Resumo: Aparentemente, a única coisa que unia Chloe Sullivan e Oliver Queen era uma história. Mas por trás das portas fechadas era um relacionamento acidental que sem nenhuma intenção acabou mudando tudo.
Autora: serafina19
Classificação: NC-17
Enquanto descia a rua, Chloe olhou para o telefone, sabendo que era loucura, mas mesmo assim encontrou coragem para ligar para o número dele e não desligou quando ele atendeu. Só que ao invés de deixá-lo falar, ela disse rapidamente. "O que você está fazendo agora?"
Estreitando os olhos quando ouviu a voz dela, Oliver perdeu completamente o que ela disse. "Chloe?" Ele tinha pego o telefone cegamente do bolso, então não teve a chance de ver quem estava ligando. Mesmo que tivesse visto, ela era a última pessoa de quem esperava uma ligação.
Ela expirou alto enquanto acelerava o passo. "Você está em casa ou o quê?"
"Sim", ele respondeu, saindo do elevador. De fato, ele tinha acabado de levar Hal para o aeroporto depois da curta visita.
Fechando os olhos, Chloe percebeu que era melhor ir direto ao ponto. "Contra meu melhor julgamento, eu mudei de ideia. Mas você não pode perguntar a razão." Ela também queria acrescentar que era só aquela noite, mas ele respondeu muito rápido.
"Quando posso te esperar?"
Suspirando, Chloe olhou para seu destino, momentaneamente perdendo o fôlego enquanto parava de andar. Ela ia mesmo fazer aquilo? Realmente seria aquele tipo de garota? Porque embora ele tenha começado tudo, embora tivesse deixado claro que ele a queria, ainda não parecia certo.
Mas quanto mais pensava, mais percebia o quanto precisava daquilo, por mais estranho que fosse. "Eu estou a uma quadra", ela finalmente respondeu.
"Então te vejo daqui a pouco", Oliver disse antes de desligar, ainda um pouco surpreso. Abrindo o laptop, ele considerou a ideia de que fosse algum tipo de truque, mas dentro de poucos minutos ela entrou no elevador, olhando para a câmera no canto. Ele a deixou subir e foi na direção da entrada, pronto para quando ela chegasse.
Fazia alguns dias desde que ela o tinha claramente dispensado, e embora Oliver soubesse que as mulheres mudam de ideia, por alguma razão, ele tinha a sensação de que Chloe não mudaria. Mas ela ligara, estava indo até ele. Então embora seu corpo reagisse em antecipação pela chegada dela, Oliver podia quase perceber que estava sentindo outra coisa, mas deixou a sensação de lado no momento em que o elevador parou.
Assim que a porta se abriu, os dedos dela se fecharam ao redor da grade, empurrando-a com facilidade. Chloe respirou fundo enquanto olhava pra ele do elevador. O olhar dele era faminto, então ela saiu, jogando o casaco no chão, tirando os sapatos. Verdade, ela provavelmente podia aproveitar os centímetros a mais, mas a parte racional de seu cérebro desligou no momento em que seus olhos se encontraram.
Ela olhou pra ele, a tempo de ver a mão de Oliver em seu pescoço, inclinando o queixo para beijá-la, o que pareceu melhor do que ela se lembrava. Era um ato simples, ainda assim a acendeu quase imediatamente, levando os dedos dela até o cabelo dele, tentando reduzir a distância vertical.
Os lábios dele eram duros, frios até, ela podia sentir, mas Chloe estava longe de reclamar enquanto ele aprofundava o beijo. A língua de Oliver acariciava a parte interna de sua boca e ela deixou um gemido escapar, enquanto sentia a outra mão dele pressionada com força em suas costas.
Descendo a mão devagar, Oliver abriu o zíper e deixou a saia dela cair. Chloe saiu da roupa, mas com a mão dele ainda no lugar, Oliver a puxou de volta para colidirem peito contra peito. Era perto o suficiente para Chloe sentir a ereção dele, o que a fez dar um risinho interno. E antes que pudesse perceber o que estava acontecendo, ele a ergueu do chão. Ela teve, no entanto, tempo para fechar os calcanhares atrás das costas dele antes de seus lábios se encontrarem novamente.
Era provavelmente uma coisa boa que ele a tivesse erguido, porque ela sentia as pernas amolecendo. Jamais admitiria isso pra ele, mas havia uma razão para ter mudado de ideia, porque Lois estava certa. Ela precisava de um caso, algo sem significado, e quem melhor que o homem que vivia coisas assim? Isso... e era seguro dizer que ele era mais do que adequado em certas áreas.
Estendendo a mão, Chloe puxou a camisa de Oliver e ele a ajudou a passá-la por sua cabeça, prontamente removendo o cinto enquanto a camisa caía no chão. Mas quando encontrou os olhos dela mais uma vez, Oliver se distraiu, então ele os girou para que as costas dela colidissem com força contra a parede. Ele a percebeu perdendo o ar momentaneamente, mas não durou, logo ela puxou sua cabeça até a dela, beijando-o com força, alheia ao fato de que sua mão estava prestes a entrar por dentro da coxa dela.
Ele subiu a mão lentamente, sentindo a umidade da calcinha dela antes de continuar. Quando seu dedo a penetrou, Chloe mordeu levemente o lábio de Oliver, seu gemido abafado pelo jeito que o beijo continuava. Era melhor assim, porque ela não o queria ouvindo nada que tivesse a dizer. No entanto, seu corpo a traiu quando sua cabeça caiu pra trás e ela gritou quando ele aumentou o ritmo.
Oh... Deus...
Era só o dedo dele, e Chloe se perguntou como no mundo ela tinha hesitado. Não era como se ele propusesse isso a qualquer pessoa que conhecesse e... de alguma forma ele parecia atingir lugares que ela nem sabia que eram sensíveis.
Havia só um problema na opinião de Oliver, o corpo dela ainda parcialmente vestido. Não o entenda mal, a blusa fazia ao corpo dela um favor, mas ele estava muito mais interessado em suas curvas naturais. Ele podia sentir que ela estava perto e considerando que aquilo estava acontecendo porque ela mudou de ideia, ele não ia irritá-la. Não só isso, mas ele de fato gostava de assistir suas reações, ouvir os barulhos que saíam de seus lábios. Infelizmente, isso causou uma reação em mais de um lugar, já que o aperto em sua calça era só outra razão para permitir que seu membro se tornasse um aspecto mais participante naquela interação.
Quando ela gozou, ele a afastou da parede, andando cuidadosamente pelo corredor que ia para seu quarto, abrindo os botões da blusa dela no caminho. O último se soltou assim que atingiram o colchão, fazendo a blusa cair no colchão.
Então, com um movimento suave, Oliver tirou a blusa debaixo dela como alguém que removia uma toalha de mesa onde ainda havia pratos sobre a mesa. Um truque impressionante quando ele fazia direito, mas que não era melhor do que a visão diante de seus olhos.
Soltando a blusa, Oliver fez uma nota mental por não se lembrar de como as linhas do corpo dela eram bonitas. Ela era pequena, mas estava tudo ali. Bem, quase tudo.
"Tira", ele disse a Chloe, olhando com força para a marca dos mamilos dela sob o sutiã que cobria seus seios.
Ela inicialmente não reagiu, então Oliver desceu a boca sobre seu umbigo, correndo beijos enquanto descia, as mãos entrando na calcinha dela antes de soltá-la contra sua pele, fazendo Chloe pular. Ela também se surpreendeu que ele tenha demorado a remover a calcinha dela desta vez, então Chloe se inclinou e abriu o sutiã, os olhos dele brilhando enquanto seus seios eram expostos.
Mas havia uma coisa que ele queria fazer primeiro, então ele tirou a boxer, sua voz profunda ao quebrar o silêncio mais uma vez. "Você está..."
"Tomando pílula?" Chloe continuou impaciente, embora ele já a tivesse feito gozar. "Sim." E logo em seguida, a satisfação preencheu seus sentidos quando sentiu a ponta dele contra sua coxa, fazendo-a morder o lábio, lembrando o quanto estava apertada da última vez.
Ele pareceu perceber o gesto, incluindo o ar dela ficando preso na garganta enquanto se empurrava um pouco mais. "Eu estou...?"
"Apenas... continue." Chloe sabia que estava apertada, porque fazia muito tempo desde que tinha transado. Meses desde seu último encontro pareceram ser o suficiente. Isso não significava que sua memória muscular não lhe dava flashbacks, mesmo com o jeito que a ponta dele provocava sua entrada o suficiente para ela perder o ar. E ele não ia lhe dar um tempo, já que ele parecia ter decidido que o melhor era arrancar o band-aid de uma vez. Ou neste caso, se enfiar dentro dela o mais rápido e forte possível.
Porque não era sobre cuidado, não era sobre calor e sentimentos confusos ao redor do ato. Não, era sobre necessidade, sobre esquecer os problemas, e se a reação dela significasse alguma coisa, ele tinha feito a escolha correta.
Afinal, ela não queria que ele fosse com calma. Mesmo que sua vulnerabilidade fosse alta, Chloe não era uma flor delicada. Ela tinha feito aquilo antes, mesmo que não tivesse sentido nada igual. Mas ela conseguiu se recuperar e continuar, o que pareceu funcionar quando um gemido escapou dele.
Foi nesse momento que Oliver percebeu o quanto era melhor sem álcool envolvido. Na primeira vez, ele era só um cara, mas naquela noite, ela o queria. Naquela noite, ela tinha se soltado o suficiente para de fato gritar o nome dele, ela tinha literalmente cravado as unhas em sua pele, e haveria marcas em suas costas durante um tempo.
Claro, isso vinha com uma genuína raiva correndo nas veias dela, já que a falta de hesitação pareceu substituir a resistência que estava presente pelo menos até aquela manhã. Ela tinha tomado a frente, mesmo embaixo dele, a perna dela prendeu sua cintura, seus quadris o mantendo no ritmo. Em breve era ele quem estava dizendo o nome dela, uma reação que levou um sorriso ao rosto dela. Quando seus olhos se encontraram mais uma vez, o corpo dela arqueou enquanto ele fechava os dedos nas costas dela, sua insistência mais aparente a cada investida, seu clímax se aproximando rápido e o dele não estava muito atrás.
Quando chegou ao auge, ela se soltou completamente, a respiração acelerada lhe escapando enquanto relaxava sob ele, êxtase nos olhos. Era um olhar que Oliver tinha visto antes, mas antes, não era por causa do fato de que ele tinha prestado um serviço a ela, era porque naquele momento, havia apenas simples satisfação... e algo sobre isso levou Oliver ao limite, seus olhos nunca deixando os dela.
Enquanto a sensação acabava, Oliver pensou em começar outro round, era fácil ver que ela precisava e ele tinha toda intenção de satisfazê-la. Oliver queria saber como seria, o que sua oferta criaria, e as coisas que podia fazê-la sentir.
Nunca lhe ocorreu porque ele queria tanto convencê-la, mas assim que sua boca desceu até o seio dela, fazendo-a gritar, esse pequeno detalhe realmente não importou mais.
Retirando-se dela, Oliver se deitou no outro lado da cama, olhando pra ela enquanto respiravam pesadamente. "Bem?" ele conseguiu dizer, observando-a atentamente.
Dando risada, Chloe admitiu. "Sua teoria não é ruim." Havia realmente algo sobre apenas transar que a fazia sentir algo inesperado. O tempo todo, ela tinha esquecido sua frustração e melhor ainda, ele pareceu desfrutar, o que era uma boa injeção de confiança pra ela. Afinal, ele podia ter qualquer mulher que quisesse.
Mas Chloe sabia que tinha que sair dali antes que ele tivesse outras ideias. Ainda era cedo, então ela podia ir pra casa, tomar um longo banho, reconsiderar que diabos estava fazendo de sua vida. Coisas básicas.
Ela pegou o sutiã do chão, pronta para partir quando o ouviu se mexer no colchão. "Então isso é coisa de uma noite só... ou...?"
Ele tinha sido rápido, não tinha? Ali estava ela, pronta para fazer a mesma pergunta, mas a cada palavra que saía da boca dele, Chloe sentia uma pontada no estômago, relembrando-a que da última vez que tinha tentado esquecer não tinha dado muito certo. De fato, ela deduziu que demoraria um tempo antes de tudo sair de seu sistema.
Oliver tentou interpretar o silêncio dela como um sinal positivo, mesmo enquanto ela continuava a agir como se não tivesse lhe ouvido, palavras eram muito difíceis com Chloe. Ele estava tentado a tocá-la, a deitá-la e convencê-la a passar a noite toda com ele, como se fosse compensar o jeito que ela o deixou no Ace of Clubs, mas ele lhe deu espaço, mesmo enquanto ela fechava o sutiã e vestia a calcinha.
Levantando-se, Chloe olhou pra cima e encarou o espelho, encontrando os olhos dele pelo reflexo. Ela respirou fundo, incerta do que queria, mas a cama parecia muito convidativa. Enquanto mordia os lábios, Chloe sabia que aquilo não era ela, mas talvez essa fosse a razão. Sua vida inteira, ela colocou todo mundo acima de si mesma, a exceção sendo a incrível estupidez de ficar noiva.
Oliver era diferente. Ele não queria nada dela além disso, então sem a presença de expectativas, não haveria decepção de nenhum lado. Era uma fase maluca de sua vida, e talvez ele pudesse lhe mostrar o que tinha perdido sob os lençóis. Não era como se as pessoas reclamassem de ter uma fonte de múltiplos orgasmos, por que ela reclamaria?
Então ela balançou a cabeça levemente, quase incrédula. "Vamos tentar do seu jeito." Percebendo o sorriso que iluminava o rosto dele, Chloe virou a cabeça por sobre o ombro. "Com condições."
Ela voltou a se sentar na cama, sabendo que tinham que estabelecer todos os combinados ou não daria certo. Oliver pareceu sentir isso, já que se moveu mais perto dela, mas manteve distância. "Não esperava menos."
Entrando em seu apartamento, Chloe jogou as chaves na mesa da entrada, garantindo que tivesse trancado a porta. Colocando a bolsa ali, ela pegou o telefone e começou a escanear as mensagens perdidas de Lois.
Agora que estava em casa e pensando claramente, Chloe não podia deixar de sentir uma ponta de culpa sobre o modo como tratou Lois. Pela primeira vez ela tinha respeitado seus pedidos para deixar sua vida privada ser privada. Chloe tinha lhe tratado com frieza. Não era justo com a pessoa que só queria ter certeza que ela estava bem. Claro, Lois estava longe de ser perfeita, mas Chloe seria a primeira a admitir que estava agradecida a Lois porque sua vida seria dramaticamente diferente sem sua prima.
Então ela abriu a caixa de mensagens e digitou: Sinto muito Lois. A noite das garotas ainda é uma opção? Sorvete e filme ruim é exatamente o que o médico receitou.
Chloe se recostou contra o sofá, desejando que sua prima a perdoasse e com certeza, dentro de dois minutos, seu telefone soou.
Desculpas aceitas. Chego em vinte minutos.
Sorrindo, Chloe soltou o telefone e foi para o banheiro, já que precisava desesperadamente de um banho antes de Lois chegar. Ela era muito astuta com esse tipo de coisa e a última coisa que Chloe precisava era quebrar a primeira regra antes de ela ao menos começar.
Claro, a ideia toda parecia ainda estar se encaixando. Era provavelmente muito errado, mas também era revigorante. Além do mais, sua cabeça parecia bem mais leve e embora ainda estivesse chateada, era pelo menos administrável. E mais, Oliver aceitou todas as suas condições, então havia pelo menos um senso de controle.
Sem emoções, sem presentes, sem laços. Nada de amigos com benefícios, porque nunca terminava bem. Não, este arranjo era o mínimo da relação humana. Corpos eram apreciados, necessidades se encontravam, e era isso. Havia outras coisas a serem detalhadas, mas o detalhe mais importante era que Oliver aceitou rapidamente.
Então ali estava ela, parada na frente do espelho, sentindo... muitas coisas. O fato de que Chloe parecia sentir uma mistura de emoções era óbvio, mas era bem melhor do que a alternativa e ela ficou pensando no quanto ele podia fazê-la se sentir bem quando sua vida pessoal não estava indo por água abaixo.
Virando-se levemente, Chloe percebeu algumas áreas que teriam que ser cobertas, de jeito nenhum ela conseguiria explicar as marcas de arranhão em seus ombros. Mas tirando isso, era a mesma Chloe que ela tinha visto de manhã. Não completamente feliz, mas moderadamente contente.
Depois de vestir uma camiseta, ela pegou a primeira calça de pijama que encontrou, já que conforto era uma prioridade. Naturalmente, a próxima coisa a se fazer era café e aquecer o último pacote de pipoca em seu armário. O som da pipoca ao fundo tinha um sentido de poeira assentando, de um tornado indo para outros céus, mesmo que só por uma noite. Porque Chloe sabia que sua conversa com Jimmy ainda não estava encerrada, mas primeiro, ela tinha que ter uma conversa legítima com sua prima... que foi pontual pela primeira vez em sua vida.
Respirando fundo, Chloe foi até a porta, mas deu uma rápida olhada ao redor do apartamento, feliz que as flores tivessem desocupado o local.
No momento em que a porta se abriu, Lois disse, "Eu deveria ter te contado."
Observando a prima entrar no apartamento, passando por ela, Chloe balançou a cabeça. "Não, você não deveria." Assim que Lois se virou, Chloe acrescentou, "Eu precisava ouvir de Jimmy e um dia, eu vou conversar com ele sobre isso."
Ainda sentindo-se levemente envergonhada por seu comportamento, Chloe foi até sua prima e a abraçou. "Neste meio tempo... eu sinto muito." Sentindo Lois retornar o abraço, ela encontrou um jeito de sorrir, querendo mais do que tudo esquecer a coisa toda assim que se afastou. "Agora... o que tem na sacola?"
"Sorvete e o primeiro filme de ação que encontrei." Afinal, Lois jamais entenderia a apelação dos filmes românticos quando corações partidos e frustrações românticas eram o problema. Ela tentou uma vez, e no mínimo, piorou mais seu estado. Além do mais, Lois sabia que era a última coisa que Chloe precisava, então não importava se o filme fosse ruim, pelo menos ela poderia relaxar.
Depois de um aceno de cabeça, Chloe voltou para a cozinha para pegar a pipoca do microondas. "Parece ótimo."
Lois sabia que sua prima tivera algumas horas para processar tudo, mas a transformação parecia mais do que isso. "Você parece... diferente", ela disse, percebendo a leve parada em seus passos e a falta de frustração em seus olhos. Claro, não era uma coisa ruim, mas era estranho ela estar de bom humor.
E foi por isso que Chloe ficou feliz de não estar de frente para Lois quando ela disse isso. Xingando internamente, Chloe percebeu que estava tentando muito fazer parecer que estava tudo bem. Mas ela não podia contar a verdade a Lois, então disse a primeira coisa que veio em sua mente. "Eu estava sem cafeína. Tomei dois cafés e pensei um pouco."
Ouvindo um zombar do outro cômodo, Chloe não podia culpar a incredulidade da prima. A verdade era que ela estava mais do que cafeinada quando Lois a viu. Um olhar para o lixo de sua mesa e Lois teria sabido, então Chloe voltou para a sala, pipoca na mão, pronta para outra desculpa. "Tá bom, eu... fui ao estande antes de fechar."
Nos últimos anos, as primas vinham aprendendo a atirar, para no mínimo, saber melhor como manipular uma arma. Depois de muitos assaltos, elas perceberam que defesa pessoal não era suficiente. Claro, Chloe não ia muito, por isso os olhos arregalados de Lois, mas Chloe acrescentou rapidamente. "Acredite em mim, foi só para aliviar a raiva." Jogando-se no sofá, Chloe deu de ombros. "Ele está feliz e eu estou seguindo em frente, certo?"
Houve uma pesada pausa no ar por um momento, que Lois usou para analisar o comportamento de sua prima. Ela não queria acreditar, mas realmente Chloe tinha passado por muita cosia, e Lois tinha tentado essa técnica uma vez e sabia que funcionava mesmo.
Ainda assim, embora Lois estivesse um pouco impressionada, isso não a impediu de confirmar. "Então você está bem."
Inclinando-se para a frente, Chloe pegou uma mão cheia de pipoca. "Eu não estou necessariamente animada com a ideia, mas de jeito nenhum estou como antes."
Analisando novamente a reação de sua prima por um segundo, Lois sorriu antes de colocar o DVD. "Ótimo. Então vamos começar."
_____
SETE
_________________________________________________________________________
Estreitando os olhos quando ouviu a voz dela, Oliver perdeu completamente o que ela disse. "Chloe?" Ele tinha pego o telefone cegamente do bolso, então não teve a chance de ver quem estava ligando. Mesmo que tivesse visto, ela era a última pessoa de quem esperava uma ligação.
Ela expirou alto enquanto acelerava o passo. "Você está em casa ou o quê?"
"Sim", ele respondeu, saindo do elevador. De fato, ele tinha acabado de levar Hal para o aeroporto depois da curta visita.
Fechando os olhos, Chloe percebeu que era melhor ir direto ao ponto. "Contra meu melhor julgamento, eu mudei de ideia. Mas você não pode perguntar a razão." Ela também queria acrescentar que era só aquela noite, mas ele respondeu muito rápido.
"Quando posso te esperar?"
Suspirando, Chloe olhou para seu destino, momentaneamente perdendo o fôlego enquanto parava de andar. Ela ia mesmo fazer aquilo? Realmente seria aquele tipo de garota? Porque embora ele tenha começado tudo, embora tivesse deixado claro que ele a queria, ainda não parecia certo.
Mas quanto mais pensava, mais percebia o quanto precisava daquilo, por mais estranho que fosse. "Eu estou a uma quadra", ela finalmente respondeu.
"Então te vejo daqui a pouco", Oliver disse antes de desligar, ainda um pouco surpreso. Abrindo o laptop, ele considerou a ideia de que fosse algum tipo de truque, mas dentro de poucos minutos ela entrou no elevador, olhando para a câmera no canto. Ele a deixou subir e foi na direção da entrada, pronto para quando ela chegasse.
Fazia alguns dias desde que ela o tinha claramente dispensado, e embora Oliver soubesse que as mulheres mudam de ideia, por alguma razão, ele tinha a sensação de que Chloe não mudaria. Mas ela ligara, estava indo até ele. Então embora seu corpo reagisse em antecipação pela chegada dela, Oliver podia quase perceber que estava sentindo outra coisa, mas deixou a sensação de lado no momento em que o elevador parou.
Assim que a porta se abriu, os dedos dela se fecharam ao redor da grade, empurrando-a com facilidade. Chloe respirou fundo enquanto olhava pra ele do elevador. O olhar dele era faminto, então ela saiu, jogando o casaco no chão, tirando os sapatos. Verdade, ela provavelmente podia aproveitar os centímetros a mais, mas a parte racional de seu cérebro desligou no momento em que seus olhos se encontraram.
Ela olhou pra ele, a tempo de ver a mão de Oliver em seu pescoço, inclinando o queixo para beijá-la, o que pareceu melhor do que ela se lembrava. Era um ato simples, ainda assim a acendeu quase imediatamente, levando os dedos dela até o cabelo dele, tentando reduzir a distância vertical.
Os lábios dele eram duros, frios até, ela podia sentir, mas Chloe estava longe de reclamar enquanto ele aprofundava o beijo. A língua de Oliver acariciava a parte interna de sua boca e ela deixou um gemido escapar, enquanto sentia a outra mão dele pressionada com força em suas costas.
Descendo a mão devagar, Oliver abriu o zíper e deixou a saia dela cair. Chloe saiu da roupa, mas com a mão dele ainda no lugar, Oliver a puxou de volta para colidirem peito contra peito. Era perto o suficiente para Chloe sentir a ereção dele, o que a fez dar um risinho interno. E antes que pudesse perceber o que estava acontecendo, ele a ergueu do chão. Ela teve, no entanto, tempo para fechar os calcanhares atrás das costas dele antes de seus lábios se encontrarem novamente.
Era provavelmente uma coisa boa que ele a tivesse erguido, porque ela sentia as pernas amolecendo. Jamais admitiria isso pra ele, mas havia uma razão para ter mudado de ideia, porque Lois estava certa. Ela precisava de um caso, algo sem significado, e quem melhor que o homem que vivia coisas assim? Isso... e era seguro dizer que ele era mais do que adequado em certas áreas.
Estendendo a mão, Chloe puxou a camisa de Oliver e ele a ajudou a passá-la por sua cabeça, prontamente removendo o cinto enquanto a camisa caía no chão. Mas quando encontrou os olhos dela mais uma vez, Oliver se distraiu, então ele os girou para que as costas dela colidissem com força contra a parede. Ele a percebeu perdendo o ar momentaneamente, mas não durou, logo ela puxou sua cabeça até a dela, beijando-o com força, alheia ao fato de que sua mão estava prestes a entrar por dentro da coxa dela.
Ele subiu a mão lentamente, sentindo a umidade da calcinha dela antes de continuar. Quando seu dedo a penetrou, Chloe mordeu levemente o lábio de Oliver, seu gemido abafado pelo jeito que o beijo continuava. Era melhor assim, porque ela não o queria ouvindo nada que tivesse a dizer. No entanto, seu corpo a traiu quando sua cabeça caiu pra trás e ela gritou quando ele aumentou o ritmo.
Oh... Deus...
Era só o dedo dele, e Chloe se perguntou como no mundo ela tinha hesitado. Não era como se ele propusesse isso a qualquer pessoa que conhecesse e... de alguma forma ele parecia atingir lugares que ela nem sabia que eram sensíveis.
Havia só um problema na opinião de Oliver, o corpo dela ainda parcialmente vestido. Não o entenda mal, a blusa fazia ao corpo dela um favor, mas ele estava muito mais interessado em suas curvas naturais. Ele podia sentir que ela estava perto e considerando que aquilo estava acontecendo porque ela mudou de ideia, ele não ia irritá-la. Não só isso, mas ele de fato gostava de assistir suas reações, ouvir os barulhos que saíam de seus lábios. Infelizmente, isso causou uma reação em mais de um lugar, já que o aperto em sua calça era só outra razão para permitir que seu membro se tornasse um aspecto mais participante naquela interação.
Quando ela gozou, ele a afastou da parede, andando cuidadosamente pelo corredor que ia para seu quarto, abrindo os botões da blusa dela no caminho. O último se soltou assim que atingiram o colchão, fazendo a blusa cair no colchão.
Então, com um movimento suave, Oliver tirou a blusa debaixo dela como alguém que removia uma toalha de mesa onde ainda havia pratos sobre a mesa. Um truque impressionante quando ele fazia direito, mas que não era melhor do que a visão diante de seus olhos.
Soltando a blusa, Oliver fez uma nota mental por não se lembrar de como as linhas do corpo dela eram bonitas. Ela era pequena, mas estava tudo ali. Bem, quase tudo.
"Tira", ele disse a Chloe, olhando com força para a marca dos mamilos dela sob o sutiã que cobria seus seios.
Ela inicialmente não reagiu, então Oliver desceu a boca sobre seu umbigo, correndo beijos enquanto descia, as mãos entrando na calcinha dela antes de soltá-la contra sua pele, fazendo Chloe pular. Ela também se surpreendeu que ele tenha demorado a remover a calcinha dela desta vez, então Chloe se inclinou e abriu o sutiã, os olhos dele brilhando enquanto seus seios eram expostos.
Mas havia uma coisa que ele queria fazer primeiro, então ele tirou a boxer, sua voz profunda ao quebrar o silêncio mais uma vez. "Você está..."
"Tomando pílula?" Chloe continuou impaciente, embora ele já a tivesse feito gozar. "Sim." E logo em seguida, a satisfação preencheu seus sentidos quando sentiu a ponta dele contra sua coxa, fazendo-a morder o lábio, lembrando o quanto estava apertada da última vez.
Ele pareceu perceber o gesto, incluindo o ar dela ficando preso na garganta enquanto se empurrava um pouco mais. "Eu estou...?"
"Apenas... continue." Chloe sabia que estava apertada, porque fazia muito tempo desde que tinha transado. Meses desde seu último encontro pareceram ser o suficiente. Isso não significava que sua memória muscular não lhe dava flashbacks, mesmo com o jeito que a ponta dele provocava sua entrada o suficiente para ela perder o ar. E ele não ia lhe dar um tempo, já que ele parecia ter decidido que o melhor era arrancar o band-aid de uma vez. Ou neste caso, se enfiar dentro dela o mais rápido e forte possível.
Porque não era sobre cuidado, não era sobre calor e sentimentos confusos ao redor do ato. Não, era sobre necessidade, sobre esquecer os problemas, e se a reação dela significasse alguma coisa, ele tinha feito a escolha correta.
Afinal, ela não queria que ele fosse com calma. Mesmo que sua vulnerabilidade fosse alta, Chloe não era uma flor delicada. Ela tinha feito aquilo antes, mesmo que não tivesse sentido nada igual. Mas ela conseguiu se recuperar e continuar, o que pareceu funcionar quando um gemido escapou dele.
Foi nesse momento que Oliver percebeu o quanto era melhor sem álcool envolvido. Na primeira vez, ele era só um cara, mas naquela noite, ela o queria. Naquela noite, ela tinha se soltado o suficiente para de fato gritar o nome dele, ela tinha literalmente cravado as unhas em sua pele, e haveria marcas em suas costas durante um tempo.
Claro, isso vinha com uma genuína raiva correndo nas veias dela, já que a falta de hesitação pareceu substituir a resistência que estava presente pelo menos até aquela manhã. Ela tinha tomado a frente, mesmo embaixo dele, a perna dela prendeu sua cintura, seus quadris o mantendo no ritmo. Em breve era ele quem estava dizendo o nome dela, uma reação que levou um sorriso ao rosto dela. Quando seus olhos se encontraram mais uma vez, o corpo dela arqueou enquanto ele fechava os dedos nas costas dela, sua insistência mais aparente a cada investida, seu clímax se aproximando rápido e o dele não estava muito atrás.
Quando chegou ao auge, ela se soltou completamente, a respiração acelerada lhe escapando enquanto relaxava sob ele, êxtase nos olhos. Era um olhar que Oliver tinha visto antes, mas antes, não era por causa do fato de que ele tinha prestado um serviço a ela, era porque naquele momento, havia apenas simples satisfação... e algo sobre isso levou Oliver ao limite, seus olhos nunca deixando os dela.
Enquanto a sensação acabava, Oliver pensou em começar outro round, era fácil ver que ela precisava e ele tinha toda intenção de satisfazê-la. Oliver queria saber como seria, o que sua oferta criaria, e as coisas que podia fazê-la sentir.
Nunca lhe ocorreu porque ele queria tanto convencê-la, mas assim que sua boca desceu até o seio dela, fazendo-a gritar, esse pequeno detalhe realmente não importou mais.
~0~
Retirando-se dela, Oliver se deitou no outro lado da cama, olhando pra ela enquanto respiravam pesadamente. "Bem?" ele conseguiu dizer, observando-a atentamente.
Dando risada, Chloe admitiu. "Sua teoria não é ruim." Havia realmente algo sobre apenas transar que a fazia sentir algo inesperado. O tempo todo, ela tinha esquecido sua frustração e melhor ainda, ele pareceu desfrutar, o que era uma boa injeção de confiança pra ela. Afinal, ele podia ter qualquer mulher que quisesse.
Mas Chloe sabia que tinha que sair dali antes que ele tivesse outras ideias. Ainda era cedo, então ela podia ir pra casa, tomar um longo banho, reconsiderar que diabos estava fazendo de sua vida. Coisas básicas.
Ela pegou o sutiã do chão, pronta para partir quando o ouviu se mexer no colchão. "Então isso é coisa de uma noite só... ou...?"
Ele tinha sido rápido, não tinha? Ali estava ela, pronta para fazer a mesma pergunta, mas a cada palavra que saía da boca dele, Chloe sentia uma pontada no estômago, relembrando-a que da última vez que tinha tentado esquecer não tinha dado muito certo. De fato, ela deduziu que demoraria um tempo antes de tudo sair de seu sistema.
Oliver tentou interpretar o silêncio dela como um sinal positivo, mesmo enquanto ela continuava a agir como se não tivesse lhe ouvido, palavras eram muito difíceis com Chloe. Ele estava tentado a tocá-la, a deitá-la e convencê-la a passar a noite toda com ele, como se fosse compensar o jeito que ela o deixou no Ace of Clubs, mas ele lhe deu espaço, mesmo enquanto ela fechava o sutiã e vestia a calcinha.
Levantando-se, Chloe olhou pra cima e encarou o espelho, encontrando os olhos dele pelo reflexo. Ela respirou fundo, incerta do que queria, mas a cama parecia muito convidativa. Enquanto mordia os lábios, Chloe sabia que aquilo não era ela, mas talvez essa fosse a razão. Sua vida inteira, ela colocou todo mundo acima de si mesma, a exceção sendo a incrível estupidez de ficar noiva.
Oliver era diferente. Ele não queria nada dela além disso, então sem a presença de expectativas, não haveria decepção de nenhum lado. Era uma fase maluca de sua vida, e talvez ele pudesse lhe mostrar o que tinha perdido sob os lençóis. Não era como se as pessoas reclamassem de ter uma fonte de múltiplos orgasmos, por que ela reclamaria?
Então ela balançou a cabeça levemente, quase incrédula. "Vamos tentar do seu jeito." Percebendo o sorriso que iluminava o rosto dele, Chloe virou a cabeça por sobre o ombro. "Com condições."
Ela voltou a se sentar na cama, sabendo que tinham que estabelecer todos os combinados ou não daria certo. Oliver pareceu sentir isso, já que se moveu mais perto dela, mas manteve distância. "Não esperava menos."
~0~
Entrando em seu apartamento, Chloe jogou as chaves na mesa da entrada, garantindo que tivesse trancado a porta. Colocando a bolsa ali, ela pegou o telefone e começou a escanear as mensagens perdidas de Lois.
Agora que estava em casa e pensando claramente, Chloe não podia deixar de sentir uma ponta de culpa sobre o modo como tratou Lois. Pela primeira vez ela tinha respeitado seus pedidos para deixar sua vida privada ser privada. Chloe tinha lhe tratado com frieza. Não era justo com a pessoa que só queria ter certeza que ela estava bem. Claro, Lois estava longe de ser perfeita, mas Chloe seria a primeira a admitir que estava agradecida a Lois porque sua vida seria dramaticamente diferente sem sua prima.
Então ela abriu a caixa de mensagens e digitou: Sinto muito Lois. A noite das garotas ainda é uma opção? Sorvete e filme ruim é exatamente o que o médico receitou.
Chloe se recostou contra o sofá, desejando que sua prima a perdoasse e com certeza, dentro de dois minutos, seu telefone soou.
Desculpas aceitas. Chego em vinte minutos.
Sorrindo, Chloe soltou o telefone e foi para o banheiro, já que precisava desesperadamente de um banho antes de Lois chegar. Ela era muito astuta com esse tipo de coisa e a última coisa que Chloe precisava era quebrar a primeira regra antes de ela ao menos começar.
Claro, a ideia toda parecia ainda estar se encaixando. Era provavelmente muito errado, mas também era revigorante. Além do mais, sua cabeça parecia bem mais leve e embora ainda estivesse chateada, era pelo menos administrável. E mais, Oliver aceitou todas as suas condições, então havia pelo menos um senso de controle.
Sem emoções, sem presentes, sem laços. Nada de amigos com benefícios, porque nunca terminava bem. Não, este arranjo era o mínimo da relação humana. Corpos eram apreciados, necessidades se encontravam, e era isso. Havia outras coisas a serem detalhadas, mas o detalhe mais importante era que Oliver aceitou rapidamente.
Então ali estava ela, parada na frente do espelho, sentindo... muitas coisas. O fato de que Chloe parecia sentir uma mistura de emoções era óbvio, mas era bem melhor do que a alternativa e ela ficou pensando no quanto ele podia fazê-la se sentir bem quando sua vida pessoal não estava indo por água abaixo.
Virando-se levemente, Chloe percebeu algumas áreas que teriam que ser cobertas, de jeito nenhum ela conseguiria explicar as marcas de arranhão em seus ombros. Mas tirando isso, era a mesma Chloe que ela tinha visto de manhã. Não completamente feliz, mas moderadamente contente.
Depois de vestir uma camiseta, ela pegou a primeira calça de pijama que encontrou, já que conforto era uma prioridade. Naturalmente, a próxima coisa a se fazer era café e aquecer o último pacote de pipoca em seu armário. O som da pipoca ao fundo tinha um sentido de poeira assentando, de um tornado indo para outros céus, mesmo que só por uma noite. Porque Chloe sabia que sua conversa com Jimmy ainda não estava encerrada, mas primeiro, ela tinha que ter uma conversa legítima com sua prima... que foi pontual pela primeira vez em sua vida.
Respirando fundo, Chloe foi até a porta, mas deu uma rápida olhada ao redor do apartamento, feliz que as flores tivessem desocupado o local.
No momento em que a porta se abriu, Lois disse, "Eu deveria ter te contado."
Observando a prima entrar no apartamento, passando por ela, Chloe balançou a cabeça. "Não, você não deveria." Assim que Lois se virou, Chloe acrescentou, "Eu precisava ouvir de Jimmy e um dia, eu vou conversar com ele sobre isso."
Ainda sentindo-se levemente envergonhada por seu comportamento, Chloe foi até sua prima e a abraçou. "Neste meio tempo... eu sinto muito." Sentindo Lois retornar o abraço, ela encontrou um jeito de sorrir, querendo mais do que tudo esquecer a coisa toda assim que se afastou. "Agora... o que tem na sacola?"
"Sorvete e o primeiro filme de ação que encontrei." Afinal, Lois jamais entenderia a apelação dos filmes românticos quando corações partidos e frustrações românticas eram o problema. Ela tentou uma vez, e no mínimo, piorou mais seu estado. Além do mais, Lois sabia que era a última coisa que Chloe precisava, então não importava se o filme fosse ruim, pelo menos ela poderia relaxar.
Depois de um aceno de cabeça, Chloe voltou para a cozinha para pegar a pipoca do microondas. "Parece ótimo."
Lois sabia que sua prima tivera algumas horas para processar tudo, mas a transformação parecia mais do que isso. "Você parece... diferente", ela disse, percebendo a leve parada em seus passos e a falta de frustração em seus olhos. Claro, não era uma coisa ruim, mas era estranho ela estar de bom humor.
E foi por isso que Chloe ficou feliz de não estar de frente para Lois quando ela disse isso. Xingando internamente, Chloe percebeu que estava tentando muito fazer parecer que estava tudo bem. Mas ela não podia contar a verdade a Lois, então disse a primeira coisa que veio em sua mente. "Eu estava sem cafeína. Tomei dois cafés e pensei um pouco."
Ouvindo um zombar do outro cômodo, Chloe não podia culpar a incredulidade da prima. A verdade era que ela estava mais do que cafeinada quando Lois a viu. Um olhar para o lixo de sua mesa e Lois teria sabido, então Chloe voltou para a sala, pipoca na mão, pronta para outra desculpa. "Tá bom, eu... fui ao estande antes de fechar."
Nos últimos anos, as primas vinham aprendendo a atirar, para no mínimo, saber melhor como manipular uma arma. Depois de muitos assaltos, elas perceberam que defesa pessoal não era suficiente. Claro, Chloe não ia muito, por isso os olhos arregalados de Lois, mas Chloe acrescentou rapidamente. "Acredite em mim, foi só para aliviar a raiva." Jogando-se no sofá, Chloe deu de ombros. "Ele está feliz e eu estou seguindo em frente, certo?"
Houve uma pesada pausa no ar por um momento, que Lois usou para analisar o comportamento de sua prima. Ela não queria acreditar, mas realmente Chloe tinha passado por muita cosia, e Lois tinha tentado essa técnica uma vez e sabia que funcionava mesmo.
Ainda assim, embora Lois estivesse um pouco impressionada, isso não a impediu de confirmar. "Então você está bem."
Inclinando-se para a frente, Chloe pegou uma mão cheia de pipoca. "Eu não estou necessariamente animada com a ideia, mas de jeito nenhum estou como antes."
Analisando novamente a reação de sua prima por um segundo, Lois sorriu antes de colocar o DVD. "Ótimo. Então vamos começar."
_____
SETE
_________________________________________________________________________
Ainda mais curiosa para saber o que levou Chloe a este ponto...
ResponderExcluirVamos em frente!
GIL