido dramaticamente.
Ela sabia o que ele estava esperando. "E eu não consigo dizer o que você quer ouvir, Oliver, ainda não", ela falou.
Ele abaixou a mão e o sorriso diminuiu, juntamente com a esperança em seu coração. "Não entendo porque não; você disse para o Clark."
"É diferente com o Clark", ela começou, mas ele balançou a cabeça.
"São só palavras, Chloe", ele disse teimosamente. "Se pode dizer ao Clark, pode dizer pra mim."
Ela respirou fundo. "Oliver, eu amo Clark, mas não como você pensa", ela declarou.
"Você o beijou", ele disse. "Na boca. Eu não esqueci disso, Chloe."
Ela engoliu em seco. "Aquilo não foi-"
"...o que pareceu, sim. Você já falou isso." Ele se sentou sobre o braço de uma cadeira e descansou a testa na mão. "Então o que foi? Porque com certeza parecia um beijo de amor pra mim."
Ela suspirou. "Era algo que eu precisava fazer."
Oliver fechou os olhos, sentindo-se derrotado. "Por quê?"
"Porque eu tinha que ter certeza que qualquer sentimento romântico que eu tinha por Clark havia sumido", ela explicou.
Ele riu sem humor. "Isso não é desculpa. Eu não preciso beijar a Lois para saber que não a amo."
"Você não tem uma década de sentimentos não correspondidos", ela pontuou.
Ele arregalou os olhos ao ver tudo com mais clareza. Chloe e Clark tinham uma história que havia durado mais do que muitos casamentos. Para que pudesse deixar para trás todos os sentimentos que tivera por ele, ela precisaria se testar uma última vez.
"E agora?" ele perguntou. "O que você sente por ele?"
Ela deu um sorriso. "Eu acabei de atravessar o céu a não sei que altura e uma janela para chegar até você", ela disse. "Isso responde sua pergunta?"
_________________
VINTE E QUATRO
_________________________________________________________________________________
História Anterior: Just For Funsies
Capítulos Anteriores: 01 :: 02 :: 03 :: 04 :: 05 :: 06 :: 07 :: 08 :: 09 :: 10 :: 11 :: 12 :: 13 :: 14 :: 15 :: 16 :: 17 :: 18 :: 19 :: 20 :: 21 :: 22
"Jesus Cristo", Oliver sussurrou, as mãos ainda tremendo. "Jesus..."
"Não, sou eu mesma", ela disse secamente, levando uma mão até a lateral da cabeça. "Ai, isso dói..."
"Jesus Cristo, Chloe, você enlouqueceu?" ele falou. "Eu quase te matei, pelo amor de Deus!"
"Você é um arqueiro melhor que isso, Oliver Queen", ela murmurou enquanto lutava para se sentar. "Você nunca teria atirado em mim."
"Talvez não, mas você atravessou minha janela voando? Que merda é essa?" ele falou. "Você estava tentando se matar?"
"Oh, me dê algum crédito, Ollie", ela disparou, fazendo uma careta enquanto esfregava o quadril. "Eu sei que suas janelas são feitas de vidro temperado; há anos desde que Dinah destruiu os vidros originais com um grito."
Ele se recusou a reconhecer a lógica. "E se você tivesse se estatelado contra a parede, hum? E aí?"
"Ei, não é culpa minha que esse equipamento seja defeituoso!" ela falou de volta, defensivamente. "Eu calibrei como você me ensinou, mas em vez de me jogar na varanda, decidiu me jogar contra as janelas." Ela lutou para se levantar e tirar os pedaços de vidro colados na roupa, desequilibrando-se um pouco. Rapidamente Oliver estendeu a mão para segurá-la.
"Você calibrou errado", ele disse, tirando a luva dela e estudando o ferimento em seu pulso.
"Não errei! Eu digitei meu peso e altura, como você me ensinou-"
"Você com certeza perdeu dois ou três quilos desde então", ele respondeu, pegando a mão dela e a levando até o banheiro. "Por isso a trajetória saiu errada."
"Oh", ela disse enquanto ele a sentava sobre o balcão. "Acho que não pensei nisso..."
"Você não pensa, ponto final", ele disparou, estreitando os olhos ao corte na testa dela. "E você está sangrando. Está ferida em mais algum lugar?"
Ela balançou a cabeça. "Não, acho que não."
Oliver olhou para ela desconfiado, e então pegou o vidro de antisséptico e um pouco de algodão do gabinete do banheiro. Ele abriu o vidro, depositou uma pequena quantidade no algodão e pressionou na testa dela, sem lhe dar tempo para se preparar. Ela fez uma careta quando o corte começou a arder, cerrando os punhos.
"Droga, isso dói", sibilou.
"Bem feito", ele disse sem remorso. "Talvez da próxima vez você pense duas vezes antes de embarcar em missões suicidas-"
"Eu precisava te ver, Ollie!" ela gritou.
"E você não poderia simplesmente... simplesmente..."
"Simplesmente o que, hein? Usar a porta, como uma pessoa normal?" ela completou sarcasticamente. "Ou tocar a campainha, ligar, usar o elevador... nossa, por que será que não fiz isso?"
Oliver ficou vermelho e pareceu arrependido enquanto jogava fora o algodão e pegava um novo, aplicando-o sobre outro machucado na clavícula dela.
"Você poderia ter pedido para Clark te trazer", ele disse de mal humor.
Ela bufou. "Difícil. Não me entenda mal; eu pedi, mas ele teve visões de você o atacando com kriptonita, e educadamente declinou. De qualquer forma, havia a chance de eu ser expulsa, não havia?"
Oliver evitou o olhar dela enquanto colocava uma bolsa de gelo sobre seu pulso. "Eu não teria feito isso."
"Não?"
Ele engoliu em seco, a culpa subindo por seu pescoço novamente enquanto lembrava no quanto queria bater em Clark antes.
"Ele disse que você atirou uma flecha de kriptonita nas costas dele", ela disse. "Quando você estava tentando me afastar de Davis."
"Ele estava indeciso", ele disse curtamente. "Eu não tinha tempo para ouvir a alteração que Clark havia feito na Constituição sobre como todos os monstros possuem direitos iguais."
"Foi só isso?" ela questionou. "Ou foi mais do que isso?"
Oliver não respondeu. Ele se concentrou em sua tarefa, limpando os cortes dela com gentileza.
"Eu só queria trazer você de volta", ele finalmente disse. "Não importava como, mas eu precisava te afastar daquela criatura."
A expressão de Chloe se suavizou e ela segurou o braço dele com a outra mão. Oliver ficou tenso, determinado a ignorar o quanto o toque dela era bem-vindo.
"Eu nunca te agradeci por ter colocado sua vida em risco por minha causa", ela disse gentilmente. "Obrigada, Oliver."
Ele não respondeu. Ele afastou a mão e começou a juntar a gaze e o algodão que havia usado para limpar os cortes, xingando baixinho quando viu outro corte pequeno atrás do ouvido dela. Ele preparou outro algodão com antisséptico e pressionou contra a pele. Chloe ficou tensa, segurando o braço dele de novo com a dor.
"Quase terminando", ele disse, levantando o cabelo dela para limpar o corte corretamente. A mão de Chloe descansou então no ombro dele, os dedos roçando seu pescoço.
Era como jogar gasolina no fogo. A pele de Oliver imediatamente começou a formigar com o toque, seu coração disparando quando o polegar dela traçou seu ouvido.
"Ônix sente sua falta", ela disse, quebrando o silêncio.
Contra sua vontade, um pequeno sorriso inclinou o canto de sua boca. "Eu o vi mais cedo, na fazenda. Ele parece bem; está enorme."
Ela sorriu de volta. "Ele é uma fofura. Mas ele não foi o único que sentiu sua falta." Ela correu o polegar pelo furo no queixo dele e Oliver ficou tenso, travando a mandíbula para evitar que o toque evocasse emoções que ele estava tentando enterrar.
"Não faz isso", ele resmungou, afastando-se da mão dela. Ela teimosamente se recusou a soltar e avançou, enterrando os dedos no cabelo dele.
"Por que não?" ela desafiou, os dedos correndo pelo cabelo do jeito que ele gostava. Ele fechou os olhos brevemente antes de reabri-los e olhar feio pra ela, segurando o pulso e afastando a mão dela.
"Porque eu não quero ser a pessoa que atrapalhou seu relacionamento com Clark", ele disse. "Por isso."
"Mas isso é impossível", ela respondeu, fechando os dedos ao redor dos dele.
"Eu estou te avisando, Chloe, pare de me tocar", ele disse, a voz baixa e perigosa.
"Ou o quê?" ela sussurrou, a voz parecendo uma carícia.
Ele engoliu em seco. "Apenas... não me toque, Chloe. Por favor. Não vou ser o obstáculo entre você e o homem que ama."
Ela ergueu uma sobrancelha. "E você acha que esse homem é o Clark, não acha?"
Ele olhou feio pra ela. "Não sou surdo, nem idiota", ele respondeu. "Não posso fingir que não ouvi as palavras que você disse a ele, e vice-versa."
Ela cruzou os braços e assentiu sarcasticamente. "Certo. Ok. Eu amo tanto o Clark que arrisquei minha vida para entrar aqui e falar com você."
Ele olhou para o chão silenciosamente, voltando o olhar para ela quando sentiu a mão dela novamente em seu rosto. "Ollie, algumas vezes..." ela suspirou. "Eu acho que você precisa ouvir as palavras que eu não digo."
Oliver encarou os olhos verdes, quase se deixando ter esperança. Claro, o pensamento lhe ocorreu quando ela entrou voando por sua janela, e a tática era muito extrema para alguém que quisesse apenas se desculpar, ou lhe dar o discurso do 'vamos continuar amigos/não é você, sou eu'. Mas depois de tudo que havia passado...
Ele suspirou e pegou a mão dela que estava em seu rosto. "Se você não as disser, então não tem nada que eu possa ouvir, Chloe", ele disse, saindo do banheiro.
"Eu quero ficar com você!" ela gritou.
Oliver parou na porta do quarto e girou de frente para ela. "O que você disse?"
"Na última vez em que estivemos aqui, você me perguntou se eu queria ficar com você", ela disse, caminhando na direção dele.
"Eu me lembro", ele disse, a voz baixa. "Também me lembro de você enfaticamente dizendo não."
"Eu menti", ela disse simplesmente. "Eu quero ficar com você, Oliver." Ela segurou a mão dele e fechou os dedos. "De verdade. Enquanto você me quiser, sou sua."
Alegria o preencheu brevemente, mas ele permaneceu cauteloso. "Por quê?" perguntou. "O que mudou de lá pra cá?"
"Eu não aceitava o que eu sinto por você", ela respondeu. "Mas agora aceito."
O coração dele acelerou dentro do peito. "E o que isso quer dizer?"
Ela respirou fundo. "Você significa tudo pra mim, Oliver", ela disse. "Não consigo imaginar minha vida sem você."
Ele olhou pra ela, esperando por mais. "Continue."
"Eu... eu sinto muito ter me sentido mal quando você disse que me amava", ela sussurrou. "Nunca tive muita sorte com o amor em minha vida, e... eu estava com medo de te perder também."
Oliver suspirou e pegou as mãos dela. "Eu te falei, Chloe, e falo agora: você não vai me perder", ele insistiu. "Não sou o Clark. Nunca vou te abandonar. Eu te amo, Chloe."
Ela assentiu, sorrindo. "Eu sei."
"E...?"
"E não tenho mais medo de te ouvir dizer isso."
Ele fez uma cara estranha. "Então você não vai vomitar no meu tapete? Que alívio!"
Ela riu. "Você é a melhor pessoa do mundo, Oliver Queen", ela disse calorosamente.
"Aceito isso. E...?" ele repetiu, a mão no ouvido dramaticamente.
Ela sabia o que ele estava esperando. "E eu não consigo dizer o que você quer ouvir, Oliver, ainda não", ela falou.
Ele abaixou a mão e o sorriso diminuiu, juntamente com a esperança em seu coração. "Não entendo porque não; você disse para o Clark."
"É diferente com o Clark", ela começou, mas ele balançou a cabeça.
"São só palavras, Chloe", ele disse teimosamente. "Se pode dizer ao Clark, pode dizer pra mim."
Ela respirou fundo. "Oliver, eu amo Clark, mas não como você pensa", ela declarou.
"Você o beijou", ele disse. "Na boca. Eu não esqueci disso, Chloe."
Ela engoliu em seco. "Aquilo não foi-"
"...o que pareceu, sim. Você já falou isso." Ele se sentou sobre o braço de uma cadeira e descansou a testa na mão. "Então o que foi? Porque com certeza parecia um beijo de amor pra mim."
Ela suspirou. "Era algo que eu precisava fazer."
Oliver fechou os olhos, sentindo-se derrotado. "Por quê?"
"Porque eu tinha que ter certeza que qualquer sentimento romântico que eu tinha por Clark havia sumido", ela explicou.
Ele riu sem humor. "Isso não é desculpa. Eu não preciso beijar a Lois para saber que não a amo."
"Você não tem uma década de sentimentos não correspondidos", ela pontuou.
Ele arregalou os olhos ao ver tudo com mais clareza. Chloe e Clark tinham uma história que havia durado mais do que muitos casamentos. Para que pudesse deixar para trás todos os sentimentos que tivera por ele, ela precisaria se testar uma última vez.
"E agora?" ele perguntou. "O que você sente por ele?"
Ela deu um sorriso. "Eu acabei de atravessar o céu a não sei que altura e uma janela para chegar até você", ela disse. "Isso responde sua pergunta?"
_________________
VINTE E QUATRO
_________________________________________________________________________________
Imagino que para o Oliver seja frustante e difícil de aceitar a atitude da Chloe, principalmente depois do que ele viu e ouviu, e claro de viver a maior parte de sua vida carante de amor, é compreensivo que ele queira ouvir da pessoa amada que também é amado, mas por favor, a garota pulou de um prédio direto em uma janela... Isso fala muito Rsrs
ResponderExcluirOk, muitos chamariam isso de loucura (cof, EU, cof), mas como se trata de Chlollie, chamemos uma loucura de amor!!!!
E coisa mais fofa ele cuidando dos ferimentos dela...*-*
GIL
Nossa tô ansiosa pela continuação, por favor posta o próximo capitulo!!!
ExcluirQueridas, desculpem mesmo a demora... Fui engolida pela rotina e só agora consegui respirar e passar por aqui... Já vou postar...
ResponderExcluir