Resumo: Aparentemente, a única coisa que unia Chloe Sullivan e Oliver Queen era uma história. Mas por trás das portas fechadas era um relacionamento acidental que sem nenhuma intenção acabou mudando tudo.
Autora: serafina19
Classificação: NC-17
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Muitas coisas tinham sido escritas sobre Oliver Queen, mas que ele era um homem que dormia abraçado até o amanhecer não era uma delas. Porém, embora Chloe tenha dito que estava tudo bem, Oliver tinha a sensação de que ele não deveria ter ficado porque isso dava uma impressão diferente do que ela provavelmente queria.
Mas enfim... talvez ele estivesse enganado.
Depois de uma noite onde encontrou algumas pessoas das quais queria esquecer, ela admitiu a ele que estava feliz e Oliver gostava de pensar que a conhecia o bastante para saber que ela estava falando a verdade.
Isso infelizmente não facilitava nada. Tudo estava progredindo bem, mas eles não estavam em um filme. As coisas não se ajeitavam simplesmente quando duas pessoas abriam as portas. Seus passados, pra começar, não iam embora nem tão cedo, e embora o de Chloe não fosse ótimo, ultrapassava o dele facilmente.
Ele tinha tratado as mulheres terrivelmente no passado e sempre as afastou, com medo que se aproximassem demais. Mesmo que tenha falado sobre tudo com Chloe, a ideia de que pudesse mudar de verdade, de que pudesse transformar aquilo num relacionamento de verdade era outra questão. Com a vida de Oliver, a presença dos tabloides era constante e ele não podia garantir que a confiança dela duraria para sempre.
E então havia isto.
"Eu espero que um dia, você se perdoe... e limpe tudo. É o único jeito de você conseguir se encarar em Star City quando você voltar."
Ele quase se perdeu de alívio ao ver a reação dela, mas não deixou de perceber o fato de que ela disse quando. Por mais que Chloe estivesse feliz, ela sabia que ele iria embora algum dia. Oliver queria provar que ela estava errada, mas não podia. Isso estava em seu radar e ele sabia que um dia teria que escolher onde viver e não era uma decisão que queria tomar. No entanto, se não tomasse, ela tomaria por ele e iria embora, algo que fazia seu peito doer quanto mais pensava sobre.
Afastando os braços, Oliver se levantou com cuidado, observando Chloe ainda dormir, sabendo que estava usando toda sua força para se afastar. Mas tinha que ir, e estava claro que eles teriam que conversar em breve, porque os dias fáceis tinham terminado.
Chloe tinha que admitir, a noite anterior acabou sendo mais do que ela previra, mas era algo que ela estava evitando por esta exata razão. Não a surpreendeu ver não só o contorno do corpo dele em seus lençóis quando ela se virou na cama, mas sentir o frio sutil. Ao redor dela, um silêncio mortal e tudo estava no lugar certo. Era... como uma manhã qualquer.
Exceto que não era. Na noite anterior, ela o levou até sua casa... deixou-o entrar. Agora ele tinha ido embora e seu corpo doía e não só pelas atividades da noite anterior. Chloe se sentiu gelada quando se sentou na cama, agarrando o lençol junto ao corpo, perguntando-se o que estava pensando. Isso deveria estar acontecendo... certo?
Depois de deixar a cama, ela pegou o vestido e as roupas abandonadas, jogando-as na lavadora. Não seria difícil encontrar novas roupas, mas não queria vestir nada agora, então pegou o robe, desejando ignorar o fato de que ele tinha saído sem tomar um banho. No mínimo, um banho a deixaria mais apresentável. No entanto, antes que tivesse a chance de segurar a maçaneta, a porta se abriu em sua frente.
Ela pulou um pouco com o susto, mas o sorriso familiar dele a trouxe de volta quase imediatamente. "Eu achei que você tivesse ido embora", ela disse, sabendo que estava falhando miseravelmente em esconder a felicidade em seu rosto.
"Estava só me refrescando", Oliver saiu do banheiro e foi até ela, passando os braços ao seu redor. "Você não se importa, certo?"
Olhando dentro dos olhos dele, Chloe brincou. "Estou um pouco desapontada que você não tenha esperado por mim."
"Tenho uma reunião cedo, senão teria esperado." Vendo o quanto ela estava relaxada em seus braços, Oliver acrescentou. "Eu ia te deixar um bilhete." Porque ele não queria deixá-la com a impressão errada. Ele queria ficar com ela, mas o trabalho chamava, como sempre. Pelo menos ele estava feliz por ter decidido tomar um banho ali ao invés da sua casa. "Mas agora que você está acordada..." Ele desceu a cabeça para beijá-la gentilmente, puxando-a mais perto de seu corpo, percebendo que ela estava nua embaixo do robe, mas sua resistência venceu novamente. "Obrigado de novo por ontem à noite, significou muito pra mim."
Chloe assentiu. "Pra mim também." Por alguns segundos, ela continuou ali, percebendo que ele não estava se afastando também, mas Chloe não queria segurá-lo, então se afastou. "Eu... eu sinto muito não poder retornar o favor de fazer um café da manhã fabuloso. Minha definição de torrada francesa é pão francês em uma torradeira."
"Bem, vamos ter que mudar isso um dia", Oliver disse, dando um leve tapinha nela antes de passar por ela, dando um risinho ao pequeno grito que ela deu. Ele esperou por uma deixa de algum tipo, mas o silêncio permaneceu, então ele continuou andando.
Um dia.
Ela gostava do som daquilo.
Balançando a cabeça, Chloe percebeu que ele tinha deixado o quarto, então ela o seguiu a tempo de Oliver virar a cabeça quando parou na porta principal.
Era estranho, na superfície havia uma parte dele que ainda via a garota que tinha conhecido no outono. Máscara borrada, cabelo despenteado, algo que não era constante nesse arranjo já que Chloe geralmente estava ao natural. Pensando bem, talvez as duas noites não tivessem muito em comum, mas Oliver não podia resistir à lembrança daquela noite em sua cabeça, percebendo as similaridades para ver uma grande diferença, além do fato de que era ele quem tinha que ir embora naquela manhã.
Ele tinha realmente passado a amar o sorriso dela.
O jeito que as bochechas dela se moviam, o jeito que os olhos dela brilhavam toda vez, como se uma simples ação sempre parecesse algo mais. Provavelmente tinha algo a ver com o fato de que ela não sorriu muito quando eles se conheceram, mas Chloe tinha se permitido relaxar nas últimas semanas. Isso era especialmente impressionante, considerando que essas tinham sido semanas com a imprensa a perseguindo, mas ela não se abateu.
"Tenha um bom dia", Chloe disse, querendo ir até ele novamente, mas permaneceu onde estava, arrependendo-se de sua escolha de palavras. Soou natural, mas Chloe não estava inteiramente convencida de que era uma boa coisa naquele momento.
No entanto, isso não pareceu chatear Oliver, que sorriu de volta. "Você também."
Chloe observou a porta se abrir e se fechar, deixando-a sozinha no apartamento, seu sorriso ainda no lugar. Ela até deu risada quando percebeu os sapatos deixados de qualquer jeito no chão. Depois de guardá-los, Chloe voltou para o quarto, caindo na cama, olhando para o teto.
Ela sabia que estavam indo em direção a um terreno perigoso, mas todos os sinais estavam nos lugares certos. Ele já tinha dito que estava feliz com ela, ele sempre se preocupava com seus interesses e segurança. E mais importante, ele era alguém com quem Chloe sentia que podia conversar, não importa o que e por alguma razão maluca, eles confiavam um no outro.
Respirando fundo, Chloe virou a cabeça na direção do travesseiro, lembrando a sensação do corpo dele ao seu lado há algumas horas. Enquanto continuava olhando, Chloe segurou uma risada já que não conseguia acreditar que tudo isso surgiu de um arranjo físico que teoricamente acabou na noite anterior.
Mas mesmo Chloe querendo deixá-lo para trás, Oliver insistiu em acompanhá-la até em casa. Então ele ficou até a manhã seguinte depois de tomar um banho, algo que ele podia facilmente fazer na casa dele. Sentindo o sorriso voltar, Chloe percebeu que o prazo final talvez não fosse tão iminente quanto ela pensava.
"Chloe?"
"Lois?" Chloe disse, pulando da cama ao ouvir a voz de sua prima. Ela estava tão distraída que não ouviu Lois abrir a porta.
Aproximando-se do quarto de Chloe, Lois perguntou. "Eu acabei de ver...?" Sua voz falhou ao ver a prima, coberta apenas por um robe, o que claramente significava que eles devem ter tido uma bela noite depois de terem deixado o evento.
"Sim, Oliver estava aqui", Chloe respondeu sem se importar. Ela não sabia o que a prima estava fazendo lá, mas Chloe não ia testar os limites de curiosidade dela.
No entanto, Lois apenas bufou ao ver a condição do lençol atrás de Chloe. "E você me falou um monte porque dei seu endereço a ele."
"Isso foi antes", Chloe respondeu, deixando o quarto e indo para a cozinha. Embora o jeito que estivesse se sentindo fosse estranhamente calmo, ela sabia que tinha um longo dia a frente. Por isso, precisava de café.
"Antes de vocês se envolverem, sim eu sei", Lois a seguiu, observando Chloe preparar a cafeteira. "Bem, você vai ficar feliz em saber que vou confiar no seu julgamento e me afastar... em partes, pelo menos."
"Como é?"
Lois bufou diante da surpresa na voz de Chloe. "Não use esse tom." Apesar de sua habitual bisbilhotice da vida de Chloe, Lois podia ver que as coisas estavam progredindo bem sem seu envolvimento.
Claro, tudo que Chloe podia fazer era dar risada. "Oliver disse que você não perguntou nada que ele não pudesse aguentar, mas não achei que fosse te fazer se afastar."
Era um ponto justo, um que Lois assentiu concordando. "Eu consegui muitas respostas ontem à noite." Oliver não evitou lhe falar a verdade, mas havia uma razão para as pessoas dizerem que as atitudes mostram mais. Os dois eram terríveis em esconder isso, porque mesmo que ainda estivessem convencidos que um arranjo estava acontecendo, a linguagem corporal dos dois, o jeito que se olhavam, contavam uma outra história.
Infelizmente, Chloe fingiu ignorância. "Como o que?"
"Digamos que isso é segredo." Porque sabia que Chloe não ia acreditar nela, comprovado pelo fato de ela ter rido ao comentário.
No entanto, Chloe apenas deduziu que era consequência de todo sigilo que envolvia a coisa toda. "Eu posso viver com isso." Servindo o café nas xícaras, Chloe foi até Lois para lhe entregar uma.
"Bom", Lois respondeu antes de tomar um gole do café, "porque eu percebi que o que mais importa é que está tudo bem entre você e Oliver."
Chloe deu de ombros enquanto passava por ela até as cortinas. "Até onde eu sei, tudo continua na mesma." Depois de colocar a caneca na mesa mais próxima, Chloe abriu as cortinas, apertando os olhos para se ajustarem a luz.
Reconhecendo que Chloe tinha parado perto da janela, Lois aproximou-se dela lentamente. "Na mesma? É isso que você vai dizer?" Porque Lois sabia o que Chloe costumava pensar de Oliver Queen e o que ela viu na noite anterior estava bem longe do que havia esperado. Eles tinham percorrido um longo caminho em um curto período de tempo e Chloe tinha que saber que estavam se aproximando de um momento em que não conseguiriam se afastar com facilidade.
Mas Chloe se recusou a virar e satisfazer a curiosidade de sua prima. "Isso é tudo em que eu posso confiar agora", ela disse, os olhos ainda no horizonte, vendo a Torre do Relógio. Era uma visão que combinava, porque por mais otimista que estivesse antes, a realidade começava a aparecer e Chloe não podia deixar de se perguntar quanto tempo ainda teriam juntos.
Demoraria uma semana antes de Oliver ver Chloe novamente, já que o trabalho na Queen Industries tomara todo seu tempo depois do baile. No entanto, assim que a semana terminou, Chloe entrou na Torre do Relógio, insistindo que ele saíssem com ela, porque tinha uma surpresa pra ele.
Oliver deduziu que era o carro que ela tinha finalmente comprado graças ao dinheiro que recebeu de Matt em seu aniversário, mas não era. Não, nos últimos vinte minutos Chloe tinha insistido que ele continuasse com a surpresa, então Oliver cedeu, assumindo que ela queria que ele conhecesse Clark e Lois melhor. Afinal, a única pista que Chloe lhe deu foi que alguém queria conhecê-lo.
Porém, Oliver logo perceberia que ele estava errado pela segunda vez quando entraram numa clínica. As lacunas foram preenchidas logo depois, com Oliver observando sem palavras enquanto Chloe descia do carro e esperava por ele.
Seguindo-a através das portas, pelo corredor, ele pôde ver que ela estava tensa após acenar para os funcionários. Quando eles pararam na frente de uma porta, ele finalmente perguntou. "Chloe... você tem certeza que me quer aqui?"
"Sim, eu tenho... ela viu as notícias e eu quero que ela o conheça." Abrindo a porta, Chloe respirou fundo, sabendo que era algo que queria fazer. Esse tempo todo, ele sabia sobre seus pais e escolheu não dizer nada. Porém, Chloe queria que Oliver soubesse o que o esforço dele tinha lhe dado.
Ele não precisava saber que era a pessoa a conhecer sua mãe mais rápido desde o acidente. Mesmo Jimmy esperou durante anos para vê-la deste jeito, mas havia circunstâncias extenuantes desta vez, sabendo que sem dúvida as enfermeiras tinham lhe mostrado as fotos. Claro, não haveria sermões, nem tons questionadores, mas Chloe achou que era hora de contar seu lado da história.
"Ei, mãe, eu... trouxe alguém hoje." Olhando de volta, ele a viu erguer a mão e acenar pra ela. "Eu sei que você sabe o nome dele, mas eu garanto, somos amigos, mãe, e eu não me importo com as consequências." Dando um rápido sorriso, ela acrescentou. "Nós... tornamos um ao outro melhor."
Ele sentiu a respiração parar com a frase final, mas se recuperou rapidamente, colocando uma mão sobre o ombro dela. "Você deveria ficar incrivelmente orgulhosa dela", ele disse, admirando o jeito que ela olhava para a mãe. "Ela é... uma mulher incrível."
Chloe sentiu o olhar dele, então ela segurou a reação, tentando pensar num rumo para a conversa. Mas Oliver parecia ter pensado nisso por ela.
"Provavelmente ela é muito orgulhosa pra te mostrar", ele disse tomando a cadeira vazia ao lado da cama. "Mas ela está brilhando com os textos que escreve ultimamente." Pegando o telefone, Oliver fez uma busca rápida e abriu os artigos mais recentes de Chloe, incluindo uma capa diferente para uma revista regional no mês anterior.
"Ela pode não ter meu status de celebridade, mas eu tenho sorte em tê-la por perto." Oliver olhou para Chloe, e com um sorriso acrescentou. "A vida está mais fácil desde que ela trocou de lado."
Chloe sorriu de volta, mas num estilo-Chloe, o elogio foi recusado com um aceno de cabeça. "Eu continuo afirmando que estava longe de ser sua pior crítica."
"Verdade, mas mantenho o que eu falei." Porque ele não podia explicar o que aquela frase significava de verdade. Apesar de seus esforços, ainda havia rumores sobre um relacionamento entre eles, o que tinha consequências boas e ruins.
Os cadernos de negócios eram generosos com ele, mas os tabloides ainda faziam perguntas. Com ela em sua vida, Oliver tinha mais foco e com isso, as coisas que importavam tomavam mais tempo. No entanto, os tabloides queriam saber porque ela não era uma modelo de pernas compridas e com QI questionável ou uma estrela de segunda categoria cujos quinze minutos de fama estavam acabando. Mesmo que Chloe se tornasse algo maior depois, antes ela era só a repórter de uma cidade pequena. Alguns a acusavam de ser uma golpista, mas a maioria percebeu que ela era auto-suficiente. Novamente, algo muito diferente sobre ele.
Mas para Oliver, era fácil dar um passo atrás e ver a beleza da vida com simplicidade. Ele tinha há muito tempo afastado sua cadeira, agora observando Chloe aproximar-se para ter um tempo mais pessoal com sua mãe. As conversas passaram para uma nova cafeteria, para a última briga de Lois e Clark, e a simples visão na frente dele o tocou mais do que queria admitir.
Apesar de tudo que passava, Chloe agia normalmente. Quando se tratava dos pais, ela tivera o mínimo, ainda assim pra ela, isso parecia tudo. Isso o fez pensar sobre seus pais, pensar em todos os anos que tinham passado, e o que ele não daria para vê-los, mesmo que fosse assim.
Eventualmente, ele sentiu as emoções tomando conta, então se desculpou e saiu do quarto, um rápido suspiro escapando quando fechou a porta. Porém, ele não foi longe antes da porta se abrir. "Você está bem?"
Oliver sorriu antes de virar a cabeça na direção de Chloe. "Sim, eu..." Quando as palavras falharam, ele virou a cabeça de volta, recostando-se contra a parede mais próxima.
Chloe assentiu compreendendo o silêncio. "Não é fácil, eu sei." Ela sabia o que tinha passado para conseguir lidar com aquela situação. Era muita coisa de uma vez para Oliver, mas Chloe não esperava que ele reagisse assim.
Ele respirou fundo enquanto silenciosamente concordava com ela. "Ela tem sorte em ter uma filha como você."
"Bem, eu também tenho sorte." Não era muito, mas Chloe sempre agradecia por ter uma parte da família e saber que podia ir até sua mãe era algo que ela valorizava muito. Era uma lição aprendida bem antes de conhecer Oliver, mas uma que ele ajudou a perceber. "E se ajuda de alguma forma, ela gosta de você."
"Como você sabe?" ele perguntou, olhando na direção da porta pela qual tinham saído.
Chloe ficou boquiaberta momentaneamente, sabendo que o que iria dizer pareceria bobo, mas não havia outra maneira de explicar. "Quando tudo que você tem são os olhos, você aprende a saber o que eles querem dizer."
Virando-se levemente, Oliver inclinou sua testa contra a dela. "Acho que ela está apenas orgulhosa de você."
"Não, acredite em mim", Chloe insistiu. Mesmo que Oliver não estivesse completamente errado, Chloe podia dizer que sua mãe também viu um pouco do que Chloe viu em Oliver. Mesmo assim, tudo isso deveria ser difícil pra ele. Chloe pensou que fosse uma boa ideia, mas talvez tenha se enganado. "Mas se é muito difícil pra você, então você pode ir."
"Eu não vou a lugar nenhum", Oliver respondeu, sabendo que Chloe ficaria analisando isso e a última coisa que ele queria era um mal entendido. Desde o momento em que tinham estacionado ali, Oliver soube exatamente o quanto isso era importante pra ela, e de jeito nenhum ele ia se acovardar. Além disso, não era nada pessoal contra a Sra. Sullivan, pois havia muito mais coisas em sua mente agora. "Exceto ao banheiro, mas eu já volto."
"Ok", Chloe disse com um sorriso antes de abrir a porta do quarto de sua mãe mais uma vez.
Depois que a porta se fechou, Oliver suspirou, pegando o telefone do bolso. Ele sabia que não haveria boas notícias e não estava errado. Infelizmente havia algo que ele não podia mais evitar. Nem era algo que ele poderia esconder de Chloe agora, então Oliver decidiu dar uma curta caminhada pelo corredor, onde depois de alguns minutos, ele notou a recepcionista trabalhando alegremente em sua mesa.
Vê-la o relembrou de todos os sorriso dados a Chloe pelos funcionários. Eles realmente a amavam ali, e Chloe realmente amava o que sua mãe trazia para sua vida. Enquanto se aproximava da mesa, Oliver sabia que Chloe não concordaria com o que ele estava prestes a fazer, mas era um risco que estava determinado a tomar.
"Sr. Queen, em que posso ajudar?"
Depois de olhar rapidamente na direção do quarto para confirmar que a porta estivesse fechada, ele deslizou o cartão de crédito pelo balcão. "Eu espero que você possa me fazer um favor."
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DEZENOVE
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Mas enfim... talvez ele estivesse enganado.
Depois de uma noite onde encontrou algumas pessoas das quais queria esquecer, ela admitiu a ele que estava feliz e Oliver gostava de pensar que a conhecia o bastante para saber que ela estava falando a verdade.
Isso infelizmente não facilitava nada. Tudo estava progredindo bem, mas eles não estavam em um filme. As coisas não se ajeitavam simplesmente quando duas pessoas abriam as portas. Seus passados, pra começar, não iam embora nem tão cedo, e embora o de Chloe não fosse ótimo, ultrapassava o dele facilmente.
Ele tinha tratado as mulheres terrivelmente no passado e sempre as afastou, com medo que se aproximassem demais. Mesmo que tenha falado sobre tudo com Chloe, a ideia de que pudesse mudar de verdade, de que pudesse transformar aquilo num relacionamento de verdade era outra questão. Com a vida de Oliver, a presença dos tabloides era constante e ele não podia garantir que a confiança dela duraria para sempre.
E então havia isto.
"Eu espero que um dia, você se perdoe... e limpe tudo. É o único jeito de você conseguir se encarar em Star City quando você voltar."
Ele quase se perdeu de alívio ao ver a reação dela, mas não deixou de perceber o fato de que ela disse quando. Por mais que Chloe estivesse feliz, ela sabia que ele iria embora algum dia. Oliver queria provar que ela estava errada, mas não podia. Isso estava em seu radar e ele sabia que um dia teria que escolher onde viver e não era uma decisão que queria tomar. No entanto, se não tomasse, ela tomaria por ele e iria embora, algo que fazia seu peito doer quanto mais pensava sobre.
Afastando os braços, Oliver se levantou com cuidado, observando Chloe ainda dormir, sabendo que estava usando toda sua força para se afastar. Mas tinha que ir, e estava claro que eles teriam que conversar em breve, porque os dias fáceis tinham terminado.
~0~
Chloe tinha que admitir, a noite anterior acabou sendo mais do que ela previra, mas era algo que ela estava evitando por esta exata razão. Não a surpreendeu ver não só o contorno do corpo dele em seus lençóis quando ela se virou na cama, mas sentir o frio sutil. Ao redor dela, um silêncio mortal e tudo estava no lugar certo. Era... como uma manhã qualquer.
Exceto que não era. Na noite anterior, ela o levou até sua casa... deixou-o entrar. Agora ele tinha ido embora e seu corpo doía e não só pelas atividades da noite anterior. Chloe se sentiu gelada quando se sentou na cama, agarrando o lençol junto ao corpo, perguntando-se o que estava pensando. Isso deveria estar acontecendo... certo?
Depois de deixar a cama, ela pegou o vestido e as roupas abandonadas, jogando-as na lavadora. Não seria difícil encontrar novas roupas, mas não queria vestir nada agora, então pegou o robe, desejando ignorar o fato de que ele tinha saído sem tomar um banho. No mínimo, um banho a deixaria mais apresentável. No entanto, antes que tivesse a chance de segurar a maçaneta, a porta se abriu em sua frente.
Ela pulou um pouco com o susto, mas o sorriso familiar dele a trouxe de volta quase imediatamente. "Eu achei que você tivesse ido embora", ela disse, sabendo que estava falhando miseravelmente em esconder a felicidade em seu rosto.
"Estava só me refrescando", Oliver saiu do banheiro e foi até ela, passando os braços ao seu redor. "Você não se importa, certo?"
Olhando dentro dos olhos dele, Chloe brincou. "Estou um pouco desapontada que você não tenha esperado por mim."
"Tenho uma reunião cedo, senão teria esperado." Vendo o quanto ela estava relaxada em seus braços, Oliver acrescentou. "Eu ia te deixar um bilhete." Porque ele não queria deixá-la com a impressão errada. Ele queria ficar com ela, mas o trabalho chamava, como sempre. Pelo menos ele estava feliz por ter decidido tomar um banho ali ao invés da sua casa. "Mas agora que você está acordada..." Ele desceu a cabeça para beijá-la gentilmente, puxando-a mais perto de seu corpo, percebendo que ela estava nua embaixo do robe, mas sua resistência venceu novamente. "Obrigado de novo por ontem à noite, significou muito pra mim."
Chloe assentiu. "Pra mim também." Por alguns segundos, ela continuou ali, percebendo que ele não estava se afastando também, mas Chloe não queria segurá-lo, então se afastou. "Eu... eu sinto muito não poder retornar o favor de fazer um café da manhã fabuloso. Minha definição de torrada francesa é pão francês em uma torradeira."
"Bem, vamos ter que mudar isso um dia", Oliver disse, dando um leve tapinha nela antes de passar por ela, dando um risinho ao pequeno grito que ela deu. Ele esperou por uma deixa de algum tipo, mas o silêncio permaneceu, então ele continuou andando.
Um dia.
Ela gostava do som daquilo.
Balançando a cabeça, Chloe percebeu que ele tinha deixado o quarto, então ela o seguiu a tempo de Oliver virar a cabeça quando parou na porta principal.
Era estranho, na superfície havia uma parte dele que ainda via a garota que tinha conhecido no outono. Máscara borrada, cabelo despenteado, algo que não era constante nesse arranjo já que Chloe geralmente estava ao natural. Pensando bem, talvez as duas noites não tivessem muito em comum, mas Oliver não podia resistir à lembrança daquela noite em sua cabeça, percebendo as similaridades para ver uma grande diferença, além do fato de que era ele quem tinha que ir embora naquela manhã.
Ele tinha realmente passado a amar o sorriso dela.
O jeito que as bochechas dela se moviam, o jeito que os olhos dela brilhavam toda vez, como se uma simples ação sempre parecesse algo mais. Provavelmente tinha algo a ver com o fato de que ela não sorriu muito quando eles se conheceram, mas Chloe tinha se permitido relaxar nas últimas semanas. Isso era especialmente impressionante, considerando que essas tinham sido semanas com a imprensa a perseguindo, mas ela não se abateu.
"Tenha um bom dia", Chloe disse, querendo ir até ele novamente, mas permaneceu onde estava, arrependendo-se de sua escolha de palavras. Soou natural, mas Chloe não estava inteiramente convencida de que era uma boa coisa naquele momento.
No entanto, isso não pareceu chatear Oliver, que sorriu de volta. "Você também."
Chloe observou a porta se abrir e se fechar, deixando-a sozinha no apartamento, seu sorriso ainda no lugar. Ela até deu risada quando percebeu os sapatos deixados de qualquer jeito no chão. Depois de guardá-los, Chloe voltou para o quarto, caindo na cama, olhando para o teto.
Ela sabia que estavam indo em direção a um terreno perigoso, mas todos os sinais estavam nos lugares certos. Ele já tinha dito que estava feliz com ela, ele sempre se preocupava com seus interesses e segurança. E mais importante, ele era alguém com quem Chloe sentia que podia conversar, não importa o que e por alguma razão maluca, eles confiavam um no outro.
Respirando fundo, Chloe virou a cabeça na direção do travesseiro, lembrando a sensação do corpo dele ao seu lado há algumas horas. Enquanto continuava olhando, Chloe segurou uma risada já que não conseguia acreditar que tudo isso surgiu de um arranjo físico que teoricamente acabou na noite anterior.
Mas mesmo Chloe querendo deixá-lo para trás, Oliver insistiu em acompanhá-la até em casa. Então ele ficou até a manhã seguinte depois de tomar um banho, algo que ele podia facilmente fazer na casa dele. Sentindo o sorriso voltar, Chloe percebeu que o prazo final talvez não fosse tão iminente quanto ela pensava.
"Chloe?"
"Lois?" Chloe disse, pulando da cama ao ouvir a voz de sua prima. Ela estava tão distraída que não ouviu Lois abrir a porta.
Aproximando-se do quarto de Chloe, Lois perguntou. "Eu acabei de ver...?" Sua voz falhou ao ver a prima, coberta apenas por um robe, o que claramente significava que eles devem ter tido uma bela noite depois de terem deixado o evento.
"Sim, Oliver estava aqui", Chloe respondeu sem se importar. Ela não sabia o que a prima estava fazendo lá, mas Chloe não ia testar os limites de curiosidade dela.
No entanto, Lois apenas bufou ao ver a condição do lençol atrás de Chloe. "E você me falou um monte porque dei seu endereço a ele."
"Isso foi antes", Chloe respondeu, deixando o quarto e indo para a cozinha. Embora o jeito que estivesse se sentindo fosse estranhamente calmo, ela sabia que tinha um longo dia a frente. Por isso, precisava de café.
"Antes de vocês se envolverem, sim eu sei", Lois a seguiu, observando Chloe preparar a cafeteira. "Bem, você vai ficar feliz em saber que vou confiar no seu julgamento e me afastar... em partes, pelo menos."
"Como é?"
Lois bufou diante da surpresa na voz de Chloe. "Não use esse tom." Apesar de sua habitual bisbilhotice da vida de Chloe, Lois podia ver que as coisas estavam progredindo bem sem seu envolvimento.
Claro, tudo que Chloe podia fazer era dar risada. "Oliver disse que você não perguntou nada que ele não pudesse aguentar, mas não achei que fosse te fazer se afastar."
Era um ponto justo, um que Lois assentiu concordando. "Eu consegui muitas respostas ontem à noite." Oliver não evitou lhe falar a verdade, mas havia uma razão para as pessoas dizerem que as atitudes mostram mais. Os dois eram terríveis em esconder isso, porque mesmo que ainda estivessem convencidos que um arranjo estava acontecendo, a linguagem corporal dos dois, o jeito que se olhavam, contavam uma outra história.
Infelizmente, Chloe fingiu ignorância. "Como o que?"
"Digamos que isso é segredo." Porque sabia que Chloe não ia acreditar nela, comprovado pelo fato de ela ter rido ao comentário.
No entanto, Chloe apenas deduziu que era consequência de todo sigilo que envolvia a coisa toda. "Eu posso viver com isso." Servindo o café nas xícaras, Chloe foi até Lois para lhe entregar uma.
"Bom", Lois respondeu antes de tomar um gole do café, "porque eu percebi que o que mais importa é que está tudo bem entre você e Oliver."
Chloe deu de ombros enquanto passava por ela até as cortinas. "Até onde eu sei, tudo continua na mesma." Depois de colocar a caneca na mesa mais próxima, Chloe abriu as cortinas, apertando os olhos para se ajustarem a luz.
Reconhecendo que Chloe tinha parado perto da janela, Lois aproximou-se dela lentamente. "Na mesma? É isso que você vai dizer?" Porque Lois sabia o que Chloe costumava pensar de Oliver Queen e o que ela viu na noite anterior estava bem longe do que havia esperado. Eles tinham percorrido um longo caminho em um curto período de tempo e Chloe tinha que saber que estavam se aproximando de um momento em que não conseguiriam se afastar com facilidade.
Mas Chloe se recusou a virar e satisfazer a curiosidade de sua prima. "Isso é tudo em que eu posso confiar agora", ela disse, os olhos ainda no horizonte, vendo a Torre do Relógio. Era uma visão que combinava, porque por mais otimista que estivesse antes, a realidade começava a aparecer e Chloe não podia deixar de se perguntar quanto tempo ainda teriam juntos.
~0~
Demoraria uma semana antes de Oliver ver Chloe novamente, já que o trabalho na Queen Industries tomara todo seu tempo depois do baile. No entanto, assim que a semana terminou, Chloe entrou na Torre do Relógio, insistindo que ele saíssem com ela, porque tinha uma surpresa pra ele.
Oliver deduziu que era o carro que ela tinha finalmente comprado graças ao dinheiro que recebeu de Matt em seu aniversário, mas não era. Não, nos últimos vinte minutos Chloe tinha insistido que ele continuasse com a surpresa, então Oliver cedeu, assumindo que ela queria que ele conhecesse Clark e Lois melhor. Afinal, a única pista que Chloe lhe deu foi que alguém queria conhecê-lo.
Porém, Oliver logo perceberia que ele estava errado pela segunda vez quando entraram numa clínica. As lacunas foram preenchidas logo depois, com Oliver observando sem palavras enquanto Chloe descia do carro e esperava por ele.
Seguindo-a através das portas, pelo corredor, ele pôde ver que ela estava tensa após acenar para os funcionários. Quando eles pararam na frente de uma porta, ele finalmente perguntou. "Chloe... você tem certeza que me quer aqui?"
"Sim, eu tenho... ela viu as notícias e eu quero que ela o conheça." Abrindo a porta, Chloe respirou fundo, sabendo que era algo que queria fazer. Esse tempo todo, ele sabia sobre seus pais e escolheu não dizer nada. Porém, Chloe queria que Oliver soubesse o que o esforço dele tinha lhe dado.
Ele não precisava saber que era a pessoa a conhecer sua mãe mais rápido desde o acidente. Mesmo Jimmy esperou durante anos para vê-la deste jeito, mas havia circunstâncias extenuantes desta vez, sabendo que sem dúvida as enfermeiras tinham lhe mostrado as fotos. Claro, não haveria sermões, nem tons questionadores, mas Chloe achou que era hora de contar seu lado da história.
"Ei, mãe, eu... trouxe alguém hoje." Olhando de volta, ele a viu erguer a mão e acenar pra ela. "Eu sei que você sabe o nome dele, mas eu garanto, somos amigos, mãe, e eu não me importo com as consequências." Dando um rápido sorriso, ela acrescentou. "Nós... tornamos um ao outro melhor."
Ele sentiu a respiração parar com a frase final, mas se recuperou rapidamente, colocando uma mão sobre o ombro dela. "Você deveria ficar incrivelmente orgulhosa dela", ele disse, admirando o jeito que ela olhava para a mãe. "Ela é... uma mulher incrível."
Chloe sentiu o olhar dele, então ela segurou a reação, tentando pensar num rumo para a conversa. Mas Oliver parecia ter pensado nisso por ela.
"Provavelmente ela é muito orgulhosa pra te mostrar", ele disse tomando a cadeira vazia ao lado da cama. "Mas ela está brilhando com os textos que escreve ultimamente." Pegando o telefone, Oliver fez uma busca rápida e abriu os artigos mais recentes de Chloe, incluindo uma capa diferente para uma revista regional no mês anterior.
"Ela pode não ter meu status de celebridade, mas eu tenho sorte em tê-la por perto." Oliver olhou para Chloe, e com um sorriso acrescentou. "A vida está mais fácil desde que ela trocou de lado."
Chloe sorriu de volta, mas num estilo-Chloe, o elogio foi recusado com um aceno de cabeça. "Eu continuo afirmando que estava longe de ser sua pior crítica."
"Verdade, mas mantenho o que eu falei." Porque ele não podia explicar o que aquela frase significava de verdade. Apesar de seus esforços, ainda havia rumores sobre um relacionamento entre eles, o que tinha consequências boas e ruins.
Os cadernos de negócios eram generosos com ele, mas os tabloides ainda faziam perguntas. Com ela em sua vida, Oliver tinha mais foco e com isso, as coisas que importavam tomavam mais tempo. No entanto, os tabloides queriam saber porque ela não era uma modelo de pernas compridas e com QI questionável ou uma estrela de segunda categoria cujos quinze minutos de fama estavam acabando. Mesmo que Chloe se tornasse algo maior depois, antes ela era só a repórter de uma cidade pequena. Alguns a acusavam de ser uma golpista, mas a maioria percebeu que ela era auto-suficiente. Novamente, algo muito diferente sobre ele.
Mas para Oliver, era fácil dar um passo atrás e ver a beleza da vida com simplicidade. Ele tinha há muito tempo afastado sua cadeira, agora observando Chloe aproximar-se para ter um tempo mais pessoal com sua mãe. As conversas passaram para uma nova cafeteria, para a última briga de Lois e Clark, e a simples visão na frente dele o tocou mais do que queria admitir.
Apesar de tudo que passava, Chloe agia normalmente. Quando se tratava dos pais, ela tivera o mínimo, ainda assim pra ela, isso parecia tudo. Isso o fez pensar sobre seus pais, pensar em todos os anos que tinham passado, e o que ele não daria para vê-los, mesmo que fosse assim.
Eventualmente, ele sentiu as emoções tomando conta, então se desculpou e saiu do quarto, um rápido suspiro escapando quando fechou a porta. Porém, ele não foi longe antes da porta se abrir. "Você está bem?"
Oliver sorriu antes de virar a cabeça na direção de Chloe. "Sim, eu..." Quando as palavras falharam, ele virou a cabeça de volta, recostando-se contra a parede mais próxima.
Chloe assentiu compreendendo o silêncio. "Não é fácil, eu sei." Ela sabia o que tinha passado para conseguir lidar com aquela situação. Era muita coisa de uma vez para Oliver, mas Chloe não esperava que ele reagisse assim.
Ele respirou fundo enquanto silenciosamente concordava com ela. "Ela tem sorte em ter uma filha como você."
"Bem, eu também tenho sorte." Não era muito, mas Chloe sempre agradecia por ter uma parte da família e saber que podia ir até sua mãe era algo que ela valorizava muito. Era uma lição aprendida bem antes de conhecer Oliver, mas uma que ele ajudou a perceber. "E se ajuda de alguma forma, ela gosta de você."
"Como você sabe?" ele perguntou, olhando na direção da porta pela qual tinham saído.
Chloe ficou boquiaberta momentaneamente, sabendo que o que iria dizer pareceria bobo, mas não havia outra maneira de explicar. "Quando tudo que você tem são os olhos, você aprende a saber o que eles querem dizer."
Virando-se levemente, Oliver inclinou sua testa contra a dela. "Acho que ela está apenas orgulhosa de você."
"Não, acredite em mim", Chloe insistiu. Mesmo que Oliver não estivesse completamente errado, Chloe podia dizer que sua mãe também viu um pouco do que Chloe viu em Oliver. Mesmo assim, tudo isso deveria ser difícil pra ele. Chloe pensou que fosse uma boa ideia, mas talvez tenha se enganado. "Mas se é muito difícil pra você, então você pode ir."
"Eu não vou a lugar nenhum", Oliver respondeu, sabendo que Chloe ficaria analisando isso e a última coisa que ele queria era um mal entendido. Desde o momento em que tinham estacionado ali, Oliver soube exatamente o quanto isso era importante pra ela, e de jeito nenhum ele ia se acovardar. Além disso, não era nada pessoal contra a Sra. Sullivan, pois havia muito mais coisas em sua mente agora. "Exceto ao banheiro, mas eu já volto."
"Ok", Chloe disse com um sorriso antes de abrir a porta do quarto de sua mãe mais uma vez.
Depois que a porta se fechou, Oliver suspirou, pegando o telefone do bolso. Ele sabia que não haveria boas notícias e não estava errado. Infelizmente havia algo que ele não podia mais evitar. Nem era algo que ele poderia esconder de Chloe agora, então Oliver decidiu dar uma curta caminhada pelo corredor, onde depois de alguns minutos, ele notou a recepcionista trabalhando alegremente em sua mesa.
Vê-la o relembrou de todos os sorriso dados a Chloe pelos funcionários. Eles realmente a amavam ali, e Chloe realmente amava o que sua mãe trazia para sua vida. Enquanto se aproximava da mesa, Oliver sabia que Chloe não concordaria com o que ele estava prestes a fazer, mas era um risco que estava determinado a tomar.
"Sr. Queen, em que posso ajudar?"
Depois de olhar rapidamente na direção do quarto para confirmar que a porta estivesse fechada, ele deslizou o cartão de crédito pelo balcão. "Eu espero que você possa me fazer um favor."
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DEZENOVE
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Simplesmente adorando esta história!!!
ResponderExcluirBjs
Su
Que bom, Su!!!! Este fim de semana posto o próximo... :D
ExcluirSabe, sei que teremos um final feliz, mas vendo como eles a cada nova experiência, a cada nova descoberta, mesmo se sentindo feliz, eles continuam insistindo que o fim é inevitável e está próximo... e mesmo sendo um capítulo tão profundo, inclusive com Chloe partilhando uma parte de si tão abertamente com o Oliver levando para conhecer sua mãe, mesmo assim me deixa com um gosto agridoce, ainda a espera que tudo desande!!!
ResponderExcluirE mesmo assim, adoroooo!!! =D
Valeu, Sofia, acessando normalmente!! Obrigada!!
GIL
Bom, sabemos que com esses dois as coisas são complicadas e eles estão ainda muito presos aos sofrimentos do passado, mas sim, posso garantir que teremos final feliz... Ah, GIL, imagina, obrigada pelo aviso! :D
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