Autora: sarcastic_fina
Resumo: Com Clark e Lois longe, Chloe é deixada à própria sorte, mas há outra pessoa disposta a ajudá-la a recolher os pedaços, e no processo, ele também se cura.
Classificação: NC-17Anteriores: 01 :: 02
Com um sorriso divertido, Oliver franziu a testa para ela. "O que você está fazendo?"
Chloe continuou a girar a taça de vinho na mão. "Estou fingindo que sei alguma coisa sobre vinho em vez de parecer que já estou bêbada com duas taças..."
Com uma meia risada, ele balançou a cabeça. "Eu vou querer saber de onde vem esse conhecimento?"
Revirando os olhos, ela se inclinou para a frente, descansando os cotovelos sobre a mesa. "Sem os rapazes por perto para me enlouquecerem, eu me apaixonei pelo canal de culinária..."
Ele ergueu uma sobrancelha. "Contanto que você não beba e cuspa em seguida..."
Sorrindo, ela deu de ombros. "Então o que você fazia em seu tempo livre em Praga? Além de desejar que eu estivesse lá, claro."
"Naturalmente", ele concordou, inclinando a cabeça em concordância. "Eu visitei a cidade pra manter a fachada de turista..." Ele franziu a testa comicamente. "Não, o resto da viagem eu passei te enchendo o saco."
Rindo, ela tomou o vinho. "Bem, contanto que sua viagem tenha sido agradável..."
"Eu enfrentei alguns bandidos entre o turismo e a encheção de saco."
"Bom trabalho. Esses músculos não são apenas para exibição."
Ele flexionou os músculos e piscou, desfrutando da risada dela. "Então você os percebeu."
"Difícil não perceber."
"Se eu vou andar por aí em couro, no mínimo tenho que parecer bem..."
"Exatamente."
Seus olhos se encontraram e os sorrisos aumentaram, um momento compartilhado.
"Posso lhes servir alguma sobremesa?" uma garçonete interrompeu.
Distraídos, os dois se viraram para ela abruptamente.
"Ah não... Obrigada. Estava tudo ótimo." Chloe respondeu, clareando a garganta enquanto começava a se sentir desconfortável.
Assentindo, a garçonete recolheu os pratos e avisou que voltaria com a conta.
Prestes a quebrar o silêncio, Chloe abriu a boca para dizer algo, somente para seus olhos avistarem um casal familiar passando pela janela. Ela franziu a testa, olhos estreitando. Não podia ser... De repente, ela estava em pé e atravessando o restaurante.
"Chloe?" Oliver perguntou enquanto a seguia.
Sem responder, ela correu para a porta, procurando pelas ruas escuras os dois rostos que jurava ter visto. "Eu... eu pensei..." Ela balançou a cabeça. Eles não estavam em lugar nenhum. Mas... Ela havia imaginado como tantas vezes antes? Ela havia visto um casal discutindo: os dois altos, morenos, gesticulando com as mãos e com expressões teimosas.
Com um suspiro, ela se virou para Oliver. Ao ver a expressão dela, a confusão se foi. Como sempre, ele compreendera sem que ela precisasse explicar e simplesmente a abraçou com força. Ela encontrou conforto ali, rosto pressionado contra o peito dela, sentindo seu cheiro. Ele tinha braços fortes e pesados ao seu redor, como se fosse um escudo contra o mundo. Ele beijou seu cabelo, murmurou algo ininteligível e em agradecimento ela apertou a cintura dele com seus braços, simplesmente aceitando o momento como todos os outros no passado. Quando via alguém que pareia com Clark ou que lembrava sua prima, abandonava o que estivesse fazendo apenas para ter certeza que eram eles, e descobrir que havia se confundido. E Oliver estava ali mais uma vez para afastar a tristeza. Quanto tempo ia demorar até parar de vê-los nos rostos de outras pessoas?
O momento foi mais uma vez interrompido pelo garçom que os chamava com a conta. Seus casacos foram trazidos, Oliver entregou o cartão de crédito e logo iam em direção a Torre Queen, ela abraçada a lateral do corpo dele e ele com um braço ao redor de seus ombros. Noites como aquela eram comumente passadas falando sobre os amigos ou em silêncio, assistindo a um filme, espalhados no sofá, para ocupar suas mentes. O elevador ascendeu devagar e em silêncio e ela sabia que embora seu apartamento não fosse longe e pudesse ir para casa e comer um pote de sorvete, preferia ficar com ele.
Foi quando ele se ajoelhou ao lado da coleção de DVD's que ela chegou a uma nova conclusão. Ela não queria mais aquilo, não queria ignorar ou fingir ou continuar vivendo num passado que não a aceitava. Atravessando a sala, ela tomou uma decisão; uma que ela sabia que mudaria tudo o que conhecia. Ele se levantou, a testa franzida.
Respirando fundo, ela disse, "Não me odeie..."
"Eu jamais..."
Ele foi interrompido pelo impacto dos lábios dela contra os dele. Os olhos dela estavam fechados com força como se esperasse choque e negação reinando no rosto dele e então quisesse se esconder. Mas tão rápido quanto ela o beijou, ele começou a beijá-la de volta. Ela sentiu-se relaxar, derreter contra ele. Felizmente ele era forte e a impedia de derreter. Ela imaginara, mais vezes do que admitiria, como seria beijá-lo. Ele tinha lábios bonitos, rosados, suaves, mesmo que firmes. Eram lábios que pareciam saber o que fazer, como beijar, como acariciar e seduzir. Tudo aquilo eram especulações, claro, mas agora ela sabia com certeza.
Ele segurou o rosto dela e acariciou seu cabelo, dedos se enterrando em sua nuca. A boca dele se partiu e ela o seguiu de boa vontade, a língua alcançando a dele. Ele tinha um vago sabor do vinho que haviam desfrutado, mas o calor era avassalador, espalhando-se de sua língua aos lábios, atravessando seu rosto e deslizando sensualmente por sua nuca, queimando sua espinha. Seus joelhos tremeram em saber que estava prestes a embarcar na mais selvagem das paixões.
De alguma maneira, suas mãos encontraram apoio nos ombros dele, dedos brincando com o colarinho do casaco. Encorajadas à ação, elas deslizaram por baixo da roupa e tiraram o pesado tecido do caminho, deslizando-o pelos braços dele, parando quando a peça descansava em seus cotovelos. Soltando-a, ele jogou o casaco no chão e segurou os quadris dela enquanto seus lábios se encontravam em beijos frenéticos; as mãos dela abrindo sua camisa e tirando-a dele, parando para acariciar e explorar seu peito. Impaciente, ele se separou dela, respirando pesadamente enquanto terminava de tirar a camisa e a jogava no chão, antes de voltar-se para ela.
Arfando, ela se enterrou contra ele mais uma vez. A boca dele era diligente, beijando seu rosto, pescoço e descendo até seus ombros enquanto ia tirando a blusa dela, arrancando-a e mandando os botões pelos ares. Ela não conseguia nem se indignar por ter acabado de perder sua blusa vermelha favorita, pois a queria fora de seu corpo tanto quanto ele. Ele enterrou os dedos em sua barriga enquanto puxava o cós de sua saia e ela junto contra ele, para que passasse as pernas em volta de sua cintura, com força e de modo possessivo.
Com os braços ao redor do pescoço dele, ela o beijou mais uma vez, perdendo qualquer pensamento com a sensação dos lábios dele pressionados contra os seus, os dentes mordiscando sua língua. Sem ar, ela se afastou por um segundo. "Deveríamos--?"
Ele assentiu vigorosamente, cambaleando pelo quarto. "Eu esperei... Nós esperamos... Tempo demais... Certo?" Ele olhou pra ela, parando na porta do quarto. Seu pescoço estava vermelho, seu cabelo desarrumado dos dedos dela, os lábios inchados e a respiração curta. Ele estava lindo. E com medo... Com medo que o que ela havia começado fosse terminar...
Um ano, dois meses... Desde Jimmy, Davis, Clark e Lois... Desde que ele entrara em sua vida procurando por redenção... Desde que ela se ergueu e enfrentou o mundo de novo, com ele ao seu lado... Ela ainda pensava em Jimmy, ainda se perguntava como seria se ele tivesse sobrevivido, se ela tivesse feito alguma coisa diferente. Mas a verdade era que eles não teriam dado certo, nem que um deles quisesse e embora sentisse falta dele, se arrependesse da participação em sua morte, ela teria seguido adiante. E ela o amara, de verdade, mas... Era um tipo diferente de amor.
Ela encarou Oliver e sorriu. "Sim..." Acariciando o pescoço dele, ela se inclinou e pressionou a testa contra a dele. "Sim." Soltando-o mais uma vez e sabendo agora que se sentia bem com o que estava acontecendo, ela o beijou lenta e gentilmente.
Tremendo, ele deu um passo a frente e aceitou as consequências do que ia acontecer. A porta foi chutada despreocupadamente enquanto alcançavam a cama. Ele a deitou de costas, cobrindo-a em seguida com seu corpo. Ela olhou pra ele, com um meio sorriso. Excitação e desejo preenchendo e queimando seu corpo. Ele se ajoelhou entre suas pernas, inclinou-se para a frente e tirou o cabelo de sua testa. A mão dele foi descendo, acariciando uma mecha de seu cabelo antes de traçar a linha de seu pescoço e deslizar a palma da mão pelo centro de seu corpo, parando no vale entre seus seios. Ela se apoiou nos cotovelos, seus rostos alinhados enquanto ele alcançava o fecho da peça. A tecido branco que cobria seu peito deslizou facilmente, caindo inútil sobre sua barriga. Ele jogou a peça de lado, segurando suas costelas, polegares traçando levemente a linha abaixo de seus seios. Ela sentiu o ar ficar preso na garganta, a cabeça caindo para trás.
Ela podia sentir o hálito contra sua pele enquanto ele se aproximava, lábios pressionados contra o ponto pulsante em sua garganta, correndo a língua ali. Ela fechou as mãos ao redor de seus bíceps e se deitou, relaxando, desfrutando de cada sensação. A flexão dos músculos dele vibrando em seus dedos enquanto o segurava com força, usando a força dele para mantê-la parada. Ele desceu a boca, tortuosamente devagar, explorando primeiro seu peito que subia e descia rapidamente, nariz roçando seus seios, lábios o seguindo. Ela observou-o com o ar preso na garganta, engolindo em seco quando os dele encontraram os dela. Ele deslizou o queixo por seu mamilo antes de fechar a boca ao redor, correndo a língua e o dente ali. Ele era metódico em cada toque, fazendo-a sentir da raiz de seus cabelos até as pontas dos pés.
Enquanto a boca cuidava dos seios, as mãos trabalhavam em tirar sua saia, descendo o tecido preto e a calcinha por seus quadris e coxas para que ela pudesse chutar as peças. Completamente nua, ela se sentia mais confortável do que jamais se sentira antes. O jeito que ele a tocava, olhava pra ela, a fazia se sentir era como se não houvesse outra pessoa mais bonita, mais interessante do que ela; como se ele estivesse hipnotizado por ela.
Ela podia sentir o calor aumentando entre suas coxas, a necessidade que crescia a cada beijo e toque que vinham dele. Seus joelhos tremiam, as pernas se afastando enquanto ele se pressionava contra ela, sua ereção roçando contra ela o suficiente para a fricção fazê-la querer mais e ainda assim não ser suficiente para fazê-la chegar onde ela queria desesperadamente estar. Suas mãos agarraram os ombros dele, correndo por suas costas, apertando, antes de encontrar a cintura da calça dele e puxá-la. Ela conseguiu, com mãos trêmulas, abrir o cinto e descer o tecido levemente, mas antes que pudesse alcançar a mão por dentro e fechar os dedos ao redor dele, ele soltou seu seio e desceu com beijos até sua barriga. Ela sentiu seus interiores se contorcerem enquanto ele descia a boca até sua fenda.
Uma longa carícia da língua dele em suas dobras a fez arquear o corpo. Ela se sentiu tremer de dentro pra fora, à beira do limbo, o êxtase tão perto e tão longe. Ele usou os polegares para abri-la antes de enterrar a boca contra ela, chupando e provando-a como se fosse a melhor das iguarias. Ele segurou sua cintura, pois ela não conseguia evitar se bater contra sua boca atenciosa. Ele deslizou um dedo dentro dela e o curvou do jeito certo enquanto circulava seu clitóris com a língua. Ela abafou um gemido, os olhos arregalando e então se fechando enquanto tudo parecia virar um borrão e explodir em sua visão. "Deus, Ollie..." ela arfou enquanto ele a levava a uma sequência de espasmos, tremendo com o intenso prazer.
Ele a lambeu lentamente e isso a fez voltar para a terra e ir para o céu no mesmo momento. Ela se sentia leve e atordoada de um modo perfeito. Com um sorriso de satisfação, ele beijou seu umbigo carinhosamente antes de subir por seu corpo e enterrar o rosto em seu pescoço, fazendo-a rir sem forças enquanto ele arfava contra sua pele.
Ainda zonza, ela passou os braços ao redor do pescoço dele e enterrou os dedos em seu cabelo, enquanto ele espalhava o corpo contra o dela e suspirava.
"Se você está pensando em ser cavalheiro e dizer que é o suficiente por hoje, pode repensar seu plano", ela disse, erguendo as sobrancelhas.
Ele sorriu. "Tem certeza que você aguenta?"
Ela arqueou os quadris, o contato de seu calor contra ele fazendo o sorriso dele sumir e a mandíbula travar. Enquanto ele descia a testa até seu ombro, perdido no tortuoso movimento que ela fazia, ela sussurrou contra seu ouvido. "Não é comigo que você deveria estar preocupado."
Com desejo ela empurrou a calça dele, tirando a boxer junto, e ele teve senso suficiente para chutar as roupas para longe. Pressionou a mão no quadril dela, puxando-a em sua direção. Seus rostos se encontraram, lábios a um suspiro de distância. Com as logísticas dando certo na parte de baixo de seus corpos - quadris se batendo, mãos se encontrando - seus olhos se cruzaram intimamente, os lábios se juntando gentilmente. Ele se empurrou fundo e ela arfou, a língua dele se afundando em sua boca e se intrincando com a dela. Respirações trocadas, corpos inclinados, mãos dadas, peles deslizando. Ela o sentia em todo lugar; seu comprimento dentro dela, os dedos em seus seios, o corpo flexionando, peito subindo e descendo num ritmo pesado e em sincronia com o dela.
Ela se lembrou das noites em que apenas o abraçava, em que ouvia as histórias miseráveis de sua juventude, dos biscoitos roubados na cozinha e da brincadeira de esconde-esconde com as empregadas. Aquelas eram noites onde ela podia conhecer o grande Oliver Queen como se fosse mais um de seus amigos próximos. Ele compartilhou com detalhes todas as armadilhas de sua vida, com tanta honestidade que era como se ela estivesse vivendo com ele, sentindo a dor, a angústia e o medo.
Um ano e dois meses dos dois juntos; lutando pela vida e contando um com o outro. Às noites eram quando ele a abraçava enquanto ela chorava, ou ele ria com ela até sentirem dor. Incontáveis conversas, histórias, jantares que pareciam encontros, mas não tinham tal título. Noites passadas com uma bacia de pipoca e algum filme que pretendia ser de ação/aventura e não fazia ideia da realidade; como eram os heróis de verdade. Ele estava lá quando ela se despediu de Jimmy, quando ela implorou que sua prima voltasse para casa, quando ela desejou que Clark deixasse de ser um alienígena egoísta e idiota. Ele estava lá quando ela dormia, acordava, ou se não pudesse estar, estava no telefone, a voz que nunca falhava, que nunca disse adeus. Como todos os grandes homens de sua vida, ele daria a vida por ela e ela sabia que faria o mesmo por ele. Só que, diferente dos homens que vieram antes, ele não conseguia ir embora, por alguma razão.
Ele fez as perguntas mais duras e deu as respostas mais honestas. A segurou quando ela caiu e a abraçou quando ela precisou. Ele amou e cuidou dela quando não havia mais ninguém e ele não esperou nada em troca, a não ser a amizade que ela livremente lhe deu. Onde Clark fora seu melhor amigo, abraçando-a como ninguém mais podia, Oliver tomou o lugar de protetor e amigo quando Clark não mais o faria. Ele a abraçou de um jeito diferente, sim, mas com o mesmo nível de conforto e adoração. Ele a segurava pela mão quando caminhavam juntos, como se para lembrá-la que ele estaria sempre ao lado dela e a abraçava com força, não querendo soltar. Ela era a primeira pessoa para quem ele ligava quando voltava das missões e o primeiro rosto que ele queria ver. A dor da partida de Clark ainda doía e saber que tinha Oliver, que ele não cometeria o mesmo erro, a fez continuar.
Quando ele a beijou, ela se sentiu caindo nas profundezas de si mesma. Como se um amor perdido tivesse voltado para casa e a abraçado, acariciado e a amado como se ninguém mais pudesse fazê-lo. As mãos dele seguraram seu cabelo enquanto o corpo tremia e se segurava; enquanto prolongava o inevitável e novamente a levava ao fim desejado. Ela gozou duas vezes ao redor dele, com a boca dele chupando seu seio e os dedos desenhando oitos em seu quadril. Ela se deitou de barriga e arqueou o corpo enquanto ele abria suas coxas e se enterrava por trás, afundando até o fim, atingindo o celestial ponto G.
Apoiada nos cotovelos, ela grunhiu o nome dele, cantando-o como um hino. Ele se inclinou sobre ela, beijando seu ombro enquanto segurava seu seio, massageando-o e apertando-o enquanto se batia rápido e com força. Ele se retirou enquanto ela se batia mais uma vez, o corpo se retorcendo pelo que pareciam ser momentos agonizantes de uma incrível euforia. Enquanto ela tentava recuperar o fôlego, e lutava para manter os olhos abertos, ele a puxou para seu colo, passando as pernas dela ao redor de sua cintura. Ela estava tão sensível e ainda assim queria mais, precisava dele uma vez seguida da outra. Ela passou os braços pesadamente pelos ombros dele, a testa descansando contra a dele. Ele a beijou enquanto arfava; mãos sob as coxas dela, movendo-a sobre ele, lenta e firmemente.
O nome dela escapava de seus lábios como um mantra. Uma gota de suor desceu por sua têmpora e pelo rosto; sem pensar ela a lambeu antes de roçar o rosto dele com seu nariz e correr os dentes pela linha de sua mandíbula. A respiração dele acelerou, as mãos se apertaram ao redor dela e de repente ele estava se movendo mais rápido, afundando-se dentro dela até ela sentir o corpo tremer.
Ele moveu as mãos pelas costas dela; abertas para segurá-la enquanto a deitava, os seios forçados para a frente. Ele capturou seu mamilo com a boca o suficiente para fazê-la gritar e se apertar contra ele. Ele gemeu, os dedos se enterrando na pele dela. Correndo a mão até o pescoço dele, ela pediu, "Goze... Por favor... O-Ollie... Eu quero sentir você... Eu preciso..."
Palavras não existiam mais depois daquilo. O ar se diluiu, o quarto escureceu, tudo que existia era ele, ao redor e dentro dela. Seu corpo se movia livremente em todas as direções possíveis, tomando as ondas de prazer que eram tão avassaladoras que ela quase tentou se afastar. Mas ele a segurou com força, ainda se movendo, preenchendo-a completamente. Lentamente, a sensação começou a diminuir, mas ainda se movendo, ela mal sentia o corpo enquanto ele a deitava na cama, mãos esfregando suas pernas e braços como se tentasse trazer as sensações de volta. Ela estava esgotada, exausta e satisfeita além da compreensão. Ela se moveu para os braços dele quando ele a puxou mais perto e a envolveu, cobrindo-os com um fino lençol. Ela ouviu as batidas de seu coração, tentando acalmar os dela enquanto processava tudo que havia acabado de acontecer.
Ele emaranhou os dedos no cabelo dela, e ali ficou enquanto beijava o alto de sua cabeça demoradamente.
"Sidekick?"
"Sim", ela conseguiu dizer com a voz trêmula.
"É muito cedo para dizer que te amo?"
Ela sorriu preguiçosamente. "Estou começando a achar que somos lentos demais..." Ela balançou a cabeça. "Quanto tempo exatamente ignoramos isso? Um ano?"
Ele riu, segurando a mão dela contra seu estômago. Se eles estivessem de roupa, e não tivessem acabado de transar, aquela seria um noite como outra qualquer...
Com um bocejo, ela enterrou o rosto contra o peito dele. "Oliver?"
"Mm?" ele murmurou.
"Eu também te amo."
E ela amava. Além da razão ou qualquer dúvida.
Pela primeira vez em muito tempo, tudo parecia estar no lugar certo.
...
"Onde diabos ela poderia estar às três da manhã?" Lois se perguntou, andando impaciente pela sala. "A prima perdida aparece depois um desaparecimento maluco e ela nem está aqui pra me receber!?"
Clark revirou os olhos, encarando o teto. "Tenho certeza que ela te dará uma festa de boas-vindas quando ela souber que você está de volta", ele suspirou.
Ela revirou os olhos. "Essa não é a questão, Smallville. São três da manhã. Eu sei que Chloe tem uma rotina cheia, mas até ela tem que dormir!"
Esfregando as têmporas, Clark deu de ombros. "Talvez ela esteja com a Liga."
De repente, Lois parou de andar e se virou na direção dele com a testa franzida. "Espera... Você não deveria saber onde ela está?" Ela ergueu as sobrancelhas. "Você e Chloe andam juntos desde a escola; ela sabe onde você está antes mesmo de você saber e vice-versa..." Ela estreitou os olhos, braços cruzados sobre o peito.
Lábios apertados, Clark desviou o olhar. "Chloe anda ocupada e eu também. Ela não tem um rastreador", ele murmurou.
Com raiva, ela deu um passo adiante. "O que você fez?"
Ele olhou pra ela surpreso. "Como assim?"
"Não vem com essa, Smallville. Você aparece no futuro sem ela do seu lado, ela não está lá aqui quando eu volto, ainda mais de madrugada quando já deveria estar de volta depois de seja lá que coisa de herói ela esteja fazendo..." Ela balançou a cabeça desconfiada. "Você fez alguma coisa errada..." Ela suspirou, jogando as mãos para cima. "Ótimo! Eu deixo ela em suas mãos, achando que se qualquer coisa acontecer pelo menos ela tem você por perto, e você não consegue nem fazer isso!"
"Desculpe se eu andei ocupado tentando salvar você!"
"Salvar a mim?" ela gritou, olhos brilhando. "Escuta aqui, Kent! Eu não preciso de ninguém me salvando! Eu poderia ter voltado sozinha com um pouco mais de tempo!"
"Você sumiu por um ano!" ele exclamou.
"Sim, bem, só porque eu estava no futuro não significa que o dia-a-dia foi moleza! Eu tinha um trabalho a fazer! Havia muita coisa acontecendo e não era como se eu soubesse que diabos estava acontecendo!"
Clark suspirou, procurando a paciência que esperava ter ganho em seu treinamento. "Olha, eu tenho certeza que Chloe está bem e que vai chegar a qualquer minuto."
"Acho bom isso acontecer", ela alertou, balançando a cabeça. "Se ela tiver um fio de cabelo fora do lugar, a culpa vai ser sua!"
Franzindo a testa, Clark assentiu para acalmá-la antes de voltar ao seu mal humor.
"E pare de fazer essa cara. É irritante."
Ele revirou os olhos e desejou, não pela primeira vez, que tivesse a habilidade de fechar seus ouvidos.
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QUATRO
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Chloe continuou a girar a taça de vinho na mão. "Estou fingindo que sei alguma coisa sobre vinho em vez de parecer que já estou bêbada com duas taças..."
Com uma meia risada, ele balançou a cabeça. "Eu vou querer saber de onde vem esse conhecimento?"
Revirando os olhos, ela se inclinou para a frente, descansando os cotovelos sobre a mesa. "Sem os rapazes por perto para me enlouquecerem, eu me apaixonei pelo canal de culinária..."
Ele ergueu uma sobrancelha. "Contanto que você não beba e cuspa em seguida..."
Sorrindo, ela deu de ombros. "Então o que você fazia em seu tempo livre em Praga? Além de desejar que eu estivesse lá, claro."
"Naturalmente", ele concordou, inclinando a cabeça em concordância. "Eu visitei a cidade pra manter a fachada de turista..." Ele franziu a testa comicamente. "Não, o resto da viagem eu passei te enchendo o saco."
Rindo, ela tomou o vinho. "Bem, contanto que sua viagem tenha sido agradável..."
"Eu enfrentei alguns bandidos entre o turismo e a encheção de saco."
"Bom trabalho. Esses músculos não são apenas para exibição."
Ele flexionou os músculos e piscou, desfrutando da risada dela. "Então você os percebeu."
"Difícil não perceber."
"Se eu vou andar por aí em couro, no mínimo tenho que parecer bem..."
"Exatamente."
Seus olhos se encontraram e os sorrisos aumentaram, um momento compartilhado.
"Posso lhes servir alguma sobremesa?" uma garçonete interrompeu.
Distraídos, os dois se viraram para ela abruptamente.
"Ah não... Obrigada. Estava tudo ótimo." Chloe respondeu, clareando a garganta enquanto começava a se sentir desconfortável.
Assentindo, a garçonete recolheu os pratos e avisou que voltaria com a conta.
Prestes a quebrar o silêncio, Chloe abriu a boca para dizer algo, somente para seus olhos avistarem um casal familiar passando pela janela. Ela franziu a testa, olhos estreitando. Não podia ser... De repente, ela estava em pé e atravessando o restaurante.
"Chloe?" Oliver perguntou enquanto a seguia.
Sem responder, ela correu para a porta, procurando pelas ruas escuras os dois rostos que jurava ter visto. "Eu... eu pensei..." Ela balançou a cabeça. Eles não estavam em lugar nenhum. Mas... Ela havia imaginado como tantas vezes antes? Ela havia visto um casal discutindo: os dois altos, morenos, gesticulando com as mãos e com expressões teimosas.
Com um suspiro, ela se virou para Oliver. Ao ver a expressão dela, a confusão se foi. Como sempre, ele compreendera sem que ela precisasse explicar e simplesmente a abraçou com força. Ela encontrou conforto ali, rosto pressionado contra o peito dela, sentindo seu cheiro. Ele tinha braços fortes e pesados ao seu redor, como se fosse um escudo contra o mundo. Ele beijou seu cabelo, murmurou algo ininteligível e em agradecimento ela apertou a cintura dele com seus braços, simplesmente aceitando o momento como todos os outros no passado. Quando via alguém que pareia com Clark ou que lembrava sua prima, abandonava o que estivesse fazendo apenas para ter certeza que eram eles, e descobrir que havia se confundido. E Oliver estava ali mais uma vez para afastar a tristeza. Quanto tempo ia demorar até parar de vê-los nos rostos de outras pessoas?
O momento foi mais uma vez interrompido pelo garçom que os chamava com a conta. Seus casacos foram trazidos, Oliver entregou o cartão de crédito e logo iam em direção a Torre Queen, ela abraçada a lateral do corpo dele e ele com um braço ao redor de seus ombros. Noites como aquela eram comumente passadas falando sobre os amigos ou em silêncio, assistindo a um filme, espalhados no sofá, para ocupar suas mentes. O elevador ascendeu devagar e em silêncio e ela sabia que embora seu apartamento não fosse longe e pudesse ir para casa e comer um pote de sorvete, preferia ficar com ele.
Foi quando ele se ajoelhou ao lado da coleção de DVD's que ela chegou a uma nova conclusão. Ela não queria mais aquilo, não queria ignorar ou fingir ou continuar vivendo num passado que não a aceitava. Atravessando a sala, ela tomou uma decisão; uma que ela sabia que mudaria tudo o que conhecia. Ele se levantou, a testa franzida.
Respirando fundo, ela disse, "Não me odeie..."
"Eu jamais..."
Ele foi interrompido pelo impacto dos lábios dela contra os dele. Os olhos dela estavam fechados com força como se esperasse choque e negação reinando no rosto dele e então quisesse se esconder. Mas tão rápido quanto ela o beijou, ele começou a beijá-la de volta. Ela sentiu-se relaxar, derreter contra ele. Felizmente ele era forte e a impedia de derreter. Ela imaginara, mais vezes do que admitiria, como seria beijá-lo. Ele tinha lábios bonitos, rosados, suaves, mesmo que firmes. Eram lábios que pareciam saber o que fazer, como beijar, como acariciar e seduzir. Tudo aquilo eram especulações, claro, mas agora ela sabia com certeza.
Ele segurou o rosto dela e acariciou seu cabelo, dedos se enterrando em sua nuca. A boca dele se partiu e ela o seguiu de boa vontade, a língua alcançando a dele. Ele tinha um vago sabor do vinho que haviam desfrutado, mas o calor era avassalador, espalhando-se de sua língua aos lábios, atravessando seu rosto e deslizando sensualmente por sua nuca, queimando sua espinha. Seus joelhos tremeram em saber que estava prestes a embarcar na mais selvagem das paixões.
De alguma maneira, suas mãos encontraram apoio nos ombros dele, dedos brincando com o colarinho do casaco. Encorajadas à ação, elas deslizaram por baixo da roupa e tiraram o pesado tecido do caminho, deslizando-o pelos braços dele, parando quando a peça descansava em seus cotovelos. Soltando-a, ele jogou o casaco no chão e segurou os quadris dela enquanto seus lábios se encontravam em beijos frenéticos; as mãos dela abrindo sua camisa e tirando-a dele, parando para acariciar e explorar seu peito. Impaciente, ele se separou dela, respirando pesadamente enquanto terminava de tirar a camisa e a jogava no chão, antes de voltar-se para ela.
Arfando, ela se enterrou contra ele mais uma vez. A boca dele era diligente, beijando seu rosto, pescoço e descendo até seus ombros enquanto ia tirando a blusa dela, arrancando-a e mandando os botões pelos ares. Ela não conseguia nem se indignar por ter acabado de perder sua blusa vermelha favorita, pois a queria fora de seu corpo tanto quanto ele. Ele enterrou os dedos em sua barriga enquanto puxava o cós de sua saia e ela junto contra ele, para que passasse as pernas em volta de sua cintura, com força e de modo possessivo.
Com os braços ao redor do pescoço dele, ela o beijou mais uma vez, perdendo qualquer pensamento com a sensação dos lábios dele pressionados contra os seus, os dentes mordiscando sua língua. Sem ar, ela se afastou por um segundo. "Deveríamos--?"
Ele assentiu vigorosamente, cambaleando pelo quarto. "Eu esperei... Nós esperamos... Tempo demais... Certo?" Ele olhou pra ela, parando na porta do quarto. Seu pescoço estava vermelho, seu cabelo desarrumado dos dedos dela, os lábios inchados e a respiração curta. Ele estava lindo. E com medo... Com medo que o que ela havia começado fosse terminar...
Um ano, dois meses... Desde Jimmy, Davis, Clark e Lois... Desde que ele entrara em sua vida procurando por redenção... Desde que ela se ergueu e enfrentou o mundo de novo, com ele ao seu lado... Ela ainda pensava em Jimmy, ainda se perguntava como seria se ele tivesse sobrevivido, se ela tivesse feito alguma coisa diferente. Mas a verdade era que eles não teriam dado certo, nem que um deles quisesse e embora sentisse falta dele, se arrependesse da participação em sua morte, ela teria seguido adiante. E ela o amara, de verdade, mas... Era um tipo diferente de amor.
Ela encarou Oliver e sorriu. "Sim..." Acariciando o pescoço dele, ela se inclinou e pressionou a testa contra a dele. "Sim." Soltando-o mais uma vez e sabendo agora que se sentia bem com o que estava acontecendo, ela o beijou lenta e gentilmente.
Tremendo, ele deu um passo a frente e aceitou as consequências do que ia acontecer. A porta foi chutada despreocupadamente enquanto alcançavam a cama. Ele a deitou de costas, cobrindo-a em seguida com seu corpo. Ela olhou pra ele, com um meio sorriso. Excitação e desejo preenchendo e queimando seu corpo. Ele se ajoelhou entre suas pernas, inclinou-se para a frente e tirou o cabelo de sua testa. A mão dele foi descendo, acariciando uma mecha de seu cabelo antes de traçar a linha de seu pescoço e deslizar a palma da mão pelo centro de seu corpo, parando no vale entre seus seios. Ela se apoiou nos cotovelos, seus rostos alinhados enquanto ele alcançava o fecho da peça. A tecido branco que cobria seu peito deslizou facilmente, caindo inútil sobre sua barriga. Ele jogou a peça de lado, segurando suas costelas, polegares traçando levemente a linha abaixo de seus seios. Ela sentiu o ar ficar preso na garganta, a cabeça caindo para trás.
Ela podia sentir o hálito contra sua pele enquanto ele se aproximava, lábios pressionados contra o ponto pulsante em sua garganta, correndo a língua ali. Ela fechou as mãos ao redor de seus bíceps e se deitou, relaxando, desfrutando de cada sensação. A flexão dos músculos dele vibrando em seus dedos enquanto o segurava com força, usando a força dele para mantê-la parada. Ele desceu a boca, tortuosamente devagar, explorando primeiro seu peito que subia e descia rapidamente, nariz roçando seus seios, lábios o seguindo. Ela observou-o com o ar preso na garganta, engolindo em seco quando os dele encontraram os dela. Ele deslizou o queixo por seu mamilo antes de fechar a boca ao redor, correndo a língua e o dente ali. Ele era metódico em cada toque, fazendo-a sentir da raiz de seus cabelos até as pontas dos pés.
Enquanto a boca cuidava dos seios, as mãos trabalhavam em tirar sua saia, descendo o tecido preto e a calcinha por seus quadris e coxas para que ela pudesse chutar as peças. Completamente nua, ela se sentia mais confortável do que jamais se sentira antes. O jeito que ele a tocava, olhava pra ela, a fazia se sentir era como se não houvesse outra pessoa mais bonita, mais interessante do que ela; como se ele estivesse hipnotizado por ela.
Ela podia sentir o calor aumentando entre suas coxas, a necessidade que crescia a cada beijo e toque que vinham dele. Seus joelhos tremiam, as pernas se afastando enquanto ele se pressionava contra ela, sua ereção roçando contra ela o suficiente para a fricção fazê-la querer mais e ainda assim não ser suficiente para fazê-la chegar onde ela queria desesperadamente estar. Suas mãos agarraram os ombros dele, correndo por suas costas, apertando, antes de encontrar a cintura da calça dele e puxá-la. Ela conseguiu, com mãos trêmulas, abrir o cinto e descer o tecido levemente, mas antes que pudesse alcançar a mão por dentro e fechar os dedos ao redor dele, ele soltou seu seio e desceu com beijos até sua barriga. Ela sentiu seus interiores se contorcerem enquanto ele descia a boca até sua fenda.
Uma longa carícia da língua dele em suas dobras a fez arquear o corpo. Ela se sentiu tremer de dentro pra fora, à beira do limbo, o êxtase tão perto e tão longe. Ele usou os polegares para abri-la antes de enterrar a boca contra ela, chupando e provando-a como se fosse a melhor das iguarias. Ele segurou sua cintura, pois ela não conseguia evitar se bater contra sua boca atenciosa. Ele deslizou um dedo dentro dela e o curvou do jeito certo enquanto circulava seu clitóris com a língua. Ela abafou um gemido, os olhos arregalando e então se fechando enquanto tudo parecia virar um borrão e explodir em sua visão. "Deus, Ollie..." ela arfou enquanto ele a levava a uma sequência de espasmos, tremendo com o intenso prazer.
Ele a lambeu lentamente e isso a fez voltar para a terra e ir para o céu no mesmo momento. Ela se sentia leve e atordoada de um modo perfeito. Com um sorriso de satisfação, ele beijou seu umbigo carinhosamente antes de subir por seu corpo e enterrar o rosto em seu pescoço, fazendo-a rir sem forças enquanto ele arfava contra sua pele.
Ainda zonza, ela passou os braços ao redor do pescoço dele e enterrou os dedos em seu cabelo, enquanto ele espalhava o corpo contra o dela e suspirava.
"Se você está pensando em ser cavalheiro e dizer que é o suficiente por hoje, pode repensar seu plano", ela disse, erguendo as sobrancelhas.
Ele sorriu. "Tem certeza que você aguenta?"
Ela arqueou os quadris, o contato de seu calor contra ele fazendo o sorriso dele sumir e a mandíbula travar. Enquanto ele descia a testa até seu ombro, perdido no tortuoso movimento que ela fazia, ela sussurrou contra seu ouvido. "Não é comigo que você deveria estar preocupado."
Com desejo ela empurrou a calça dele, tirando a boxer junto, e ele teve senso suficiente para chutar as roupas para longe. Pressionou a mão no quadril dela, puxando-a em sua direção. Seus rostos se encontraram, lábios a um suspiro de distância. Com as logísticas dando certo na parte de baixo de seus corpos - quadris se batendo, mãos se encontrando - seus olhos se cruzaram intimamente, os lábios se juntando gentilmente. Ele se empurrou fundo e ela arfou, a língua dele se afundando em sua boca e se intrincando com a dela. Respirações trocadas, corpos inclinados, mãos dadas, peles deslizando. Ela o sentia em todo lugar; seu comprimento dentro dela, os dedos em seus seios, o corpo flexionando, peito subindo e descendo num ritmo pesado e em sincronia com o dela.
Ela se lembrou das noites em que apenas o abraçava, em que ouvia as histórias miseráveis de sua juventude, dos biscoitos roubados na cozinha e da brincadeira de esconde-esconde com as empregadas. Aquelas eram noites onde ela podia conhecer o grande Oliver Queen como se fosse mais um de seus amigos próximos. Ele compartilhou com detalhes todas as armadilhas de sua vida, com tanta honestidade que era como se ela estivesse vivendo com ele, sentindo a dor, a angústia e o medo.
Um ano e dois meses dos dois juntos; lutando pela vida e contando um com o outro. Às noites eram quando ele a abraçava enquanto ela chorava, ou ele ria com ela até sentirem dor. Incontáveis conversas, histórias, jantares que pareciam encontros, mas não tinham tal título. Noites passadas com uma bacia de pipoca e algum filme que pretendia ser de ação/aventura e não fazia ideia da realidade; como eram os heróis de verdade. Ele estava lá quando ela se despediu de Jimmy, quando ela implorou que sua prima voltasse para casa, quando ela desejou que Clark deixasse de ser um alienígena egoísta e idiota. Ele estava lá quando ela dormia, acordava, ou se não pudesse estar, estava no telefone, a voz que nunca falhava, que nunca disse adeus. Como todos os grandes homens de sua vida, ele daria a vida por ela e ela sabia que faria o mesmo por ele. Só que, diferente dos homens que vieram antes, ele não conseguia ir embora, por alguma razão.
Ele fez as perguntas mais duras e deu as respostas mais honestas. A segurou quando ela caiu e a abraçou quando ela precisou. Ele amou e cuidou dela quando não havia mais ninguém e ele não esperou nada em troca, a não ser a amizade que ela livremente lhe deu. Onde Clark fora seu melhor amigo, abraçando-a como ninguém mais podia, Oliver tomou o lugar de protetor e amigo quando Clark não mais o faria. Ele a abraçou de um jeito diferente, sim, mas com o mesmo nível de conforto e adoração. Ele a segurava pela mão quando caminhavam juntos, como se para lembrá-la que ele estaria sempre ao lado dela e a abraçava com força, não querendo soltar. Ela era a primeira pessoa para quem ele ligava quando voltava das missões e o primeiro rosto que ele queria ver. A dor da partida de Clark ainda doía e saber que tinha Oliver, que ele não cometeria o mesmo erro, a fez continuar.
Quando ele a beijou, ela se sentiu caindo nas profundezas de si mesma. Como se um amor perdido tivesse voltado para casa e a abraçado, acariciado e a amado como se ninguém mais pudesse fazê-lo. As mãos dele seguraram seu cabelo enquanto o corpo tremia e se segurava; enquanto prolongava o inevitável e novamente a levava ao fim desejado. Ela gozou duas vezes ao redor dele, com a boca dele chupando seu seio e os dedos desenhando oitos em seu quadril. Ela se deitou de barriga e arqueou o corpo enquanto ele abria suas coxas e se enterrava por trás, afundando até o fim, atingindo o celestial ponto G.
Apoiada nos cotovelos, ela grunhiu o nome dele, cantando-o como um hino. Ele se inclinou sobre ela, beijando seu ombro enquanto segurava seu seio, massageando-o e apertando-o enquanto se batia rápido e com força. Ele se retirou enquanto ela se batia mais uma vez, o corpo se retorcendo pelo que pareciam ser momentos agonizantes de uma incrível euforia. Enquanto ela tentava recuperar o fôlego, e lutava para manter os olhos abertos, ele a puxou para seu colo, passando as pernas dela ao redor de sua cintura. Ela estava tão sensível e ainda assim queria mais, precisava dele uma vez seguida da outra. Ela passou os braços pesadamente pelos ombros dele, a testa descansando contra a dele. Ele a beijou enquanto arfava; mãos sob as coxas dela, movendo-a sobre ele, lenta e firmemente.
O nome dela escapava de seus lábios como um mantra. Uma gota de suor desceu por sua têmpora e pelo rosto; sem pensar ela a lambeu antes de roçar o rosto dele com seu nariz e correr os dentes pela linha de sua mandíbula. A respiração dele acelerou, as mãos se apertaram ao redor dela e de repente ele estava se movendo mais rápido, afundando-se dentro dela até ela sentir o corpo tremer.
Ele moveu as mãos pelas costas dela; abertas para segurá-la enquanto a deitava, os seios forçados para a frente. Ele capturou seu mamilo com a boca o suficiente para fazê-la gritar e se apertar contra ele. Ele gemeu, os dedos se enterrando na pele dela. Correndo a mão até o pescoço dele, ela pediu, "Goze... Por favor... O-Ollie... Eu quero sentir você... Eu preciso..."
Palavras não existiam mais depois daquilo. O ar se diluiu, o quarto escureceu, tudo que existia era ele, ao redor e dentro dela. Seu corpo se movia livremente em todas as direções possíveis, tomando as ondas de prazer que eram tão avassaladoras que ela quase tentou se afastar. Mas ele a segurou com força, ainda se movendo, preenchendo-a completamente. Lentamente, a sensação começou a diminuir, mas ainda se movendo, ela mal sentia o corpo enquanto ele a deitava na cama, mãos esfregando suas pernas e braços como se tentasse trazer as sensações de volta. Ela estava esgotada, exausta e satisfeita além da compreensão. Ela se moveu para os braços dele quando ele a puxou mais perto e a envolveu, cobrindo-os com um fino lençol. Ela ouviu as batidas de seu coração, tentando acalmar os dela enquanto processava tudo que havia acabado de acontecer.
Ele emaranhou os dedos no cabelo dela, e ali ficou enquanto beijava o alto de sua cabeça demoradamente.
"Sidekick?"
"Sim", ela conseguiu dizer com a voz trêmula.
"É muito cedo para dizer que te amo?"
Ela sorriu preguiçosamente. "Estou começando a achar que somos lentos demais..." Ela balançou a cabeça. "Quanto tempo exatamente ignoramos isso? Um ano?"
Ele riu, segurando a mão dela contra seu estômago. Se eles estivessem de roupa, e não tivessem acabado de transar, aquela seria um noite como outra qualquer...
Com um bocejo, ela enterrou o rosto contra o peito dele. "Oliver?"
"Mm?" ele murmurou.
"Eu também te amo."
E ela amava. Além da razão ou qualquer dúvida.
Pela primeira vez em muito tempo, tudo parecia estar no lugar certo.
...
"Onde diabos ela poderia estar às três da manhã?" Lois se perguntou, andando impaciente pela sala. "A prima perdida aparece depois um desaparecimento maluco e ela nem está aqui pra me receber!?"
Clark revirou os olhos, encarando o teto. "Tenho certeza que ela te dará uma festa de boas-vindas quando ela souber que você está de volta", ele suspirou.
Ela revirou os olhos. "Essa não é a questão, Smallville. São três da manhã. Eu sei que Chloe tem uma rotina cheia, mas até ela tem que dormir!"
Esfregando as têmporas, Clark deu de ombros. "Talvez ela esteja com a Liga."
De repente, Lois parou de andar e se virou na direção dele com a testa franzida. "Espera... Você não deveria saber onde ela está?" Ela ergueu as sobrancelhas. "Você e Chloe andam juntos desde a escola; ela sabe onde você está antes mesmo de você saber e vice-versa..." Ela estreitou os olhos, braços cruzados sobre o peito.
Lábios apertados, Clark desviou o olhar. "Chloe anda ocupada e eu também. Ela não tem um rastreador", ele murmurou.
Com raiva, ela deu um passo adiante. "O que você fez?"
Ele olhou pra ela surpreso. "Como assim?"
"Não vem com essa, Smallville. Você aparece no futuro sem ela do seu lado, ela não está lá aqui quando eu volto, ainda mais de madrugada quando já deveria estar de volta depois de seja lá que coisa de herói ela esteja fazendo..." Ela balançou a cabeça desconfiada. "Você fez alguma coisa errada..." Ela suspirou, jogando as mãos para cima. "Ótimo! Eu deixo ela em suas mãos, achando que se qualquer coisa acontecer pelo menos ela tem você por perto, e você não consegue nem fazer isso!"
"Desculpe se eu andei ocupado tentando salvar você!"
"Salvar a mim?" ela gritou, olhos brilhando. "Escuta aqui, Kent! Eu não preciso de ninguém me salvando! Eu poderia ter voltado sozinha com um pouco mais de tempo!"
"Você sumiu por um ano!" ele exclamou.
"Sim, bem, só porque eu estava no futuro não significa que o dia-a-dia foi moleza! Eu tinha um trabalho a fazer! Havia muita coisa acontecendo e não era como se eu soubesse que diabos estava acontecendo!"
Clark suspirou, procurando a paciência que esperava ter ganho em seu treinamento. "Olha, eu tenho certeza que Chloe está bem e que vai chegar a qualquer minuto."
"Acho bom isso acontecer", ela alertou, balançando a cabeça. "Se ela tiver um fio de cabelo fora do lugar, a culpa vai ser sua!"
Franzindo a testa, Clark assentiu para acalmá-la antes de voltar ao seu mal humor.
"E pare de fazer essa cara. É irritante."
Ele revirou os olhos e desejou, não pela primeira vez, que tivesse a habilidade de fechar seus ouvidos.
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QUATRO
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Realmente quente . Muito bom este capítulo.
ResponderExcluirAlice
Que bom que gostou, Alice. :D
ExcluirSim, super hiper hot!! =O
ResponderExcluirE me deixa tão feliz que a Chloe não está surtando e está aceitando tudo de boa!!!
E pelo amor de Deus, quem aguenta o Clark?
Valeu mesmo, Sofia!! Amei este capítulo! =D
GIL
:D
ExcluirVerdade, é uma boa diferença das histórias anteriores, onde na maioria, ela surta...
Meu Deus, Sofia!! Amei tanto o capítulo que esqueci até de comentar o quanto o novo visual do blog está liiiiiindo! Adorei!!! rs
Excluir=D
GIL
Ah, que bom que gostou GIL, eu compreendo o motivo da distração... rs...
ExcluirQuero continuação por favoooor!
ResponderExcluirBjs
Su
Oi, Su, desculpe a demora, realmente não tive tempo esse último mês, por conta do trabalho e estudos, mas em breve sai o próximo.
ExcluirQue saudade
ResponderExcluirTraduzindo o próximo, Amanda...
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